A BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS
. O conteúdo é muito básico,
mas creio que é o suficiente para se responder a algumas questões que costumam
ser levantadas no nosso dia-dia.
1. ORIGEM / DATA.
Não há como saber com
exatidão a origem da Bíblia. Porém acredita-se que foi no monte Sinai que
Moisés recebeu a ordem de Deus para começar a escrever a Bíblia (Êxodo 17:14).
Aproximadamente de 1.500 a.C. a 97 d. C., quando o Apóstolo João escreveu o seu
evangelho.
2. AUTORIA:
Na realidade os “direitos
autorais” da Bíblia pertencem a Deus.
Não foi uma única pessoa,
que Deus usou para escrever a Bíblia. Foram 40 homens que serviram de
instrumentos para se escrever as escrituras. Estes homens eram pessoas
diferentes em muitos aspectos. Moisés, Paulo, Esdras e Lucas possuíam uma
cultura elevada em relação a Pedro, João e Tiago. Davi, que escreveu vários
Salmos, foi um grande rei. Neemias escreveu o livro que possui o seu nome, foi
copeiro do rei da Pérsia.
É importante observar que,
todos os escritores usados por Deus, deixaram suas características pessoais nos
livros que escreveram.
3. INSPIRAÇÃO.
Sabemos que Deus usou 40
homens para escrever as escrituras. Deus inspirou estes homens ( 2 Timóteo 3:
16 ).
A palavra, inspiração,
deriva-se de in spiro que significa: Soprar para dentro, insuflar.
Deus escolhe alguns homens e
“sopra sobre eles” a sua vontade, suas idéias e forma de como Ele queria que
fosse escrita a palavra contida nas escrituras.
Os eruditos separam a
doutrina da inspiração em no mínimo três partes, a saber:
3. 1. Inspiração
Mecânica.
Segundo este conceito, Deus
simplesmente ditava o que deveria ser escrito na Bíblia. Seria como um robô, o
escritor seria somente um objeto “descartado”. Deus escolhe alguém e diz:
Escreve isto e pronto! - Quem sabe se entraria em transe mental e começaria a
escrever.
Este conceito não pode ser
aceito como verdadeiro. A Bíblia deixa a entender justamente ao contrário
disto. Ou seja, todos os escritores deixaram suas marcas pessoais naquilo que
escreveram. Paulo, por ser mestre em sua época, relatou o fato de uma forma
erudita. Pedro, sendo, um simples pescador, usou de sua simplicidade ao
escrever suas epístolas.
3. 2. Inspiração
Dinâmica.
Alguns estudiosos nos
séculos XVIII e XIX, optaram por este conceito de inspiração. Este conceito
afirma que alguns homens foram mais inspirados do que outros. Os livros
históricos, por exemplo, seriam menos inspirados do que os doutrinários. Sendo,
assim, os livros históricos teriam um “desconto” se houvesse algum erro.
Não pode ser verdadeiro este
conceito. Sendo um livro sobrenatural, a Bíblia não possui erros de espécie
alguma. Nem nos aspectos doutrinários, tampouco nos históricos.
3. 3. Inspiração Orgânica /
Plenária.
Este conceito define a
inspiração de uma forma mais justa e correta. Deus escolhe homens, derrama
sobre eles do Seu Espírito, e usa-os da forma como são - Com suas limitações,
seus conhecimentos, suas opiniões, seus ideais, seus preconceitos, seus
talentos, etc.
Sendo, assim, a Bíblia passa
a ser inspirada de uma forma plena e total. Isto explica porque cada livro
possui o seu estilo próprio, cada escritor deixou sua marca registrada.
4. PROVAS DA INSPIRAÇÃO
BÍBLICA.
Alguns fatores nos levam a
crer na inspiração bíblica. Destacaremos os fatores principais:
4. 1. Jesus assim
testificou.
a) Jesus lia com freqüência
as escrituras, o Velho Testamento (Lc 4:16-21).
b) Profetizou a inspiração
do Novo Testamento (João 14:26).
4. 2. O cumprimento das
profecias.
Diversas profecias já se
cumpriram, total ou parcial. Isto comprova que as profecias bíblicas foram
inspiradas por Deus em sua totalidade.
4. 3. A Perenidade das
Escrituras.
Mesmo sendo um livro tão
antigo, é ao mesmo tempo tão atual. Somente Deus com sua onisciência poderia
inspirar palavras que serve para todos os tempos e todas as culturas.
5. CONTEÚDO.
A Bíblia seria somente mais
um livro se não fosse pelo seu conteúdo. As palavras contidas nas Escrituras a
difere de todos os livros que existem e que existiram no decorrer da história.
Suas palavras são diversificadas em todos os sentidos. Lemos histórias, ficções
(em suas parábolas), poesias, biografias, ensinamento cultural (em especial,
sobre a nação de Israel), etc.
5. 1. Divisões.
A Bíblia se divide em duas
grandes partes. Velho e Novo Testamento. Sendo 39 livros no Antigo Testamento e
27 no Novo Testamento.
5. 1. 1. Velho ou Antigo Testamento.
O Antigo Testamento Hebraico
contém exatamente os mesmos livros do Antigo Testamento contidos na Bíblia em
Português, porém em ordem diferente:
Lei: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números, Deuteronômio.
Os Profetas: 4 Primeiros:
Josué, Juízes, Samuel, Reis.
4 Posteriores: Isaías,
Jeremias, Ezequiel, os Doze.
Os Escritos: 3 Poéticos:
Salmos, Provérbios, Jó.
5 Rolos: Cânticos, Rute,
Lamentações, Eclesiastes, Ester.
3 Livros: Daniel,
Esdras-Neemias, Crônicas.
Somando estes livros,
teremos a mesma quantidade de livros que nossa Bíblia possui, ou seja, 39
livros.
No nosso caso, a divisão é
feita da seguinte maneira:
17 Livros Históricos:
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel,
2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester.
