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sexta-feira, 17 de maio de 2013

BÍBLIA 5 - A BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS


A BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS




. O conteúdo é muito básico, mas creio que é o suficiente para se responder a algumas questões que costumam ser levantadas no nosso dia-dia.  

1. ORIGEM / DATA.

Não há como saber com exatidão a origem da Bíblia. Porém acredita-se que foi no monte Sinai que Moisés recebeu a ordem de Deus para começar a escrever a Bíblia (Êxodo 17:14). Aproximadamente de 1.500 a.C. a 97 d. C., quando o Apóstolo João escreveu o seu evangelho.


2. AUTORIA:
 


Na realidade os “direitos autorais” da Bíblia pertencem a Deus.

Não foi uma única pessoa, que Deus usou para escrever a Bíblia. Foram 40 homens que serviram de instrumentos para se escrever as escrituras. Estes homens eram pessoas diferentes em muitos aspectos. Moisés, Paulo, Esdras e Lucas possuíam uma cultura elevada em relação a Pedro, João e Tiago. Davi, que escreveu vários Salmos, foi um grande rei. Neemias escreveu o livro que possui o seu nome, foi copeiro do rei da Pérsia.

É importante observar que, todos os escritores usados por Deus, deixaram suas características pessoais nos livros que escreveram.


3. INSPIRAÇÃO. 

Sabemos que Deus usou 40 homens para escrever as escrituras. Deus inspirou estes homens ( 2 Timóteo 3: 16 ).

A palavra, inspiração, deriva-se de in spiro que significa: Soprar para dentro, insuflar.  

Deus escolhe alguns homens e “sopra sobre eles” a sua vontade, suas idéias e forma de como Ele queria que fosse escrita a palavra contida nas escrituras. 

Os eruditos separam a doutrina da inspiração em no mínimo três partes, a saber:

3. 1. Inspiração Mecânica. 

Segundo este conceito, Deus simplesmente ditava o que deveria ser escrito na Bíblia. Seria como um robô, o escritor seria somente um objeto “descartado”. Deus escolhe alguém e diz: Escreve isto e pronto! - Quem sabe se entraria em transe mental e começaria a escrever.

Este conceito não pode ser aceito como verdadeiro. A Bíblia deixa a entender justamente ao contrário disto. Ou seja, todos os escritores deixaram suas marcas pessoais naquilo que escreveram. Paulo, por ser mestre em sua época, relatou o fato de uma forma erudita. Pedro, sendo, um simples pescador, usou de sua simplicidade ao escrever suas epístolas. 


3. 2. Inspiração Dinâmica. 

Alguns estudiosos nos séculos XVIII e XIX, optaram por este conceito de inspiração. Este conceito afirma que alguns homens foram mais inspirados do que outros. Os livros históricos, por exemplo, seriam menos inspirados do que os doutrinários. Sendo, assim, os livros históricos teriam um “desconto” se houvesse algum erro.

Não pode ser verdadeiro este conceito. Sendo um livro sobrenatural, a Bíblia não possui erros de espécie alguma. Nem nos aspectos doutrinários, tampouco nos históricos.  

3. 3. Inspiração Orgânica / Plenária. 

Este conceito define a inspiração de uma forma mais justa e correta. Deus escolhe homens, derrama sobre eles do Seu Espírito, e usa-os da forma como são - Com suas limitações, seus conhecimentos, suas opiniões, seus ideais, seus preconceitos, seus talentos, etc.

Sendo, assim, a Bíblia passa a ser inspirada de uma forma plena e total. Isto explica porque cada livro possui o seu estilo próprio, cada escritor deixou sua marca registrada.  

 
4. PROVAS DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA.
 

Alguns fatores nos levam a crer na inspiração bíblica. Destacaremos os fatores principais:  

4. 1. Jesus assim testificou. 

a) Jesus lia com freqüência as escrituras, o Velho Testamento (Lc 4:16-21).

b) Profetizou a inspiração do Novo Testamento (João 14:26).  

4. 2. O cumprimento das profecias. 

Diversas profecias já se cumpriram, total ou parcial. Isto comprova que as profecias bíblicas foram inspiradas por Deus em sua totalidade.  

4. 3. A Perenidade das Escrituras. 

Mesmo sendo um livro tão antigo, é ao mesmo tempo tão atual. Somente Deus com sua onisciência poderia inspirar palavras que serve para todos os tempos e todas as culturas.

5. CONTEÚDO. 
A Bíblia seria somente mais um livro se não fosse pelo seu conteúdo. As palavras contidas nas Escrituras a difere de todos os livros que existem e que existiram no decorrer da história. Suas palavras são diversificadas em todos os sentidos. Lemos histórias, ficções (em suas parábolas), poesias, biografias, ensinamento cultural (em especial, sobre a nação de Israel), etc.

 



5. 1. Divisões. 

A Bíblia se divide em duas grandes partes. Velho e Novo Testamento. Sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.

  5. 1. 1. Velho ou Antigo Testamento. 

O Antigo Testamento Hebraico contém exatamente os mesmos livros do Antigo Testamento contidos na Bíblia em Português, porém em ordem diferente:  

Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.  

Os Profetas: 4 Primeiros: Josué, Juízes, Samuel, Reis.

                       4 Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze.  

Os Escritos: 3 Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó.

                      5 Rolos: Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester.

                      3 Livros: Daniel, Esdras-Neemias, Crônicas.        

Somando estes livros, teremos a mesma quantidade de livros que nossa Bíblia possui, ou seja, 39 livros.  

