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sexta-feira, 1 de abril de 2011

LIDERANÇA 7 - A PRÁXIS DO BOM PASTOR

A PRÁXIS DO BOM PASTOR
João 10:1-18

O Evangelho de João nos traz o discurso de Jesus sobre o bom pastor (Jo 10:1-18). Este discurso começa com a expressão “em verdade, em verdade vos digo”. Ao iniciar a parábola fazendo uso deste duplo “amém” (em verdade) Jesus enfatiza a veracidade daquilo que irá dizer.
Jesus nesta parábola (Jo 10:1-5) demonstra a diferença entre o pastor e o ladrão.
O pastor conhece suas ovelhas e as ovelhas conhecem sua voz. O pastor entra pela porta do aprisco, não precisa pular o muro nem entrar de forma sorrateira. O porteiro abre a porta para que ele entre.
O ladrão, ao contrario, tem a porta fechada pelo porteiro, por isso pula o muro e é chamado por Jesus de salteador.
Era comum em Israel o pastoreio na época de Jesus. O pastor levava as ovelhas para beberem água e se alimentarem durante o dia e depois as colocavam dentro de um curral. O curral era feito normalmente de pedras, possuía uma entrada que era guardada por uma pessoa que deixava apenas o pastor ou outras pessoas autorizadas a entrar. O guarda fazia com que os intrusos permanecessem do lado de fora. Alguns currais possuíam sobre as pedras uma cobertura de espinhos para desestimular intrusos e animais que quisessem devorar as ovelhas. Também era comum que mais de um rebanho se alojassem no mesmo curral, por isso era necessário que cada pastor conhecesse bem suas ovelhas. Bastava o pastor chamar pelas ovelhas para que elas seguissem seus caminhos.
Embora muitos ouvintes de Jesus estavam familiarizados com a figura do pastor não compreenderam a mensagem de Jesus, segundo descreve o evangelista João (10:6).
Jesus percebendo que os seus ouvintes não o compreenderam afirmou por, duas vezes, de forma clara ser o bom pastor (10:11,14).
Gostaria de lembrar que Jesus estava dizendo isso aos fariseus (um grupo de religiosos de sua época) por causa da cura que fez a um cego. Jesus estava dizendo para os religiosos que eles eram ladrões, falsos pastores, pois não conseguiam ser ouvido pelo cego. Para o cego suas vozes eram como de estrangeiros.


“Quem são os pastores do rebanho de Deus? Os líderes religiosos de Israel, sem dúvida, teriam requisitado o titulo para si. Entretanto, eles eram os mais ferrenhos opositores de Jesus e de sua mensagem. O homem curado de sua cegueira esperou em vão o cuidado que pastores deveriam lhe dar; na verdade eles o expulsaram do rebanho pelo qual eram responsáveis”.[1]

Contudo Jesus era o bom pastor, e ao falar o cego reconheceu sua voz, e recebeu a cura de sua visão. O cego respondeu imediatamente a Jesus. A ovelha ouviu a voz do seu pastor e o seguiu (Jo 9:35-38).
Neste contraste do bom pastor e do ladrão Jesus deixa claro que o ladrão só tem a finalidade de matar, roubar e destruir (10:10a). O ladrão possui apenas intenções más para as ovelhas. O ladrão não pensa em momento algum no bem estar das ovelhas. Jesus ao afirmar pela primeira vez ser o bom pastor busca enfatizar exatamente o inverso da atitude do ladrão. Ele somente possui intenções boas para suas ovelhas (10:10b). Jesus esta preocupado com todos os aspectos da vida de suas ovelhas. Ele deseja que elas tenham vida e vida em abundância.O desejo de Jesus é que elas não sejam privadas de nada, que possam viver dignamente, plenamente suas vidas. O pastor deseja vê-las bem alimentadas, saudáveis, seguras para isso ele está pronto a se sacrificar. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas[2](Jo 10:11).
Em sua segunda afirmação, Jesus, procura contrastar o bom pastor com o mercenário.
Bruce faz essa distinção da seguinte forma:

