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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

REFLEXÃO 376 - A PÁSCOA

A PÁSCOA 
Êxodo 12.1-27


No texto em tela, o Próprio Deus dá a ordem a Moisés para que preparasse a festa e que a chamassem de Páscoa. 

Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: "...é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifíco da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27).

O desenho ao lado mostra um hebreu aspergindo o sangue de um cordeiro sobre as ombreiras (batentes ou colunas verticais) e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). Observe que o sangue aspergido nas colunas e nas vergas, nos sentidos horizontal e vertical, apontam para a cruz de Cristo.

Nela, na Páscoa um animal seria separado, preparado e sacrifício, um cordeiro, como figura pelo pecado (Ex.12.2,6), no dia 14 do mês de abibe. que significa espigas verdes.

Durante o exílio fou substituído pelo nome nisã (Ne.2.1) que significa começo ou abertrua

Correspondendo a março-abril em nosso calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23.6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23.12).
Um cordeiro ou carneiro morreria, porém não um cordeiro comum, sua escolha seria rigorosíssima, deveria ser de um ano, sem nenhum defeito físico (aleijado, mancha, etc), macho, separado por um período de quatro dias nos quais seria observado, para que não pairasse quaisquer dúvidas sobre seu estado de completa perfeição física, após este período seria levado ao Sacerdote que com uma adaga "pechera", que deveria estar absurdamente bem afiada, muito mais que uma navalha - das que conhecemos hoje -, e então era cortada a jugular do animal para que não sentisse dor, seu sangue deveria ser recolhido numa bacia e aspergido nos umbrais das portas para que os primogênitos dos Hebreus não morressem, seriam protegidos da morte.
O Sacrifício do animal deveria ser a tarde, na declinação do sol e o seu ocaso. Seus ossos não poderiam ser quebrados.

- Aquele cordeiro/carneiro morto era um tipo de Cristo, Jesus não tinha defeito moral, espiritual ou físico, era perfeito - Ipe.1.18-19;

- Jesus foi separado para observação por quatro dias. Jesus entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade (popular) da turba, em prol do mundo inteiro. Procuraram uma causa para condená-lo mas não encontraram "... não vejo culpa neste homem para condená-lo ...", disse Pilatos - Lc.23.4;


- Jesus foi morto a tarde, ele foi o sacrifício da tarde - Mt.27.45; 

- Paulo diz aos Coríntios que Jesus é o nosso Cordeiro Pascal - Ico.5.7;
- É o Cordeiro de Deus - Jo.1.29; 
- O sangue de Jesus vertido na cruz, nos purifica de todo pecado, ou seja, nos livra da morte - Ijo.1.7; 
- O primeiro cordeiro morto foi no Jardim do Éden e o próprio Deus o sacrificou - um tipo de Cristo, para cobrir o homem da sua nudez - Gn.3.20;

- Nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado - Jo.19.32-36.
Era então o cordeiro preparado, tostado ao fogo, e comido apressadamente, isto porque deveriam sair dali muito rapidamente para não serem mortos antes da saída (creio eu), deveriam comer prontos para viajar, tendo os pés calçados, cajado nas mãos.
Deveriam pedir e levar tudo quanto pudessem carregar, Deus disse peçam tudo, jóias de prata e de ouro e roupas, peçam que os egípcios lhes darão, "dito e feito".
Foram enriquecidos da noite para o dia e quando comessem algo lhes aconteceria.

