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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ANTROPOLOGIA 3 - RESPONDENDO AS QUESTÕES BÁSICAS DE NOSSA EXISTÊNCIA

RESPONDENDO AS QUESTÕES BÁSICAS DE NOSSA EXISTÊNCIA - 1

INTRODUÇÃO: Naturalmente todo ser humano tenta responder algumas questões a respeito de sua existência. Alguns buscam essas respostas sem perceber a existência destas perguntas em seu interior. Outros a buscam constantemente e chegam a ficar muitas decepcionadas com sua existência uma vez que não encontra respostas adequadas a estas perguntas.
Quero convidá-los a refletir sobre as seguintes questões: Quem sou eu? Qual é o meu valor? O que é a vida? Quem devo ser? O que devo fazer?
Vou buscar responder estas questões básicas de nossa existência, não com filosofias, mas por meio da Palavra de Deus, daquele que nos criou e que sabe o porque realmente existimos. Então vamos lá:

1 - Quem sou eu?
O Dr. William Glasser, autor de REALITY THERAPY (TERAPIA REAL), um dos psiquiatras mais brilhantes e inovadores de nosso tempo, faz duas considerações fundamentais sobre este sentimento de valor pessoal. Muitos acreditam que suas afirmações são verdadeiras.
A primeira consideração é que todos os problemas psicológicos, das neuroses mais leves às psicoses mais profundas, são sintomas da frustração desta necessidade humana básica – a necessidade de um sentido de valor pessoal. A gravidade e a duração dos sintomas (fobias, complexos de culpa, paranóia, etc.) são somente indicativos da profundidade e da duração de privação de auto-estima naquela pessoa.
A segunda consideração de Glasser é que a auto-imagem de qualquer ser humano é o fator determinante de todo o seu comportamento. Uma auto-estima verdadeira e realista é o elemento básico na saúde de qualquer personalidade. As pessoas agem e relacionam-se com outras de acordo com os pensamentos e sentimentos que têm a seu respeito.
Não é muito difícil concordar em teoria com estas considerações e com a necessidade básica de auto-estima.
Por que sofremos com problemas de auto-estima? Acredito que uma das razões é a falta de conhecermos quem somos?
A Palavra de Deus nos diz que somos criaturas de Deus. Ela diz mais do que isso, diz que somos criaturas especiais de Deus, fomos feito a Sua imagem e semelhança (Gn 1:26-27). Nenhuma outra criatura foi feita à imagem e semelhança de Deus. De todas as criaturas fomos às únicas em que Deus colocou sua própria imagem.
Você é especial. Isso não é maravilhoso. Diga a você mesmo: “Sou especial!” “Sou a imagem de Deus”. Aleluia! Você não é mero acaso de um Big-Bem, mas um projeto que nasceu no coração de Deus.