“O mercenário não tem más intenções, como o ladrão ou salteador, mas não tem interesse pessoal pelas ovelhas do pastor verdadeiro. Ele toma conta delas em troca do seu salário; ele faz sua obrigação muito bem em tempos normais, mas quando há perigo ele está mais preocupado com a sua segurança do que com a das ovelhas”.[3]

 A diferença do mercenário para o ladrão está no fato de que o mercenário usa as ovelhas como meio de se enriquecer sem se preocupar com suas vidas. O mercenário valoriza mais sua própria vida do que de suas ovelhas, o mercenário apenas toma conta das ovelhas em troca do salário, mas não cria com elas nenhuma empatia. O mercenário dessa forma se torna um falso pastor, enquanto seus interesses são realizados pelas ovelhas ele cuida delas, contudo este não está pronto a morrer por elas e a qualquer momento pode deixa-las a mercê do lobo.
Jesus ao afirmar que conhece suas ovelhas e estas o conhecem, está dizendo que possui uma amizade, um relacionamento verdadeiro por suas ovelhas. Este relacionamento é característico do verdadeiro pastor ou do bom pastor. Tal relacionamento é tão profundo e verdadeiro que o pastor coloca sua vida a disposição de suas ovelhas.
Quero lembrar que para Michel Foucault o poder pastoral possui quatro características:

“1) É uma forma de poder cujo objetivo final é assegurar a salvação individual no outro mundo.
2) O poder pastoral não é apenas uma forma de poder que comanda; deve também estar preparado para se sacrificar pela vida e pela salvação do rebanho. Portanto, é diferente do poder real que exige um sacrifício de seus súditos para salvar o trono.
3) É uma forma de poder que não cuida apenas da comunidade como um todo, mas de cada individuo em particular, durante toda a sua vida.
4) Finalmente, esta forma de poder não pode ser exercida sem o conhecimento da mente das pessoas, sem explorar suas almas, sem fazer-lhes revelar os seus segredos mais íntimos. Implica um saber da consciência e a capacidade de dirigi-la”[4].