No nosso caso, a divisão é feita da seguinte maneira:  

17 Livros Históricos: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras,  Neemias, Ester.  

5 Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos.  

17 Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amos, Obadias,  Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.  



5. 1. 2. O Novo Testamento. 

Segundo a tradição, o Novo Testamento está dividido da seguinte maneira:  

4 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.  

Histórico / Atos: Atos dos Apóstolos.  

21 Epístolas: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas.    

Profético: Apocalipse.  

5. 1. 3. Curiosidades. 

·      Há em toda a Bíblia 1.189 capítulos, sendo 929 no A.T. e 260 no N.T.  

·      O capítulo mais longo é o Salmo 119. O mais curto é o Salmo 117, que também é o capítulo central da Bíblia.  

·      O verso mais longo é o de Ester 8: 9. O mais breve é o de Êxodo 20:13, que contém uma letra a menos que João 11:35.

  5. 2. As Línguas da Bíblia. 

Graças a Deus, hoje a Bíblia é editada em vários idiomas. Porém ela teve suas origens e seu idioma de origem. Hebraico, Aramaico e Grego, estes, foram os idiomas que dera origem a nossa Bíblia atual.   

5. 2. 1. Hebraico. 

A língua Hebraica foi falada pelos israelitas durante a sua independência. Sendo por eles consideradas a “língua sagrada”. No A.T. é chamada “a língua de Canaã”, ou a dos Judeus (Isaías 19:18; 2 Reis 18:26-28). A quem afirme que o Hebraico é o idioma original de toda a humanidade.  

5. 2. 2. Aramaico. 

O Aramaico foi o idioma falado pelos Judeus após o cativeiro. Era a língua falada por Jesus e seus discípulos. Foram escritos neste idioma importantes textos do A.T. e algumas frases do N.T.  

5. 2. 3. Grego. 

Idioma falado pelos Gregos, os Judeus do N.T. e todo o mundo mediterrâneo. O Novo Testamento foi escrito em Grego. Esse idioma serviu fortemente na propagação do evangelho na era Apostólica.             

6. O Cânon das Sagradas Escrituras. 
Conceito:  

A Palavra Cânon significa: Peso, norma, vara de medir ou medida correta. Referindo-se, a Bíblia trata-se da coleção de livros considerado inspirado por Deus.                                                                         

Não podemos aceitar a idéia de que em uma época do passado, houve-se uma espécie de “convenção”, onde algumas pessoas determinaram se este ou aquele livro poderia fazer parte dos livros canônicos. Com certeza, ao inspirar um escritor, Deus já o havia selecionado como sendo verdadeiramente um instrumento de Sua vontade. Portanto o livro escrito por este homem por si próprio já se incluía entre os livros inspirados divinamente.

Alguns eruditos afirmam que os livros canônicos do Antigo Testamento, foram colecionados e reconhecidos por Esdras em meados do século V a.C. Em relatos feitos pelo historiador judeu Flávio Josefo (ano 95 d.C.) e outros de sua época, está indicado que o Cânon do Antigo Testamento compreende exatamente os 39 livros que conhecemos hoje.

O Mestre Jesus aprovou a coleção destes livros, ao afirmar que os legalistas mataram todos os profetas de Abel até Zacarias. Note que Abel é mencionado no livro de Gênesis, a morte de Zacarias é mencionada no livro de 2 Crônicas, o último livro da Escritura Hebraica. 

No ano de 397 d.C. , no Concílio de Cartago, realizado na África, surgiu a lista dos 27 livros que compõe o Novo Testamento. Porém, bem antes disto, livros soltos no Novo Testamento já eram usados pela igreja, que já os consideravam inspirados. 

O Critério usado para se saber se um texto era ou não inspirado, estava principalmente em seu conteúdo. Todavia, algumas questões eram levantadas para se provar a inspiração divina do texto. A saber:  

1.   Foi este livro usado pelos pais da Igreja?  

2.   Que atitude estes escritores primitivos tinham para com a inspiração do livro?  

3.   O livro era apostólico na sua origem?  

4.   O livro era usado e reconhecido pela igreja?  

5. O livro ensina doutrina sadia? 

7. OS LIVROS APÓCRIFOS. 
CONCEITO:  

A palavra “apócrifa” originalmente significa oculto, mas passou a significar espúrio. É esta a denominação que se dá aos 14 livros contidos em algumas Bíblias. Originaram-se no período do terceiro século a.C. ao primeiro ou segundo século d.C.. Não foram escritos no A.T. Hebraico. Foram escritos depois de haverem cessado as profecias. A igreja primitiva recusou a estes livros, não aceitando como canônicos. Jesus, em nenhum momento do seu ministério citou algum dos apócrifos.  

            Quando se traduziu a Bíblia para o latim, no segundo século d.C., o Antigo Testamento foi traduzido da versão grega Septuaginta (veremos mais adiante o que significa Septuaginta), e não das cópias em hebraico. Da Septuaginta esses livros apócrifos chegaram a Vulgata latina, que passou a ser a versão usada na Europa Ocidental até a reforma protestante. Na reforma, nossos irmãos Protestantes, firmados na Palavra de Deus como coluna do movimento reformador, rejeitaram os apócrifos como livros não inspirados por Deus.  



7. 1. Os livros apócrifos do Antigo Testamento. 
Nota:  

As informações dadas a seguir sobre os apócrifos, foram extraídas literalmente do MANUAL BÍBLICO, edições Vida Nova.     