2 - Qual é o meu valor?
A resposta a esta indagação começa a aparecer sem demora. Se uma criança recebe afeição, abraços, beijos, cantigas de ninar, sorrisos e calor humano em quantidade, ela começar a ouvir respostas otimistas e cheias de alegria a sua pergunta. Estas respostas se infiltrarão na criança e ficarão ali indelevelmente gravadas. Ela irá tomando conhecimento daquilo que mais necessitava saber: EU SOU QUERIDA!
Contudo, se seus pais e especialmente sua mãe, com que no geral tem mais contato, forem pouco disponíveis ou incapazes de expressar afeto; se forem frios e distantes, irritados pelas exigências do bebe no meio da noite ou impacientes com suas fraldas molhadas, a criança absorverá estes fatos a sua maneira. A comunicação não-verbal desta irritação, desprazer ou mesmo raiva ficará gravada para sempre no organismo do bebe. De alguma forma, ele sente que causou estas reações. Ele não só grava estas mensagens, mas também grava suas próprias respostas emocionais de dúvida, ansiedade e insegurança. Elas estarão registradas dentro dele para o resto de sua vida. Esta criança terá uma tendência a se fechar.
Mais tarde, quando a criança começa a falar e a escutar, suas impressões de si mesma e de seu valor serão aprofundadas através da comunicação verbal. Se ela escutar palavras calorosas como: “Gosto de você... queridinha... bom menino... menininha do papai... etc.”, saberá que é boa e querida. Ela começará a desenvolver um sentido de valor pessoal e de segurança que a levarão à abertura e amizade para com os outros pelo resto de sua vida. A criança vai esperar calor humano e amor das pessoas, estando, portanto, inclinada a confiar e a ser aberta com elas.
Entretanto a maioria de nós ouvimos, em maior ou menor grau, uma mensagem muito diferente. Recebemos amor, mas sempre um amor “condicional”. Um bebe, mesmo em seu primeiro encontro com as palavras pode facilmente perceber condições impostas para receber o amor dos pais: “Se você ficar quietinha... se comer tudo... se não fizer bagunça... se fizer como seu irmão... etc”. Mais tarde, à medida que a criança se desenvolve, crescem também as cláusulas do amor condicional. A criança maior escuta um novo conjunto de exigências para receber amor: “Se você ajudar a limpar a casa... se não sujar a roupa... se tirar boas notas na escola... etc”. Uma coisa é certa quaisquer que sejam as condições: há um “preço de admissão” ao amor e você tem que pagar. Seu valor não está em você mesmo, mas em alguma outra coisa, em sua aparência, suas ações, seu sucesso, em ser e fazer o que os outros esperam de você.
Uma criança que aprendeu suas lições através de pais que ligavam e desligavam o amor alternadamente, concluirá que seu valor está na habilidade em atender as necessidades e desejos dos outros.
Gostaria que você soubesse hoje que Deus te ama independente de quaisquer coisas que você possa fazer para Ele. Deus simplesmente te ama porque você é para Ele especial. Deus te ama e ponto.
Seu amor por você é tão grande e profundo que Ele entregou Seu Filho único numa cruz, para que você pudesse ter vida eterna (Jo 3:16).
Para muitas pessoas é difícil aceitar esta verdade, justamente por tudo que falamos, entretanto a Bíblia nos diz: (Ef 2:8-9) que somos salvos pela graça, isto é dom de Deus, não precisamos fazer nada para alcançarmos salvação. Deus exige de nós que apenas creiamos no sacrifício de Seu Filho por nós.
Contudo a maneira como somos tratados neste mundo nos faz pensar, nos leva a acreditar que temos que pagar algo pelo amor de Deus. Para nós homens é difícil aceitar um amor que não nos pede nada, por isso muitos criam diversas leis para servir a Deus.
Deus exige de nós santidade, mas isto não tem nada a ver com salvação e sim com o novo estado que assumimos uma vez que cremos em Jesus como nosso único Salvador. Como já dissemos em Cristo você é nova criatura, se torna filho de Deus, nascido para viver em santidade, para viver na busca da plenitude de Cristo.

3 - O que é a vida?
Efésios 1:5, 12 – Nos predestinou para ELE... a fim de sermos para louvor da SUA glória.

• O propósito de sua vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais ambiciosos sonhos e aspirações.
• Se você quiser saber por que foi colocado neste planeta, deverá começar a conhecer a Deus, buscá-lo de todo seu coração, pois você nasceu de acordo com os propósitos DELE e para cumprir os propósitos DELE.
• Ao contrário do que dizem muitos livros famosos, filmes e seminários, você não irá descobrir o significado de sua vida olhando dentro de si mesmo.

Romanos 8:6 – Porque o pendor da carne da para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz – A obsessão consigo mesmo nesses assuntos leva a uma situação sem solução; a atenção para com Deus nos leva a uma vida livre a abundante.

• É somente em Deus que descobrimos nossa origem, nossa identidade, o que significamos, nosso propósito, nossa importância e nosso destino. Todos os outros caminhos levam a um beco sem saída.
• Viver é deixar Deus usá-lo para SEUS propósitos, e não você usar a Deus para o que deseja.
• Ser bem-sucedido e cumprir o propósito para sua vida são coisas absolutamente distintas! Você poderia alcançar (pode) seus objetivos pessoais, tornando-se um sucesso pelos padrões do mundo, e ainda assim falhar em alcançar os propósitos para os quais Deus o criou.
• Deus não nos deixou às cegas, para ficarmos nos questionando e conjecturando. Ele claramente revelou, ao longo da Bíblia, seus cinco (Adoração, Comunhão, Discipulado, Ministério e Evangelização) propósitos para nossa vida. É o nosso “Manual do proprietário”, que explica por que estamos vivos, como a vida funciona, o que evitar e o que esperar do futuro. Ela explica o que nenhum livro de auto-ajuda ou de filosofia pode saber.
• Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida: é a fonte dela. Para descobrir o propósito para sua vida, volte-se para a Palavra de Deus, e não para a sabedoria do mundo.

