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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

RELIGIÕES 3 - AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A SOCIEDADE TORRE DE VIGIA


1. A Sociedade Torre de Vigia no Brasil

De acordo com o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1974, os ensinos da Torre de Vigia chegaram ao Brasil depois de contatos de alguns marinheiros brasileiros com as Testemunhas de Jeová em Nova Iorque, Estados Unidos, por volta de 1920. Em março de 1922, a Sociedade enviou seu primeiro representante ao Brasil, marcando nesta mesma ocasião, a primeira reunião pública no auditório do Automóvel Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.

A primeira revista em português, A torre de Vigia, foi publicada em 1923 (esta publicação foi interrompida nos anos 20 e reiniciada em 1937). O nome da revista foi mudado para A Atalaia em 1940 devido à suspeita do governo em relação ao nome Torre de Vigia. Além disso, os Adventistas já tinham uma revista com nome semelhante, e, assim, em 1943, o título passou a ser A Sentinela, que é o nome atual da publicação. Uma outra importante revista da Sociedade que foi publicada com o título de Consolação, passou a ser chamada Despertai! A partir de 1940.

O Brasil ocupa hoje o terceiro lugar no mundo em números de Testemunhas de Jeová, sendo superado apenas pelos Estados Unidos e México. Do seu imenso complexo gráfico e sede administrativa localizados em Cesário Lange, interior de São Paulo, partem as literaturas que promovem a organização e enganam milhares de almas preciosas. De acordo com a Sentinela de 15/09/91, em Abril de 1991, 308.973 "ceifeiros" (total de membros) dirigiram 401.574 estudos bíblicos domiciliares. Em 30 de março de 1991, cerca de 897.739 pessoas, entre membros e simpatizantes, reuniram-se para comemorar a "refeição noturna do Senhor" (ceia, celebrada anualmente).



2. Origem das Testemunhas de Jeová

2.1 Charles Taze Russell

O fundador do movimento das Testemunhas de Jeová Charles Taze Russell, nasceu em 1852 em Pittsburgo, EUA, filho de presbiterianos de linhagem escocês-irlandesa. Russell foi da Igreja Congregacional e por fim adventista, e considerava os principais líderes do adventismo como seus mestres em assuntos religiosos.

Russel sentiu-se atraído pelas doutrinas adventistas, porque um dos ensinos deles é a crença do sono da alma. A doutrina que nega a existência do inferno ardente foi bem aceita por Russell.

Em 1870, aos 18 anos, Russell fundou uma classe de estudos bíblicos em Pittsburgh, que seis anos depois elegeu-o seu "pastor". De 1876 a 1878, foi redator assistente de uma pequena revista mensal, publicada em Rochester, Nova Iorque. Contudo, devido a uma controvérsia causada por seus contra-argumentos sobre a obra expiatória de Cristo, ele se demitiu do cargo.

Pouco depois de deixar a revista, Russell fundou a publicação A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo que depois iria tornar-se A Sentinela. Começando com uma edição de apenas 6.000 exemplares em julho de 1879, a publicação cresceu e hoje (1991) tem uma tiragem quinzenal de 15.000.000 de exemplares em 111 línguas. O outro periódico da seita, Despertai!, tem uma tiragem quinzenal de 13.000.000 de exemplares. Essa revista cresceu enormemente chegando a superar mesmo os alvos e metas mais ambiciosos que Russell se propusera.

Em 1884 o movimento adquiriu o seu registro sendo Russel nomeado pelo seus discípulos como presidente. Russell registrou a organização "Zion's Watch Tower Tract Society" (Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados). O grupo foi dividido em várias facções após a morte de Russell, quando o seu sucessor Rutherford publicou a obra intitulada "The Finished Mistery" (O Mistério Consumado), em 1917.

A propósito, o nome de "Testemunhas de Jeová" foi adotado em 26 de Julho de 1931, em Columbus, Ohio, EUA, para distinguir a Torre de Vigia dos seguidores de Russel, representados pela organização "The Dawn Bible Students" (Auroristas – Associação dos Estudantes da Bíblia). Rutherford disse que os russellitas tiveram uma revelação que lhes ordenava adotarem o nome de "Testemunhas de Jeová". Também declaram ser a "Sociedade do Novo Mundo".


2.1.1 Mentiras de Russell

O jornal Eagle do Brookly sempre esteve à frente dos esforços para desmascarar o "Pastor" Russell, e a melhor coisa que elaborou foi esse depoimento "em cima de fatos" acerca de suas alegações fraudulentas. As provas documentárias que damos a seguir são extraídas do The Brookly Daily Eagle, pág. 18, de 19 de fevereiro de 1912, e o título do artigo é "Os sermões imaginários do pastor Russell, relatórios impressos de discursos em terras estrangeiras – que jamais foram proferidos. Citamos como exemplo o discurso proferido no Havaí". Esses recortes dizem respeito à "turnê mundial" do pastor, e oferecem muitas revelações acerca de sua falsidade e falta de credibilidade.



""O "Pastor" Russel, que tem achado o ambiente do Brookly meio hostil a ele desde que o EAGLE publicou alguns fatos relacionados com seus métodos de ação e sua moral, vem marcando novos tentos em outras partes do mundo. Está pregando sermões a platéias imaginárias nas ilhas tropicais, e efetuando "investigações e pesquisas" nas missões da China e do Japão, passando algumas horas em cada um desses países.

Depois que o EAGLE desmascarou a empreitada do "trigo milagroso" do "Pastor" Russel, e publicou o depoimento com base no qual a Sra. Russell obteve o divórcio e a pensão, o "pastor" teve a idéia de fazer uma "turnê pelo mundo". Mandou sua gráfica imprimir literatura publicitária, despachando volumosos pacotes dela para todos os lugares aonde tencionava ir. Depois comprou espaço em muitos jornais americanos para publicar seus sermões imaginários.

Sua primeira parada, depois de partir de um porto do Pacífico, foi Honolulu. Pouco depois, os jornais publicavam como matéria paga os longos discursos do "pastor", enviados por cabograma. Em um dos jornais que publicaram essa matéria, a nota iniciava-se assim:

"Honolulu, Ilhas Havaianas.

A Comissão de Estudantes Internacional da Bíblia esteve em Honolulu, onde fez observações. O Pastor Russell, líder dessa Comissão, pregou na ocasião, para um grande auditório que o ouviu atentamente."

Em seguida, o jornal transcreve o sermão, cheio de citações sobre o local e alusões ao "Paraíso do Pacífico".

De há muito se sabe que o "Pastor" Russell possui uma forte imaginação, mas agora parece que ele já se tornou capaz até de pregar sermões imaginários. A verdade é que o Pastor Russell não pregou em Honolulu durante as poucas horas em que seu navio parou nesse ponto para abastecer. Desejando um relatório acurado de seu sermão, o EAGLE escreveu para o redator do jornal HAWAIIAN STAR, publicado em Honolulu. Pouco depois recebemos a seguinte resposta:

"Em resposta à sua consulta de 19 de dezembro concernente ao Pastor Russell, temos a dizer que ele esteve aqui durante algumas horas com uma Comissão de Estudantes da Bíblia para investigação das missões estrangeiras, mas não fez nenhum discurso público como foi anunciado." Walter G. Smith, Redator do Star.""



Outras evidências demonstram que essa ocorrência não foi um caso único. Russell lançou mão de muitos desses golpes. Apesar de suas afirmações de que as leis e os governos terrenos são organizações do diabo, ele era sempre o primeiro a recorrer a eles pedindo proteção, quando isso lhe convinha.

Para mencionar apenas um caso, além da ação movida contra o EAGLE, citaremos o processo por difamação que ele moveu contra o Rev. J. J. Ross, pastor da Igreja Batista da Rua James, de Hamilton, Ontário, quando esse corajoso pastor escreveu um cáustico panfleto, denunciando as doutrinas de Russell, bem como sua conduta pessoal. Russell perdeu a causa apesar de ter sido defendido por J. F. Rutherford.

"Em junho de 1912, o Rev. J. J. Ross, pastor da Igreja Batista da Rua James, em Hamilton, Ontário, publicou um panfleto intitulado "Alguns fatos sobre o autodenominado "Pastor" Charles T. Russell". Nessa publicação ele não mede palavras para denunciar Russell, suas qualificações e exemplo moral como "pastor". Imediatamente Russell processou Ross por difamação, numa tentativa de silenciar o destemido pastor...

A essa altura, é preciso registrar que num processo de difamação como o que foi movido por Russell, o queixoso (Russell) tinha de provar que as acusações assacadas contra ele pelo acusado (Ross) eram falsas. É interessante observar que Russell perdeu a ação contra Ross...

O "pastor" Russell recusou-se a apresentar evidências para comprovar a ação movida, e a única prova que apresentou foi sua palavra empenhada sob forma de juramento, no interrogatório feito pelo advogado de Ross, Dr. Staunton. Negando as acusações feitas por Ross, automaticamente estava alegando possuir alta formação acadêmica, formação teológica reconhecida (sistemática e histórica), e conhecimento prático das línguas mortas (grego, hebraico, etc.), além de ter sido ordenado por um concílio reconhecido. O panfleto de Ross foi lido na íntegra, e Russell negou veementemente cada uma das acusações, com exceção do "escândalo do trigo milagroso", que afirmou conter uma parcela de verdade.

Finalmente o "pastor" Russell havia cometido um sério erro. Ele dera depoimento sob juramento, perante Deus, e se comprometera a falar "a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade". Em breve iria arrepender-se de ter dado esse depoimento, podendo ser acusado de perjúrio, uma experiência muito desagradável para o "pastor", e que justifica sua aversão por tribunais.

As Testemunhas de Jeová não podem negar essas evidencias documentais; está tudo muito bem comprovado. Não se trata de "nenhum golpe das outras religiões" para macular a memória do "pastor"... Por isso elas não gostam de ser chamadas de russellitas e fazem de tudo para se desassociar-se de sua figura.

O interrogatório durou cinco horas. Eis uma amostra de como ele respondeu às perguntas.

Reproduzimos a seguir, uma transcrição do processo Russell contra Ross, relativo à acusação de perjúrio feita contra Russell, que foi tirada de uma cópia que se encontra nos arquivos da seita no Brooklyn.



P. (Dr. Staunton – Advogado): "O senhor conhece o alfabeto grego?

R. (Russell): "Oh, sim!"

P. (Staunton): Sabe me dizer o nome das letras se vê-las?"

R. (Russell): "Algumas. Talvez erre uma ou outra."

P. (Staunton): "Saberia dizer-me o nome destas letras aqui no alto desta página 447?"

R.(Russell): "Bom, não sei se saberia."

P. (Staunton): "Não sabe dizer-me que letras são estas? Olhe bem e veja se as reconhece."

R. (Russell): "Meu modo..." (Nesse ponto ele foi interrompido e não pode se explicar).

P. (Staunton): O senhor conhece bem a língua grega?"

R. (Russell): "Não".



Por esse registro pode-se notar que em seu depoimento Russell se contradisse várias vezes."

Primeiro afirmou conhecer o alfabeto grego; e, por fim afirmou não conhece-lo.

Mas o depoimento de Russell não ficou só nisso. Indagado pelo Dr. Staunton, confessou que não sabia nada de latim, nem de hebraico, que nunca havia feito cursos de filosofia, de teologia sistemática e não possuía diploma de curso superior. Após ter jurado que possuía todos estes conhecimentos acabou confessando sua mentira. Também confessou no tribunal que nunca havia sido ordenado por um bispo, um pastor, um presbítero, um concílio, ou qualquer outro grupo de pessoas vivas. Isso significa que ele mesmo se auto-denominou pastor.

Existem ainda muitas evidencias sobre a vida moral de Russell, mas não vejo razão para introduzir neste texto informações de natureza lasciva. O caráter desse homem está bem claro para quem quiser ver.



2.1.2 Fim do ministério de Russell

Russell faleceu desapontado e frustrado em 31 de Outubro de 1916 quando viajava de trem para o Texas, e nenhuma das suas "profecias" teve cumprimento.



2.2 Publicações da organização

As publicações da STV são eivadas de preconceitos e sectarismos, cujos comentários são norteados por uma visão egocêntrica da organização. As obras produzidas pela STV são anônimas, são mais uma charada que mesmo um compêndio teológico, não trazem o nome de seus autores, vêm sob o copyright da organização. Sua redação é bem cuidadosa e sutil, o que permite omitir muitas coisas sem afirmar e sem negar nada, e dessa forma podem passar despercebidos muitos detalhes importantes. Por exemplo: esses livros não trazem a bibliografia, para dar a entender que tudo o que escreveram teve sua origem na organização. Lançam mão das obras da "cristandade", mas não querem que o povo saiba que eles precisaram das obras dos "inimigos de Jeová" para instruir os servos da organização. Esse anonimato teve sua origem depois de 1942, já sob o governo do terceiro presidente da organização N. H. Knorr.

Algumas publicações de Russell:

- Herald of the Morning (O Arauto da Aurora). Publicada em Rochester, Nova Iorque, por N.H. Barbour, um dissidente do adventismo, cujo grupo era composto por 30 membros. Isso se deu no início do movimento, Russell rompeu com o grupo por divergências doutrinarias.

- The Watchtower (A Sentinela).

- Studies in the Scriptures (Estudos das Escrituras – são sete volumes. Os seis primeiros volumes têm como titulo original "Millennial Dawn" que significa Aurora do Milênio. Esses sete volumes são interpretações esotérico-cabalistas das Escrituras, predominando o subjetivismo).

1) The Divine Plan of the Ages (O Plano Divino das Idades – Vol 1 – publicado recentemente em português pelos auroristas).

2) The Times Is at Hand (O Tempo Está Próximo – Vol 2 – Obra eivada de falsas profecias).

3) Thy Kingdom Corne (O Reino Dele Vem – Vol 3 – Trata do cálculo das pirâmides de Gizé, para justificar o Armagedom para 1914).

4) The Day of the Vengeance (O Dia da Vingança – passou a se chamar A Batalha do Armagedom é o volume 4).

5) The At-one-men Between God and Man (Numa Mente entre Deus e o Homem – vol 5).

6) The New Creation (A Nova Criação – Vol 6).

7) The Finished Mystery (O Mistério Consumado – Vol 7 – Publicado por Rutherford, como obra póstuma de Russel).

Russell em suas conferências e em seus escritos, negou várias doutrinas básicas da Bíblia, como por exemplo, a Trindade, a divindade de Cristo, a ressurreição física de Jesus e sua volta, o castigo eterno, e a realidade do inferno, para citar apenas algumas. O fato é que ele não possuía formação acadêmica para justificar sua interpretação da Bíblia.



Algumas publicações de Rutherford:

- Jeová (1934).

- Riquezas (1936).

- Inimigos (1937).

- Religião (1940).

- Filhos (1941).

- Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão.



2.3 Joseph Franklin Rutherford

Sucessor de Russell, nasceu em 08 de novembro de 1869, no Condado de Morgan, Missouri, EUA. Tornou-se adepto de Russell em 1906, embora seu contato com a seita tenha tido início em 1894, antes de mudar-se ara Nova Iorque. Em 1907 tornou-se conselheiro em diversos tribunais. Foi eleito pela organização em 06 de janeiro de 1917.

J. F. Rutherford no final do discurso fúnebre, junto ao corpo do "amado irmão Russell", que segundo os dizeres que ornavam seu caixão, foi "fiel até a morte". Diz o juiz: "Nosso irmão não está no sono da morte, mas foi instantaneamente transformado, passando da natureza humana para a divina, e agora acha-se para sempre com Deus".