1 Esdras:   É uma compilação de passagens do livro canônico de Esdras, 2 Crônicas e Neemias, com lendas a respeito de Zorobabel. Seu objetivo foi descrever a liberdade de Ciro e Darão para com os judeus, como modelo para os Ptolomeus.  

2 Esdras:   Às vezes chamado “4 Esdras”. Pretende conter visões dadas a Esdras referencia ao governo do mundo por Deus, a uma nova era futura, e à restauração de certas Escrituras que se havia perdido.  

Tobias:   Romance, inteiramente destituída de valor histórico, de um jovem israelita rico, cativo em Nínive, o qual foi guiado por um anjo a desposar uma “casta viúva” que perdera sete esposos.       

Judite:   Romance histórico, de uma viúva israelita, rica, bela e devota, que nos dias da invasão babilônica de Judá jeitosamente penetrou na tenda do general babilônio e,  fingindo entregar-se a ele, decepou-lhe a cabeça e deste modo salvou sua cidade.  

O Resto de Ester:   Passagens interpoladas na versão Septuaginta do livro de Ester, principalmente para mostrar a intervenção de Deus na história. Esses fragmentos foram reunidos e agrupados por Jerônimo.

A Sabedoria de Salomão:  Muito semelhante a partes de Jó, Provérbio e Eclesiastes. Espécie de Mistura do pensamento hebreu com a filosofia grega. Escrito por judeu alexandrino que faz o papel de Salomão.

Eclesiástico: Também chamado “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. Assemelha-se ao livro de Provérbios. Escrito por um filósofo judeu muito viajado. Apresenta regras de conduta para todos os particulares da vida civil religiosa e doméstica. Enaltece grande número de heróis do A.T.  

Baruque:   Apresenta-se como da autoria de Baruque, amanuense de Jeremias, que é representado a passar a última parte de sua vida na Babilônia.  É endereçado aos exilados. Consiste, na maior parte, de paráfrases de Jeremias, Daniel e de outros profetas.  

O Cântico dos Três Moços:  Adição inautêntica ao livro de Daniel, inserta depois de 3:23, que pretende ser a oração que os moços fizeram na fornalha, e seu cântico triunfal de louvor pelo livramento.  

A História de Susana:  Outra ampliação inautêntica do livro de Daniel.  Relata  como a esposa piedosa de um judeu rico de Babilônia, acusada falsamente de adultério, foi inocentada pela sabedoria de Daniel.  

Bel e o Dragão:  Outra adição inautêntica ao livro de Daniel.  Duas histórias, nas quais Daniel prova que os ídolos Bel e o Dragão não são deuses;  uma  delas  baseia-se  na história  da cova dos leões.  

A Oração de Manassés:  Apresenta-se como sendo a oração de Manassés, rei de Judá, quando esteve cativo na Babilônia, oração mencionada  em 2 Cr 3:12-13. O autor é desconhecido. Data provavelmente do I século a.C.  

1 Macabeus:  Obra histórica de grande valor sobre o Período Macabeu. Relata acontecimento da luta heróica dos judeus pela liberdade, 175-135 a.C. Escrito cerca de 100 a.C., por um judeu palestinense.  

2 Macabeus:  É também uma narrativa da luta dos macabeus ao período de 175-161 a.C. Afirma-se ser um resumo da obra escrita por um certo Jason de Cirene, de quem nada se sabe. É suplemento de 1 Macabeus, porém inferior a este.


7. 1. 1. Outros Escritos. 

Além dos Apócrifos referidos acima precedentes, houve outros escritos judaicos, originários  do período de entre o II século a.C. e o I d.C., muitos deles do gênero “apocalíptico”, cujo autores “tomando o nome de termos de profecia”. Compõem-se em grande parte de visões pretensamente oriundas de antigos personagens da Escritura, algumas das quais contendo as mais extravagantes fantasias. Ocupam-se, em escala considerável, do Messias vindouro. Os sofrimentos do período dos Macabeus intensificaram a expectação judaica de estar próximo o tempo do Messias. Baseiam-se parcialmente em tradição incertas, e parcialmente em imaginação. Alguns dos mais conhecidos são:

Os Livros de Enoque: Grupo de escritos fragmentários, de vários autores desconhecidos, produzidos no II. e I Séculos a.C., contendo revelações pretensamente feitas a Enoque e Noé. Falam do Messias e do dia do juízo.  

A Assunção de Moisés:   Escrito por um fariseu, mais ou menos quando Cristo nasceu. Contém profecias atribuídas a Moisés, de quando estava para morrer, e por ele confiadas a Josué.

A Ascensão de Isaías:  Apresenta uma narrativa legendária do martírio de Isaías, e algumas de suas pretensas visões. Julga-se que foi escrito em Roma, por um judeu cristão, durante a perseguição aos judeus movida por Nero.  

O Livro dos Jubileus:  Comentário do Gênesis. Escrito provavelmente no período dos Macabeus, ou um pouco depois. Tira o nome do seu sistema de contar o tempo baseado nos períodos jubilares de 50 anos.  

Os Salmos de Salomão:  Um grupo de cânticos, por um fariseu desconhecido, sobre o Messias vindouro, escritos provavelmente logo após o  período dos Macabeus.  

O Testamento dos Dozes Patriarcas:  Produzido no II Século a.C., pretende ser as últimas instruções dos de dozes filhos de Jacó aos seus filhos, cada qual contando a história de sua própria vida e as lições dela.  

Os Oráculos Sibilinos:  Escritos nos tempos dos Macabeus, com adições anteriores, imitando os oráculos gregos e romanos. Tratam da queda dos impérios opressores e do raiar da era messiânica.  