Colossenses 1:16 – pois NELE foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio DELE e para ELE.

Eclesiastes 3:11 – Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o principio até o fim.

• Seu relacionamento com Deus na terra, determinará seu relacionamento com Deus na eternidade.

2 Coríntios 5:1 – Sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos eterna, nos céus – De fato, nós sabemos que, quando for destruída esta barraca em que vivemos, que é o nosso corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. Essa casa não foi feita por mãos humanas; foi Deus quem a fez, e ela durará para sempre.

• Somente um tolo passaria pela vida despreparado para o que todos sabemos que acabará acontecendo. Provérbios 1:7.
• O modo de você definir a vida determinará o seu destino.
• Toda a vida na terra é um teste. Você está sempre sendo testado.
• Uma vez que tenha compreendido que a vida é um teste, você percebe que nada é insignificante na vida. Mesmo o menor incidente é relevante para o desenvolvimento de seu caráter. 2 Cr 32:31.
• Nosso tempo sobre a terra, nossa energia, inteligência, oportunidades, relacionamentos e recursos são dádivas que Deus nos confiou para cuidarmos e administrarmos. Somos mordomos de tudo quanto Deus nos dá. Sl 24:1.
• A maioria das pessoas não consegue perceber que o dinheiro é tanto um teste quanto uma incumbência de confiança dada por Deus. Deus usa a área financeira para nos ensinar a confiar NELE.
• Para usar sua vida da melhor forma possível, você não deve nunca esquecer duas verdades:
o Primeira: Em comparação com a eternidade, a vida é extremamente breve.
o Segunda: A terra é apenas uma residência temporária.
o 1 Co 7:31
• A nossa identidade está na eternidade, e a nossa pátria é o céu.
• O fato de a terra não ser nosso lar definitivo explica por que, como seguidores de Jesus, experimentamos dificuldades, aflições e rejeições neste mundo. Isso também explica por que algumas promessas de Deus parecem não ter sido cumpridas, algumas orações parecem não-respondidas e algumas situações parecem injustas. Esse não é o final da história. 1 Pe 2:11
• Para impedir que fiquemos muito apegados a terra, Deus nos permite sentir uma substancial quantidade de descontentamentos e desgostos na vida – anseios que jamais serão satisfeitos deste lado da vida.
• É um erro fatal presumir que a meta de Deus para sua vida é a prosperidade material ou o sucesso popular, como determina o mundo. A vida em abundancia não tem relação com abundancia material, e a fidelidade a Deus não garante sucesso na carreira ou mesmo no ministério. Jamais concentre seus esforços em coroas temporárias.

• EM FIM PODEMOS AFIRMAR QUE EXISTIMOS PARA “GLORIFICAR A DEUS”. Rm 11:36 – ... tudo é para sua glória...; Pv 16:4

• Como posso glorificar a Deus? Jesus glorificou a Deus cumprindo seu propósito na terra. Nós honramos a Deus da mesma forma. Glorificamos a Deus quando cumprimos nosso propósito. Jo 17:4

• Glorificamos quando: (1) o adoramos; (2) amamos os outros crentes, vivemos em comunhão com os outros crentes; (3) quando nos tornamos discípulos de Jesus, quando imitamos sua forma de viver; (4) quando servimos as outras pessoas com nossos dons; (5) quando falamos DELE a outras pessoas.

• Viver o resto de sua vida para a glória de Deus exigirá uma mudança em suas prioridades, agenda, relacionamentos e tudo o mais; e algumas vezes significará pegar o caminho mais difícil, em vez do mais fácil. (Jo 12:25).


Conclusão: Nossa existência não é mero acaso, fomos criados por Deus com um propósito singular: Glorificá-lo.
Só viveremos a verdadeira paz se permitirmos que Cristo nos conduza a este propósito, pois sem Ele não conseguiremos glorificar a Deus. Sem Cristo jamais seremos aptos para servirmos de todo coração a Deus e ao nosso próximo.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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