5 Poéticos: Jó, Salmos,
Provérbios, Eclesiastes, Cânticos.
17 Proféticos: Isaías,
Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias, Malaquias.
5. 1. 2. O Novo
Testamento.
Segundo a tradição, o Novo
Testamento está dividido da seguinte maneira:
4 Evangelhos: Mateus,
Marcos, Lucas, João.
Histórico / Atos: Atos dos
Apóstolos.
21 Epístolas: Romanos, 1
Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1
Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom,
Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas.
Profético: Apocalipse.
5. 1. 3. Curiosidades.
· Há em toda a Bíblia 1.189 capítulos,
sendo 929 no A.T. e 260 no N.T.
· O capítulo mais longo é o Salmo 119. O
mais curto é o Salmo 117, que também é o capítulo central da Bíblia.
· O verso mais longo é o de Ester 8: 9. O
mais breve é o de Êxodo 20:13, que contém uma letra a menos que João 11:35.
5. 2. As Línguas da Bíblia.
Graças a Deus, hoje a Bíblia
é editada em vários idiomas. Porém ela teve suas origens e seu idioma de
origem. Hebraico, Aramaico e Grego, estes, foram os idiomas que dera origem a
nossa Bíblia atual.
5. 2. 1. Hebraico.
A língua Hebraica foi falada
pelos israelitas durante a sua independência. Sendo por eles consideradas a
“língua sagrada”. No A.T. é chamada “a língua de Canaã”, ou a dos Judeus
(Isaías 19:18; 2 Reis 18:26-28). A quem afirme que o Hebraico é o idioma
original de toda a humanidade.
5. 2. 2. Aramaico.
O Aramaico foi o idioma
falado pelos Judeus após o cativeiro. Era a língua falada por Jesus e seus
discípulos. Foram escritos neste idioma importantes textos do A.T. e algumas
frases do N.T.
5. 2. 3. Grego.
Idioma falado pelos Gregos,
os Judeus do N.T. e todo o mundo mediterrâneo. O Novo Testamento foi escrito em
Grego. Esse idioma serviu fortemente na propagação do evangelho na era Apostólica.
6. O Cânon das Sagradas
Escrituras.
Conceito:
A Palavra Cânon significa:
Peso, norma, vara de medir ou medida correta. Referindo-se, a Bíblia trata-se
da coleção de livros considerado inspirado por Deus.
Não podemos aceitar a idéia
de que em uma época do passado, houve-se uma espécie de “convenção”, onde
algumas pessoas determinaram se este ou aquele livro poderia fazer parte dos
livros canônicos. Com certeza, ao inspirar um escritor, Deus já o havia
selecionado como sendo verdadeiramente um instrumento de Sua vontade. Portanto
o livro escrito por este homem por si próprio já se incluía entre os livros
inspirados divinamente.
Alguns eruditos afirmam que
os livros canônicos do Antigo Testamento, foram colecionados e reconhecidos por
Esdras em meados do século V a.C. Em relatos feitos pelo historiador judeu
Flávio Josefo (ano 95 d.C.) e outros de sua época, está indicado que o Cânon do
Antigo Testamento compreende exatamente os 39 livros que conhecemos hoje.
O Mestre Jesus aprovou a
coleção destes livros, ao afirmar que os legalistas mataram todos os profetas
de Abel até Zacarias. Note que Abel é mencionado no livro de Gênesis, a morte
de Zacarias é mencionada no livro de 2 Crônicas, o último livro da Escritura
Hebraica.
No ano de 397 d.C. , no
Concílio de Cartago, realizado na África, surgiu a lista dos 27 livros que
compõe o Novo Testamento. Porém, bem antes disto, livros soltos no Novo
Testamento já eram usados pela igreja, que já os consideravam inspirados.
O Critério usado para se
saber se um texto era ou não inspirado, estava principalmente em seu conteúdo.
Todavia, algumas questões eram levantadas para se provar a inspiração divina do
texto. A saber:
1. Foi este livro usado pelos pais da
Igreja?
2. Que atitude estes escritores primitivos
tinham para com a inspiração do livro?
3. O livro era apostólico na sua origem?
4. O livro era usado e reconhecido pela
igreja?
5. O livro ensina doutrina
sadia?
7. OS LIVROS APÓCRIFOS.
CONCEITO:
A palavra “apócrifa”
originalmente significa oculto, mas passou a significar espúrio. É esta a
denominação que se dá aos 14 livros contidos em algumas Bíblias. Originaram-se
no período do terceiro século a.C. ao primeiro ou segundo século d.C.. Não
foram escritos no A.T. Hebraico. Foram escritos depois de haverem cessado as
profecias. A igreja primitiva recusou a estes livros, não aceitando como
canônicos. Jesus, em nenhum momento do seu ministério citou algum dos
apócrifos.
Quando se traduziu a Bíblia para o
latim, no segundo século d.C., o Antigo Testamento foi traduzido da versão
grega Septuaginta (veremos mais adiante o que significa Septuaginta), e não das
cópias em hebraico. Da Septuaginta esses livros apócrifos chegaram a Vulgata
latina, que passou a ser a versão usada na Europa Ocidental até a reforma
protestante. Na reforma, nossos irmãos Protestantes, firmados na Palavra de
Deus como coluna do movimento reformador, rejeitaram os apócrifos como livros
não inspirados por Deus.
7. 1. Os livros apócrifos do Antigo Testamento.
Nota:
As informações dadas a
seguir sobre os apócrifos, foram extraídas literalmente do MANUAL BÍBLICO,
edições Vida Nova.
1 Esdras: É uma compilação de passagens
do livro canônico de Esdras, 2 Crônicas e Neemias, com lendas a respeito de
Zorobabel. Seu objetivo foi descrever a liberdade de Ciro e Darão para com os
judeus, como modelo para os Ptolomeus.
2 Esdras: Às vezes chamado “4 Esdras”.
Pretende conter visões dadas a Esdras referencia ao governo do mundo por Deus,
a uma nova era futura, e à restauração de certas Escrituras que se havia
perdido.