7. 2. Os Livros Apócrifos do Novo Testamento.  

Evangelho de Nicodemos:  Inclui os “Atos de Pilatos”, pretenso relatório oficial do julgamento de Jesus ao imperador  Tibério. Foi  produzido no II ou V Século Puramente imaginário.  

Proto-Evangelho de Tiago:  Narrativa  que vai do nascimento de Maria ao massacre dos inocentes. Conto que começam a circular no II Século. Foi completado no  V Século.  

O Passamento de Maria:  Repleto de milagres ridículos culmina com a remoção do  “seu corpo imaculado e precioso” ao Paraíso. Escrito no IV Século, com o aparecimento do culto da Virgem.  

Evangelho segundo os Hebreus:  Adições aos Evangelhos canônicos com algumas frases atribuídas a Jesus. Por  volta de 100 d.C..  

Evangelho dos Ebionitas:  Compilado dos Evangelhos Sinópticos,  no interesse da doutrina ebionita Entre o II e o IV Séculos.  

Evangelho dos Egípcios:  Conversas imaginárias entre Jesus e Salomé. Entre 130 e 150  d.C.. Usados pelos sabelianos.  

Evangelho de Pedro:  Meado do II Século.  Baseado em Evangelhos  canônicos. Escrito no interesse de doutrinas docetistas, antijudaicas.  

Evangelho de um Pseudo-Mateus:  Falsa tradução de Mateus, do V Século, repleta de milagres da infância de Jesus.  

Evangelho de Tomé:  II Século. Vida de Jesus, dos 5 aos 12 anos. Apresenta-O  operando milagres para satisfação  de Seus caprichos infantis.

Natividade de Maria:  Obra de ficção do VI Século, premeditada, para fomentar o culto da Virgem. História de visitas diárias de anjos a Maria. Com o surto do papado, tornou-se imensamente popular.  

Evangelho Arábico da Infância:  VII Século. História de Milagres operados durante a estada no Egito. Fantástico em extremo.  

Evangelho do Carpinteiro José:  IV Século. Originou -se no Egito. Dedicados à glorificação de José.  

Apocalipse de Pedro:  Pretensas visões do céu e do inferno concedidas, a Pedro. Eusébio chamou-o “espúrio”.  

Atos de Paulo:  Meado do II século. Romance que aconselha a continência. Contém a suposta Epístola aos Coríntios que se perdeu.  

Atos de Pedro:  Fim do II século.  Um caso de amor com a filha de Pedro. Conflito com Simão, o Mago. Contém a história do “Quo Vadis”.  

Atos de João: Fim do II século. Historia de uma visita a Roma. Puramente imaginária. Contém um quadro revoltante de sensualismo.  

Atos de André: História de André, que persuade Maximila a evitar relações com o marido, o que resultou no Martírio dele.  

Atos de Tomé:  Fim do II século.  Como os Atos de André, é um romance de viagem, no interesse da abstinência de relações sexual.  

Carta de Pedro, a Tiago:  Fim de II século, ataca violentamente Paulo. Pura invenção no interesse dos ebionitas.  

Epístola  de Laodicéia:  Diz ser a que é referida em Cl  4: 16.  Um aglomerado de frases de Paulo.        

Cartas de Paulo, a Sêneca e outras deste àquele. Invenção do IV século. Objetivo: ou  recomendar o cristianismo aos seguidores de Sêneca, ou recomendar este aos cristãos.      

  
8. AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA. 

            Se a Bíblia é de fato a Palavra de Deus, então ela não poderia ficar restrita aos idiomas originais (Hebraico, Aramaico e Grego). Com o passar dos anos a Bíblia foi sendo traduzida para diversos idiomas diferentes. O Antigo Testamento, após ser canonizado, teve seu papel importante no ministério de Jesus e dos apóstolos, e,  provavelmente usavam cópias em Hebraico feitas pelos escribas dos escritos originais que ficavam nas sinagogas.

8. 1. Manuscritos. 
            Ouve-se falar dos manuscritos da Bíblia. Todavia, em nenhuma parte do mundo foi encontrado o manuscrito original, nem do V.T., nem do N.T. Acreditasse que ao copiar novos manuscritos, os escribas queimavam ou enterravam os originais do Antigo Testamento quando estes se estragavam ou ficavam muito velhos.

            Possivelmente, estes manuscritos originais desapareceram por uma providência de Deus. Imagine quanta idolatria não seria feita, a um manuscrito original com a letra do escritor original.

Existem em todo o mundo milhares de manuscritos copiados dos originais, em grego e em hebraico. Quando as primeiras Bíblias foram impressas, havia mais de 2.000 destes manuscritos.

            Os mais antigos manuscritos gregos são escritos em letras maiúsculos e quadrados, e na mesma linha, todas as palavras estavam ligadas para poupar espaço. Foi encontrado um exemplo na versão de Almeida citando Isaías 53:11 da seguinte maneira:

"Porque as suas iniquidade levará sobre si."

8. 2. A Septuaginta.

  A tradução mais antiga que se tem notícia é a Septuaginta. Alguns eruditos não demostram muita confiança a esta versão traduzida dos originais hebraicos para o grego. Esta obra recebeu este nome porque, segundo a tradição, foram setenta homens a pedido de Ptolomeu  Filadelfo (rei do Egito), que deram início a tradução do Antigo Testamento no ano de 285 a.C., sendo concluída cem anos após. Sendo em grego, possivelmente, existia nos dias de Jesus. E até os dias de hoje se discute se o Mestre usou ou não esta tradução.