Quando Jesus afirmou que o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas e que este conhece suas ovelhas e elas o conhecem. Numa linguagem foucaultiana, Jesus estava afirmando que o poder pastoral é um poder sacrificial, e, também é um poder que implica um saber da consciência que exige uma capacidade de dirigi-la, com a finalidade de salva-la do mundo em que vive para um novo mundo. O problema é que em Foucault este poder pastoral era um poder estratégico, o qual a igreja usava para manipular e oprimir as pessoas e desta forma manter as pessoas debaixo de seu poder.
Todavia, em Jesus, este poder pastoral é comunicativo. Jesus não tem intenção em manipular as pessoas através do conhecimento que possui delas, mas pelo contrario, Ele deseja apresentar a elas o caminho da salvação, a libertação e torna-las herdeiras do Reino de Deus. Ele agia de forma não violenta, mas comunicativa.
Jesus afirmou ser o bom pastor e confirmou essa verdade ao se sacrificar por suas ovelhas. Jesus foi até o fim por suas ovelhas, isto é, Jesus foi capaz de entregar sua vida para que suas ovelhas fossem salvas. Jesus mesmo deu o exemplo a todos de como deve ser usado o poder pastoral.
A práxis pastoral de Jesus o identificava como o bom pastor. Jesus embora ainda não tivesse morrido literalmente por suas ovelhas, já tinha morrido ideologicamente. Sua vida era uma vida de renuncia total a qualquer projeto pessoal em prol da missão que o Pai lhe deu. Sua missão consistia em salvar o pecador, isto implicava em sua morte e morte de cruz.
O pastor para Jesus é uma pessoa que está pronta para usar o dom divino que lhe foi conferido em prol das pessoas que Deus colocou sob seus cuidados. O pastor não espera das pessoas nada, mas está pronto a dar tudo o que tem para elas.
Poderíamos dizer na linguagem de Habermas que o ladrão possui um poder de ação estratégica, neste caso usa da força, da violência para alcançar seus fins. O ladrão não respeita o outro, não respeita seus direitos a vida, não respeita seus direitos como cidadão; para o ladrão o outro é apenas um obstáculo a ser ultrapassado para alcançar seus desejos.
O mercenário por sua vez manifesta um poder de ação estratégica na qual não faz uso da violência física, contudo induz, engana as pessoas para realização de suas vontades. Na ação do mercenário temos a impressão que há um respeito, contudo esse respeito só existe enquanto seus interesses são realizados.
Jesus afirma (usando a linguagem da ação desenvolvida por Habermas) que o pastor deve ter um poder de ação comunicativa. Dizer que o poder pastoral deva ser um poder comunicativo, significa que este poder deve ser construído sem interesse próprio – “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45) - na linguagem foucaultiana um poder sacrificial. O pastor deve sacrificar seus próprios interesses em prol de suas ovelhas. O pastor deve buscar sempre a libertação de suas ovelhas, dando a elas condições de crescerem e se tornarem adultas[5].
O próprio Jesus disse: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Sem entrar nos méritos da afirmação que Jesus faz de ser a própria “verdade” (Jo 14:6), precisamos compreender que seu objetivo é fazer com que a humanidade tenha conhecimento da verdade em todas as dimensões da vida para obter a libertação. Conhecer Jesus como a verdade implica discernir um novo modelo de vida nas dimensões da vida citada por Habermas (cultural, social e subjetiva). Entretanto conhecer Jesus como verdade de Deus revelada a humanidade implica também em uma nova vida na dimensão espiritual[6] (passamos a viver uma nova espiritualidade).  
“O projeto fundamental de Jesus é, portanto, proclamar e ser instrumento da realização do sentido absoluto do mundo: libertação de tudo o que estigmatiza: opressão, injustiça, dor, divisão, pecado, morte; e libertação para a vida, comunicação aberta do amor, a liberdade, a graça e a plenitude em Deus”[7].
Jesus veio trazer libertação de (cultural, social, subjetiva e espiritual) - para (uma nova dimensão de vida concretizada no Reino de Deus).
Também quero destacar o fato de Leonardo Boff[8] compreender que Jesus veio proclamar (ação discursiva), isso enfoca seu conhecimento do mundo, como também veio ser instrumento da realização dessa ação (ação dramática), enfoca a disposição ao sacrifício. Em todas as ações de Jesus, este sempre visa a libertação.
Para compreendermos melhor a luta pela libertação de Jesus iremos dar uma analisada em algumas das práxis libertadora de Jesus desenvolvida por Leonardo Boff em seu livro Jesus Cristo Libertador.
Primeiramente gostaria de destacar o fato de que Jesus se aproxima dos marginalizados, isto é, daquelas pessoas que tinham sido colocadas de lado pela sociedade judaica, como: os pobres, os publicanos, leprosos, os marginalizados pela religião, bêbados. Jesus ao fazer isso demonstra que essas pessoas não chegaram no limite, não estavam condenadas por Deus, isto é, havia um caminho de libertação para elas. Jesus estava dizendo que Deus podia liberta-las para uma nova vida.
Em segundo lugar precisamos entender que ao se aproximar destes marginalizados a práxis de Jesus também tinha por finalidade um caráter sócio-politico. Através dessa práxis Jesus estava procurando apresentar uma nova estrutura para a sociedade e religião da época.
Embora Jesus atuava na vida religiosa da comunidade judaica, precisamos ter sempre em mente que a religião constituía um dos pilares fundamentais do poder político.
A sociedade de sua época estava dividida entre puros e impuros, judeus e estrangeiros, homens e mulheres, observantes da lei e povo ignorante. Jesus de uma maneira extraordinária solidarizava-se com todos eles. Tal solidariedade lhe custou muitas difamações.
A religião estava profundamente ligada a vida política-economica dentro da sociedade judaica. Através desta visão podemos afirmar que toda práxis libertadora de Jesus aos marginalizados atingia a vida sócio-politica e religiosa da comunidade judaica.
Em terceiro lugar poderíamos destacar que a práxis libertadora de Jesus visava sempre a justiça como anúncio central.
Leonardo Boff diz que Jesus:

 “Declara bem-aventurados os pobres não por olhar a pobreza como virtude mas porque, sendo ela fruto de relações injustas entre os homens, provoca a intervenção do Rei messiânico cuja primeira função é fazer justiça ao pobre e defender o fraco em seu direito. Rechaça também a riqueza que vê dialeticamente como conseqüência da exploração dos pobres. Por isso, a qualifica simplesmente de desonesta (Lc 16:9)”[9].