Tobias: Romance, inteiramente
destituída de valor histórico, de um jovem israelita rico, cativo em Nínive, o
qual foi guiado por um anjo a desposar uma “casta viúva” que perdera sete
esposos.
Judite: Romance histórico, de uma
viúva israelita, rica, bela e devota, que nos dias da invasão babilônica de
Judá jeitosamente penetrou na tenda do general babilônio e, fingindo entregar-se a ele, decepou-lhe a
cabeça e deste modo salvou sua cidade.
O Resto de Ester: Passagens interpoladas na
versão Septuaginta do livro de Ester, principalmente para mostrar a intervenção
de Deus na história. Esses fragmentos foram reunidos e agrupados por Jerônimo.
A Sabedoria de Salomão: Muito
semelhante a partes de Jó, Provérbio e Eclesiastes. Espécie de Mistura do
pensamento hebreu com a filosofia grega. Escrito por judeu alexandrino que faz
o papel de Salomão.
Eclesiástico: Também chamado “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. Assemelha-se ao
livro de Provérbios. Escrito por um filósofo judeu muito viajado. Apresenta
regras de conduta para todos os particulares da vida civil religiosa e
doméstica. Enaltece grande número de heróis do A.T.
Baruque: Apresenta-se como da autoria
de Baruque, amanuense de Jeremias, que é representado a passar a última parte
de sua vida na Babilônia. É endereçado
aos exilados. Consiste, na maior parte, de paráfrases de Jeremias, Daniel e de
outros profetas.
O Cântico dos Três Moços: Adição
inautêntica ao livro de Daniel, inserta depois de 3:23, que pretende ser a
oração que os moços fizeram na fornalha, e seu cântico triunfal de louvor pelo livramento.
A História de Susana: Outra
ampliação inautêntica do livro de Daniel.
Relata como a esposa piedosa de
um judeu rico de Babilônia, acusada falsamente de adultério, foi inocentada
pela sabedoria de Daniel.
Bel e o Dragão: Outra adição inautêntica ao
livro de Daniel. Duas histórias, nas
quais Daniel prova que os ídolos Bel e o Dragão não são deuses; uma
delas baseia-se na história
da cova dos leões.
A Oração de Manassés: Apresenta-se
como sendo a oração de Manassés, rei de Judá, quando esteve cativo na
Babilônia, oração mencionada em 2 Cr
3:12-13. O autor é desconhecido. Data provavelmente do I século a.C.
1 Macabeus: Obra histórica de grande
valor sobre o Período Macabeu. Relata acontecimento da luta heróica dos judeus pela
liberdade, 175-135 a.C. Escrito cerca de 100 a.C., por um judeu
palestinense.
2 Macabeus: É também uma narrativa da luta
dos macabeus ao período de 175-161 a.C. Afirma-se ser um resumo da obra escrita
por um certo Jason de Cirene, de quem nada se sabe. É suplemento de 1 Macabeus,
porém inferior a este.
7. 1. 1. Outros Escritos.
Além dos Apócrifos referidos
acima precedentes, houve outros escritos judaicos, originários do período de entre o II século a.C. e o I
d.C., muitos deles do gênero “apocalíptico”, cujo autores “tomando o nome de
termos de profecia”. Compõem-se em grande parte de visões pretensamente
oriundas de antigos personagens da Escritura, algumas das quais contendo as
mais extravagantes fantasias. Ocupam-se, em escala considerável, do Messias
vindouro. Os sofrimentos do período dos Macabeus intensificaram a expectação
judaica de estar próximo o tempo do Messias. Baseiam-se parcialmente em
tradição incertas, e parcialmente em imaginação. Alguns dos mais conhecidos
são:
Os Livros de Enoque: Grupo de escritos fragmentários, de vários autores
desconhecidos, produzidos no II. e I Séculos a.C., contendo revelações
pretensamente feitas a Enoque e Noé. Falam do Messias e do dia do juízo.
A Assunção de Moisés: Escrito por
um fariseu, mais ou menos quando Cristo nasceu. Contém profecias atribuídas a
Moisés, de quando estava para morrer, e por ele confiadas a Josué.
A Ascensão de Isaías: Apresenta uma narrativa legendária do
martírio de Isaías, e algumas de suas pretensas visões. Julga-se que foi
escrito em Roma, por um judeu cristão, durante a perseguição aos judeus movida
por Nero.
O Livro dos Jubileus: Comentário
do Gênesis. Escrito provavelmente no período dos Macabeus, ou um pouco depois.
Tira o nome do seu sistema de contar o tempo baseado nos períodos jubilares de
50 anos.
Os Salmos de Salomão: Um grupo de
cânticos, por um fariseu desconhecido, sobre o Messias vindouro, escritos
provavelmente logo após o período dos
Macabeus.
O Testamento dos Dozes Patriarcas:
Produzido
no II Século a.C., pretende ser as últimas instruções dos de dozes filhos de
Jacó aos seus filhos, cada qual contando a história de sua própria vida e as
lições dela.
Os Oráculos Sibilinos: Escritos nos
tempos dos Macabeus, com adições anteriores, imitando os oráculos gregos e
romanos. Tratam da queda dos impérios opressores e do raiar da era
messiânica.
7. 2. Os Livros Apócrifos do Novo Testamento.
Evangelho de Nicodemos: Inclui os
“Atos de Pilatos”, pretenso relatório oficial do julgamento de Jesus ao
imperador Tibério. Foi produzido no II ou V Século Puramente
imaginário.
Proto-Evangelho de Tiago:
Narrativa que vai do nascimento
de Maria ao massacre dos inocentes. Conto que começam a circular no II Século.
Foi completado no V Século.
O Passamento de Maria: Repleto de
milagres ridículos culmina com a remoção do
“seu corpo imaculado e precioso” ao Paraíso. Escrito no IV Século, com o
aparecimento do culto da Virgem.