8. 3. A Vulgata. 

A Igreja usava traduções da Bíblia em latim.  No ano de 383 S. Jerônimo, um dos homens mais sábios dos seus dias, recebeu do Bispo de Roma, Damasus, um convite para melhorar a Bíblia latina. Jerônimo conclui a revisão de todo o Novo Testamento, e anos depois, muda-se para Belém onde fundou um mosteiro. No mosteiro, aos oitenta anos de idade, S. Jerônimo começa uma nova tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o latim. Esta tradução é conhecida como a Vulgata, e inclui muitos dos apócrifos. A Vulgata foi a base de todas as traduções por mais de mil anos.

8. 4. A Renascença. 

Com o declínio do Feudalismo e o surgimento do período renascentista, a mentalidade do homem medieval sofre sérias alterações. Novas idéias surgiram, novo conceito é apresentado em relação ao evangelho de Cristo. A igreja dominante começa  perder o monopólio político e econômico centralizado nela (Senhores feudais). Com a queda de Constantinopla em 1453, os sábios gregos, fogem para a Itália levando com eles suas ciências e letras. Este acontecimento, incentiva a que cidades Italianas como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, cresçam culturalmente e economicamente. Com o crescimento, a Itália começa a investir na cultura e no valor humano. Escolas foram estabelecidas, e o povo italiano passa a um interesse maior pelos manuscritos orientais.

Com a mentalidade mais aberta, e um interesse pelos manuscritos antigos, as pessoas começam a questionar a Vulgata. Sem dúvida, a Renascença, abriu, um período importante para o cristianismo.

A teologia mística da Idade Média foi confrontada com uma nova realidade teológica. O novo testamento em grego, pelo erudito Erasmo, em 1516, desafia a tradição e declina a Vulgata. Para Erasmo, a Bíblia deveria estar ao alcance de todas as pessoas. O novo Testamento de Erasmo serviu de base para muitas outras traduções na Inglaterra e por toda a Europa. Dez anos após ter traduzido o Novo Testamento, Erasmo conclui a tradução de toda a Bíblia. Exemplares desta tradução foram enviados secretamente para a Inglaterra.

Um outro fator importante na Renascença, foi o desenvolvimento do processo de impressão com tipos móveis de metal, a Imprensa. O alemão J. Gutenberg, com seu engenhoso mecanismo, começa a imprimir trechos da Bíblia, que foi o primeiro livro a ser impresso. Isto tornou a Bíblia muito mais barata que antes, que só podia ser comprada com o acúmulo de 12 meses de trabalho. Em Washington, existe um dos exemplares impresso por Gutenberg, afirma-se que foi pago por esta Bíblia o valor de 350.000 dólares.   

 




8. 5. Capítulos e versículos. 
Nos dias atuais, encontramos a Bíblia dividida em capítulos e versículos. Porém os textos originais não foram divididos assim. Moisés, ao escrever o Pentateuco, não se preocupou em dividi-lo. Nenhum dos escritores se dera ao trabalho.

A obra da divisão da Bíblia foi do Cardeal Caro, no ano de 1236, e de Robert Stephens, em 1551 d.C. 

9. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS. 

Antes de observarmos como a Bíblia chegou no Brasil, é interessante sabermos primeiro, como ela foi traduzida para o português.


9. 1. Período das traduções incompletas. 
Até o final do século XVI, não havia nenhuma obra completa da Bíblia em português. Antes porém, já havia trechos da Bíblia em português. Sempre “tementes” a igreja, os monarcas se preocupavam com a Bíblia Sagrada, D. João I por exemplo, traduziu pessoalmente da Vulgata latina o livro de Salmos. Já D. João II, em demonstração de como os soberanos portugueses reverenciavam a Bíblia, ordenou que o final do versículo 31 de Romanos capítulo 8, fosse gravado em seu cetro.

Em 1505, a rainha D. Leonor (Leonora?), esposa de D. João II, manda imprimir em português alguns livros do Novo Testamento (Atos dos Apóstolos; 1, 2 Pedro; 1, 2, 3 João; Tiago; Judas), que foram traduzidos do latim alguns anos antes pelo frei Bernado de Brinega. Vinte anos após, morre a rainha e o clero católico faz com que estas obras desapareçam. No ano de 1554, é publicada uma segunda edição biográfica sobre a vida de Cristo; que teve o mesmo fim das obras anteriores, simplesmente desapareceu.

9. 2. Período das traduções completas. 

João Ferreira de Almeida foi o primeiro homem que teve disposição e ousadia em traduzir para o português a Bíblia inteira. A versão de Almeida não foi a única, mais duas foram importantes na história da tradução da Bíblia para o português, Rahmeyer e Figueiredo.


9. 2. 1. A versão de Almeida: 
De família católica, João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa no ano de 1628. Quando ainda era adolescente, Almeida muda-se para Ásia, e aos quatorze anos de idade, sua família muda para Malásia. Lá, João curiosamente lê um folheto explicativo em espanhol sobre as diferenças entre católicos e evangélicos, se convertendo à igreja Reformada no ano de 1642. Após sua conversão, Almeida mostrou seu interesse pelo estudo eclesiástico e em pregar o evangelho por onde andava. 