O período em que o juiz Rutherford liderou a organização foi o de maior anarquia. Sobrepujou seu mestre em literatura e profecias paranóicas.

Rutherford pregava que o mal do mundo residia na trilogia: "religião, política e comércio". Disparou contra tudo e todos. Foi extremamente hostil ao clero católico e aos protestantes. Conseguiu contaminar seu grupo com o vírus do ódio.

A organização conseguiu inculcar na mente e na alma de suas vitimas a idéia de que todas as religiões são do diabo, sem, contudo saber separar a religião falsa da verdadeira. Rutherford agredia a tudo e a todos. Seu ódio mortal contra a religião foi passado para suas vitimas.

Hoje o Corpo Governante mudou o velho conceito rutherfordiano. Já admite existir religião verdadeira e conseguiu maquiar sua organização de "civilizada", apesar de os ataques ainda continuarem. Esta mudança radical se explica porque a STV descobriu que também é religião, sendo assim não podia escapar do seu próprio conceito do termo.



2.4 Profecias

Rutherford destruiu os volumes de "Studies in the Scriptures" – em que Russell ensinava ser impossivel conhecer as Escrituras sem o auxilio deles. Russell anunciou a vinda de Cristo para 1874, 1914; chegado o referido ano, nada aconteceu. Depois ele mesmo refez o cálculo e estabeleceu o ano de 1915 e depois o de 1918, mas ele morreu em 1916. Rutherford também refez o cálculo e estabeleceu o ano de 1925 como o início do milênio. Esta profecia se encontra no livro Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, livro escrito por Rutherford, traduzido para 30 línguas, com tiragem de 3.500.000 exemplares. (Veja Testemunhas de Jeová – comentários Exegético e Explicativo, vol. 2, cap. 8, o texto completo da "profecia" e sua análise).

Isso incomoda a STV até hoje. Várias tentativas foram feitas para atenuar o impacto dessa falsa profecia.

A própria STV declara que quem marca evento com data marcada, e tal evento não se cumpre, é falso profeta. Veja que a própria organização afirma isso, quando diz:



"Houve aqueles que, em tempos passados, predisseram um fim do mundo, até mesmo anunciando uma data específica. Alguns ajuntaram grupos de pessoas a eles e fugiram para as colinas ou se retiraram para suas casas, aguardando o fim, todavia, nada aconteceu. O fim não veio. Eram culpados de profetizar falsamente. Por quê? O que estava faltando?

Faltava a plena medida de evidência exigida em cumprimento da profecias bíblica. O que tais pessoas não tinham eram as verdades de Deus e a evidência de que Ele as guiava e usava."



Creio que o leitor já entendeu que a STV é uma organização de falsos profetas. Diz a STV:



"Os fatos físicos não se contradizem. São testemunhas silenciosas cujo testemunho tem que aceitar-se como indiscutível" ( The Harp of God – A Harpa de Deus, edição de 1928, p. 236).



Essa citação da revista Despertai!, juntamente com a última citação revelam que a STV admite que o tempo é o maior inimigo dos falsos profetas. Isso se cumpriu justamente com as próprias Testemunhas de Jeová. Com isso podemos afirmar, à luz da Bíblia, dos fatos e das próprias publicações da STV que Russell e Rutherford são falsos profetas. Assim, Russell e Rutherford estão incluidos no contexto de Dt 18:20-22.



2.5 Nathan Homer Knorr

Com a morte de Rutherford em 1942, N. H. Knorr assumiu o cargo de supremo dirigente da organização. Assumiu o cargo no período da Segunda Guerra. Foi eleito presidente em 13/01/1942 e, na sua administração, as obras publicadas pela STV, que até então traziam o nome dos seus autores, apareceram sob o copyright da "Watchtower Bible And Tract Society", sem o nome dos autores, mas com o nome da organização. Foi na era Knorr que STV fabricou a sua Bíblia peculiar, de acordo com a sua crença, TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS, que não traz o nome dos seus cinco "tradutores", sendo o próprio Knorr um deles. Knorr liderou a organização até a sua morte, em Julho de 1977, e suas influências podem ser vistas ainda hoje nas publicações.



2.6 "Tradutores" da Tradução do Novo Mundo

Já vimos que Charles Taze Russell fabricou de antemão suas crenças e procurou na Bíblia apoio para elas, e só conseguiu através de sofismas, arrancando os versículos do seu contexto, ou seja, a mesma técnica que Satanás usou contra Jesus, em Mt 4:5-6, quando citou o Salmo 91, mas de maneira deturpada, fora de todo o contexto bíblico. Assim a Bíblia se constituía num obstáculo para as Testemunhas de Jeová, porque ela atrapalhava as exposições de suas crenças. A solução foi fabricar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Assim, a STV contrabandeou os ensinos peculiares da organização para o texto das Escrituras.

Embora tenha havido várias outras traduções anteriores, também corrompidas, o lançamento oficial do Novo Testamento se deu no dia 02 de Agosto de 1950. a "Bíblia" completa, num só volume, foi publicada em 1961 pela STV, e é a "Bíblia" oficial da STV. É uma obra mutilada, tendenciosa, viciada e cheia de interpolações. Com ela torna-se mais fácil a seus adeptos aceitarem as crenças irracionais impostas arbitrariamente pela organização.

O texto da Bíblia traz uma mensagem, e o da TNM outra antagônica e portanto diferente. Não conserva a inspiração original. Por essa razão não devemos recebê-la como a Bíblia Sagrada.

A STV sempre omitiu os nomes dos "tradutores" da TNM. O Sr. Frederick W. Franz, 4o presidente da organização, disse, ao justificar esse anonimato:



"...O comitê da tradução queria que ela permanecesse anônima, e não buscava qualquer glória ou honra para a obra da tradução, tendo quaisquer nomes ligados a ela"



Mas William Cetnar, ex-Testemunha de Jeová, trabalhou na sede mundial em Nova Iorque, como assistente do Corpo Governante, diferentemente, alegou que a justificativa desse anonimato é o fato de eles serem leigos, porque nenhum deles conhecia as línguas hebraica e grega, e ficaria ridículo seus nomes constarem no frontispício da TNM. Disse:



"Quando eu estava em Betel,, os trabalhos na TNM estavam em andamento, e boa parte estava completa. A comissão de Tradução pediu que os nomes dos tradutores fossem mantidos em sigilo, mesmo depois da morte (JEHOVAH'S WITNESSES IN THE DIVINE PURPOSE, p. 258). Eu, sabendo quais eram os tradutores, pois todos sabiam disso em Betel, eu também, se estivesse na Comissão de Tradução, desejaria que o meu nome fosse mantido em sigilo. Era duplo o motivo para o anonimato dos tradutores: (1) as qualificações dos tradutores não poderiam ser verificadas e avaliadas, e (2) não haveria ninguém para assumir a responsabilidade pela tradução" .



O Sr. William Cetnar declinou os nomes dos membros dessa Comissão de Tradução, caso você tenha interesse em saber é só consultar o livro COMO RESPONDER AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ .



2.6.1 Finalidade da "Tradução do Novo Mundo"

A TNM é uma versão parafraseada à moda da organização. Os textos dela são reescritos até que não tratem de assuntos doutrinários que interessam ao Corpo Governante. Todas as passagens bíblicas, que revelam as doutrinas vitais do cristianismo, estão mutiladas, distorcidas inescrupulosamente e violentadas impiedosamente. O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová violou os textos sagrados e a esse adultério chamam, de "desvios ocasionais". A STV disse da TNM:



"Tem havido desvios ocasionais do texto literal, com o fim de transmitir as expressões idiomáticas hebraicas e gregas para o inglês inteligível" .



Nesses "desvios ocasionais do texto"; portanto, a STV adaptou as Escrituras às suas crenças. Essa é, pois, a finalidade da TNM.



2.6.2 A Tradução do Novo Mundo em português

Todas as traduções existentes no mundo deveriam ser traduzidas das línguas originais: hebraica e grega, mas, isso não ocorre com a TNM.

Segundo José Luis Garcia, em sua obra: Los Testigos de Jehová a La Luz de La Bíblia, p. 39, a TNM é um arranjo da Versão Inglesa do Rei Tiago, feito pelo Comitê de Tradução da STV, e a própria organização faz uma declaração que induz qualquer leitor a suspeitar disso. Diz a STV em sua obra: Los Testigos de Jehová em el Propósito Divino, p. 249, o seguinte:



"... a Novo Mundo não é uma revisão da Versão Americana Normal, é completamente nova, do texto original".



3. Como evangelizar as Testemunhas de Jeová

É o povo mais difícil de evangelizar, em virtude de o Corpo Governante haver colocado em volta delas grande muralha de bronze para impedir a penetração do evangelho de Cristo.

Para evangelizar a Testemunha de Jeová você precisa de oração. Procure conquistar a sua confiança e simpatia e ore com freqüência por ela.

Não pense em ganhar uma Testemunha de Jeová para Jesus apenas com uma visita ou num encontro. Tal visita será apenas uma porta aberta para se estabelecer uma amizade e por ela evangeliza-la.



4. O que representa o Corpo Governante para as Testemunhas de Jeová?

Às Testemunhas de Jeová foi ensinado que o número de cristãos fiéis não chegou a 144.000, no primeiro século do cristianismo.

Em 1914, segundo a organização, Jesus foi entronizado no reino. Nessa ocasião encontrou um grupo de fiéis: os remanescentes dos 144.000.

O Corpo Governante, usando Mt 24:45; Lc 12:42, parábola do "servo fiel e prudente" ou "escravo fiel e discreto" na TNM, afirma que a STV é o remanescente do "escravo fiel e discreto" e o Corpo Governante seu porta-voz, o único canal de comunicação entre Jeová e o homem. Segundo a própria organização ninguém é capaz de entender a Bíblia sem ajuda do "escravo fiel e discreto".



5. Os nomes de Deus

"Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu Sou o Senhor. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido." (Êx 6:2, 3).

Vários termos hebraicos são usados na Bíblia para identificar o verdadeiro Deus. Esses nomes podem ser classificados em dois grupos principais: nomes genéricos e nomes específicos. Ensinar que Deus tem apenas um nome e que esse nome é Jeová, como afirma o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, não resiste a exegese bíblica.

Na verdade, nem a palavra "Jeová" aparece no texto original da Bíblia. A expressão correta, que encontramos no texto do Velho Testamento é YaHWeH, mas podemos chamar Javé. Os nomes de Deus não são apenas uma apelativo, nem simplesmente uma identificação pessoal, mas são inerentes à sua natureza e revelam suas obras e atributos. Quando a Bíblia faz menção do "nome de Deus", está revelando o poder, a grandeza e a glória do Deus Todo-Poderoso, além de mostrar os atributos dele.

5.1 Nomes Genéricos de Deus na Bíblia


São três os nomes genéricos, a saber: El, El Elyon, Eloah, cujo plural é Elohim. Dizemos que esses nomes são genéricos porque podem ser aplicados a divindades falsas, a anjos, a governantes e juízes. El é aplicado às divindades falsas, em virtude da aproximação entre as línguas semíticas e o hebraico, principalmente as nações cananéias, pois os patriarcas e seus descendentes falavam "a língua de Canaã" (Is 19:18).

1. El - Deus


Esse nome parece significar: "aquele que vai adiante ou começa as coisas". El é o nome mais usado na Bíblia para mencionar as divindades pagãs, mas aparece também com relação ao Deus de Israel e também com os seus atributos, a saber:

a) El Beriti – Deus que faz pactos, Deus da aliança (Gn 31:13; 35:1-3).

b) El Olam – Deus eterno (Is 40:28).

c) El Sale'i – Deus é a minha Rocha, o meu Refúgio (Sl 42:9, 10).

d) El Ro'i – Deus da Vista (Gn 16:13).

e) El qana – Deus zeloso (Êx 20:5; 34:14).



2. El-Elyon – Deus Altíssimo

O nome Elyon é um adjetivo que se deriva do verbo hebraico al*u* (alá), que significa "subir", "ser elevado" e designa Deus como o Alto e Excelente, o Deus Glorioso. É um dos nomes genéricos porque ele também é aplicado a governantes, mas nunca vem acompanhado de artigo quando se refere ao Deus de Israel. As vezes vem acompanhado da palavra El (Gn 14:19,20), as vezes aparece sozinha (Is 14:14) e em outras vezes vem combinado com outros nomes de Deus (Nm 24:16; Dt 32:8; Sl 7:17; etc.).



3. Eloah e Elohim – Deus

Elohim é o plural de Eloah. Esse nome no singular ocorre apenas 57 vezes no Velho Testamento, ao passo que no plural ocorre 2.498 vezes.

Essa pluralidade na palavra Elohim revela a grande doutrina da Santíssima Trindade. Isso à luz do contexto bíblico, e não meramente pela palavra em si mesma. A declaração de Gn 1.1 apresenta o verbo no singular (criou) e o sujeito no plural (Deus), que no original hebraico, está no plural (Elohim), e isso revela a unidade de Deus na Trindade.

Embora o nome por si mesmo não signifique a Trindade, revela uma pluralidade. A STV diz na brochura Deve-se Crer na Trindade?, p.13, o seguinte:



"Elo.him não significa 'pessoas', mas 'deuses'. Portanto, aqueles que argumentam que essa palavra subentende uma Trindade fazem de si mesmos politeístas, adoradores de mais de um Deus. Por que? Porque significaria que haveria três deuses na Trindade".



Onde está a falácia do Corpo Governante nessa declaração? É que ele não cita as passagens: "E disse Deus façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1:26); "Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós…" (Gn 3:22); "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua" (Gn 11:7) nem as explica. A Trindade é vista em Elohim a luz do contexto bíblico.

Quando Deus diz: "façamos o homem" (Gn 1:16) mostra mais de uma pessoa, e não mais de um Deus. A Bíblia ensina que apenas o Filho e o Espírito Santo tiveram participação na criação, juntamente com o Pai (João 1:3; Cl 1:16; Jó 33:4). Por que a "Trindade", vista no nome Elohim, não pode levar ao politeísmo, como argumenta a STV? Porque essa unidade de Deus é composta, e isso só pôde vir à tona no Novo Testamento, com a manisfestação das três Pessoas numa só Divindade.


3.1 O nome Elohim e as Testemunhas de Jeová

A STV procura anular a doutrina da Trindade neste nome, simplesmente porque pouquíssimas vezes ele aparece relacionada às divindades pagãs.

Seu argumento, porém, é inconsistente e muito fraco, uma vez que Elohim, quando, se refere às divindades pagãs traz o verbo e o adjetivo no plural, o que representa a multiplicidade, ao passo que, quando aplicado ao Deus de Israel, o verbo e o adjetivo vêm no singular, salvo raríssimas exceções.

Isso a STV não ensina aos seus servos. Não esclarece ainda a STV que em todo o capítulo primeiro de Gênesis Deus é apresentado só pelo nome Elohim, e por mais nenhum outro, o que seria absurdo, se Elohim não fosse um dos nomes de Deus. Em nenhum lugar a STV explica a pluralidade desse nome nem esclarece que o nome Elohim não aparece em nenhuma outra língua semítica, nem mesmo na língua aramaica, usada nos textos de Ed 4:8 – 6:18; e Dn 2:4 – 7:28, escritos originalmente nessa língua.

