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quarta-feira, 30 de maio de 2012

REFLEXÃO 58 - AMOR COMO ESSE NUNCA VI IGUAL!




AMOR COMO ESSE NUNCA VI IGUAL!

Encontramos na Bíblia uma história de amor sem igual. Este amor foi vivido nos dias em que Jeroboão II reinava sobre Israel (782-753 a.C). Foi um período de grande prosperidade material no Reino do Norte, mas de grande falência espiritual.
Essa é a história de um homem que se casa com uma prostituta e que luta todos os dias para torná-la uma grande mulher. Essa história narra na verdade o amor de Deus por seu povo Israel.
Eu te convido a mergulharmos nessa história.


1 – O casamento (Oséias 1.2)
Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, disse-lhe: “Vá, tome uma mulher adúltera e (terás) filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor” (Os 1.2).
A história se inicia com o casamento de Oséias e Gômer. Oséias representa Deus e seu amor, e Gômer representa Israel e sua infidelidade.
Quando pensamos em casamento, pensamos em festa e alegria. O casamento é a realização do desejo de duas pessoas se tornarem “uma”. O casamento é a afirmação pública da aliança feita pelos casais apaixonados. Mais do que isso, o casamento é a mais bela representação da relação espiritual existente na união entre Cristo e a Igreja. Isso significa dizer que no casamento homem e mulher podem vivenciar através do amor um pelo outro a verdadeira espiritualidade desejada por Deus.
Em nossos dias e em nossa cultura o casamento acontece quando duas pessoas apaixonadas decidem livremente viverem juntas. Em algumas nações o casamento é acertado pelos pais e não por uma escolha livre dos comprometidos.
Entretanto em nossa história o casamento de Oséias e Gômer se dá na contra mão de tudo o que poderíamos pensar. Não nasce do amor de um homem e de uma mulher, nem de algum acerto entre os pais destes, este casamento acontece porque Deus pede para que Oséias tomasse uma mulher para si. Mas, não uma mulher qualquer! Uma adúltera! Uma prostituta!
Por que Deus pede para Oséias se casar com uma prostituta? O casamento com a prostituta é um chamado...

2 – Para compreender o coração de Deus
A história nos convida a compreender o coração de Deus. Ele desejava que Oséias vislumbrasse o Seu coração. Deus desejava que Oséias pudesse sentir a tristeza que Ele carregava em Seu coração por causa do povo de Israel. O casamento com a prostituta era a forma para que o profeta pudesse sentir empatia pela causa de Deus.
Oséias vivenciaria o sentimento de ser traído, rejeitado e completamente humilhado ao colocar seu amor, seu tempo, sua energia e seu dinheiro para conquistar uma pessoa que não merecia seu amor (Os 3.1). 
Não podemos servir bem a Deus se não tivermos empatia com sua dor. Não podemos falar em Nome de Deus se nosso coração não é um com o Dele.
É neste contexto de relacionamento que se enquadra a palavra de Jesus, registrada por João (Jo 15.7).

Aplicação: Deus também deseja que nós possamos compreender seu coração. Deus deseja compartilhar conosco seus planos e seus desejos, como fez com Abraão antes de destruir Sodoma, como fez com Daniel ao revelar seus planos futuros para Israel e Babilônia. Contudo estes homens eram amigos de Deus e não sanguessugas de Deus.
Jesus disse: Já não vos chamo de servos, mas amigos. Seja sincero! Jesus pode te chamar de amigo? Pode contar com você?
Quando você se aproxima de Deus o faz por qual motivação? O que incomoda você a orar? São seus desejos pessoais ou os desejos que brotam do coração de Deus?

3 – Para conhecer a dimensão do amor de Deus
A história nos leva a conhecer a dimensão do amor de Deus por nós. Deus desejava que Oséias pudesse ao menos conhecer um pouco da dimensão do Seu amor por Israel. Para isso pediu que ele se casasse com a prostituta.
Gômer não tinha nada de atraente para que Oséias a desejasse. Assim, Israel não possuía nada de atraente para que Deus a desejasse como seu povo. Gômer era uma prostituta cultual (Os 4.14). Ela oferecia seu corpo para que homens mantivessem com ela relação sexual enquanto adoravam os baalins. Essa era a mulher que Oséias tomou como esposa. E ela continuou servindo nos cultos, mesmo depois do casamento, e gerou filhos de seu adultério.
Entretanto Oséias amou Gômer e seus filhos, mesmo sendo ela infiel a Ele, assim como, Deus amou Israel, mesmo o povo sendo infiel a Ele.
Israel era uma nação adultera conforme descreve o profeta (Os 4.2-3). Até mesmo os profetas e sacerdotes estavam mergulhados no pecado (Os 4.4-9). Contudo Deus nunca deixou de amar o Seu povo, embora sendo eles infiéis a aliança que fizeram.