Evangelho segundo os Hebreus: Adições aos
Evangelhos canônicos com algumas frases atribuídas a Jesus. Por volta de 100 d.C..
Evangelho dos Ebionitas: Compilado
dos Evangelhos Sinópticos, no interesse
da doutrina ebionita Entre o II e o IV Séculos.
Evangelho dos Egípcios: Conversas
imaginárias entre Jesus e Salomé. Entre 130 e 150 d.C.. Usados pelos sabelianos.
Evangelho de Pedro: Meado do II Século. Baseado em Evangelhos canônicos. Escrito no interesse de doutrinas
docetistas, antijudaicas.
Evangelho de um Pseudo-Mateus: Falsa tradução
de Mateus, do V Século, repleta de milagres da infância de Jesus.
Evangelho de Tomé: II Século. Vida de Jesus, dos 5
aos 12 anos. Apresenta-O operando
milagres para satisfação de Seus
caprichos infantis.
Natividade de Maria: Obra de
ficção do VI Século, premeditada, para fomentar o culto da Virgem. História de
visitas diárias de anjos a Maria. Com o surto do papado, tornou-se imensamente
popular.
Evangelho Arábico da Infância: VII Século.
História de Milagres operados durante a estada no Egito. Fantástico em
extremo.
Evangelho do Carpinteiro
José: IV Século. Originou -se no Egito.
Dedicados à glorificação de José.
Apocalipse de Pedro: Pretensas visões do céu e do inferno
concedidas, a Pedro. Eusébio chamou-o “espúrio”.
Atos de Paulo: Meado do II século. Romance que
aconselha a continência. Contém a suposta Epístola aos Coríntios que se
perdeu.
Atos de Pedro: Fim do II século. Um caso de amor com a filha de Pedro.
Conflito com Simão, o Mago. Contém a história do “Quo Vadis”.
Atos de João: Fim do II século. Historia de uma visita a Roma. Puramente
imaginária. Contém um quadro revoltante de sensualismo.
Atos de André: História de André, que persuade Maximila a evitar relações com o
marido, o que resultou no Martírio
dele.
Atos de Tomé: Fim do II século. Como os Atos de André, é um romance de
viagem, no interesse da abstinência de relações sexual.
Carta de Pedro, a Tiago: Fim de II
século, ataca violentamente Paulo. Pura invenção no interesse dos ebionitas.
Epístola de Laodicéia: Diz ser a que é referida em Cl 4: 16.
Um aglomerado de frases de Paulo.
Cartas de Paulo, a Sêneca e
outras deste àquele. Invenção do IV século. Objetivo: ou recomendar o cristianismo aos seguidores de
Sêneca, ou recomendar este aos cristãos.
8. AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA.
Se a Bíblia é de fato a Palavra de
Deus, então ela não poderia ficar restrita aos idiomas originais (Hebraico,
Aramaico e Grego). Com o passar dos anos a Bíblia foi sendo traduzida para
diversos idiomas diferentes. O Antigo Testamento, após ser canonizado, teve seu
papel importante no ministério de Jesus e dos apóstolos, e, provavelmente usavam cópias em Hebraico
feitas pelos escribas dos escritos originais que ficavam nas sinagogas.
8. 1. Manuscritos.
Ouve-se falar dos manuscritos da
Bíblia. Todavia, em nenhuma parte do mundo foi encontrado o manuscrito
original, nem do V.T., nem do N.T. Acreditasse que ao copiar novos manuscritos,
os escribas queimavam ou enterravam os originais do Antigo Testamento quando
estes se estragavam ou ficavam muito velhos.
Possivelmente, estes manuscritos
originais desapareceram por uma providência de Deus. Imagine quanta idolatria
não seria feita, a um manuscrito original com a letra do escritor original.
Existem em todo o mundo
milhares de manuscritos copiados dos originais, em grego e em hebraico. Quando
as primeiras Bíblias foram impressas, havia mais de 2.000 destes manuscritos.
Os mais antigos manuscritos gregos
são escritos em letras maiúsculos e quadrados, e na mesma linha, todas as
palavras estavam ligadas para poupar espaço. Foi encontrado um exemplo na
versão de Almeida citando Isaías 53:11 da seguinte maneira:
"Porque as suas
iniquidade levará sobre si."
8. 2. A Septuaginta.
A tradução mais antiga que se tem notícia é a
Septuaginta. Alguns eruditos não demostram muita confiança a esta versão
traduzida dos originais hebraicos para o grego. Esta obra recebeu este nome
porque, segundo a tradição, foram setenta homens a pedido de Ptolomeu Filadelfo (rei do Egito), que deram início a
tradução do Antigo Testamento no ano de 285 a.C., sendo concluída cem anos
após. Sendo em grego, possivelmente, existia nos dias de Jesus. E até os dias
de hoje se discute se o Mestre usou ou não esta tradução.
8. 3. A Vulgata.
A Igreja usava traduções da
Bíblia em latim. No ano de 383 S.
Jerônimo, um dos homens mais sábios dos seus dias, recebeu do Bispo de Roma,
Damasus, um convite para melhorar a Bíblia latina. Jerônimo conclui a revisão
de todo o Novo Testamento, e anos depois, muda-se para Belém onde fundou um
mosteiro. No mosteiro, aos oitenta anos de idade, S. Jerônimo começa uma nova
tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o latim. Esta tradução é
conhecida como a Vulgata, e inclui muitos dos apócrifos. A Vulgata foi a base
de todas as traduções por mais de mil anos.
8. 4. A Renascença.
Com o declínio do Feudalismo e o surgimento do período renascentista, a
mentalidade do homem medieval sofre sérias alterações. Novas idéias surgiram,
novo conceito é apresentado em relação ao evangelho de Cristo. A igreja
dominante começa perder o monopólio
político e econômico centralizado nela (Senhores feudais). Com a queda de
Constantinopla em 1453, os sábios gregos, fogem para a Itália levando com eles
suas ciências e letras. Este acontecimento, incentiva a que cidades Italianas
como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, cresçam culturalmente e
economicamente. Com o crescimento, a Itália começa a investir na cultura e no
valor humano. Escolas foram estabelecidas, e o povo italiano passa a um
interesse maior pelos manuscritos orientais.