A STV diz:



"Caso um hebreu dissesse a um filisteu ou a um assírio que ele adorava o 'Deus Elohim' isso não bastaria, obviamente para identificar a Pessoa para o qual se dirigia sua adoração".



Veja o leitor as falácias dos escritores dessa organização. Como um hebreu não identificaria o seu Deus usando o nome Elohim, visto que esse nome foi usado somente no hebraico e, sobretudo o hebraico clássico e em conexão com a religião revelada? O argumento da STV, portanto, é pobre e inconsistente.

O nome, que ás vezes, é aplicado a uma divindade individual do paganismo, como já vimos, só aparece nos textos hebraicos das Escrituras Sagradas do Velho Testamento, e nunca em outras fontes. Então, não existe nenhum argumento válido e convincente, que deixe claro que essas exceções venham eliminar a doutrina da Trindade no nome Elohim.



5.2 Nomes Específicos de Deus na Bíblia

Os nomes específicos são aqueles que nas Escrituras Sagradas só aparecem aplicados ao Deus verdadeiro. São eles: El Shaday, Adonay e Yahweh.

1. El-Shaday – Deus Todo-Poderoso

O nome hebraico Shaday é derivado de shadada, que significa "ser poderoso, forte e potente"; mas há quem afirme que essa palavra seja derivada do verbo hebraico shadá, que quer dizer: "alimentar". Tanto a primeira quanto a segunda são inerentes à natureza divina: Deus 'o Todo-Poderoso e também dá a vida, alimenta e torna frutuosa.

O termo Shaday aparece com freqüência na era patriarcal; só no livro de Jó esse nome ocorre 31 vezes. Êx 6:3 nos diz que Deus era conhecido pelos patriarcas por esse nome: "Eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; (El Shaday, em hebraico) mas pelo meu nome, o Senhor, (Yaweh, em hebraico) não lhes fui perfeitamente conhecido". O próprio Deus diz aqui que se revelou aos patriarcas como o El Shaday; veja que Deus não tem apenas um nome, ou se apresenta apenas com um nome.

Para os patriarcas esse nome era apropriado, pois viviam numa terra estranha e rodeados pelas nações hostis. Com respeito ao nome Yaweh, falaremos dele depois.


2. Adhonay – Senhor

Adhonay é um nome de Deus, e não meramente um pronome de tratamento, e nele se expressa a soberania de Deus no Universo. Essa palavra significa "meu senhor", mas em hebraico essa expressão nunca é usada como pronome de tratamento.

Os nomes Adhonay e Yahweh são tão sagrados para os judeus que eles evitam pronunciá-los na rua, no seu quotidiano. O segundo nem sequer nas sinagogas é pronunciado. Para o quotidiano eles usam há'Shem (que significa "O Nome") para designar a Deus. A STV ensina que "Senhor" não é nome, devido ao cuidado que a organização tem para não deixar transparecer que o Senhor Jesus é tanto o Adhonay como também o Yahweh do Velho Testamento.

A Septuaginta traduziu Adhonay e Yahweh pela palavra grega s (Kyrios) que é "Senhor", nome divino. Dizer: "César é Senhor", seria reconhecer a divindade dele. Era por isso que os cristãos primitivos recusavam chamar a César de Senhor. O apóstolo Paulo disse: "...e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo" (1 Co 12:3). Se essa expressão não reivindicasse a divindade de Cristo, seria tão importante essa revelação que o apóstolo estava transmitindo, que só pelo Espírito Santo o homem poderia reconhecer o senhorio de Cristo? Se Cristo fosse um mero Senhor, como querem os seguidores do Corpo Governante, haveria necessidade de o Espírito Santo o revelar? Claro que não. Portanto, o nome grego Kyrios, é o correspondente dos nomes Adhonay e Yahweh, e é usado tanto para o Pai como para o Filho.


3. Yahweh – Senhor

É o nome pessoal do Deus de Israel e é escrito pelas quatro consoantes (YHWH) – o Tetragrama. A escrita hebraica foi usada durante todo o período da história do Velho Testamento sem as vogais. As vogais hebraicas nada mais são do que sinais diacríticos colocados sobre, sob e no meio de cada consoante, que os rabinos criaram por volta do século IX. Até hoje, esses sinais ajudam muito na leitura de qualquer texto hebraico, todavia, quem já conhece a língua não precisa mais dessas vogais.



5.3 Contradições da STV

A STV ensina que Deus tem apenas um nome e que esse nome é Jeová, e os demais nomes que encontramos na Bíblia são apenas títulos. O cuidado da organização, no desenvolvimento dessa doutrina, é simplesmente para evitar a ambigüidade da palavra "SENHOR", com relação ao Pai e ao Filho. Diminuindo a possibilidade de chamar o Pai de "SENHOR", embora a STV às vezes o faça, fica mais fácil para o Corpo Governante reduzir o Senhor Jesus Cristo à categoria de mero Senhor. Argumenta a STV:



"O verdadeiro Deus, para distinguir-se dos muitos deuses falsos, deu-se um nome pessoal. Isto o distingue de todos os outros... Dá-se-nos a conhecer o nome pessoal de Deus por meio de sua palavra, a Bíblia, e este nome é JEOVÁ".



Essas declarações do Corpo Governante estão em flagrante contradição com as próprias crenças da organização dos anos 20 e 30. Agora, a STV procura reavaliar o sentido de "nome" e "titulo". Afirma que Deus tem vários títulos, mas apenas um só nome. Toda a controvérsia das páginas 1.501 a 1.509 da Tradução do Novo Mundo Com Referências gira em torno dessas nomenclaturas.

A STV enfrenta sérios problemas com essas declarações, pois no passado ensinava que Deus tem vários nomes. Veja o leitor algumas de suas afirmações:

"O Criador é o Imortal, de eternidade a eternidade, e o nome dele é Deus"



"A Bíblia demonstra que o nome de Quem exerce poder supremo na criação e em todas as coisas, é Deus. Ele tem também outros nomes que se encontram na Bíblia, todos os quais tem um significado profundo acerca do seu propósito para com as suas criaturas."



"O nome Deus quer dizer o Altíssimo, o Criador de todas as coisas, o nome Jeová significa os propósitos do Eterno para com as suas criaturas. O nome Deus Todo-Poderoso quer dizer que o seu poder é ilimitado. O nome Altíssimo dá a entender que ele é o Supremo e que além dele não existe nenhum outro."



A própria STV admite que o nome "Jeová", não aparece no texto hebraico do Velho Testamento e que a pronúncia do Tetragrama (YHWH) não é Jeová:



"Portanto, é evidente que a pronuncia original do nome de Deus não mais é conhecida. Nem é realmente importante. Se fosse, o próprio Deus se teria certificado de que fosse preservada para o nosso uso. O importante é usar o nome de Deus segundo a pronuncia convencional no nosso próprio idioma."



"Assim, não existe maneira de saber com exatidão como Moisés, Davi ou outros dos tempos antigos pronunciavam as quatro consoantes ( hwhy ) que constituem o nome divino."



Essas declarações revelam a fraqueza da STV, ainda mais para uma organização que afirma que "não pode haver duas verdades quando uma não concorda com a outra".



5.4 História do Tetragrama

O Tetragrama tornou-se impronunciável pelos judeus desde o período intertestamentário (período entre os dois testamentos), para evitar a vulgarização do nome e para que a forma não fosse tomada em vão. Eles pronunciavam Adhonay toda vez que encontravam o tetragrama no texto sagrado, na leitura da sinagoga. Na Idade Média, os rabinos inseriram no tetragrama, que corresponde às quatro consoantes YHWH, as vogais da palavra Adhonay.

  (As vogais de Adhonay foram inseridas no Tetragrama. De tal forma que onde aparecia o Tetragrama era lido Adhonay, isto é, no lugar de YHWH, lia-se SENHOR).




O resultado disso é a pronúncia "Yehowah", nessa fusão das vogais de Adhonay (Senhor) nas consoantes do nome YHWH.

Para lembrar, na leitura, que esse nome é impronunciável e dessa forma pronunciar Adhonay. Esse enxerto no Tetragrama resultou o nome híbrido: YEHOWAH. Só a partir de 1520 é que os reformadores difundiram o nome "Jeová".

O nome "Jeová" foi convencionado pelo homem.



5.5 O Tetragrama e o Novo Testamento

O Novo Testamento original, grego, traduziu o Tetragrama pela palavra grega (Kyrios), que quer dizer "Senhor", e por essa razão as nossas versões traduziram o Tetragrama pelo nome "Senhor", o que está perfeitamente dentro do modelo bíblico. O nome Yahweh não aparece uma vez sequer no Novo Testamento, os escritores neotestamentários usaram o nome Kyrios. O apóstolo Paulo citou Is 1:9, onde aparece o nome Yahweh Tsebhaoth, em Rm 9:29, mas ele usou Kyrios Tsabaoth.

O Tetragrama não aparece nenhuma vez nos manuscritos gregos do Novo Testamento, nem mesmo nas citações diretas do Velho Testamento feitas pelos apóstolos.

Nenhum deles traz o Tetragrama. Isso porque Jesus é no Novo Testamento o mesmo que Yahweh no Velho. Se Jesus é o próprio Javé, não pode mesmo o Tetragrama configurar nos manuscritos gregos do Novo Testamento.

Os fragmentos da Septuaginta, exibidos em algumas das obras da STV, onde consta o Tetragrama, não justificam nada, mas simplesmente que aqueles escribas utilizaram o Tetragrama. Eles pessoalmente o fizeram, e não que o nome constasse nas versões originais.



Exegese de Rm 10:13

Veja o comentário da STV, sobre Rm 10:13: "Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo". A STV pergunta: "O nome de quem devemos invocar a fim de sermos salvos?" Concluiu que não pode ser o nome de Jesus, pois a citação é de Joel 2:32, e no texto hebraico está o Tetragrama YHWH, e acrescenta:



"Este exemplo demonstra como a remoção do nome de Deus das Escrituras Gregas contribuiu para confundir Jesus com Jeová na mente de muitos, Indubitavelmente, contribui grandemente para o desenvolvimento da doutrina da Trindade!"



Que a citação paulina é de Jl 2:32, e que lá encontramos Yahweh, isto é verdade, mas a STV se complica quando afirma que o Pai é Senhor, e também ensina que o Filho é Senhor, pois encontramos em Ef 4:5: "Um só Senhor, uma só fé, um só batismo". Quantos senhores existem? A que Senhor, Paulo se refere em Rm 10:9, o Senhor é Jesus: se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus" (v.11): "Todo aquele que nele crer não será confundido", "nele" quem? No nome confessado, isto é: Jesus (v.12): "...um mesmo é o Senhor de todos". Quem é este Senhor?

A própria STV, na TNM, diz ser Jesus. Agora eu pergunto ao leitor: "Quem é o Senhor do v. 13?" Veja o leitor que o nome que os discípulos invocaram no primeiro século do cristianismo, conforme encontramos no livro de Atos, era o nome de Jesus (At 9:14, 20-21; At 22:16; 1 Co 1:2).

A que Senhor devemos invocar? A STV diz que é a Jeová, o Novo Testamento diz que é a Jesus; portanto o Yahweh de Jl 2:32 é o mesmo Jesus de Rm 10:13. A critica à Versão Almeida Corrigida, por não usar o nome "Jeová", em Rm 10:13 não tem sentido, pois, de uma forma ou de outra, o texto prova a deidade absoluta de Jesus. Assim, fica provado que a questão sobre a nomenclatura é simplesmente para eliminar a doutrina da Trindade das Escrituras.



6. Comparando a Tradução do Novo Mundo com a Bíblia Sagrada

1. Sobre o Espírito Santo (Gn 1:2)

TNM BÍBLIA SAGRADA

"Ora, a terra mostrava ser sem forma e vazia, e havia escuridão sobre a superfície da água de profundeza; e a força ativa de Deus movia-se por cima da superfície das águas". "E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas".


O texto na língua original diz: "u'ruach Elohim", e não permite nenhuma maneira a tradução "força ativa de Deus". Isso acontece na TNM porque a organização fabricou de antemão uma doutrina própria sobre o Espírito Santo. Ela nega a divindade e a personalidade do Espírito Santo. Pregam que o Espírito Santo é a "força ativa de Deus", mas não tinham como provar isso. Agora ficou fácil, colocando arbitrariamente esse conceito na sua TNM. São estes os "desvios ocasionais" dessa "tradução".



2. Sobre o verbo "adorar" (Hb 1:6)

"Kai proskynesatosan auto pantes aggeloi theou"


TNM BÍBLIA SAGRADA

"Mas, ao trazer novamente o seu Primogênito à terra habitada, ele diz: E todos os anjos de Deus lhe prestaram homenagem". "E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem".

Jesus é adorado por todos os que estão no céu, na terra e debaixo da terra (Fp 2:10, 11) e também pelas hostes angelicais (Hb 1:6). Ele é mais sublime do que todas as categorias mais elevadas de anjos (Ef 1:21). A Bíblia ensina que devemos adorar somente a Deus (Ap 19:10; 22:8-9) logo Jesus é Deus, pois a ele nós adoramos como todos os anjos o fazem (Ap 5:11-14; 7:9-17; 19:3-7; Mt 28:9; Jo 9:38).

Essa passagem é parcialmente tirada de Dt 32:43, combinando com a Septuaginta: "que os anjos de Deus o adorem" (Sl 97:7) e a própria STV reconhece essa citação.


a) "Proskyneo" na TNM

O verbo "adorar" no grego é proskune/w (proskyneo) vertido indevidamente pela TNM por "prestar homenagem". Este verbo aparece no Novo Testamento referindo-se ao Pai (Mt 4:10; Jo 4:24; Ap 7:11; 11:16; 19:4). Com referência ao diabo, esse mesmo verbo aparece em Lc 4:7, Mt 4:9 e Ap 13:4. Com referência ao anjos (Ap 22:9), e, com referência a homens (Ap 14:9; 16:2). Em todas essas passagens a TNM traduz esse verbo proskyneo por "adorar". Este mesmo verbo aparece com referência a Jesus Cristo (Mt 2:2, 11; 8:2; 9:18; 14:33; 15:25; Mc 15:19; Jo 9:38), e a TNM traduz por "prestar homenagem".

A primeira edição da TNM traz Hb 1:6, da seguinte forma: "E todos os anjos de Deus o adorem". Essa passagem era um problema para a organização. Como a STV mudou, mais de uma vez a sua crença, proibiu a adoração de Jesus, por causa disso, na edição da TNM, revisada em 1984, ela mudou o sentido da mensagem, traduzindo Hb 1:6, por "prestar homenagem". Veja, que cada vez que a STV muda suas crenças, muda também sua Bíblia.

Das 60 vezes que o verbo proskyneo aparece, apenas 2 vezes o sentido de "adoração" fica nebuloso: Mt 18:26; e Ap 3:9 (que parece mais uma reverência). Nos demais casos o sentido é de adoração, tanto a Deus-Pai; quanto a Jesus Cristo.

É verdade que todas as sociedades bíblicas mantém comissões para manter sempre a atualidade da linguagem, sem, contudo, mudar a mensagem. A STV, entretanto, mudou suas crenças, agora mudou também as Escrituras. Isso é falta de respeito pela Palavra de Deus, além de uma atitude monstruosa.

As Testemunhas de Jeová adoravam a Jesus desde 1879. Em 1954 saiu a proibição na revista The Watchtowe, de 1o de Janeiro de 1954, p. 31, nas seguintes palavras:

"Nenhuma distinta adoração deve ser dada a Jesus Cristo".


