PRESERVANDO E RENOVANDO O PODER DE DEUS
At 2:1-4
A “plenitude” é uma experiência que pode ser repetida (At 4:31). Na epistola aos Efésios, Paulo ensinou que todos os crentes são selados com o Espírito Santo quando crêem (Ef 1:13-14; 4:30), mas nem todos são cheios, pois isto depende de submissão à vontade de Deus e que todos devem buscar estar se enchendo do Espírito (Ef 5:18).
Os apóstolos tiveram um constante renovar do poder de Deus sobre suas vidas. Como que eles conseguiam preservar o poder de Deus sobre suas vidas e ainda se encherem mais? Vejamos:
1 – Oração e jejum (At 4:31; 13:1-3)
A apostasia começa nos joelhos, ou seja, na oração e busca do Senhor. Sem oração e intercessão é impossível servir a Deus vitoriosamente, porque a oração é a base da vida do cristão, pois é dela que nos vem toda a força e o discernimento da vontade de Deus.
Lutero orou e Deus incendiou o mundo com a Bíblia.
Jonathan Edwards era um homem de oração; pregou com poder e graça o sermão: “Um pecador nas mãos de um Deus irado”, e os Estados Unidos experimentaram um poderoso avivamento.
Hudson Taylor durante mais de quarenta anos, o sol nunca se levantou na china sem me encontrar de joelhos, em oração.
Jesus orava muito e foi o que mais fez durante a sua vida aqui na terra (Lc 5:15-16; 6:12-13; 9:18; 11:1; 22:41).
Jesus orava e jejuava (Mt 4:2; 17:21). O que é o jejum? É a abstinência material com propósito espiritual; esta abstinência pode ser de: alimento, tempo, sono, esporte, televisão. É uma forma de autonegação por causa de Cristo e seu reino. É uma espécie de amor profundo pelo nosso Deus. É a decisão de não comer ou fazer determinada coisa, pois a fome e sede espirituais são mais profundas. É aquela autonegação e abstinência com o propósito de fortalecer-se espiritualmente e fazer progredir a obra de Deus.
Jejum não é uma forma de merecimento do favor de Deus; tudo na salvação é pela graça de Deus.
Jejum não é uma forma de substituir a obediência e a oração, e, sim de aprofundar a obediência e a oração.
Não é uma forma automática de receber resposta de Deus, e sim, uma aproximação de Deus.
Não é uma forma de acumular poder espiritual com o propósito de envaidecer-se, mas de aprofundar a humildade e dependência de Deus.
O jejum solidifica a determinação de buscar a Deus e aprofunda a sede espiritual.
2 – Meditação na Palavra de Deus (Tito 1:9)
Jesus (Mt 22:29) já havia advertido os saduceus e seus contemporâneos de que estes erravam por não conhecerem as escrituras.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Por isso o mensageiro da Palavra de Deus deve conhece-la para defender-se contra os ataques dos hereges.
Timóteo era um jovem pastor, estava pastoreando a Igreja de Eféso, quando Paulo lhe escreve a primeira carta. Paulo (1 Tm 4:1-4) começa a descrever para o jovem pastor os perigos que ele encontraria em seu ministério; e depois Paulo apresenta a Palavra de Deus como defesa contra estes perigos (1 Tm 4:9).
O pregador da Palavra é responsável pelo que ensina, por isso ele necessita de meditação e de estudo sério acerca de todos os desígnios de Deus (1 Tm 4:13-16).
3 – Santidade
(1 Pe 1:15); (1 Ts 4:3)
Quando não há mais santidade na vida do cristão, o poder de Deus fica totalmente neutralizado, gerando conseqüências desastrosas.
a) A fé não é mais a mesma – Ao contrário, o crente se torna murmurador, fraco, pessimista, desanimado, e infrutífero.
b) O amor é apagado no coração – A pessoa não é mais feliz em Deus, e se torna fria, sem misericórdia, sem amor e sem perdão. Não prega o Evangelho, pois esta vazia, sem amor e o Evangelho é a demonstração do amor de Deus ao mundo.
c) Perde a paz – O resultado é o retorno do medo, dúvida, insegurança, cansaço, insatisfação, nervosismo, desconfiança, aflição. Acaba o repouso e o aconchego em Deus.
d) Perde o poder contra o pecado – Seus inimigos prevalecem, e a escravidão e tristeza começam a fazer parte da vida.
Quando não há mais busca de uma vida em santidade, é porque o temor de Deus já foi embora. O caráter desta pessoa se torna deformado e a vida se torna um verdadeiro inferno
Quando se vive uma vida de santidade você tem poder contra o pecado, tem paz, tem amor no coração (Rm 5:5) e sua fé é fortalecida pela presença de Deus na sua vida.
Você deve ser santo em todas as áreas de sua vida: nos pensamentos, no olhar, no ouvir, no falar, em todas suas atitudes.
4 – Envolvimento sério com a igreja (Hb 10:25)
Se envolver na igreja não é questão de apenas assumir um cargo de liderança, mas de ser responsável para com as obrigações e trabalhar arduamente, com todo zelo, tanto nas coisas pequenas quanto nas grandes; porque , quem é infiel no pouco, também será no muito.
É uma pena que muitas pessoas queiram fazer grandes coisas para Deus, e no entanto, são infiéis nas pequenas coisas que Deus lhes concedeu a realizar.
Há pessoas que querem salvar toda a cidade, mas não vem nos cultos da igreja, não ajuda nas atividades da igreja, não se envolve quando a igreja faz promoções ou cria um bazar. Não traz ninguém a igreja. Não fala de Jesus para o seu colega de trabalho, para o seu vizinho, contudo fica sonhando em salvar a cidade toda. Há se Deus me desse poder para pregar o evangelho eu alcançaria todo o meu bairro, contudo Deus só vai te dar poder se você começar a ser fiel no pouco. Na medida que você é fiel no pouco Deus vai aumentando o que já te deu.
Quem não se envolve com o trabalho, tem tempo para criticar e atacar os que estão envolvidos no trabalho.
O envolvimento sério com a obra de Deus dentro de sua igreja local faz com que o poder de Deus que você recebeu possa ser preservado na sua vida, e quanto mais você se envolver mais Deus vai te enchendo, mais poder ele vai te dando.
Conclusão: O poder de Deus é preservado e renovado quando eu vivo uma vida de oração e jejum, quando estou sempre meditando na Palavra de Deus, quando busco viver em santidade e me envolvo com os trabalhos de minha igreja.
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
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