Com a mentalidade mais
aberta, e um interesse pelos manuscritos antigos, as pessoas começam a
questionar a Vulgata. Sem dúvida, a Renascença, abriu, um período importante
para o cristianismo.
A teologia mística da Idade
Média foi confrontada com uma nova realidade teológica. O novo testamento em
grego, pelo erudito Erasmo, em 1516, desafia a tradição e declina a Vulgata.
Para Erasmo, a Bíblia deveria estar ao alcance de todas as pessoas. O novo
Testamento de Erasmo serviu de base para muitas outras traduções na Inglaterra
e por toda a Europa. Dez anos após ter traduzido o Novo Testamento, Erasmo
conclui a tradução de toda a Bíblia. Exemplares desta tradução foram enviados
secretamente para a Inglaterra.
Um outro fator importante na
Renascença, foi o desenvolvimento do processo de impressão com tipos móveis de
metal, a Imprensa. O alemão J. Gutenberg, com seu engenhoso mecanismo, começa a
imprimir trechos da Bíblia, que foi o primeiro livro a ser impresso. Isto
tornou a Bíblia muito mais barata que antes, que só podia ser comprada com o
acúmulo de 12 meses de trabalho. Em Washington, existe um dos exemplares impresso
por Gutenberg, afirma-se que foi pago por esta Bíblia o valor de 350.000
dólares.
8. 5. Capítulos e versículos.
Nos dias atuais, encontramos
a Bíblia dividida em capítulos e versículos. Porém os textos originais não
foram divididos assim. Moisés, ao escrever o Pentateuco, não se preocupou em
dividi-lo. Nenhum dos escritores se dera ao trabalho.
A obra da divisão da Bíblia
foi do Cardeal Caro, no ano de 1236, e de Robert Stephens, em 1551 d.C.
9. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS.
Antes de observarmos como a
Bíblia chegou no Brasil, é interessante sabermos primeiro, como ela foi
traduzida para o português.
9. 1. Período das traduções incompletas.
Até o final do século XVI,
não havia nenhuma obra completa da Bíblia em português. Antes porém, já havia
trechos da Bíblia em português. Sempre “tementes” a igreja, os monarcas se
preocupavam com a Bíblia Sagrada, D. João I por exemplo, traduziu pessoalmente
da Vulgata latina o livro de Salmos. Já D. João II, em demonstração de como os
soberanos portugueses reverenciavam a Bíblia, ordenou que o final do versículo
31 de Romanos capítulo 8, fosse gravado em seu cetro.
Em 1505, a rainha D. Leonor
(Leonora?), esposa de D. João II, manda imprimir em português alguns livros do
Novo Testamento (Atos dos Apóstolos; 1, 2 Pedro; 1, 2, 3 João; Tiago; Judas),
que foram traduzidos do latim alguns anos antes pelo frei Bernado de Brinega.
Vinte anos após, morre a rainha e o clero católico faz com que estas obras
desapareçam. No ano de 1554, é publicada uma segunda edição biográfica sobre a
vida de Cristo; que teve o mesmo fim das obras anteriores, simplesmente
desapareceu.
9. 2. Período das traduções completas.
João Ferreira de Almeida foi
o primeiro homem que teve disposição e ousadia em traduzir para o português a
Bíblia inteira. A versão de Almeida não foi a única, mais duas foram
importantes na história da tradução da Bíblia para o português, Rahmeyer e
Figueiredo.
9. 2. 1. A versão de Almeida:
De família católica, João
Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa no ano de 1628. Quando ainda era
adolescente, Almeida muda-se para Ásia, e aos quatorze anos de idade, sua
família muda para Malásia. Lá, João curiosamente lê um folheto explicativo em
espanhol sobre as diferenças entre católicos e evangélicos, se convertendo à
igreja Reformada no ano de 1642. Após sua conversão, Almeida mostrou seu
interesse pelo estudo eclesiástico e em pregar o evangelho por onde
andava.
Com um pouco mais de
dezesseis anos, João Ferreira de Almeida começa a traduzir a Bíblia para seu
idioma natural. Como era conhecedor do hebraico e do grego, pôde utilizar as
cópias originais no seu trabalho. Em 1648, João teve que recomeçar o trabalho,
visto que perdera seus manuscritos. Vinte e oito anos depois, são concluídos
todo o Novo Testamento. Porém, somente
no ano de 1681 é que surgi o primeiro volume do Novo Testamento em português
traduzido por Almeida com a seguinte apresentação:
“O Novo Testamento, isto he, Todos os Sacros
Sanctos Livros e Escritos Evangelicos e Apostolicos do Novo Concerto de Nosso
Fiel Salvador e Redentor Iesu Cristo, agora traduzido em português por João
Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho. Com todas as
licenças necessárias”.
Em Amsterdam, por Viuva de
J. V. Someren. Anno 1681. ”
Uma revisão foi feita nesta
tradução, o próprio Almeida encontrou mais de dois mil erros. Ribeiro dos
Santos, que também revisou o texto, afirmou ter encontrado um número bem acima
disto.
Com a publicação do Novo
Testamento, foi necessário que se tivesse também o Antigo Testamento. Almeida
começa a tradução do Antigo Testamento, e em 6 de Agosto de 1691, ao falecer,
João já tinha traduzido ate Ezequiel 41: 21. Anos após, no ano de 1748, o
pastor Jacobus op den Akker, reinicia o trabalho de Almeida, e cinco anos mais
tarde estava concluído o trabalho. Em 1753, após muitas lutas, foi impressa a
primeira Bíblia completa em português.
9. 2. 2. A Bíblia de Rahmeyer.