Esta adoração de Jesus Cristo era ainda ensinada na primeira edição de Certificai-vos de Todas as Coisas... (edição de 1960, p. 104) e eliminada nas edições posteriores.

As Testemunhas de Jeová estão numa situação difícil: Se hoje é idolatria adorar a Jesus, que fazer com as Testemunhas de Jeová que morreram adorando a Jesus antes de 1954? Quem morre na idolatria tem a vida eterna? Se elas morreram salvas, o que fazer com as Testemunhas de Jeová atuais que se recusam a adorar a Jesus? Veja o leitor que se trata de uma mudança de 180 graus, e não meramente de uma "iluminação progressiva". É ir de um estremo ao outro.

A STV pergunta o seguinte: "Será que o fato de se prestar adoração a Jesus prova que ele é Deus?" A Bíblia responde que sim! Com essa pergunta, a STV, admite a adoração a Jesus.



3. Sobre a palavra "hoje" (Lc 23:43)

Kai eipen auto, amen soi lego, semeron met'emouese em to paradeiso.

TNM BÍBLIA SAGRADA

E ele lhe disse: "Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.


A STV diz:

"Embora WH coloque uma virgula no texto grego antes da palavra "hoje", nos mss. Unciais gr. não se usavam virgulas. Em harmonia com o contexto, omitimos a virgula antes de "hoje". Sy (do quinto séc. EC) verte este texto: "Amém, eu te digo que comigo estarás no Jardim do Éden".


Ora, a STV diz que o texto grego de Westcott e Hort (WH) serviu de base para a Tradução do Novo Mundo, "assegurando a máxima exatidão possível". Agora diz que resolveu não seguir mais o texto WH que traz uma virgula antes da palavra "hoje", mas omitiu a vírgula na TNM.

A STV não somente omitiu a vírgula antes da palavra "hoje" como pôs dois pontos depois desta palavra, o que alterou completamente o sentido do texto. A própria STV admitiu que a TNM está em desacordo com o texto grego e até mesmo com a Versão Siríaca, mas que se utilizou desse artifício (omitir a vírgula antes da palavra "hoje" e acrescentar os dois pontos depois dessa palavra) simplesmente para se harmonizar com o contexto. Assim a STV está dizendo que esse texto grego em apreço esteve em desarmonia e discrepância durante todos esses vintes séculos de cristianismo, e que só agora a organização o harmonizou.

Durante toda a história do cristianismo o texto ensinou que Jesus garantiu ao malfeitor arrependido que naquele mesmo dia estaria consigo no Paraíso, e agora a STV descobriu que não foi isso que Jesus prometeu, e que o malfeitor crucificado ao lado de Cristo ainda jaz no pó da terra. Segundo a organização, nesta passagem Jesus garantiu, naquele dia, que um dia estariam juntos no Paraíso. Se isso pudesse ser confirmado, a palavra "hoje" no texto seria supérflua. É mais uma tentativa de adaptar suas crenças à Palavra de Deus. (Ver cap. 8, III, 6, e o malfeitor da cruz está inconsciente?)



4. O Verbo de Jo 1:1

En arche en ho logos, kai ho logos en pros ton theon, kai theos en ho logos.


TNM BÍBLIA SAGRADA

No principio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus. No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Toda a questão da STV gira em todo do predicativo do sujeito da oração "e o Verbo era Deus", pois no texto grego o termo "Deus" vem sem o artigo definido.

O texto da TNM: "...e a Palavra era [um] deus" é totalmente contrário ao ensino judaico-cristão do monoteísmo, porque tal tradução implica uma crença em dois deuses: um maior, o Todo-Poderoso – o Pai, e um menor, menos poderoso, um deus inferior – o Filho. Tal ensino se parece com o politeísmo romano: Júpiter, o Pai dos deuses; Mercúrio, um deus inferior! A organização se recusa a admitir a Trindade na Unidade e a Unidade da Trindade. Perverte o texto sagrado para assegurar a unidade absoluta de Deus e termina contrariando a sua própria crença. Desfaz os princípios que procura defender.



a) A questão do artigo definido

A STV procura justificar sua tradução "... e a Palavra era [um] deus" através de dois artifícios que lhe são peculiares. Esses processos básicos dela são usados na justificação de todas as suas doutrinas, e não meramente aqui, sobre a divindade de Cristo. São eles: tomar as exceções à regra, e fazer delas uma regra geral, normativa, e justificar suas crenças exóticas e traduções da TNM mediante outras traduções erradas e, na maioria das vezes, igualmente tendenciosas.

No texto, aqui em apreço, o sujeito da oração é o Logos, a "Palavra" ou o "Verbo". Essas três palavras significam a mesma coisa, e o predicativo do sujeito é o termo Theos, "Deus" em português. Como no texto grego o artigo definido não antecede a palavra "Deus", mas, sim, a palavra "Verbo" ou "Logos"; por isso a STV se acha no direito de traduzir "e a Palavra era [um] deus".

A gramatica da língua grega ensina a omissão do artigo anteposto ao predicativo do sujeito. Essa é a regra geral, mas o Dr. A. T. Robertson, o mais famoso erudito da língua grega desses vinte séculos de cristianismo, disse: "Estes também podem ter o artigo". A STV fez uso dessa passagem do Dr. A. T. Robertson, para justificar a sua tradução: "E a palavra era [um] deus", no apêndice da The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, Novo Testamento interlinear grego-inglês, semelhante ao The Emphatic Diaglott, ambos publicados pela STV, p. 1.159, edição de 1969. Edições recentes omitem essa declaração.

Creio que já deu para o leitor perceber que a referida citação é uma exceção à regra. Veja a expressão "também podem", e não que seja obrigado o uso do artigo. Essa observação a STV não fez quando citou tal passagem na sua Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas, mas fez da exceção à regra uma regra geral. Outro problema ainda mais grave, que revela uma fraude gritante e uma desonestidade sem limites do Corpo Governante, é que esses representantes da STV só citaram uma parte do texto do Dr. A. T. Robertson, pois a segunda parte dele diz: "Como já foi explicado, o artigo não é essencial ao discurso". Isso a STV não citou, e esta técnica desonesta é comum na literatura da STV.



5. O Grande "Eu Sou" (Jo 8:58)

Eipen autois Iesous, Amen amen lego hymin, prin Abraam genesthai ego eimi.


TNM BÍBLIA SAGRADA

Jesus disse-lhes: "Digo-vos em toda a verdade: Antes de Abraão vir à existência eu tenho sido. Disse-lhes Jesus: Em verdade em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou.


"EU SOU" no texto grego aqui é e)gwV ei)miv (ego eimi) e não permite em hipótese alguma a tradução "eu tenho sido". Essa tradução da TNM é uma violação inescrupulosa da gramática e uma distorção do que a Bíblia ensina. O verbo grego eimi, "sou", no infinitivo einai "ser", é defectivo e não tem perfeito nem aoristo. Esses "tempos" verbais (aspectos verbais) vêm suprimidos pelo perfeito e aoristo do verbo givnomai (ginomai) e se a expressão "eu tenho sido" fosse autêntica aqui, nessa passagem o verbo seria gevgona (gegona). Além do mais, o verbo "ser" está desprovido de tempo, não encerrando portanto a idéia de tempo. Com isso, Jesus está dizendo que é eterno. A idéia de tempo aqui, nessa passagem, recai sobre a palavra privn (prin) "antes", e o acentuado contraste entre os verbos gregos "existisse" ginomai e eu "sou" (eimi) mostra que mesmo antes de Abraão existir Jesus já existia eternamente. Com isso, Jesus se identificou com o grande "EU SOU" de Êxodo 3:14.

Essa passagem joanina juntamente com outras passagens onde aparece a expressão Ego Eimi "EU SOU", diz respeito à Identidade de Cristo, e não meramente à Idade, como quer a STV. Isso mostra ser Jesus o mesmo grande "EU SOU" do Velho Testamento.

Os judeus entenderam o que Jesus estava dizendo e consideraram tal declaração um blasfêmia, pois DT 32:39 declara que somente o Deus-Javé de Israel é "EU SOU''. Veja que os judeus "...pegaram em pedras para lhe atirarem..." (Jo 8:59).

Com relação ao artifício de alterar o sentido dos verbos disse a STV o seguinte sobre a TNM:



"A Tradução do Novo Mundo dá atenção a transmitir o sentido da ação dos verbos gregos e hebraicos. Ao fazer isto, a Tradução do Novo Mundo se esforça de preservar a graça, a simplicidade, a força e a maneira de expressão peculiares dos escritos na língua original. Tornou-se assim necessário usar verbos auxiliares para transmitir com cuidado os estados reais das ações."



Aqui, a STV deixa claro o seu esquema de "melhorar" certas expressões usando verbos auxiliares. Diz que "tornou necessário usar verbos auxiliares para transmitir com cuidado os estados reais das ações." As Testemunhas de Jeová, aqui na TNM, transmitiram com cuidado sua crença peculiar, e os verbos auxiliares serviram de recursos para essas adaptações. É a TNM um instrumento usado pela organização para justificar o credo doutrinário inventado por Russell. É, pois, uma obra espúria e não merece confiança. Aqui, o objetivo dessa tradução é dissociar Jesus do Grande "EU SOU" de Êx 3:14.



6. A deidade de Jesus revelada aos judeus (Jo 10:33)

...on poieis seauton theon.


TNM BÍBLIA SAGRADA

Os judeus responderam-lhe: "Nós te apedrejamos, não por uma obra excelente, mas por blasfêmia, sim, porque tu, embora sejas homem, te fazes um deus. Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.


A palavra "deus", com letra minúscula, como aparece na TNM, é uma imposição, além de ser uma incoerência. Nos textos modernos do Novo Testamento grego encontramos com letras minúsculas as palavras "Filho", mesmo referindo-se a Jesus; a palavra "Deus", mesmo referindo-se ao Deus de Israel, e a palavra Espírito, mesmo referindo-se ao Espírito Santo.

A STV lança mão disso para fazer o que acha conveniente para legitimar sua crença, e "deus" aqui não tem outra explicação senão diminuir a pessoa de Jesus. A incoerência está no fato de não ser considerado blasfêmia alguém dizer que é "um deus". O próprio Imperador Romano se dizia um deus. Se os judeus entendessem que Jesus lhes estava dizendo que era "um deus", não teria havido motivo para o apedrejamento e não teria havido nisso nenhuma novidade. Teria sido uma informação supérflua que Jesus lhe dera.



7. A glória de Deus é o resplendor de Cristo (2 Co 4:4)

...tou euaggeliou tes doxes tou Christou hos estin eikon tou theou.



TNM BÍBLIA SAGRADA

Entre os quais o deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos incrédulos para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas-novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.



A TNM obliterou o sentido exato desse texto, ofuscando a beleza e a essência dessa passagem bíblica. A expressão "das gloriosas boas-novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus" na TNM não é a mesma coisa que "do evangelho da glória de Cristo que é a imagem de Deus". As Testemunhas de Jeová estão dizendo, nessa passagem, que as boas novas são gloriosas e que elas falam do Cristo. O texto grego acima diz que o evangelho é a glória de Cristo, e que esse Cristo é a imagem de Deus. A expressão "a respeito do Cristo" não consta no texto sagrado, mas foi introduzida pela organização na TNM para diminuir o Senhor Jesus, porque negam a glória devida a Cristo.



8. "Sendo em forma de Deus" (Fp 2:6)

...ouch arpagmon hegesato to einai Isa Theo,



TNM BÍBLIA SAGRADA

O qual, embora existisse em forma de Deus, não deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus.

Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.



A passagem ensina a deidade absoluta de Jesus Cristo. O verbo grego "sendo", nessa passagem, é uvpavrxwn (hyparchon), particípio presente de hyparcho, fusão de duas palavras: preposição uvpov (hypo), que significa "sob" e o verbo a&rxw (archo), "começar, principiar". Daí o verbo "hyparcho" significar "subsistir, existir".

Sobre a referida passagem, observa William Hendriksen:



"O particípio presente uvpavrxwn está em contraste direto com os aoristos que o seguem, e portanto tem o sentido de um estado permanente: Cristo existia e existe eternamente em forma de Deus."



Veja que a palavra expressa a continuação de um estado ou condição anterior.

Outra palavra que devemos considerar, nessa passagem, diz respeito ao substantivo morfhv (morphe), que significa "forma", na sua essência, e não simplesmente como "aparência". W. E. Wine expõe:



"morphe: Denota a forma ou aspecto especial ou característica de uma pessoa ou objeto; é expressa com relevância especifica no Novo Testamento a respeito de Cristo em Filipenses 2:6."



Ele defende que a passagem ensina a deidade absoluta de Cristo. O substantivo morphe aparece apenas 3 vezes no Novo Testamento grego (Fp 2:6, 7 e Mc 16:12). Contrasta-se com schema, que significa "forma" no sentido de aparência externa, e não como essência e natureza, como acontece com o primeiro.

"Que sendo em forma de Deus" mostra que Jesus era Deus antes da sua encarnação, assim como 2 Co 8:9, onde o apostolo usa a mesma contrução: "que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre". É correto afirmar que Jesus não era rico antes de sua encarnação? Não! Absolutamente. No texto de Filipenses encontramos a mesma coisa: "sendo em forma de Deus" "tomou a forma de servo". O verdadeiro Deus tornou-se homem.



9. Jesus é o Criador de todas as coisas (Cl 1:16)

...ta panta...ta panta...



TNM BÍBLIA SAGRADA

Porque mediante ele foram criadas todas [outras] coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis, e as coisas invisíveis, quer sejam tronos, quer senhorios, quer governos, quer autoridades. Todas as [outras] coisas foram criadas por intermédio dele e para ele. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele.



Aqui, a STV acrescenta por conta própria uma interpolação [outras] para se ajustar ao sistema peculiar à organização. O propósito dessa interpolação é dizer que Jeová-Deus criou seu Filho Jesus, e que depois Jesus criou as [outras] coisas. O texto original, porém, não ensina isso. Diz que Jesus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e invisíveis. Apresenta Jesus como o Criador, e não como criatura, que depois se tornou Criador, como querem os líderes das Testemunhas de Jeová nessa passagem da TNM.

Essa expressão, "outras", não existe no texto original. O Corpo Governante inseriu tal interpolação para facilitar a exposição de sua crença peculiar. Todo o contexto bíblico revela a eternidade de Cristo (Is 9:6; Mq 5:2; Jo 1:1-3; Hb 1:12). O próprio apóstolo diz, no versículo seguinte, que Jesus não faz parte da criação: "Ele á antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1:17).



10. A glória do Grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tt 2:13)

...tou megalou Theou kai soteros emon Iesou Christou;



TNM BÍBLIA SAGRADA

Ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e [do] Salvador de nós, Cristo Jesus.

Aguardamos a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;



A STV acrescenta a preposição "do", que não existe no texto grego original. Esta interpolação visa a separar o "Deus-Pai" do "Filho". O texto sagrado está dizendo que Jesus é o nosso grande Deus e Salvador, e a TNM está dizendo que a manifestação do glória pertence a Deus e também a Cristo. Essa interpolação é uma agressão à Cristologia e uma maneira de falsificar os textos das Escrituras Sagradas. A passagem em apreço, juntamente com 2 Pe 1:1, fala de uma só pessoa. O Dr. A. T. Robertson afirma que a presença de um só artigo, nessas passagens, revela a menção de uma só pessoa.