Para Jesus a práxis libertadora passa necessariamente pela justiça. Não pode haver liberdade sem que haja justiça.
Podemos dizer, em quarto lugar, que tal senso de justiça levou Jesus a uma práxis libertadora critica a todo poder de dominação (Lc 22:25-28).  Mesmo a paz romana (pax romana), não era entendida como legitima, uma vez que essa baseava-se na dominação.
Foi exatamente esta práxis libertadora critica a todo poder-dominação que fez com que Jesus se recusasse a tomar o poder político. Para Jesus o Reino de Deus – enquanto de Deus – somente se historifica pela liberdade e não por imposição.
Em quinto lugar a práxis de Jesus buscava estabelecer um novo tipo de sociedade. Jesus procurou estabelecer uma sociedade baseada em uma nova relação inter-pessoal. Jesus apresentou uma práxis libertadora que levavam todos a ser tornarem um, que levava todos a serem irmãos. Através dessa nova práxis Jesus criava uma nova solidariedade que deveria por fim as diferenças raciais, financeiras, culturais e a tudo que possa separar os homens.
Todas essas cinco práxis de Jesus demonstram sua forma de luta pela liberdade.
Jesus lutou pela liberdade da humanidade e de seu povo em todas as dimensões do mundo da vida. Portanto os pastores[10] devem continuar lutando pela mesma liberdade. Contudo se faz necessário que os pastores levem em consideração o seu contexto de mundo dentro do espaço que ocupam na história.
Segundo Leonardo Boff “viver a fé em Jesus Cristo Libertador supõe um compromisso com a libertação histórica dos oprimidos. A partir de um compromisso real (lugar social) se procura dar relevância a todas as dimensões libertadoras presentes no ministério de Jesus Cristo”[11].
Podemos traduzir isto dizendo que: quando o pastor busca apresentar a verdade de Deus, considerando o espaço e tempo em que vive, conduz o sujeito a liberdade em todas as dimensões do mundo da vida.
O pastor deve usar seu poder sempre com o objetivo de levar os sujeitos a liberdade, nunca a escravidão, apresentado a eles a verdade que os cerca neste mundo e a verdade da nova vida em Cristo.
Para que o pastor possa dar o melhor para suas ovelhas, conduzi-las de forma a alcançarem o amadurecimento é necessário que ele as conheça bem. O pastor precisa saber quais são suas doenças, suas fraquezas, suas necessidades para poder ajuda-las. Este conhecimento implica também no conhecimento do mundo da vida que suas ovelhas fazem parte. É necessário saber se as doenças de suas ovelhas não foram causadas por terem bebido água impura ou se alimentado de pastos contaminados; parafraseando as palavras de Jesus “terem se alimentado do fermento dos fariseus”.
O pastor precisa conhecer a realidade de vida de suas ovelhas, o que elas comem, o que elas bebem no aspecto físico, social e ideológico. Com que sonham? Quais seus projetos de vida? O que seus governantes têm oferecido para elas?
O pastor não é um E.T. (extraterrestre), ele é um homem que age na sociedade, em um determinado espaço e tempo, produzindo conhecimentos e significações utilizando os instrumentos que a situação lhe permite e lhe oferece. O pastor age na sociedade (construindo ou desconstruindo imagens) em um espaço definido dentro do conjunto social global.
Jesus criticou severamente os grupos religiosos de sua época (Mt 15:14, 23:24,27; Mc 12:15; Lc 12:1, 18:11), contudo ele o fez porque conhecia seus propósitos, seus pensamentos para com o povo. Somente através do conhecimento da verdade é que poderemos conduzir as pessoas para a verdadeira libertação.
Jesus sabia que os lideres religiosos de sua época como os fariseus colocavam fardos pesados demais sobre o povo, fardos que nem mesmo eles cumpriam. Jesus sabia que os fariseus estavam usando da lei religiosa com o fim de se enriquecerem (Lc 19:45-46), por isso virou a mesa no templo. Jesus não falava sem conhecimento e não discursava sem que a verdade estivesse de seu lado.
Os fariseus ao apresentarem suas interpretações da lei ao povo, fazia com que o povo se tornasse escravos da própria lei, e esta tinha o sem fim voltado para a liberdade do grupo e do individuo. A lei não foi criada para escravizar, mas para conservar a liberdade que o povo havia alcançado após quatrocentos anos de escravidão no Egito.
Jesus demonstrou que conhecia a dificuldade do povo, que conhecia as causas dessas dificuldades. Jesus conhecia os indivíduos como pessoa e conhecia o mundo que estava ao seu redor os oprimindo.
Jesus vem para libertar o individuo de si mesmo e para o libertar do mundo opressor.
Mais uma vez me volto para a linguagem de Foucault o pastor precisa de um poder individualizante e co-extensiva à vida, contudo ele deve cuidar para não usar este poder de forma a beneficiar a si mesmo ou para a manutenção do poder. O pastor precisa cuidar de cada individuo em particular e orienta-lo a uma libertação das estruturas pecaminosas, da escravidão do pecado. O pastor deve conhecer bem suas ovelhas para conduzi-las a uma libertação de todo o seu ser, isto inclui, uma libertação de seu próprio ego, uma libertação do poder estatal, do poder das estruturas sociais que o cercam.
Jesus afirma que o pastor deve estar pronto a morrer pela libertação de suas ovelhas. Esta libertação não implica num viver em rebeldia ao estado ou a todas instituições, simplesmente para ser rebelde; mas de não permitir ser manipuladas por elas. Essa libertação implica em ter o direito de pensar e de manifestar seus pensamentos. A luta do pastor deve ser de fazer com que todos os indivíduos possam ter liberdade para se expressar, para viver, e para usufruir o direito da vida.
Concluímos que Jesus apresenta uma forma de poder pastoral de ação comunicativa. Jesus trabalha o poder pastoral comunicativo através de uma práxis libertadora onde o pastor está pronto a se sacrificar por suas ovelhas. Nesta práxis libertadora o pastor exerce o poder tendo conhecimento profundo da realidade de vida de suas ovelhas e do mundo que a cerca.
O poder pastoral para Jesus não é exercido através de um poder-dominação, mas de um poder-serviço. Este poder só pode ser construído através de um discurso libertador, onde o ouvinte pode aceitar ou não a proposta a ele apresentada.
O pastor aos olhos de Jesus deve encarnar este modelo de poder comunicativo, como o próprio Jesus encarnou em vida.



Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira


[1] BRUCE, F. F. João introdução e comentário, p. 194.
[2] A Bíblia Anotada. Versão Almeida, Revista e Atualizada.
[3] BRUCE, F. F. João introdução e comentário, p. 197.
[4] RABINOW, P. e DREYFUS, H, op. cit., p. 237.
[5] Salmo 23 apresenta bem a figura do pastor que cuida de suas ovelhas levando-as para os pastos verdejantes, para as águas de descanso. Este cuidado faz com que as ovelhas cresçam com segurança e saúde.
[6] Habermas não inclui uma dimensão espiritual nas divisões do mundo da vida, eu o faço aqui apenas para afirmar que essa dimensão existe na perspectiva da cultura judaica. Jesus, Paulo e Pedro lidam bastante com essa dimensão da vida espiritual em suas falas. Para o contexto judaico essa dimensão espiritual tem uma relação profunda com as demais dimensões apresentadas por Habermas.
[7] Leonardo BOFF, Jesus Cristo Libertador, p. 27.
[8] Leonardo Boff é teólogo e um dos principais formuladores da Teologia da Libertação.
[9] Leonardo BOFF, op. cit., p.30.
[10] Embora dou ênfase a pessoa do pastor neste trabalho, o poder pastoral que é um poder-serviço ou comunicativo, não é um poder de uso exclusivo do pastor, como veremos na próxima seção.
[11] Ibid., p.15.

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