Tradução completa da Bíblia,
ainda inédita nos dias atuais. Pedro Rahmeyer, um comerciante hamburguês que
residiu em Lisboa durante trinta anos. Uma data mais provável para essa
tradução foi em meados do século XVIII. O manuscrito desta Bíblia se encontra
na biblioteca do senado em Hamburgo, Alemanha.
9. 2. 3. A tradução de Figueiredo.
O padre Antônio Pereira de
Figueiredo, nascido em 1745, Tomar, não muito longe de Lisboa; inspirado na
Vulgata latina, traduz integralmente os dois Testamentos da Bíblia em dezoito
anos. No ano de 1819, é impressa em sete volumes a Bíblia de Figueiredo. Dois
anos depois, é publicada em um volume único.
Como não conhecia a língua
original, e baseado somente na Vulgata, a versão de Figueiredo não foi tão
aceita como a de Almeida.
É importante observamos que
Figueiredo inclui em sua tradução todos os apócrifos da Vulgata. Isto agradou
muita a igreja romana em Portugal, e até
os dias atuais é a versão é preferido, nos países cujo idioma é o
português.
10. A BÍBLIA NO BRASIL.
Os historiadores
interessados não conseguem dar uma data precisa sobre a chegada da Bíblia em
nosso país. Sabe-se que, durante os três primeiros séculos após a descoberta de
nosso país, a Bíblia não era um livro autorizado pela corte portuguesa para
circular no Brasil. Somente no início do século XIX que os brasileiros puderam
ter acesso à Palavra de Deus.
É importante observar que o
Brasil foi colonizado por um país extremamente católico. E isto, no que se
refere a divulgação da Bíblia não era um fator positivo, pois o clero não tinha
o menor interesse em ver a população brasileira lendo a Bíblia. Os exemplares
da Bíblia existentes no Brasil, eram poucos, e para complicar mais as coisas,
não estavam em português, mas em latim (Aliás, na época, até as missas eram “rezadas” em latim).
10. 1. Traduções parciais.
Traduções parciais da Bíblia foram feitas a
partir do ano de 1847. Neste ano, publicou-se em S. Luís do Maranhão, O Novo
Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, baseado na
Vulgata. Sendo este, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.
10. 2. Traduções completas.
Em 1902, sociedades bíblicas
internacionais interessadas na divulgação da Bíblia no Brasil, patrocinaram uma
nova tradução para o português. Formou-se uma comissão de homens eruditos nas línguas
originais e na língua lusitana. No ano de 1917, é publicado o primeiro trabalho
completo de uma tradução da Palavra de Deus feita em nosso país, que ficou
conhecido como Tradução Brasileira.
10. 3. As Sociedades Bíblicas.
Temos que ser gratos ao
grande Deus pela existência de duas Sociedades Bíblicas internacionais, a
Britânica e a Americana. Graças a estas sociedades, aos poucos, Bíblias foram
infiltradas no Brasil, antes mesmo da chegada dos primeiros missionários
protestantes no ano de 1855.
Estas sociedades enviavam
exemplares da Bíblia em português e em latim, a comerciantes estrangeiros que
rapidamente distribuíam os poucos livros santos.
Algumas pessoas recebiam
exemplares da Bíblia enviados pelas sociedades bíblicas internacionais, até que
as próprias sociedades se estabeleceram no Brasil.
10. 3. 1. Sociedade Britânica e Americana.
No ano de 1856, a Sociedade
Bíblica Britânica estabelece uma agência no Estado do Rio de Janeiro. Com esta
subsede no Brasil, fica muito mais fácil a distribuição da Bíblia no país.
Vinte anos após, os
americanos resolvem implantar uma filial no Brasil, é organizada também no
estado do Rio, a Sociedade Bíblica Americana.
Até os dias atuais somos
beneficiados pelo trabalho que aqueles irmãos fizeram. Deus seja louvado!
10. 3. 2. Imprensa Bíblica Brasileira.
Em 2 de Julho de 1940, o quadro evangélico do Brasil é transformado
pela criação da I.B.B. (Imprensa Bíblica Brasileira). Em assembléia anual, a
Missão Batista do Sul do Brasil, resolve criar uma entidade com a finalidade de
imprimir e distribuir a Bíblia no Brasil.
Os missionários sentiam falta de Bíblias, eles achavam que
poderiam distribuir muito mais se tivessem em estoque.
25 de Junho de 1943 foi o
dia em que se começou a imprimir a Bíblia dentro do Brasil. A segunda guerra
mundial de uma certa forma “ajudou”, pois com a guerra, muitos navios que
transportavam Bíblias para o Brasil foram a pique, diminuindo assim o número de
Bíblias no país.
Já no final de 1977, a
I.B.B. tinha completado um número de 35 impressões diferentes da Bíblia, num
total de 2.573.504 exemplares, fora os Novos Testamentos e milhões de
evangelhos avulsos.
10. 3. 3. Sociedade Bíblica
do Brasil.
As sociedades Bíblicas
internacionais foram de grande importância na divulgação da Palavra de Deus.
Porém seria de extrema importância ter uma sociedade totalmente brasileira.
Em 10 de Junho de 1948 é
organizada a S.B.B. (Sociedade Bíblica Brasileira) com o objetivo de “Dar a
Bíblia, a Pátria”. E em pouco tempo, são extintas as sociedades estrangeiras.
A S.B.B. fez duas revisões
na versão de Almeida. A edição Revista e Atualizada no Brasil, uma revisão bem
aprofundada. A segunda foi a Corrigida, uma revisão mais superficial que
conservou o antigo nome.
11. VERSÕES ATUAIS DA BÍBLIA NO BRASIL.
Na atualidade existem
diversas versões de Bíblias no mercado brasileiro. Pode-se encontrar desde um
simples modelo popular a um CD Rom para computador. Existe também vária
tradução diferente que facilitam a vida de pastores e líderes eclesiásticos.
11. 1. 3. Bíblias de estudos.
O estudioso da Palavra não
pode deixar de ter no mínimo dois modelos diferentes de Bíblia de estudo. Estes
modelos têm ajudado aos pastores e líderes nas igrejas evangélicas de hoje.