O Corpo Governante não admite a redação perfeita do texto original, porque esta não permite a interpretação que a STV dá sobre a pessoa de Jesus. Assim, ficou mais fácil para a STV pôr na mente de seus adeptos suas crenças enganosas.

Essa mesma técnica é usada numa passagem semelhante, (2 Pe 1:1) onde a STV acrescentou a preposição "do", que não existe na redação original grega. Esses artifícios são características da Torre de Vigia.



11. Jesus é o Deus "Elohim" do Velho Testamento (Hb 1:8)

Pros de ton huion, ho thronos sou, ho Theos...



TNM BÍBLIA SAGRADA

Mas, com referência ao Filho: Deus é o teu trono para todo o sempre, e [o] cetro de teu reino é o cetro da retidão. Mas, do Filho diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.



O texto aqui é uma citação do salmo 45:6 e 7, cujo Deus é o Deus de Israel, Elohim (Deus). O escritor da epístola aos Hebreus afirma, nesta passagem, que o Deus do salmo citado é Jesus. Essa verdade valiosíssima incomoda e atrapalha a STV, pois contraria os princípios básicos da organização. O Corpo Governante nega a deidade absoluta de Cristo, e o texto diz explicitamente que Jesus é Deus. Então, o que fez a Torre de Vigia? Os "tradutores" da TNM deram um novo sentido ao texto: A TNM diz que Deus é o trono de Cristo! Eis aí a "Bíblia" das Testemunhas de Jeová!



12. A palavra "igreja" e a divindade de Cristo (At 20:28)

...tem ekklesian tou theon, hen periepoiesato dia tou haimatos tou idiou.



TNM BÍBLIA SAGRADA

Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes para pastorear a congregação de Deus que ele comprou com o sangue do seu próprio [Filho].

Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.



A STV tem horror à palavra "igreja", e, como suas comunidades são chamadas de "congregação", o Corpo Governante riscou da TNM o vocábulo "igreja" e o substituiu pela palavra "congregação". Ora, toda a igreja é uma congregação, mas nem toda a congregação é uma igreja. A palavra "igreja" é no grego e)kklhsi/a (ekklesia). Vem de ek, uma preposição que significa "de" "dentre", "de dentro de", e klesia vem de klh€si$ (klesis) que significa "chamada, convocação"; portanto a palavra ekklesia significa "os chamados para fora".

A igreja de Cristo não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas um grupo de pessoas chamadas por Cristo, chamadas para deixar o mundo, chamadas para servir a Cristo. É um grupo especial com um objetivo especial. Uma congegação pode ser um agrupamento qualquer e pode ser uma congregação de Deus, mas nem sempre é assim. "Igreja" já é uma palavra técnica apropriada, mas a STV quer ser diferente: Achou por bem eliminar da sua tradução essa palavra, embora não encontre base consistente para tal procedimento.

O outro artifício igualmente grosseiro é a interpolação posta pela STV na parte final do versículo. A Bíblia diz que "Deus é espírito" (Jo 4:24), e sendo ele "Espírito" não pode ter sangue. Quem nos comprou com seus sangue foi Jesus, e essa passagem está mostrando que Jesus é Deus; mostra que Deus nos comprou com "seu próprio sangue". A STV procurou outro caminho, pois não quer admitir a divindade de Cristo. Então, utilizou-se de um dos seus velhos artifícios: Pôs uma interpolação, acrescentando a palavra "[Filho]", o que altera todo o sentido do versículo.

O texto grego diz que Deus comprou sua igreja com o seu próprio sangue, e a TNM diz que Deus comprou a congregação com o sangue de seu próprio Filho. É verdade que encontramos este mesmo erro em algumas versões da Bíblia, mas elas não são viciadas, porque as outras passagens cristológicas estão corretas (o que não deixa de ser um erro). A interpolação nelas tem por objetivo facilitar a compreensão do texto, mostrando que Deus-Pai e Cristo são o mesmo Deus; o contrário da TNM, que tem por objetivo negar a deidade absoluta de Cristo.



7. TRINDADE



1. Complexidades

A doutrina da trindade é uma das que mais controvésias tem causado à Igreja Cristã no decurso dos séculos. Muitos cristãos conhecem a Bíblia apenas superficialmente; nunca fizeram um estudo profundo de temas cruciais da fé cristã, estando incapacitados de responder aos oponentes da sã doutrina. Quando qualquer Testemunha de Jeová abandona a Sociedade Torre de Vigia (STV), esta – a Trindade – é a crença que apresenta maior dificuldade para ser aceita. É de suma importância, pois, que cada cristão estude atentamente a Bíblia e verifique o que ela ensina sobre este assunto. Assim fazendo, aprenderá como apresentar suas convicções de modo lógico e cativante, com apoio bíblico suficiente.



2. Explicando o Deus Verdadeiro

Lemos em Isaías 40:18: "A quem pois farei semelhante a Deus ou com que o comparareis?" De modo geral, quando as Testemunhas de Jeová se defrontam com uma doutrina de difícil explicação, como por exemplo, a eternidade de Deus – um de seus atributos -, mesmo lhes faltando entendimento, aceitam-na: "Será que Deus teve começo? ..[de eternidade a eternidade] tu és Deus. Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreende-lo plenamente. Mas não é uma razão sólida para rejeita-lo" (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 123).

Quando, porém, se fala da Santíssima Trindade, a despeito de lhes faltar uma "razão sólida", é veementemente rejeitada. "A Trindade... é um mistério" (Ibid., p. 417): o simples fato de terem-na como mistério tornou-se – neste caso e somente neste – um dos motivos pelos quais a doutrina passou a não ser tida como verdadeira!

A STV diz que afirmar que a Trindade é um mistério não satisfaz. Diz que não ensina mistérios, mas só aquilo que a mente humana pode compreender. Nisso, mais uma vez, a organização se contradiz, pois ensina que ninguém pode compreender a eternidade de Deus, mencionada em Sl 90:2.

As doutrinas bíblicas são reveladas, e não concebidas pela razão humana. Deus não é concebido através de um raciocínio lógico, nem por uma demonstração matemática. Não é esse o método, nem o caminho para se chegar a Deus. O processo que Deus estabeleceu para o homem acha-lo é o caminho da fé (Hb 11:1-3).



3. A Palavra Trindade

Uma das primeiras objeções levantadas ao ensino desta doutrina é que a palavra "Trindade" não se encontra na Bíblia.

O estranho é que as Testemunhas de Jeová não fazem restrição ao uso de outras palavras, também ausentes da Bíblia, utilizando-se delas até com mais freqüência do que o uso que fazemos da palavra Trindade. Uma palavra que usam muito, por exemplo, é "organização": "... organização não ocorre na Bíblia, nem mesmo nas suas línguas originais, visto que as palavras originais que significam 'organização' nas línguas antigas não ocorrem nas inspiradas Escrituras Hebraicas e Gregas" (A Sentinela – 1o de Novembro de 1981, p. 31).

De fato a palavra Trindade não aparece na Bíblia. Contudo o fato de a palavra Trindade não aparecer na Bíblia não significa que essa doutrina não exista, e nem quer dizer que não seja bíblica. A palavra "teocracia" não aparece não Bíblia, contudo as Escrituras ensinam que houve em Israel um governo teocrático. Trindade é uma palavra de caráter teológico que foi dada à divindade, no final do segundo século, por Tertuliano.

O fato de a nomenclatura vir depois do fechamento do Cânon Sagrado não quer dizer que ela não exista ou que essa doutrina não seja bíblica. Assim a argumentação de que se valem é demolida.



4. Argumentação de a doutrina da Trindade não ser bíblica

A STV ensina que a doutrina da Trindade não é bíblica.

A mesma Bíblia que ensina haver um só Deus, e que Deus é um só, ensina também que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Isso não é triteísmo, mas a Santíssima Trindade. Quem rejeita essa verdade, admite o politeísmo.

A Trindade portanto, é a união de três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só Divindade, sendo iguais, eternas, da mesma substância, embora distintas, sendo Deus cada uma dessas Pessoas (Mt 28:19; 1 Co 12:4-6; 2 Co 13:13; Ef 4:4-6).

Essa é a definição correta, pois a STV maldosamente define a Trindade de maneira distorcida, para confundir suas vítimas. Diz: "...a Trindade que consiste de três pessoas, ou Deuses, em um só" A organização sabe que os trinitarianos não admitem a idéia de "três Deuses", mas de três Pessoas distintas em uma só divindade. Isso prova a desonestidade do Corpo Governante, pois tal livro está programado para os novos "estudantes", para que as Testemunhas de Jeová pensem que a Trindade significa "três Deuses".



Mateus 28:19 – "Portanto ide, ensinai todas as nações, ensinando-as, e batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo".

Essa declaração de Jesus, na fórmula batismal, tem como base o conceito da triunidade de Deus. Jesus não disse: "Em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo". Isso porque ele estava mencionando um só nome: O nome de Deus. O Filho e o Espírito Santo estão igualados, nessa passagem.


Efésios 4:4-6 – "Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos".

Novamente encontramos nessa passagem a fórmula trinitária: O Deus-Pai, o Deus-Filho e o Deus-Espírito Santo, e cada uma dessas três pessoas desempenha um papel na igreja. O Espírito Santo está ligado ao único corpo e também a única esperança de nossa vocação. O Senhor, que nessa passagem é o Filho, o Deus-Filho, está intimamente ligado à única fé e ao único batismo, e o Deus-Pai, a base de toda essa unidade, sendo Ele mesmo o tríplice poder unificador. As três pessoas estão presentes, atuando cada uma na sua esfera de atuação, em perfeita harmonia e perfeita unidade.



5. Origens

Faz parte da "fé uma vez entregue aos santos" a doutrina da Trindade? A STV diz que não, que a doutrina não era conhecida dos apóstolos. Afirmam: "A Nova Enciclopédia Católica (edição de 1967, em inglês, Vol. XIV, p. 306) admite que a doutrina da Santíssima Trindade não é ensinada no A.T." Ora, no Antigo Testamento, Jesus não havia ainda se encarnado, embora já existisse na forma de Deus. É normal que a questão não houvesse até então sido discutida. Mas que diremos dos cristãos primitivos? Muito antes do Concílio de Nicéia tratar especificamente da questão, em 325 d.C., vejamos em que criam:



"Os cristãos adoram o Pai, o Filho e o Espírito Santo".

"Pois Deus apenas é sem pecado; e só um homem sem pecado é Cristo, o que indica que Cristo é também Deus".

"De tudo o que aprendemos da pessoa do Espírito Santo era de tal autoridade e dignidade que o batismo de salvação não era completo senão pela autoridade da mais excelente Trindade, isto é, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo...".

"Oro pela sua felicidade para sempre ao nosso Deus, Jesus Cristo".

"Perfeito Deus e perfeito homem".



Todas as passagens citadas acima são extraídas do AntiNicene Fathers-Eerdmans (Pub. Co, 1979).

Não bastassem as citações, a própria STV não ignora o fato de os cristãos primitivos acreditarem na deidade absoluta de Cristo: "Ainda outros, declara Plínio, cristãos, dirigiam uma forma de oração a Cristo, como uma divindade. Ao escrever a Crônio, relativo à morte de Peregrino Proteu, famoso Cínico, Luciano diz: 'falavam dele (Cristo) como deus, e o tomavam por legislador, e o honravam com o título de Mestre. Eles, portanto, ainda adoram esse grande homem que foi crucificado'" (Despertai!, 8 de Abril de 1969).


6. Deus não deixa de ser Deus

Longe dos ensinos da STV representarem o credo dos apóstolos e dos primitivos cristãos, representam a crença de Ário, presbítero de Alexandria, que em 318 d.C. ensinava que Cristo era a primeira criação de Deus. Segundo ele, Cristo seria "um deus" de menor categoria. Não é de admirar, pois que a literatura antiga da organização indicasse Ário como um dos sete mensageiros às igrejas do Apocalipse, colocando-o como terceiro Mensageiro, enquanto Russell, o fundador da Torre de Vigia, aparecia como o sétimo.

As Testemunhas de Jeová também afirmam: "Ário, que tinha empunhado a 'espada do espírito' para provar que a trindade não era bíblica, nem cristã, foi proscrito, e o imperador tomou o partido de Atanásio. Disto se desenvolveu o credo atanasiano, que declara: 'A fé católica é esta: que adoramos um só Deus em Trindade, e Trindade em Unidade; não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância... Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus'" (Que Tem Feito a Religião pela Humanidade?, p. 264).

Atanásio afirmava a unidade do Filho com o Pai, a divindade de Cristo e sua existência eterna. Dizia que, se Cristo era uma criatura, não podia fazer melhor do que o sangue de animais pelos pecados dos judeus. Acrescentava que Deus ordenou que adorássemos a Cristo (Hb 1:6). Logo, o Credo Atanasiano foi adotado com o apoio de Colossences 2:9: "Porque nele (Jesus) habita corporalmente toda a plenitude da divindade".

Atanásio é muito criticado pelo Corpo Governante, mas as Testemunhas de Jeová não sabem que o cânon dos 27 livros do Novo Testamento que elas usam foi fixado por Atanásio de Alexandria.

Será que as Testemunhas de Jeová vão abandonar os 27 livros do Novo Testamento simplesmente porque Atanásio foi o responsável por essa seleção? O Atanásio da Trindade é o mesmo do cânon do Novo Testamento, mas nem por isso a STV rejeita esses livros, não é mesmo?

Outro problema que a STV enfrenta com a declaração da p. 8 da brochura Deve-se Crer na Trindade?:



"Assim, o papel de Constantino foi decisivo. Depois de dois meses de furiosos debates religiosos, esse político pagão interveio e decidiu em favor dos que diziam que Jesus era Deus".



Se a divindade de Cristo é paganismo porque Constantino "decidiu em favor dos que diziam que Jesus era Deus", como explicar a decisão final desse imperador conforme declaração da própria STV? Eis a afirmação:



"Perto do fim de sua vida, o Imperador Constantino favoreceu o lado antitrinitarista Ário, sendo ajudado por Eusébio de Nicomédia. De modo que os trinitaristas foram banidos. Por fim, o próprio Atanásio foi banido para a Gália (França)".



O antitrinitarismo foi decisão também de Constantino, de modo que Ário foi chamado de volta do exílio e muitos bispos trinitaristas foram banidos.



7.1 Cada Uma Das Três Pessoas É Chamada De Deus Verdadeiro



1. Deus

A Bíblia diz que só um é chamado Deus (Dt 4:35, 39; Is 44:6, 8; Is 45:5, 21; Is 46:9); no entanto diz que cada uma destas Pessoas é Deus.



O PAI É DEUS Jo 17:3; I Co 8:4, 6; Ef 4:6

O FILHO É DEUS Jo 1:1; Rm 9:5; Hb 1:8-9 comp. Sl 45:6-7; 1 Jo 5:20

O ESPÍRITO SANTO É DEUS At 5:3-4; At 7:51



2. Javé

As Escrituras Sagradas nos ensinam que somente um é chamado Javé (Dt 6:4; Ne 9:6; Sl 83:18; Is 45:5-6, 18); no entanto nos ensinam que cada uma dessas Pessoas é Javé.