Com um pouco mais de dezesseis anos, João Ferreira de Almeida começa a traduzir a Bíblia para seu idioma natural. Como era conhecedor do hebraico e do grego, pôde utilizar as cópias originais no seu trabalho. Em 1648, João teve que recomeçar o trabalho, visto que perdera seus manuscritos. Vinte e oito anos depois, são concluídos todo o Novo  Testamento. Porém, somente no ano de 1681 é que surgi o primeiro volume do Novo Testamento em português traduzido por Almeida com a seguinte apresentação:  

 “O Novo Testamento, isto he, Todos os Sacros Sanctos Livros e Escritos Evangelicos e Apostolicos do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Iesu Cristo, agora traduzido em português por João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho. Com todas as licenças necessárias”.

                    Em Amsterdam, por Viuva de J. V. Someren. Anno 1681. ”  

Uma revisão foi feita nesta tradução, o próprio Almeida encontrou mais de dois mil erros. Ribeiro dos Santos, que também revisou o texto, afirmou ter encontrado um número bem acima disto.

Com a publicação do Novo Testamento, foi necessário que se tivesse também o Antigo Testamento. Almeida começa a tradução do Antigo Testamento, e em 6 de Agosto de 1691, ao falecer, João já tinha traduzido ate Ezequiel 41: 21. Anos após, no ano de 1748, o pastor Jacobus op den Akker, reinicia o trabalho de Almeida, e cinco anos mais tarde estava concluído o trabalho. Em 1753, após muitas lutas, foi impressa a primeira Bíblia completa em português.       





9. 2. 2. A Bíblia de Rahmeyer. 

Tradução completa da Bíblia, ainda inédita nos dias atuais. Pedro Rahmeyer, um comerciante hamburguês que residiu em Lisboa durante trinta anos. Uma data mais provável para essa tradução foi em meados do século XVIII. O manuscrito desta Bíblia se encontra na biblioteca do senado em Hamburgo, Alemanha.  

9. 2. 3. A tradução de Figueiredo. 

O padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em 1745, Tomar, não muito longe de Lisboa; inspirado na Vulgata latina, traduz integralmente os dois Testamentos da Bíblia em dezoito anos. No ano de 1819, é impressa em sete volumes a Bíblia de Figueiredo. Dois anos depois, é publicada em um volume único.

Como não conhecia a língua original, e baseado somente na Vulgata, a versão de Figueiredo não foi tão aceita como a de Almeida.

É importante observamos que Figueiredo inclui em sua tradução todos os apócrifos da Vulgata. Isto agradou muita a igreja  romana em Portugal, e até os dias atuais é a versão é preferido, nos países cujo idioma é o português.  

 

10. A BÍBLIA NO BRASIL. 

Os historiadores interessados não conseguem dar uma data precisa sobre a chegada da Bíblia em nosso país. Sabe-se que, durante os três primeiros séculos após a descoberta de nosso país, a Bíblia não era um livro autorizado pela corte portuguesa para circular no Brasil. Somente no início do século XIX que os brasileiros puderam ter acesso à Palavra de Deus. 

É importante observar que o Brasil foi colonizado por um país extremamente católico. E isto, no que se refere a divulgação da Bíblia não era um fator positivo, pois o clero não tinha o menor interesse em ver a população brasileira lendo a Bíblia. Os exemplares da Bíblia existentes no Brasil, eram poucos, e para complicar mais as coisas, não estavam em português, mas em latim (Aliás, na época, até as missas  eram “rezadas” em latim).

  
10. 1. Traduções parciais. 
  Traduções parciais da Bíblia foram feitas a partir do ano de 1847. Neste ano, publicou-se em S. Luís do Maranhão, O Novo Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, baseado na Vulgata. Sendo este, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.


10. 2. Traduções completas. 

Em 1902, sociedades bíblicas internacionais interessadas na divulgação da Bíblia no Brasil, patrocinaram uma nova tradução para o português. Formou-se uma comissão de homens eruditos nas línguas originais e na língua lusitana. No ano de 1917, é publicado o primeiro trabalho completo de uma tradução da Palavra de Deus feita em nosso país, que ficou conhecido como Tradução Brasileira.   

10. 3. As Sociedades Bíblicas. 

Temos que ser gratos ao grande Deus pela existência de duas Sociedades Bíblicas internacionais, a Britânica e a Americana. Graças a estas sociedades, aos poucos, Bíblias foram infiltradas no Brasil, antes mesmo da chegada dos primeiros missionários protestantes no ano de 1855.

Estas sociedades enviavam exemplares da Bíblia em português e em latim, a comerciantes estrangeiros que rapidamente distribuíam os poucos livros santos.

Algumas pessoas recebiam exemplares da Bíblia enviados pelas sociedades bíblicas internacionais, até que as próprias sociedades se estabeleceram no Brasil.





 
10. 3. 1. Sociedade Britânica e Americana. 

No ano de 1856, a Sociedade Bíblica Britânica estabelece uma agência no Estado do Rio de Janeiro. Com esta subsede no Brasil, fica muito mais fácil a distribuição da Bíblia no país.

Vinte anos após, os americanos resolvem implantar uma filial no Brasil, é organizada também no estado do Rio, a Sociedade Bíblica Americana.

Até os dias atuais somos beneficiados pelo trabalho que aqueles irmãos fizeram. Deus seja louvado! 

10. 3. 2. Imprensa Bíblica Brasileira. 
Em 2 de Julho de 1940, o quadro evangélico do Brasil é transformado pela criação da I.B.B. (Imprensa Bíblica Brasileira). Em assembléia anual, a Missão Batista do Sul do Brasil, resolve criar uma entidade com a finalidade de imprimir e distribuir a Bíblia no Brasil.