- Em tudo foram enriquecidos - Prova: Êxodo 12.35-36; Salmos 105.37; 


- Saíram com suas ovelhas, cabras, gado e outras riquezas; 



- No Egito, a despeito de sua vida árdua, os israelitas, cativos, contavam com boa variedade de alimentação, que relembravam com saudades quando vagueavam por 40 anos andando em círculos pelo deserto (o tempo normal para o mesmo percurso seria de aproximadamente 15 dias) - peixe em abundância, pepinos, melões, alhos pôrros, cebolas, alhos - Ex.16.3; Nm.11.5. Esta alimentação farta não os eximia de outros problemas de saúde, afinal, foram escravizados por "430 anos" - Êx.13.40; moravam como escravo, eram tratados como escravos, não tinham salário. Segundo alguns comentadores, tinham várias doenças de pele, e problemas respiratórios, pois viviam na lama e no pó das palhas amassando barro para o fábrico e colocação de "tijolos" - principalmente nos últimos dias pelo furor do Suberano Faraó -, haviam entre eles muitos velhos, pessoas doentes, afinal eram cerca de 3 milhões de pessoas, segundo nos informa a tradição judaica - 600.000 homens multiplicado por pelo menos cinco pessoas em cada família: (600.000x5=3.000.000), considerando a ordem do Senhor "multiplicai e enchei a terra" - Gn.1.28; Êx.12.37, e ainda a outra promessa de que o salvador nasceria de uma mulher - "todas queriam ter muitos filhos, "quem sabe um deles fosse o Cristo", seria uma honra regar o salvador do mundo".



- Mas quando comeram daquele cordeiro, todos, absolutamente todos os doentes foram imediatamente curados de toda e qualquer doenças, enfermidades ou males, os cochos, aleijados, paralítico, todos foram instantaneamente sarados - prova textual: Êxodo 15.26; Salmos 105.37; Salmos 107.19-20, Deus, sendo onisciente não dispensaria aquela multidão para perambular por 40 anos pelo deserto sem as mínimas condições físicas; 



- Paulo diz que em tudo fomos enriquecidos - ICo.1.5; Pv.10.22. 



- A obrigatoriedade em observar ou guardar a Páscoa era tanta, que o não cumprimento acarretaria em condenação à morte - Nm.9.13.



NA ERA CRISTÃ

A liturgia pascal incluía uma doxologia, vários cálices de vinho veja Vinho nos tempos de Jesus distribuídos entre os comensais, a refeição da história do êxodo, pelo hospedeiro, durante a refeição, a ingestão do cordeiro assado, juntamente com pão sem fermento e ervas amargosas, tudo concluído com o cântico de Salmos. Eram consonância com as expectações judaicas sobre um banquete messiânico, Jesus já havia comparado o Reino de Deus com um banquete. Também já havia descrito os seus sofrimentos com a metáfora de um cálice a ser bebido.

Outrossim, a Páscoa comemorava a redenção dada por Deus à nação de Israel, antes escravizada pelos egípcios, em conexão com o sacrifício do cordeiro pascal.

O Novo Testamento ensina que os cristãos devem participar de Cristo, na Ceia do Senhor COMENDO - Mt.26.26-29; Lc.22.14-23; Mc.14.22-25.

Num discurso notável, Jesus disse que os Seus discípulos teriam de alimentar-se dEle se quisessem ter a vida eterna - "Quem de mim se alimenta, por mim viverá" - Jo.6.53-57.

Dizia Jesus quando da multiplicação dos pães que não deveriam preocupar-se com a comida que perece, mas sim com a comida que dura para sempre, que ele lhes dá; Tal comida é ele mesmo, o Seu corpo e o Seu sangue. Aqueles que crêem nEle devem comer a sua carne e beber o seu sangue - tal afirmação de Jesus foi recebida com estranheza por sua platéia, pois eram todos judeus e seguidores da Lei de Moisés, o que gerou a seguinte dificuldade, tratada no ponto a seguir.