O PAI É JAVÉ 1 Sm 2:2; 1 Cr 17:20; Is 37:20

O FILHO É JAVÉ Is 40:3 comp. Mt 3:3; Jr 23:5-6

O ESPÍRITO SANTO É JAVÉ Jz 15:14 comp. 16:20

Êx 17:7 comp. Hb 3:7-9

Nm 12:6 comp. 2 Pe 1:21



3. Senhor

A Bíblia ensina que somente um é chamado SENHOR (Mc 12:29); no entanto, diz que cada uma dessas Pessoas é SENHOR.



O PAI É... Ml 1:6; Mt 21:9; Mt 22:37; Ap 11:15

O FILHO É... At 10:36; Rm 10:12; 1 Co 12:3; Ef 4:5; Fp 2:11

O ESPÍRITO SANTO É... Is 6:8-10 comp. At 28:25-27; 2 Co 3:16-17



Atributos Metafísicos De Cada Uma Dessas Três Pessoas



1. Onipotente

A Bíblia afirma que somente Deus é onipotente (Dt 3:24; Sl 89:6-8; Is 43:12-12; Jr 10:6), e ela mesma ensina também que cada uma dessas Pessoas é Onipotente.



O PAI 2 Cr 20:6; Is 14:27; Ef 1:19

O FILHO Mt 28:18; Fp 3:21; Ap 1:8; Ap 3:7

O ESPÍRITO SANTO Zc 4:6; Lc 1:35; Rm 15:13,19



2. Eterno

A Bíblia é clara em ensinar que somente Deus é eterno (Is 40:28; Is 41:4; Is 43:10), e com essa mesma clareza ensina a Bíblia que cada uma dessas Pessoas é Eterna.



O PAI Sl 90:2; Sl 93:2

O FILHO Is 9:6; Mq 5:2; Jo 1:1; Jo 8:58; Jo 17:5, 24; Ap 1:17-18

O ESPÍRITO SANTO Gn 1:2; Hb 9:14



3. Onipresente

As Santas Escrituras ensinam que somente Deus é Onipresente (Jr 23:23-24); no entanto revelam que cada uma dessas três Pessoas é Onipresente.



O PAI Am 9:2,3; Hb 4:13

O FILHO Mt 18:20; Mt 28:20; Jo 3:13

O ESPÍRITO SANTO Sl 139:7-10; 1 Co 3:16; Jo 14:17



4. Criador

As Escrituras Sagradas afirmam que somente Deus é o Criador (Is 44:24; 45:5-7, 18), mas mesmo assim ensinam elas que cada uma dessas três Pessoas é o Criador.



O PAI Ne 9:6; Jr 27:5; Sl 146:6; At 14:15

O FILHO Jo 1:1-3; Cl 1:16-18; Hb 1:2, 10

O ESPÍRITO SANTO Jó 26:13; Jó 33:4; Sl 104:30



8. O ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade. Ele é eterno, onipotente, onisciente e onipresente, igual ao Pai e ao Filho (Mt 28:19).

A palavra hebraica para "espírito" é ruach, aparece 376 vezes no Velho Testamento. É traduzida 100 vezes como "Espírito de Deus", "Espírito de Javé", "teu Espírito" e "Espírito Santo". Nas demais vezes aparece como "espírito do homem", "vento", "sopro" e "respiração". Por causa disso a STV nega a personalidade do Espírito Santo.

A versão grega dos Setenta traduziu ruach pela palavra grega pneuma de mesmo significado, traduzindo 49 vezes essa palavra hebraica pelo vocábulo grego anemos, que quer dizer "vento". A palavra ruach não tem apenas um significado, e disso a organização se aproveita para traduzir o "Espírito de Deus" (Gn 1:2) por "força ativa de Deus". Embora a palavra ruach tenha mais de um significado, isso não dá a ninguém o direito de fazer uma tradução ímpia, perversa, arbitrária, como está traduzido na TNM. Essa estratégia é uma camisa de força.



Textos

"mas o Consolador, O Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito". (Jo 14:26)

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção". (Ef 4:30)

"E, servindo eles ao Senhor, jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado". (At 13:2)

"Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis". (Rm 8:26)



Consolar, ensinar, entristecer, falar, interceder e gemer são características pertencentes somente a pessoas. Uma força ativa não fala, não ensina, não consola, não se entristece, não intercede e nem geme. Quero deixar bem claro que ser "pessoa" , isto é, possuir personalidade, não significa necessariamente ter um corpo material.



"Então disse Pedro: Ananias por que encheu Satanás teu coração para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?4 Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus". (At 5:3-4)



Veja que Pedro disse a Ananias que ele havia mentido ao Espírito Santo (v.3) e depois o próprio Pedro afirma ter Ananias mentido a Deus (v. 4). Fica evidente que Pedro chama o Espírito Santo de Deus.



9. O SENHOR JESUS CRISTO

Jesus Cristo é o eterno e verdadeiro Deus e ao mesmo tempo homem. Tornou-se homem para suprir a necessidade da humanidade. O termo EMANUEL, que o próprio escritor traduziu por "DEUS CONOSCO" (Mt 1:23); "Conosco está Deus", na TNM, mostra que Deus está como homem e entre os homens: "E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1:14).

Houve nos primeiros séculos da história do cristianismo muitas heresias que negavam ter Jesus Cristo vindo em carne. Apolinário ensinava que Jesus era só Deus e que nada havia nele de humano. Da mesma forma os gnósticos, que ensinavam que Jesus não teve um corpo humano, mas um corpo docético, isto é, um corpo como um fantasma. Tanto os apolinarianistas como os gnósticos estavam sobremaneira errados. A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de Cristo. "E todo o espírito que confessa que Jesus não veio em carne não é de Deus..." (1 Jo 4:3). O ensino da humanidade de Cristo, no entanto, não neutraliza a sua divindade, pois ele possui duas naturezas: a humana e a divina, o que está claramente expresso no seu nome EMANUEL, como já vimos.



9.1 Por que Jesus tornou-se homem?

Jesus foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou por um homem, e pela justiça de Deus tinha de ser vencido por um homem.

Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem. Como homem, tinha certa limitação em tempo e espaço e, portanto, submisso ao Pai. Eis a razão de ele ter dito em Jo 14:28: "O Pai é maior do que eu".



Textos

"Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chama-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: DEUS CONOSCO" (Mt 1:23 comp. Is 7:14).

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9:6).

"Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar, respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo" (Jo 10:30-33).

"Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" (Jo 20:28).

"E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança" (2 Ts 2:16).



Comparações:



1. O Primeiro e o último

"Assim disse Jeová, o Rei de Israel e seu Resgatador, Jeová dos exércitos: Sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus" (Is 44:6).

"E quando o vi, caí como que morto aos seus pés. E Ele pôs a sua mão direita sobre mim e disse: 'não temas, eu sou o Primeiro e o Último. E o vivente; e fiquei morto, mas eis que vivo para sempre, e tenho as chaves da morte e do inferno'" (Ap 1:17,18).



Veja que o texto de Isaías 44:6 se refere a Jeová (Deus-Pai), e o texto de Apocalipse 1:17,18 se refere a pessoa de Jesus Cristo. Ambos são o PRIMEIRO E O ÚLTIMO, podemos concluir então que ambos são a mesma pessoa.



2. Deus verdadeiro e único Salvador

"Eu é que sou Jeová, e além de mim não há salvador" (Is 43:11).

"Mas agora se tornou claramente evidente pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus, que aboliu a morte, mas lançou luz sobre a vida e a incorrupção por intermédio das boas novas" (2 Tm 1:10).



Quantos salvadores existem? Quem é o salvador: Jeová ou Jesus?

Jesus é Jeová, e a Bíblia deixa isto evidente. Poderíamos fazer mais comparações, mas acredito que já ficou claro que Jesus e Jeová é a mesma pessoa. (Ler os textos sobre TRINDADE, tópico 7.1, pp. 31, 32).



9.2 Jesus Cristo e o Arcanjo Miguel

A STV ensina que Jesus é o arcanjo Miguel. Embora não se encontre apoio para tal doutrina nas Escrituras Sagradas, essa organização se apropria de três artifícios para justificar tal erro, a saber, o termo "arcanjo" só aparece no singular, na Bíblia: em 1 Ts 4:16 a vinda de Cristo é precedida da "voz de arcanjo"; e finalmente Dn 12:1 diz que Miguel lutará pelo povo de Deus, e com isso a STV associa Miguel a Jesus, como se fossem a mesma pessoa.



9.2.1 Mais mudanças na organização

Veja a situação da STV. Primeiro, Jesus não é Miguel:



"Sua posição é contrastada com a dos homens e dos anjos, sendo Senhor de ambos e tendo 'todo o poder no céu e na terra'. Desde que assim é dito de Jesus, isto inclui Miguel, o chefe dos anjos, o que significa que Miguel não é Jesus, pois, enquanto Jesus pode ser adorado, os anjos não podem e adoram o próprio Jesus"



Veja o leitor que Russell, o fundador do movimento das Testemunhas de Jeová, era adorador de Jesus e não admitia ser Jesus o mesmo Miguel. Agora o Corpo Governante ensina que é paganismo adorar a Jesus e, com argumentos débeis, tenta provar que Jesus é Miguel. Como se num passe de mágica Jesus fosse transformado em Miguel. O Corpo Governante subestima a inteligência humana.



9.2.2 Diferenças entre Jesus e Miguel



Jesus é Criador (Jo 1:3) Miguel é criatura (Cl 1:16)

Jesus é Deus (Jo 1:1; Jo 20:28, e todos os demais textos que já foram citados provando a divindade de Jesus Cristo) Miguel é anjo (Cl 1:16; Jd 9)

Jesus é adorado por Miguel (Hb 1:6) Miguel não pode ser adorado (Ap 22:8-9)

Jesus é o Senhor dos Senhores (Ap 17:14) Miguel é príncipe (Dn 10:13). Observe que Miguel foi chamado para ajudar ao Senhor Jesus (comparar com Ap 1:12,13); portanto na pode ser a mesma pessoa.

Jesus é o Rei dos Reis (1 Tm 6:15) Miguel é príncipe dos judeus (Dn 12:1)



9.3 A Ressurreição de Cristo e as Testemunhas de Jeová

A STV nega terminantemente a ressurreição corporal de Jesus. A organização ensina que Jesus não ressuscitou corporalmente, e que Deus o materializou para enganar a Tomé provando que era Jesus mesmo que estava ali diante dele.

Nega a ressurreição física de Jesus. Afirma que Jeová criou outra pessoa com as mesmas características e personalidades de Jesus. O corpo daquele Jesus que foi pendurado no madeiro (segundo as TJ) desapareceu. Pergunta: por que Maria confundiu Jesus com o jardineiro em Jo 20:15? Responde alegando que não podia ser ele mesmo.

Seus argumentos, aparentemente baseados nas Escrituras, como os dos saduceus, são inconsistentes. Precisam as Testemunhas de Jeová conhecer melhor, bem como a Palavra de Deus e o seu poder. É claro que Maria não reconheceu Jesus porque ainda era escuro (Jo 20:1). Além disso, com esse argumento, a organização declara que Jeová não teve a capacidade de fazer outro Jesus igual ao primeiro, uma vez que não pôde ser reconhecido. Nisso fica claro a pobreza de tal argumento.



9.3.1 A Ressurreição Corporal de Cristo à Luz da Bíblia

O sistema inventado pela STV para negar a ressurreição corporal de Cristo é desprovido de provas bíblicas. Está baseado em explicações arbitrárias e subjetivas. A Bíblia prova o contrário da STV. Vejamos o que nos diz a Bíblia:



a) O corpo de Jesus não viu a corrupção

Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus Cristo não veria a corrupção, isto é, não se deterioraria: "não deixarás a minha alma no hades e nem permitirás que o teu santo veja a corrupção" (Sl 16:10; At 2:24-30); logo, aquele corpo que foi crucificado não pôde ficar na sepultura.



b) Jesus se apresentou ressuscitado

Jesus se apresentou aos seus discípulos dizendo ser ele mesmo e não um corpo materializado: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo: apalpai-me e vede; pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhe as mãos e os pés" (Lc 24:39, 40). Aqui o texto diz que era Jesus mesmo e não outro corpo, e que essa ressurreição não foi em espírito, como quer o Corpo Governante. Jesus disse que era ele mesmo que estava presente em carne e osso, e que espírito não tem essas características materiais.



9.3.2 Textos Selecionados Pela STV Para Negar A Ressurreição Corporal de Cristo



a) A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus (1 Co 15:50)

Fazer desta passagem um recurso para negar a ressurreição é forçar demais a interpretação, primeiro porque o texto fala da "carne e sangue", e o corpo ressurreto é constituído de "carne e osso" (Lc 24:39) e não há indício na Bíblia que haja sangue no corpo que seja ressuscitado para a vida eterna. Em segundo lugar, o texto fala do corpo terreno e natural que sem a transformação não pode ver a glória de Deus e muito menos viver diante dele no céu; logo, no v. 51 o apóstolo esclarece que os vivos naquele dia serão transformados, recebendo um corpo incorruptível.

Negar a ressurreição corporal de Cristo com base nessa passagem bíblica é um absurdo incrível: Só admite tal interpretação os que passaram por lavagem cerebral, os que estão alienados de Deus e impossibilitados de compreender "o evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2 Co 4:4).



b) "... Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante"(1 Co 15:45)

Esse trecho está dizendo que o Senhor Jesus não ressuscitou corporalmente? CLARO QUE NÃO. O texto diz que o primeiro homem, isto é, Adão, foi feito alma vivente (ver Gn 2:7) e que o segundo Adão, o Senhor Jesus Cristo, não é simplesmente um corpo animado pela alma, mas sim é aquele que veio para vivificar, isto é, para dar vida. O primeiro Adão trouxe a morte a todos os filhos dos homens, mas o segundo, o Filho, trouxe a vida e a incorrupção (Rm 5:12, 17; 2 Tm 1:10). Esta passagem, 1 Co 15:45, de forma alguma fundamenta a teoria do Corpo Governante. Fica, portanto, exposto o engano, à luz da gloriosa Palavra de Deus.



10. O Inferno

"Os ímpios serão lançados no inferno e todas as gentes que se esquecem de Deus" (Sl 9:17).



10.1 Origem da Palavra

O inferno é "o lugar preparado para o diabo e seus anjos" (Mt 25:41) o lugar para onde se destinam as almas dos ímpios e de todos os que rejeitam o plano de Deus para sua salvação. A palavra "inferno" vem do latim infernus, que significa "lugar inferior". Foi usada por Jerônimo, na Vulgata Latina, para traduzir do hebraico a palavra sheol no Velho Testamento, e do grego as palavras geena, hades e abyssos no Novo Testamento.

Hoje, ensina a STV que o inferno é a própria sepultura, e que o lugar de suplício eterno, onde os ímpios serão atormentados para sempre, não existe. Diz a organização:



10.2 O Que Diz a STV

"O Seol e o Hades não se referem a um lugar de tormento, mas à sepultura comum da humanidade".



Veja o leitor que essa crença não é bíblica. As Testemunhas de Jeová não gostam de serem chamadas de "russellitas", mas, como disse Walter Martin, todo o sistema doutrinário da organização gravita em torno das crenças levantadas por Russell, e apresenta as provas. A própria STV publicou: "Todos os Estudantes da Bíblia, seguidores de Russell, agora ..."