Os missionários  sentiam falta de Bíblias, eles achavam que poderiam distribuir muito mais se tivessem em estoque.

25 de Junho de 1943 foi o dia em que se começou a imprimir a Bíblia dentro do Brasil. A segunda guerra mundial de uma certa forma “ajudou”, pois com a guerra, muitos navios que transportavam Bíblias para o Brasil foram a pique, diminuindo assim o número de Bíblias no país.

Já no final de 1977, a I.B.B. tinha completado um número de 35 impressões diferentes da Bíblia, num total de 2.573.504 exemplares, fora os Novos Testamentos e milhões de evangelhos avulsos.

    10. 3. 3. Sociedade Bíblica do Brasil. 

As sociedades Bíblicas internacionais foram de grande importância na divulgação da Palavra de Deus. Porém seria de extrema importância ter uma sociedade totalmente brasileira.

Em 10 de Junho de 1948 é organizada a S.B.B. (Sociedade Bíblica Brasileira) com o objetivo de “Dar a Bíblia, a Pátria”. E em pouco tempo, são extintas as sociedades estrangeiras.

A S.B.B. fez duas revisões na versão de Almeida. A edição Revista e Atualizada no Brasil, uma revisão bem aprofundada. A segunda foi a Corrigida, uma revisão mais superficial que conservou o antigo nome.  

 
11. VERSÕES ATUAIS DA BÍBLIA NO BRASIL.

Na atualidade existem diversas versões de Bíblias no mercado brasileiro. Pode-se encontrar desde um simples modelo popular a um CD Rom para computador. Existe também vária tradução diferente que facilitam a vida de pastores e líderes eclesiásticos.


11. 1. 3. Bíblias de estudos. 
O estudioso da Palavra não pode deixar de ter no mínimo dois modelos diferentes de Bíblia de estudo. Estes modelos têm ajudado aos pastores e líderes nas igrejas evangélicas de hoje. Serão citados aqui os principais modelos.
 
11. 1. 3. 1. Bíblia de referências Thompson.  

Editada pela editora Vida, é uma Bíblia completamente voltada a dar referências temáticas interligando muitos versículos, levando o leitor a tirar suas próprias conclusões doutrinárias. Além das muitas referências, a Bíblia Thompson também é repleta de estudos de personagens, um excelente suplemento arqueológico com ricas informações, mapas coloridos, concordância bíblica, harmonia dos evangelhos, etc. Esta é uma das Bíblias de estudo mais recomendadas nos seminários teológicos.  

11. 1. 3. 2. A Bíblia Anotada.  

Editada pela editora Mundo Cristão de São Paulo, contêm várias informações úteis ao leitor da Bíblia. A editora Mundo Cristão levou sete anos para preparar esta versão brasileira da Bíblia Anotada. O conteúdo desta Bíblia é bem variado, contendo: Introdução a cada livro, referências, concordância, atlas, esboço de estudo, etc. O grande problema desta Bíblia é justamente o comentário de rodapé, onde pequenos pontos são questionados por alguns teólogos, que discordam de pontos doutrinários. Mais no geral é uma boa Bíblia de estudo.

11. 1. 3. 3. Bíblia Vida Nova. 

Edições Vida Nova e S.B.B., são as duas editoras responsáveis pela publicação desta Bíblia no Brasil. Devido a qualidade do material e o bom preço, o mercado tem recebido muito bem esta Bíblia. O conteúdo é ótimo, possuindo uma cadeia de referência tão boa quanto a Thompson. Além disso, as enciclopédias de assuntos existentes na Bíblia Vida Nova, ajudam muitas aos leitores, pois contém 4218 temas diferentes. O comentário de rodapé, é muito mais confiável que as demais Bíblias de estudos. É, sem dúvida, a versão de estudo preferida dos pastores e teólogos; principalmente os que fazem partes de igrejas históricas (Batista, Presbiteriana e outras).  

11. 1. 3. 4. A Bíblia Explicada.  

Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), editora responsável em publicar esta Bíblia. O conteúdo e limitado a comentários, não possuindo o texto bíblico. Esta versão bíblica é praticamente restrita aos membros da Assembléia de Deus, pois seus comentários são voltados à doutrina desta igreja. É uma boa Bíblia.  

11. 1. 3. 5. Bíblia Concordância e dicionário.  

Editada pela JUERP, não é hoje tão aceita como fora em tempos passados. É a única versão de estudo que vem acompanhada de dicionário bíblico e concordância ao mesmo tempo. Para que fosse mais aceita no mercado, seria importante que a JUERP fizesse algumas modificações complementando esta Bíblia.   

11. 1. 3. 6. Outras.  

Existem hoje muitas Bíblias de estudo que não dá para comentarmos sobre todas. Algumas devem ser destacadas, como:

A Bíblia Vida, com as palavras de Jesus destacadas em vermelho, Editora Vida.

Bíblia e concordância, editada em muitas versões pela JUERP e Editora Vida.

A Bíblia Viva, editada numa linguagem muito moderna pela Editora Mundo Cristão.

Bíblia do Ministro, Edição voltada a pastores e líderes em geral, Editora Vida.

Bíblia de Estudo Pentecostal, Dizem ser uma ótima versão para estudos, CPAD.

Bíblia de Jerusalém, Apesar de ser uma Bíblia católica, é recomendada por vários pastores evangélicos por causa do conteúdo histórico/arqueológico, Edições Paulinas.