Serão citados aqui os principais modelos.
11. 1. 3. 1. Bíblia de referências Thompson.
Editada pela editora Vida, é
uma Bíblia completamente voltada a dar referências temáticas interligando
muitos versículos, levando o leitor a tirar suas próprias conclusões
doutrinárias. Além das muitas referências, a Bíblia Thompson também é repleta
de estudos de personagens, um excelente suplemento arqueológico com ricas
informações, mapas coloridos, concordância bíblica, harmonia dos evangelhos,
etc. Esta é uma das Bíblias de estudo mais recomendadas nos seminários
teológicos.
11. 1. 3. 2. A Bíblia Anotada.
Editada pela editora Mundo
Cristão de São Paulo, contêm várias informações úteis ao leitor da Bíblia. A
editora Mundo Cristão levou sete anos para preparar esta versão brasileira da
Bíblia Anotada. O conteúdo desta Bíblia é bem variado, contendo: Introdução a
cada livro, referências, concordância, atlas, esboço de estudo, etc. O grande
problema desta Bíblia é justamente o comentário de rodapé, onde pequenos pontos
são questionados por alguns teólogos, que discordam de pontos doutrinários.
Mais no geral é uma boa Bíblia de estudo.
11. 1. 3. 3. Bíblia Vida Nova.
Edições Vida Nova e S.B.B.,
são as duas editoras responsáveis pela publicação desta Bíblia no Brasil.
Devido a qualidade do material e o bom preço, o mercado tem recebido muito bem
esta Bíblia. O conteúdo é ótimo, possuindo uma cadeia de referência tão boa
quanto a Thompson. Além disso, as enciclopédias de assuntos existentes na
Bíblia Vida Nova, ajudam muitas aos leitores, pois contém 4218 temas
diferentes. O comentário de rodapé, é muito mais confiável que as demais
Bíblias de estudos. É, sem dúvida, a versão de estudo preferida dos pastores e
teólogos; principalmente os que fazem partes de igrejas históricas (Batista,
Presbiteriana e outras).
11. 1. 3. 4. A Bíblia Explicada.
Casa Publicadora das
Assembléias de Deus (CPAD), editora responsável em publicar esta Bíblia. O
conteúdo e limitado a comentários, não possuindo o texto bíblico. Esta versão
bíblica é praticamente restrita aos membros da Assembléia de Deus, pois seus
comentários são voltados à doutrina desta igreja. É uma boa Bíblia.
11. 1. 3. 5. Bíblia Concordância e dicionário.
Editada pela JUERP, não é
hoje tão aceita como fora em tempos passados. É a única versão de estudo que
vem acompanhada de dicionário bíblico e concordância ao mesmo tempo. Para que
fosse mais aceita no mercado, seria importante que a JUERP fizesse algumas
modificações complementando esta Bíblia.
11. 1. 3. 6. Outras.
Existem hoje muitas Bíblias
de estudo que não dá para comentarmos sobre todas. Algumas devem ser
destacadas, como:
A Bíblia Vida, com as
palavras de Jesus destacadas em vermelho, Editora Vida.
Bíblia e concordância,
editada em muitas versões pela JUERP e Editora Vida.
A Bíblia Viva, editada numa
linguagem muito moderna pela Editora Mundo Cristão.
Bíblia do Ministro, Edição
voltada a pastores e líderes em geral, Editora Vida.
Bíblia de Estudo
Pentecostal, Dizem ser uma ótima versão para estudos, CPAD.
Bíblia de Jerusalém, Apesar
de ser uma Bíblia católica, é recomendada por vários pastores evangélicos por
causa do conteúdo histórico/arqueológico, Edições Paulinas.
Bíblia Sagrada Scofild,
distribuída principalmente pela editora Bompastor, todavia, não é publicada no
Brasil. Seu conteúdo apresenta comentários que levam muitos teólogos a
discordar, não sendo muito recomendada nos seminários. Sua maior aceitação está
nos leitores pentecostais modernos (os
chamados Neo-pentecostais).
11. 1. 4. Bíblias para
crianças.
Sem dúvida, tiveram uma
ótima idéia quando começaram a publicar Bíblias adaptadas para as crianças.
Fica muito mais fácil para uma criança assimilar o conteúdo bíblico, em uma
linguagem mais a seu nível. O conteúdo das Bíblias infantis, não é o mesmo de
uma comum; as histórias selecionadas, adaptadas e ilustradas, essas coisas,
ajudam a criança a compreender a história bíblica.
Como o mercado aceitou bem
estas Bíblias, muitas editoras começaram a publicar Bíblias ( inclusive
editoras que não se restringem a publicar livros cristãos e Bíblias ). Eis o
nome das principais Bíblias infantis encontradas no mercado:
Minha Bíblia, editora Mundo
Cristão; Minha primeira Bíblia
ilustrada, editora Luz para o caminho; A Bíblia da criança, editora Vida; A
Bíblia da garotada, editora Cristã Unida; Minha primeira Bíblia, editora
Melhoramentos.
11. 1. 5. Outros modelos de
Bíblias.
Muitos não sabem, porém,
existe no mercado brasileiro, alem das Bíblias convencionais, alguns modelos
interessantes de Bíblias que têm ajudado muito na propagação do Evangelho.
Þ Bíblia em fita cassete: Ideal para quem não
sabe ler ou quem sofre alguma espécie de deficiência na visão. Pode ser
encontrada nas grandes livrarias.
Þ Bíblia em CD Rom: Com o crescimento da
informática, seria muito natural e necessário, o surgimento de uma Bíblia
assim. O computador tem muita utilidade na igreja, na elaboração de apostilas
de estudos, cartazes, cartas, etc. Com esta Bíblia, é muito fácil preparar
estudos bíblicos apostilados. O grande problema desta Bíblia é o alto custo.