A STV apresenta 4 razões para refutar a existência dum inferno ardente. Diz assim o texto:



"A doutrina dum inferno ardente onde os ímpios depois da morte são torturados para sempre não pode ser verdadeira, principalmente por quatro razões: (1) Porque está inteiramente fora das escrituras; (2) porque é irracional; (3) porque é contrária ao amor de Deus; e (4) porque é repugnante à justiça. Daí vê-se claramente que o inferno ou xeol ou hades significa a sepultura, o túmulo, a condição a que todos, bons e maus, chegam, à espera do dia da ressurreição; enquanto que geena é a condição de destruição a que o Diabo, seus demônios e todos os opositores do Governo Teocrático de Jeová Deus chegarão, condição essa que não há recobro ou ressurreição".



Essa citação é das décadas de 40 e 50 mas ainda está em vigor na organização, pois esses mesmos raciocínios reaparecem nas obras A Verdade Que Conduz à Vida Eterna e Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. É necessário fazer essa observação porque os maiores inimigos da STV são suas próprias publicações, e as Testemunhas de Jeová são apáticas às publicações antigas, em virtude das suas constantes mudanças em suas crenças.



10.3 Sheol e Hades

Analisando o assunto à luz da Bíblia, os argumentos russellitas reduzem-se a cinzas.

O inferno ardente não está fora das Escrituras; o que acontece é que a STV quer elimina-lo da Bíblia. A palavra hebraica Sheol aparece 65 vezes no Velho Testamento, significando "o lugar invisível dos mortos" ou "habitação dos mortos". É o mundo subterrâneo que recebe os mortos; é a habitação temporária dos mortos. Como, todavia, o sheol e a sepultura são invisíveis aos olhos humanos, sendo lugares profundos, a palavra é por isso traduzida também por "sepultura, sepulcro", como sinônimo de "morte". A palavra hebraica para sepultura é qever. A septuaginta usa as seguintes palavras para traduzir qever: mnhmei=on (mnemeion = monumento com epitáfio para preservar a memória do morto – Gn 23:6, 9; Gn 49:30). A outra é mnh€ma (mnema = o mesmo significado de mnemeion – Êx 14:11; Ez 37:12), e finalmente a palavra  (taphos = lugar para enterrar o morto – Gn 23:4, 20; 2 Sm 2:31). Essas três palavras reaparecem no Novo Testamento grego (Mt 23:29; 28:1; Mc 5:3).

Da mesma forma acontece com a palavra grega hades que aparece 10 vezes no Novo Testamento, sem trazer, uma vez sequer, o sentido de "sepultura". O contexto vai determinar se está ligada ao estado de morte ou se ao lugar onde as almas dos ímpios são castigadas. A afirmação da STV de que sheol é apenas a sepultura comum da humanidade não pode ser confirmada pelas Escrituras Sagradas.

Analise o leitor as considerações a seguir, sobre o sheol.



a) Só no singular

Essa palavra só aparece no singular, e nunca no plural, nos escritos sagrados, sendo portanto absurdo traduzi-la apenas por "sepultura".



b) Não há qualquer vínculo com o corpo

Esta palavra só é mencionada em relação à alma dos mortos, e não em relação aos corpos. Há passagens que falam da alma no sheol (Sl 16:10; 30:3; 86:13; Pv 23:14). Que sepultura é essa concebida pela STV?



c) O hebraico tem palavra própria para "sepultura"

Sepultura ou sepulcro em hebraico é qever, que aparece 67 vezes no Velho Testamento hebraico, e nenhuma delas a Septuaginta traduziu por hades.



d) Uma linguagem especifica

Não há na Bíblia nenhuma referência à alma que desce ao qever, a nenhum cadáver que vai ao sheol, mas, sim, há referências à alma que desce ao sheol (Sl 16:10; 30:3).



e) Na morte de Jesus

O corpo de Jesus foi ao (qever – Is 53:9) no grego, (mnemeion – Jo 19:41, 42) e a sua alma foi ao sheol (Sl 16:10) e ao hades em grego (At 2:27). A STV usa essa mesma passagem bíblica, dizendo que Jesus esteve no hades, e pergunta: "Devemos crer que Deus atormentou a Cristo num 'inferno'de fogo? Claro que não"

Onde está o problema da organização? Na pergunta mal formulada. Jesus desceu ao hades vitorioso. Diz o apostolo Pedro que "pregou aos espíritos em prisão, que em outro tempo foram rebeldes, quando a longamidade de Deus esperava nos dias de Noé..." (1 Pe 3:19, 20). Isso não contradiz a doutrina do inferno ardente. Esse argumento da STV é inteiramente fútil sem nenhuma ligação com as passagens bíblicas por ela citada.



f) Os proprietários de sepulcros

A Bíblia fala de pessoas que tinham sepulcros, qever (Gn 50:5; 1 Rs 13:30; etc.) mas nunca encontramos nela que alguém fosse proprietário do sheol.



g) Jacó pensou em ir ao "sheol"

Não o considerou como sepultura. É muito diferente da conclusão da STV. Jacó desejou ir ao sheol para encontrar o seu filho José, mesmo quando pensava que José tinha sido devorado por uma fera. Não pensava, portanto, na sepultura, mas num lugar onde pudesse encontrar seu filho (Gn 37:35, 36); logo sheol não pode ser sepultura, porque, para Jacó, José não havia sido sepultado.



Analisaremos agora sobre o hades.

Na literatura grega extra-bíblica Hades era nome do deus do além (Ilíada, Canto XV, 188). A Odisséia, em todo o Canto X, trata da visita de Ulysses ao hades, descrito como o mundo dos mortos. Lá ele se encontra com alguns de seus companheiros (habitando como sombras) que morreram na Guerra de Tróia. Sabemos que isso é mitologia grega. Na Teogonia de Hesíodo, a situação é a mesma. Observe que o uso da palavra até no meio secular representava o mundo dos mortos.

No Novo Testamento – ela aparece 10 vezes: 2 em Mateus (11:23; 16:18); 2 em Lucas (10:15; 16:23); 2 em Atos (2:27, 31) e 4 em Apocalipse (1:18; 6;8; 20:13, 14). Traduzida por "inferno", na Versão Almeida Corrigida, exceto em Lc 16:23 e At 2:27, 31, ela vem transliterada. Nas 10 passagens, a Versão Revisada translitera, simplesmente. Em nenhuma dessas passagens, hades significa sepultura.



a) ligado a morte

"Morte e hades", expressão usada em Is 28:15 e da mesma forma no Novo Testamento, são termos usados para personalizar a figura do demônio, em Ap 6:8, e para designar o julgamento final (Ap 20:13, 14). Essa última passagem diz respeito ao fim da morte e do hades. O hades é o estágio intermediário dos mortos, sem por isso deixar de ser um lugar. Naquele dia ele dará os mortos que neles estão, e por fim ele mesmo será lançado no lago de fogo.



b) ligado ao abismo

As passagens paralelas de Mt 11:23; Lc 10:15 estão ligadas à queda de Lúcifer, registrada em Is 14:11-15, onde aparece o termo "abismo" e também a palavra hebraica sheol. Cafarnaum haveria de receber o mesmo castigo que recebeu o "filho da alva" (traduzido por Lúcifer – "portador de luz", na Vulgata Latina, por Jerônimo). Curiosamente a STV usou como tema "Portadores de Luz", no Congresso de Distrito de 1992.

Jesus disse: "Tenho as chaves da morte e do hades (Ap 1:18). O hades nessa passagem diz respeito ao mesmo abismo de Ap 9:1, 2; 20:1).



c) Ligado ao lugar de suplício

O hades é o estágio intermediário dos mortos. Lá eles estão aguardando o dia do juízo, quando todos os mortos do hades, juntamente com ele, serão lançados no lago de fogo (Lc 16:23; Ap 20:13, 14).

O hades não é ainda o inferno propriamente dito. É uma prisão temporária, até que venha o dia do juízo. Os condenados estão lá conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar, aguardando o juízo final: "E a morte e o inferno (hades no grego) foram lançados no lago de fogo: Esta é a segunda morte" (Ap 20:14). Isto mostra que o hades não é ainda o lago de fogo e enxofre, o inferno propriamente dito, mas que o hades e os iníquos serão lançados no lago de fogo. O hades, portanto, não é sepultura.

Há na Bíblia outras expressões para designar o lugar da maldição eterna:

Abismo (Lc 8:30, 31; Rm 10:7; Ap 9:2-4).

Fornalha de fogo (Mt 13:49,50).

Trevas exteriores (Mt 22:13).

Fogo eterno (Mt 25:41) – se é eterno não pode ser extinto.

Lago de fogo (Ap 19:20).

Fogo do inferno (Mt 18:9).

Tormento eterno (Mt 25:46; Mt 3:12) – só pode ser chamado de tormento eterno visto que os que ali forem lançados serão eternamente atormentados.



10.4 O INFERNO DE FOGO ESTÁ COMPLETAMENTE NO CONTEXTO BÍBLICO

O inferno ardente está fora das Escrituras ou fora do credo da STV? Os ensinos da STV estão inteiramente fora das Escrituras, e não o inferno ardente. Esta doutrina da organização é uma armadilha diabólica. Satanás é o mentor dessa crença. Até hoje a STV não pôde provar sua teoria de que o inferno ardente, como lugar de castigo eterno dos iníquos, seja a sepultura, apesar de suas explicações, argumentos, e das citações bíblicas. Já vimos, pois, que essas são arbitrárias e as citações são estritamente selecionadas e sobretudo fora do contexto. INFERNO ARDENTE É BÍBLICO.



10.5 O INFERNO NÃO É IRRACIONAL

Para o incrédulo e para o néscio e cego espiritual, a doutrina dum inferno ardente pode parecer-lhes irracional, pois está escrito: "Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2:14) razão por que a STV considera essas coisas irracionais.

Para o homem de razão equilibrada, fica claro sem muito esforço que assim como há o bem há também o mal; como há galardão, há castigo; como há amigos, há inimigos; como há benção, há maldição; como há verdadeiro, há mentirosos; como justo, há injusto; como há vida, há morte, assim também como há céu, há inferno. Tudo na vida tem seu lado positivo e seu lado negativo.



10.6 O INFERNO NÃO É CONTRÁRIO AO AMOR DE DEUS

Como pode um Deus benigno e tão cheio de amor condenar alguém? Devemos encarar a Bíblia como ela é, e não conforme os nossos sentimentos ou pensamentos, que nada tem que ver com os de Deus. O homem que contesta o inferno tem opinião contrária à de Deus. A doutrina do inferno, conforme ensina a Bíblia e como nós cremos, não neutraliza o amor de Deus, porque não pode haver amor sem justiça. "O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente" (Naum 1:3) Deus não tem prazer em condenar a alguém. Ele "quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2:4).

Se o homem se recusar a receber a mensagem das boas-novas, da salvação. Preferir o pecado viver alienado de Deus, praticando coisas horrendas – toda sorte de pecado, sem receber retribuição. Isto sim seria irracional e contradiria a Palavra de Deus, que diz: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; por que tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7). Isto é uma realidade baseada nos princípios básicos da moral. É por isso que a Bíblia ensina a existência do inferno ardente como lugar de suplicio eterno, sem contudo contradizer a doutrina do amor de Deus.



10.7 O INFERNO NÃO É REPUGNANTE À JUSTIÇA DIVINA

Repugnante à justiça seria se os justos recebessem o seu galardão, e os iníquos ficassem ímpunes. Está escrito: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o juiz de toda a terra?" (Gn 18:25). Este versículo mostra que o justo recebe um tratamento diferente do injusto e que o Juiz de toda a terra sabe fazer justiça.

Segundo a organização, seria justo que homens como Adolf Hitler, Josef Stalin, Judas Iscariotes e muitos outros tenham apenas como castigo a sua extinção? DEUS É JUSTO JUIZ.



LUCAS 16:19-31

O "rico e Lázaro" conforme a STV



"Há, porém, um lugar em que ocorre hades, que tem induzido alguns a crer que o inferno bíblico seja um lugar de tormento físico. É onde Jesus falou do rico e de Lázaro, e disse que o rico morreu e padeceu tormentos no hades (Lc 16:22-31). Por que é este uso de hades tão diferente do seu uso em outros lugares? Porque Jesus estava contando uma parábola ou ilustração, e não falava dum lugar de tormento literal. (Mt 13:14). Considere: É razoável ou bíblico crer-se que um homem sofre tormento só porque é rico, usa boa roupa e tem bastante para comer? É bíblico crer-se que alguém é abençoado com a vida celestial só porque é mendigo? Considere também o seguinte: Acha-se o inferno literalmente a uma distância audível do céu, para ser relamente possível conversar? Também, se o rico estivesse num lago de fogo literal, como podereia Abraão enviar Lázaro para refrescar-lhe a língua com apenas uma gota de água na ponta do dedo? Então, o que estava Jesus ilustrando?

Nesta ilustração, o rico representava a classe dos líderes religiosos que rejeitaram e depois mataram Jesus. Lázaro representava o povo comum que aceitou o Filho de Deus. A Bíblia mostra que a morte pode ser usada como símbolo, representando uma grande mudança na vida ou no proceder de uma pessoa (Veja Rm 6:2, 11-13; 7:4-6). Ocorreu uma morte ou mudança na condição anterior quando Jesus alimentou espiritualmente a classe de Lázaro e esta, assim, entrou no favor de Abraão maior, Jeová Deus. Ao mesmo tempo, os líderes religiosos falsos 'morreram' para com o favor de Deus. Tendo sido rejeitado, sofriam tormentos quando seguidores de Cristo, após o Pentecoste, expulsaram vigorosamente as suas obras ruins (At 7:51-57). Portanto, esta ilustração não ensina que alguns mortos sejam atormentados num literal inferno de fogo".



O Texto é uma parábola?

Se o texto é uma parábola ou ilustração de Jesus, isso está fora do texto sagrado. Determina-lo como parábola é interpretação arbitrária. Onde está escrito que é parábola? Em nenhum lugar das Escrituras. Além disso, parábola não quer dizer "sinônimo de fantasia".



Uma insinuação deturpada.

Não está escrito em nenhum lugar que o rico foi condenado pelo simples fato de ter sido um homem rico. Essa é uma insinuação exclusiva da STV. A Bíblia nada diz sobre o rico, senão que comia bem e que se vestia de vestes caríssimas, mas não dá a razão ou a causa de sua condenação. Certo é que ele não era obediente à Palavra de Deus. Isso com certeza justifica a sua condenação. (O homem rico não se preocupou em ajudar ao pobre, o mendigo morreu mendigo).



A suposta distância entre o céu e o "hades"

O texto sagrado não diz que Lázaro foi para o céu, mas para o "seio de Abraão". Não podemos através deste texto dizer que o céu e o inferno é perto, pois o texto não está falando a respeito do céu.

O "seio de Abraão" era um lugar localizado no próprio hades. Antes do advento do Messias, tanto os justos como os injustos iam para o mesmo lugar, na sua morte – o sheol, em hebraico, e hades, no grego. Lá havia uma divisão: o lugar dos justos, que os rabinos denominavam "Seio de Abraão", "Jardim do Éden" e o "Trono da Glória". Destes três nomes, o "Seio de Abraão" era o mais usado na teologia judaica da época, e esse Paraíso fazia parte do hades.

Dava perfeitamente para conversar, e ainda mais com a permissão de Deus. Quando o Senhor Jesus morreu, desceu às partes mais baixas da terra e "levou cativo o cativeiro" (Ef 4:8-10; 1 Pe 3:18-20), de modo que agora o Paraíso ou o Seio de Abraão localiza-se no céu; no entanto, antes da ressurreição de Cristo ainda estava no sheol, no seio da terra.