CANIBALISMO

Esta possibilidade irracional é impossível de ser até mesmo pensada - como poderíamos comer, mastigar o corpo de Cristo, sendo nós milhões? - Esta idéia berrante foi aventada por alguns comentadores, quando consideravam a expressão usada por Jesus no livro de Jo.6.53-56, quando arrazoava com alguns Judeus e dizia: "... quem comer a minha carne e beber o meu sangue ...".
Santo Agostinho, Bispo de Hipona, explica-nos a linguagem de Jesus como sendo: "uma figura que quer nos comunicar a paixão do nosso Senhor, e entesourar de maneira secreta e proveitosa em nossas memórias o fato de que ele foi crucificado e traspassado por nós".
  • Moody dá sua contribuição para a compreensão do texto: Os Judeus discutiam entre si sobre a possibilidade de Jesus lhes dar a sua carne para comer. Tornando o assunto ainda mais complicado, nosso Senhor indicou que seu sangue além de sua carne, devia ser aceito se alguém quisesse ter vida. A vista da proibição do Velho Testamento contra a ingestão de sangue, a ofensa contida: essas palavras parecem antecipar o significado da Ceia do Senhor.
"O alimento e a bebida da Ceia são, fisicamente, o pão e o vinho, veja Vinho nos tempos de Jesus e espiritualmente, a carne e o sangue do filho do homem: o verdadeiro alimento e a verdadeira bebida porque efetuam a sagrada união do filho de Deus com aqueles que crêem nEle, comunicando assim a vida eterna e garantindo a imortalidade. A união do Pai com o Filho e, portanto, estendida enlaçando também os crentes. 

Assim como o Pai comunica vida ao filho, assim o filho comunica vida àqueles que se alimentam dele, concedendo-lhes a imortalidade."

  • Bernardo de Claraval também dá suas impressões: "... quem comer a minha carne ..." assim: "Aquele que medita em minha morte, e seguindo o meu exemplo, mortifica seus membros que estão sobre a terra, tem a vida eterna - em outras palavras, quem sofrer comigo, também reinará comigo".
    O verdadeiro sustendo e refrigério da nossa vida espiritual só pode ser encontrado naquele que morreu para que nós pudéssemos viver. Em todas as maneiras pelas quais seu povo se alimenta dEle pela fé - não só na Ceia, mas ao ler e ouvir a Palavra de Deus, ou em oração solitária ou coletiva, ou em meditação, etc - está cumprindo as condições que ele estabelece aqui, e recebe a bênção prometida.
  • Comer o corpo (a carne) de Cristo literalmente é uma heresia gritante.
A história relata casos de canibalismo, a chamada antropofagia, prática mais comum entre os índios. Os índios tupis do litoral brasileiro devoravam seus inimigos - século XVI em cerimônias coletivas, já os Yanomamis praticavam a antropofagia funerária, comiam as cinzas dos mortos com purê de banana como forma de homenegea-los e ajudar a alma daquele que morreu, para este grupo tribal, comer cinzas de um amigo morto é uma prova de respeito e afeto, não é um gesto de ódio, mas de amor. Os Yanomanis guardam as cinzas dos mortos em cabaças lacradas dentro de cestos. São consumidas aos poucos em sucessivas cerimônias.

O canibalismo garante a ida para o céu de quem é comido.

Aqui porém, nos ateremos aos relatos Bíblicos de ocasiões em que houve a prática do "canibalismo", ou simplesmente é assim, conforme segue abaixo:
Lv.26.29 - "Comereis a carne de vossos filhos e de vossas filhas."
Dt.28.53 - "Comerás o fruto de teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor teu Deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão".
IIRs.6.24 -30 - v. 28 - "Perguntou-lhe o rei: Que tens?

Respondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu".

Jr.19.9 - "Fa-los-ei comer a carne de seus filhos, e as carnes de seu próximo, no cerco e na angústia em que os apertarão os seus inimigos, e os que buscam tirar-lhes a vida".
Lm.2.20 - "Vê, ó Senhor, e considera a quem fizeste assim! Hão de as mulheres comer o fruto de si mesmas, as crianças do seu carinho? Ou se matará no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta?".
Lm.4.10 - "As mãos das mulheres outrora compassivas cozeram seus próprios filhos: estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo".
Ez.5.10 - "Nossa pele de esbraseia como um forno, por causa da ardor da fome".