Aplicação: A relação de Deus e Israel tipifica a relação Cristo com a Igreja.
Não se assuste com o que vou dizer! Nós somos Gômer. Eu e você somos Gômer. Deus nos desejou como sua noiva, mesmo não tendo encontrado nada de bom em nós.
Antes de Jesus entrar em nossas vidas, nós vivíamos para o pecado. Alguns de nós éramos escravos das drogas, álcool, da prostituição, avareza, idolatria, etc. Mas todos nós sem exceção éramos escravos do pecado. Nossas escolhas e desejos eram totalmente voltados para nós. Vivíamos na busca de sermos felizes. Muitos de nós casamos pensando em sermos felizes. Compramos carros, motos, etc., pensando em sermos felizes. O mundo girava em torno de nós mesmos. A cobiça do mundo nos dominava. Entretanto Jesus nos amou e veio até nós para nos conduzir a uma relação de amor com Ele. Você consegue entender isso!
Precisamos reconhecer que somos pecadores por natureza. Pois, somente dessa maneira poderemos compreender o quanto o amor de Deus por nós é grande.

4 – Amor como este nunca vi igual!
A história nos conduz a concluir que não existe amor como o de Deus por nós pecadores. 
Para que você possa dimensionar o amor de Deus por você, se coloque no lugar de Oséias. Quantas vezes Oséias teve seu coração partido por causa de Gômer? É terrível saber que fomos traídos. É terrível a sensação de que entregamos todo nosso ser, amor, tempo, energia a uma pessoa, e, ela jogou tudo isso fora. Nos sentimos humilhados quando traídos. Parte da nossa vida parece ter sido jogada fora. Nos sentimos um lixo, ignorados, pois tudo que fizemos se tornou inútil. Assim se sentia Oséias. Assim se sentia Deus por causa de Seu povo.
Creio que Deus se sente assim, quando pecamos. A cada pecado, a cada escolha errada que fazemos traímos a confiança de Deus em nós. Quando optamos pelo erro, quando cedemos à tentação desvalorizamos o amor de Deus por nós.
Quantas vezes será que Oséias sentiu o desejo de abandona-la? Você já não teria desistido de Gômer? Ele deu a ela a oportunidade de começar uma vida nova, ela, entretanto permaneceu no adultério. Fez pouco caso do seu amor. Oséias não desistiu de Gômer porque Deus o mandava continuar amando-a (Os 3.1).
Quantas vezes Deus teve seu coração partido por mim e por você? Ele nos ofereceu o Seu amor, entregou Seu Filho numa cruz por nós. Entretanto, assim como Gômer, muitas vezes voltamos para o pecado.
·         Voltamos para o pecado quando escolhemos muitas vezes servir ao dinheiro em vez de servir a Deus. Servimos ao dinheiro quando fazemos caixa dois; quando transformamos a casa de Deus em mercado de negócios; quando transformamos bênçãos espirituais em mercadorias de negócio; quando vivemos para o TER e não para o SER.
·         Voltamos para o pecado quando escolhemos temer aos homens, em vez de temermos a Deus. Tememos os homens quando tomamos decisões baseados na rejeição ou não de homens. Quando nossos cultos são construídos na base do sentimento de rejeição dos homens, eles são construídos no temor aos homens e não a Deus. Quando damos o dízimo por causa do que o pastor, o tesoureiro ou a igreja irá pensar de mim, meu temor é de homens e não de Deus. Quando faço o bem porque estou preocupado com que os homens irão pensar, meu temor é de homens e não de Deus. Quando temo os homens, mais do que a Deus, sou idólatra, pois dei aos homens o lugar de Deus.
·         Voltamos para o pecado quando mentimos, roubamos, matamos, adulteramos, etc. E não podemos nos esquecer o que Jesus ensinou sobre estes pecados. Eles são cometidos antes do ato em si, quando já se tornaram parte do nosso desejo, quando já se alojaram em nosso coração.
Você consegue agora dimensionar o quanto Deus te ama. Eu olho para mim e vejo que sou insignificante. Cometo tantos erros em minha vida, mesmo desejando não cometê-los. Falho na educação dos meus filhos; falho no cuidar de minha esposa; entretanto Deus não desiste de mim. Todos os dias me ama como se eu fosse digno do Seu amor. Amor assim nunca vi igual!

Aplicação final: Quantas vezes Deus teve seu coração partido por mim e por você depois de convertidos? Qual sua resposta a este amor? Qual sua escolha perante um Deus de tamanho amor?
Decida hoje se render a este amor entregando-se a Jesus Cristo. Se arrependa dos maus caminhos. Abandone o pecado. Decida viver em santidade valorizando toda dedicação que Deus tem dado a você.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
29/05/2012

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