11. A Falsa Escatologia Deles

Mediante uma interpretação ardilosa, eles afirmam que Jesus veio à Terra, ao seu templo em 1874. Esse templo são as Testemunhas de Jeová que surgiram naquele ano. Também, com uma manipulação igualmente ardilosa de números, eles ensinam que Jesus veio a Terra em 1914 e estabeleceu seu reino através das Testemunhas de Jeová, porém Ele mesmo ficou reinando no céu. Segundo eles, estamos agora em pleno reino milenial de Cristo. Satanás está sendo aprisionado pela luz da verdade divina. Cristo está agora reunindo seus escolhidos, por meio das Testemunhas de Jeová até completar 144.000 (Ap 7.4). Eles crêem que integrarão o exército de Jeová que dentro em breve, por meio de Jesus destruirá as forças de Satanás na batalha de Armagedom em Israel. Satanás será totalmente aniquilado. Todos os que estiverem vivos nessa ocasião terão uma oportunidade de se salvar. Isso durará 100 anos, conforme Is 65.20. Finda essa oportunidade, os incrédulos serão aniquilados. Os mortos não salvos “reviverão”, tendo também uma segunda oportunidade de salvação; quem se converter viverá com Deus; os demais serão destruídos. (Note, falam de “reviver” não ressuscitar, pois não crêem na ressurreição).



11.1 O caso dos 144.000 de Ap 7:4; 14:1,3

Eles dizem que esse grupo são os ‘escolhidos” que viverão no reino celeste com Deus; os demais salvos viverão aqui na terra, no paraíso terrestre; isto é, no reino terrestre de Deus. Dizem mais que os 144.000 constituirão a única assembléia de Deus, os que viverem no paraíso terrestre não farão parte da Igreja.



12. A ALMA

"E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo" (Mt 10:28).



A alma é uma substância incorpórea e invisível do homem, inseparável do espírito, embora distinta dele, formada por Deus dentro do homem, consciente, mesmo fora do corpo. Ela é a sede das emoções, desejos e paixões, cuja comunicação com o mundo exterior é manifesta através do corpo. É a partir dela que o homem sente, goza e sofre tudo através dos órgãos sensoriais. É algo inerente ao ser humano, e é o centro de sua vida afetiva, volitiva e moral. É ela que presta conta a Deus dos atos humanos.

O espírito é uma entidade distinta da alma, que às vezes, se confunde com ela. A passagem de Ec 12:7 – "e o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu", é um exemplo. A passagem obviamente fala da morte dos justos, pois o espírito também peca (2Co 7:1). O 'espírito', aqui, diz respeito ao homem interior, englobando a alma. É por causa de passagens como essa que levam teólogos a defenderem a dicotomia.

Há teólogos e estudiosos que afirmam ser o homem dicótomo, isto é, com natureza constituída de duas partes (corpo e alma), sendo alma e espírito a mesma coisa. A Bíblia, porém, mostra claramente que o homem é tricótomo, e essa tricotomia pode ser vista em Hb 4:12 – "Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração". Aqui encontramos os três elementos: alma, espírito e as juntas e medulas que representam o corpo. Então o homem não pode ser dicótomo.

Esses três elementos aparecem também distintivamente em 1Ts 5:23 – "E o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Corpo, alma e espírito aparecem aqui como elementos distintos.

A palavra hebraica para alma é nephesh e aparece 754 vezes no Velho Testamento, e na língua grega a palavra é psyche e aparece mais de 100 vezes no Novo Testamento grego.



12.1 A alma na Bíblia

Tanto no hebraico como no grego, a palavra "alma" tem significado vasto e abrangente. Ela diz respeito ao principio da vida, dos animais e dos aspectos espirituais e psíquicos, de modo que não é honesto estabelecer uma definição rígida e dogmática da palavra "alma" como faz a STV. Vejamos os vários aspectos desses vocábulos na Bíblia.



a) Alma como pessoa em si mesma – Gn 2:7 – A expressão "alma vivente" aqui significa ser o homem possuidor de vida, como são os animais, que de igual modo são chamados de "almas viventes" (Gn 1:20, 24, 30). Não é por isso correto dizer que o homem e o animal são uma mesma coisa, diferindo apenas no fato de ser racional, como ensina a STV. Dizer que o homem tem o mesmo destino dos animais, na sua morte, é violência e contradiz abusivamente a Bíblia. Os animais não foram criados conforme à imagem e semelhança de Deus, nem receberam dele o "espírito de vida", como recebeu o homem.

b) Alma como sangue – A alma é apresentada muitas vezes na Bíblia como sangue. Nem por isso é correto afirmar e dogmatizar que alma é o sangue. Jesus disse: "a minha alma está cheia de tristeza até a morte" (Mt 26:38). Substitua a palavra "alma" por sangue e veja que absurdo. Em Lv 17:14 alma tem o significado de sangue. Esta identificação de "sangue" ocorre porque ele é essencial à vida, "pois o sangue é vida" (Dt 12:23), ou seja, o sangue sustenta a vida. É por isso freqüentemente chamado de alma, e não por a alma per si ser o sangue, como quer a STV. A alma não e o sangue e o sangue não é a alma.

c) Alma como expressão psíquica – Sede do apetite físico (Dt 12:20; Ec 2:24; Sl 107:18). – Origem das emoções (Jó 30:25; Sl 86:4; Ct 1:7). – A alma está associada à vontade e à ação moral (Dt 4:29; Jó 7:15).

d) Alma como vida – A STV ensina que o homem tornou-se "alma vivente" só quando Deus soprou em suas narinas o fôlego da vida; talvez por isso crêem que quando o corpo volta ao pó da terra a alma morre; contudo eles desconhecem que a morte fisica não tira "o fôlego de vida" e sim a matéria, o corpo. A Bíblia diz que Deus formou o homem, mas somente depois que Deus soprou em suas narinas ele recebeu vida, recebeu o fôlego ou sopro de vida. Então, o homem já formado e tendo dentro dele a alma, passou a ser "alma vivente". O espírito que veio de Deus animou o corpo, dando-lhe vida. É por essa razão que a alma aparece nas Escrituras significando a vida do individuo.



Exegese de Mt 10:28

É a alma parte imaterial que sobrevive à morte do corpo, existente dentro do homem, conforme a definição na introdução (sobre a alma). Em outras palavras: Trata-se de alma no sentido estrito da palavra, Jesus disse: "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo" (Mt 10:28). Jesus aqui está mostrando que não devemos temer os inimigos, porque o máximo que eles podem fazer é nos matar, isto é, matar o corpo, nada podendo fazer com a alma. Antes, devemos temer a Deus, pois ele pode não só matar o corpo, como pode também fazer perecer no inferno não só o corpo, mas também a alma, o que mostra a sobrevivência dela e do corpo.

A STV serve-se deste texto para negar a existência da alma. A TNM traduziu "perecer" por "destruir", para se adaptar à doutrina da organização. A palavra grega aqui é a)pole/sai (apolesai), infinitivo, a)po/llumi (apollymi), aoristo do verbo, e no texto em foco, significa "arruinar". A mesma passagem reaparece em Lc 12:4, 5 e contradiz a interpretação de Mt 10:28, dada pela STV. Assim diz a Palavra de Deus: "E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois não têm mais que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim vos digo, a esse temei".

Se a alma não existisse, esse texto não teria sentido. Qualquer pessoa teria poder de matar e lançar no inferno o corpo e a alma; no entanto, Jesus disse que devemos temer a quem pode matar e fazer perecer no inferno tanto o corpo quanto a alma, isto é, a Deus, pois somente Ele tem esse poder. Os inimigos, portanto, só podem matar o corpo, mas a alma é algo especial, intangível, que está dentro do homem.



12.2 Provas bíblicas da sobrevivência da alma



a) As almas dos mortos debaixo do altar de Deus – Ap 6:9-11 – O Texto fala dos cristãos degolados durante o período da Grande Tribulação, por se recusarem a adorar a besta, cujas almas aparecem, nesse texto, debaixo do altar de Deus. Como se explicaria isso, se a alma não sobrevivesse à morte? O texto diz explicitamente que eles foram mortos na terra e que agora suas almas se encontram no céu, debaixo do altar de Deus.

b) Os patriarcas foram totalmente extintos na sua morte? – Jesus respondeu a esta pergunta Mt 22:31-32. Jesus disse que os patriarcas estão vivos e que Deus não é Deus de mortos. É claro que isso se aplica a todos os justos e santos do Velho Testamento.

c) O que Paulo ensinou sobre alma após a morte do homem? – Fp 1:23 e 2Co 5:1-2, 6, 8 – Que valor teria essa declaração se o crente não estivesse consciente na presença de Jesus?



12.3 A ressurreição de Lázaro vista pela STV

A STV imprimiu um folheto justificando a sua crença na mortalidade da alma, utilizando-se da passagem da ressurreição de Lázaro, registrada em Jo 11:1-45. Vamos transcrever um parágrafo desse folheto, que diz:



"Agora, pense no seguinte: Qual era a condição de Lázaro durante aqueles quatro dias em que esteve morto? Lázaro nada falou sobre estar num céu de bem-aventuranças ou num inferno de tormentos, o que ele certamente teria feito, caso estivesse num lugar desse. Sim, Lázaro estava totalmente inconsciente na morte, e teria permanecido assim até 'a ressurreição do último dia', se Jesus não o tivesse trazido de volta à vida".



Vamos apresentar aqui algumas considerações: a) quem falou que Lázaro não disse nada sobre o céu de bem-aventuranças ou o inferno de tormentos? Onde está escrito que ele não disse nada? Em nenhum lugar. Antes, o contrário: A Bíblia diz que pelo testemunho de Lázaro muitos creram em Jesus (Jo 12:9-11). Deve ter sido um belo testemunho. b) no que diz respeito ao "sono"da morte, Jesus disse: "Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou desperta-lo do sono... Mas Jesus dizia isto da sua morte..." (Jo 11:11,13). Ora, as palavras "sono" e "dormir", usadas por Jesus, são uma linguagem figurada, pois o corpo mortal sem a alma está inconsciente.

É neste sentido que os "mortos não louvam ao Senhor", nem os que descem ao silêncio" (Sl 115:17). Lá estão apenas os corpos em decomposição, corpos que voltaram ao pó. Quando, portanto, Jesus disse: "Lázaro dorme", estava se referindo ao corpo, e não à alma. O Mestre empregou esta expressão: "Lázaro, o nosso amigo, dorme" a fim de suavizar e reduzir a mínimo a seriedade ou os efeitos duradouros da morte física. Para o Senhor Jesus morte não passava de um sono superficial do corpo, que de forma alguma afetaria a vitalidade da alma ou suas expressões pessoais. É como se o sono fosse uma morte periódica, e como se a morte fosse meramente o "sono do corpo". Eis aí a explicação à luz da Palavra de Deus, sobre a questão da sobrevivência da alma, o que desmorona toda a argumentação da Torre de Vigia.



13. A falsa doutrina da “Organização de Satanás"

Essa organização consta de três coisas, a saber: (1) A Igreja organizada; (2) O estado com seu governo civil; e (3) O comércio e o dinheiro. Quem quiser ser salvo, tem de sair dessa organização e unir-se ao Reino Teocrático, isto é, ao movimento russelita. Jesus nunca afirmou que o homem só se salvaria ingressando num grupo religioso qualquer, mas sim pela experiência do novo nascimento (Jo 3.5). Também Jesus nunca ensinou, orientando o povo para ingressar numa seita, e, sim que fosse a Ele (Mt 11.28).



Bibliografia

MARTIN, Walter. O Império Das Seitas. Belo Horizonte: Editora Betânia S/C, 1992 Vol. 1

SILVA, Ezequiel Soares da. Como Responder Às Testemunhas De Jeová. São Paulo: Editora Candeia, 1995 Vol. 1

RINALDI, Natanael / ROMEIRO, Paulo. Desmascarando As Seitas. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1997

 
 
 
 
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

2 comentários:

  1. angelomarcos75@yahoo.com.br Esta errado seu pensamento cara, veja adiante:Ezequiel 18:4 e 20...“A alma que pecar _ ela é que morrerá”. (Todas as almas pecam, veja Eclesiastes 7:20). Eclesiastes 7:20: “Não há nenhum homem justo na terra, que continue fazendo o bem e que não peque.” Salmo 146:4...Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo. neste dia PERECEM DEVERÁS OS SEUS PENSAMENTOS.”; Eclesiastes 9:5-10...Pois os viventes estão cônscios de que morrerão; OS MORTOS, PORÉM, NÃO ESTÃO CÔNSCIOS DE ABSOLUTAMENTE NADA.

    Eclesiastes 12:7. "Sai-lhe o espírito e volta para a terra de onde veio. E o sopro, que nós chamamos de espírito, volta para Deus que o deu. A palavra grega pneú•ma (espírito) deriva de pné•o, que significa “respirar ou soprar”, e crê-se que a palavra hebraica rú•ahh (espírito) derive duma raiz que tem o mesmo sentido. Rú•ahh e pneú•ma, portanto, significam basicamente “fôlego”. Podem também significar vento; a força vital nas criaturas viventes; Gênesis 2:7...E Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas... ...o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente.

    Note que Jesus ensinou que os mortos serão ressuscitados — algo desnecessário se o homem tivesse uma alma imortal que sobrevive a morte. (João 11:11-25)

    Entender o que aconteceu com Adão quando morreu ajuda-nos a compreender a morte. Quando ele pecou, Deus disse-lhe: “VOLTARÁS AO SOLO, POIS DELE FOSTE TOMADO. POR QUE TU ÉS PÓ E AO PÓ VOLTARÁS.” (Genêsis 3:19). Pense no que isso significa. Antes de Deus criá-lo do pó, não havia nenhum Adão. Ele não existia. Assim, depois de morrer, Adão voltou para o mesmo estado de inexistência. ENTÃO NINGUEM ESTA SOFRENDO NUM LUGAR DE TORMENTO ETERNO.
    A MORTE DO HOMEM É EXATAMENTE IGUAL A DO ANIMAL IRRACIONAL, NÃO EXISTE SUPERIORIDADE ENTRE A MORTE DO HOMEM E A MORTE DO ANIMAL. TODOS TEM UM SÓ ESPÍRITO DIZ A BÍBLIA, TODOS VOLTAM AO PÓ DO SOLO LUGAR DE ONDE FORAM TIRADOS: Eclesiastes 3:19,20...

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  2. Oi Marcos,

    Muito obrigado por participar deste blog com seu comentário. A propósito suponho que ele tenha surgido devido a seguinte afirmação: "Os condenados estão lá conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar, aguardando o juízo fina".
    Antes gostaria de esclarecer que existem duas posições teológicas a respeito da alma. A primeira é chamada pelo nome de dicotomia - alma e espírito são uma só coisa, são inseparáveis - neste caso o homem é formado de alma e corpo, por isso, dicotomia. Essa é uma posição do Velho Testamento (judaica). No Novo Testamento surge uma revelação nova, chamada de tricotomia - alma, espírito e corpo - o homem é formado por essas três substâncias, sendo que a alma só pode ser separada por Deus do espírito. O que descreve sua teoria. Contudo é preciso considerar as palavras do Filho de Deus - "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno (hades) a alma e o corpo" (Mt 10:28).
    "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.46).
    Valeu Marcos!

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