Þ Bíblia em brauli: Não é muito comum encontrar
este tipo de Bíblia, porém existe. Este modelo de Bíblia é feito para que cegos
possam ler com o tato das mãos.
11. 2. Versões de linguagem encontradas.
Como já foi citado
anteriormente, devido a muitos fatores, existe nas livrarias alguma versão
diferente de traduções no texto bíblico. Observaremos os mais conhecidos e
usados pelo povo evangélico.
11. 2. 1. Revista e Atualizada no Brasil.
Em 1948, com a organização da SBB, foi feita uma revisão aprofundada na
tradução original de Almeida dando origem a versão Revista e Atualizada no
Brasil. Esta é a versão mais usada pelos evangélicos no Brasil.
11. 2. 2. Corrigida.
Também teve sua origem em
1948. Com o surgimento da versão Revista e Atualizada no Brasil, uma revisão
mais superficial foi feita, mantendo o nome original, “Corrigida”. É muito
comum também esta versão nos dias atuais.
11. 2. 3. Revisada de Almeida.
Em 1967, a Imprensa Bíblica
Brasileira, criada em 1940, publicou a sua Edição Revisada de Almeida.
Posteriormente, esta edição e reeditada com pequenas modificações. Esta versão
e muito usada pelas igrejas evangélicas históricas.
11. 2. 4. Linguagem de Hoje.
A Sociedade Bíblica do
Brasil, em 1988, traduz para uma linguagem atual, a versão “Na Linguagem de
Hoje”. Muitos não concordam muito com esta tradução, todavia os simpatizantes
são em maior número. Algumas igrejas adotaram a linguagem de Hoje como oficial
nos cultos.
Este tipo de Bíblia vem
acompanhado com um vocabulário excelente, que torna a compreensão de algumas
palavras muito mais fácil para o leitor.
11. 2. 5. Edição Contemporânea.
Em 1990, A Editora Vida publicou
a Edição Contemporânea de Almeida, eliminando arcaísmos mas mantendo, dentro do
possível, a excelência do original que lhe serviu de base. Todas as Bíblias
editadas pela editora Vida é nesta edição.
11. 2. 6. O Novo Testamento, Nova Versão Internacional (NVI).
Em 1993, com o patrocínio da
Sociedade Bíblica Internacional, o Rev. Luiz Sayão, liderando um grupo de
tradutores, conclui a tradução mais recente (até o momento) do Novo Testamento.
Este Novo Testamento, está sendo muito bem aceito pelas igrejas evangélicas,
pois a linguagem é de fácil compreensão e atual.
12. ANALISANDO ALGUNS VERSOS DA PALAVRA.
Estaremos analisando alguns
versos da Bíblia onde a própria Palavra de Deus se revela ao homem.
12. 1. Os nomes da Bíblia.
A palavra “Bíblia” não é
encontrada nas escrituras. Este nome, que vem do grego “Biblos” que significa
livros, foi usado pela primeira vez no século IV por João Crisóstomo (345 -
407), um dos pais da igreja.
Outros nomes são encontrados
no texto bíblico, técnicos e figurativos. É interessante que o leitor da
Palavra de Deus saiba algo a respeito.
12. 2. Nomes Técnicos.
A Palavra de Deus.
“Pois a Palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes... ” (Hebreus 4:12).
A Escritura de Deus.
“Aquelas tábuas eram obra de Deus; também a
escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas ” (Êxodo 32:16).
As Sagradas Letras.
“E que desde a infância sabes as sagradas
letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé em Cristo Jesus ” (2
Timóteo 3:15).
A Lei.
“Ou não lestes na lei que,
no sábado, os sacerdotes no templo violam o dia, e ficam sem culpa?” (Mateus
12:5).
A Escritura da Verdade.
“Mas eu te declarei o que está escrito na
escritura da verdade; ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não
ser Miguel, vosso príncipe ” (Daniel 10:21).
As Palavras de vida.
“Este é o que esteve entre a
congregação no deserto, com o anjo que lhes falava no monte Sinai, e com nossos
pais; o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar ” (Atos 7:38).
12. 3. Nomes Figurativos.
Uma Luz.
“Lâmpada para os meus pés é
a tua palavra, e luz para o meu caminho ” (Salmo 119:105).
Um Espelho.
“Se alguém é ouvinte da
palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla no espelho o seu
rosto natural e, depois de se contemplar a si mesmo, vai-se e logo se esquece
de como era ” (Tiago 1:23, 24).
Purificador.
“Para a santificar,
purificando-a com a lavagem da água, pela palavra ” (Efésios 5:26).
Alimento.
“Do preceito dos seus lábios
nunca me apartei; as palavras da tua boca prezei mais do que o meu alimento ”
(Jó 23:12).
Fogo e Martelo.
“Não é a minha palavra como
o fogo, diz o Senhor, e como martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias
23:29).
Uma Espada.
“... e a espada do Espírito,
que é a palavra de Deus ” (Efésios 6:17).
13. CONCLUSÃO.
Bibliologia é uma doutrina
pouco discutida nas igrejas, muita coisa ainda poderia ser escrita sobre a história
da Bíblia, porém o que estudamos, já é uma boa base de informação. Mesmo assim,
se você tem interesse maior; procure outras fontes de informações, converse com
pastores, leia livros que tratam do assunto, faça comparações deste estudo com
outros, etc. Sempre se aprende algo novo e de maneira mais clara.
Não é suficiente conhecer
bem a historia da Bíblia. Muito melhor é conhecer o Deus da Bíblia. E quando se
conhece esse Deus, automaticamente, existe um interesse pela Bíblia. Portanto,
(talvez alguém não concorde comigo) se alguém afirma crer de coração que Deus
enviou Jesus ao mundo para remissão do pecado do homem, e ter aceitado Jesus em
seu coração como Senhor e Salvador, e por outro lado, não tem o hábito de ler a
Bíblia no mínimo uma vez por dia, um tremendo ponto de ? deve ser colocado na
vida cristã desta pessoa.
Artur Bueno
14/03/ 2005
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