Ainda Canibalismo

Por não aceitarmos a interpretação literal da passagem em tela, refutamos a seguir a afirmação dos tais comentadores, analisando cuidadosamente o texto.
- Jo.52-55 - A congregação judia foi tumultuada pelas palavras que Jesus lhes dirigia, pois não pensaram que Jesus estivesse falando seriamente de canibalismo. Mas este era o sentido natural das suas palavras. Era uma maneira ofensiva de falar;
- Era por demais difícil aos ouvintes (Judeus) assimilarem tal afirmação de Jesus. A Lei de Moisés previa uma maldição para quem bebesse uma gota de sangue somente (o que inclui comer carne com sangue), a idéia de beber o sangue do Filho do homem era complemente odiosa e berrante;
- No versículo 54 o verbo comer não é pagein = phagein, usado até este ponto do texto, mas agora Jesus usa trogein = trogein, uma palavra mais grosseira que significa: "beliscar, triturar, ruminar de boca aberta ou mastigar ruidosamente, usada no grego clássico para indicar animais no ato de comer;
- A linguagem de Jesus se utiliza fala da união de fé que estabelece uma presença de um no outro, uma "co-inerência", de Jesus e seu povo. Nos escritos de João, esta experiência é expressa diversas vezes através do verbo grego meno = meno que significa: "habitar, permanecer, morar".


DESCRIÇÃO DE UMA CERIMÔNIA INDÍGENA

O preso circulava pela aldeia e era exibido aos vizinhos. A execução atraía convidados, em festas e danças regadas a cauim (uma bebida fermentada à base de mandioca). O preso recebia a chance de vingar sua morte, antecipadamente. Pintado e decorado, era amarrado pelo ventre com a mussurama (uma corda de algodão) e recebia pedras para jogar contra a audiência. Insultava a todos, provando sua coragem.
O carrasco vestia um manto de penas, imitava uma ave de rapina e usava uma ibirapema (borduna). O padre José de Anchieta conta, em suas Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões, que viu um preso desafiar o algoz, aos gritos: "Mata-me! Tens muito que te vingar de mim! Comi teu pai. Comi teu irmão! 

Comi teu filho! E meus irmãos vão me vingar e comer vocês todos."

Muitos insultos, segundos antes do golpe fatal. Um golpe na nuca rompia o crânio. Acudiam mulheres velhas, com cabaças, para recolher o sangue. Tudo era consumido por todos. As mães besuntavam os seios de sangue para os bebês também provarem do inimigo. O cadáver era esquartejado, destrinchado, assado numa grelha e disputado por centenas de participantes que comiam pedacinhos. Se fossem muito numerosos, fazia-se um caldo dos pés, mãos e tripas cozidas. Os hóspedes retornavam às aldeias levando pedaços assados.
Só o carrasco não comia. Entrava em resguardo, em jejum, e, após a reclusão, adotava um novo nome. O acúmulo de nomes era sinal de bravura: indicava o número de inimigos abatidos. Grandes guerreiros tinham até 100 apelidos. Comer o inimigo era afirmar potência. "O canibalismo exprimia a força do predador, na sua capacidade máxima", diz Carlos Fausto. "Para eles, os seres potentes eram devoradores. Como o jaguar."
Fonte: Revista Superinteressante - resumo da matéria veiculada no mês de Agosto de 1997.


VETERANOS CONFESSAM



Um grupo de veteranos do Exército Imperial Japonês confessou publicamente esta semana - agosto de 1997 - ter cometido terríveis atrocidades durante a guerra.

Os ex-soldados decidiram quebrar o silêncio e descrever sua participação em assassinatos, estupros e canibalismo durante a ocupação da China.
"Pretendemos dividir nossas experiências com os jovens antes de morrer", "São coisas que eles não encontrarão nos livros censurados pelo governo" - (comunismo).
Um sargento confessou que estuprou e assassinou várias chinesas. Por causa da falta de alimentos, ele cortou pedaços da carne das coxas das mulheres, fritou e serviu como refeição a membros da sua unidade.

"Coisas terríveis como essas aconteciam diariamente em nossa divisão", disse Ebato. "Não podemos mais ficar em silêncio, pois alguns historiadores estão dizendo que essas atrocidades jamais ocorreram".


AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)

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