Bíblia Sagrada Scofild, distribuída principalmente pela editora Bompastor, todavia, não é publicada no Brasil. Seu conteúdo apresenta comentários que levam muitos teólogos a discordar, não sendo muito recomendada nos seminários. Sua maior aceitação está nos leitores pentecostais modernos   (os chamados Neo-pentecostais).  

11. 1. 4. Bíblias para crianças. 

Sem dúvida, tiveram uma ótima idéia quando começaram a publicar Bíblias adaptadas para as crianças. Fica muito mais fácil para uma criança assimilar o conteúdo bíblico, em uma linguagem mais a seu nível. O conteúdo das Bíblias infantis, não é o mesmo de uma comum; as histórias selecionadas, adaptadas e ilustradas, essas coisas, ajudam a criança a compreender a história bíblica.

Como o mercado aceitou bem estas Bíblias, muitas editoras começaram a publicar Bíblias ( inclusive editoras que não se restringem a publicar livros cristãos e Bíblias ). Eis o nome das principais Bíblias infantis encontradas no mercado:

Minha Bíblia, editora Mundo Cristão;  Minha primeira Bíblia ilustrada, editora Luz para o caminho; A Bíblia da criança, editora Vida; A Bíblia da garotada, editora Cristã Unida; Minha primeira Bíblia, editora Melhoramentos.   




11. 1. 5.  Outros modelos de Bíblias. 

Muitos não sabem, porém, existe no mercado brasileiro, alem das Bíblias convencionais, alguns modelos interessantes de Bíblias que têm ajudado muito na propagação do Evangelho.

Þ  Bíblia em fita cassete: Ideal para quem não sabe ler ou quem sofre alguma espécie de deficiência na visão. Pode ser encontrada nas grandes livrarias.

Þ  Bíblia em CD Rom: Com o crescimento da informática, seria muito natural e necessário, o surgimento de uma Bíblia assim. O computador tem muita utilidade na igreja, na elaboração de apostilas de estudos, cartazes, cartas, etc. Com esta Bíblia, é muito fácil preparar estudos bíblicos apostilados. O grande problema desta Bíblia é o alto custo.

Þ  Bíblia em brauli: Não é muito comum encontrar este tipo de Bíblia, porém existe. Este modelo de Bíblia é feito para que cegos possam ler com o tato das mãos.      

11. 2. Versões de linguagem encontradas. 

Como já foi citado anteriormente, devido a muitos fatores, existe nas livrarias alguma versão diferente de traduções no texto bíblico. Observaremos os mais conhecidos e usados pelo povo evangélico.

11. 2. 1. Revista e Atualizada no Brasil. 

Em 1948, com a organização da SBB, foi feita uma revisão aprofundada na tradução original de Almeida dando origem a versão Revista e Atualizada no Brasil. Esta é a versão mais usada pelos evangélicos no Brasil.


11. 2. 2. Corrigida. 

Também teve sua origem em 1948. Com o surgimento da versão Revista e Atualizada no Brasil, uma revisão mais superficial foi feita, mantendo o nome original, “Corrigida”. É muito comum também esta versão nos dias atuais.  

11. 2. 3. Revisada de Almeida. 

Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou a sua Edição Revisada de Almeida. Posteriormente, esta edição e reeditada com pequenas modificações. Esta versão e muito usada pelas igrejas evangélicas históricas.  

11. 2. 4. Linguagem de Hoje. 

A Sociedade Bíblica do Brasil, em 1988, traduz para uma linguagem atual, a versão “Na Linguagem de Hoje”. Muitos não concordam muito com esta tradução, todavia os simpatizantes são em maior número. Algumas igrejas adotaram a linguagem de Hoje como oficial nos cultos.

Este tipo de Bíblia vem acompanhado com um vocabulário excelente, que torna a compreensão de algumas palavras muito mais fácil para o leitor.   

11. 2. 5. Edição Contemporânea. 

Em 1990, A Editora Vida publicou a Edição Contemporânea de Almeida, eliminando arcaísmos mas mantendo, dentro do possível, a excelência do original que lhe serviu de base. Todas as Bíblias editadas pela editora Vida é nesta edição.  

11. 2. 6. O Novo Testamento, Nova Versão Internacional (NVI). 

Em 1993, com o patrocínio da Sociedade Bíblica Internacional, o Rev. Luiz Sayão, liderando um grupo de tradutores, conclui a tradução mais recente (até o momento) do Novo Testamento. Este Novo Testamento, está sendo muito bem aceito pelas igrejas evangélicas, pois a linguagem é de fácil compreensão e atual.


12. ANALISANDO ALGUNS VERSOS DA PALAVRA. 

Estaremos analisando alguns versos da Bíblia onde a própria Palavra de Deus se revela ao homem.

 
12. 1. Os nomes da Bíblia. 
A palavra “Bíblia” não é encontrada nas escrituras. Este nome, que vem do grego “Biblos” que significa livros, foi usado pela primeira vez no século IV por João Crisóstomo (345 - 407), um dos pais da igreja.

Outros nomes são encontrados no texto bíblico, técnicos e figurativos. É interessante que o leitor da Palavra de Deus saiba algo a respeito. 

12. 2. Nomes Técnicos. 
A Palavra de Deus.

  “Pois a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes... ” (Hebreus 4:12).

A Escritura de Deus.

  “Aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas ”  (Êxodo 32:16).

As Sagradas Letras.

  “E que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé em Cristo Jesus ” (2 Timóteo 3:15).

A Lei.

“Ou não lestes na lei que, no sábado, os sacerdotes no templo violam o dia, e ficam sem culpa?” (Mateus 12:5).

A Escritura da Verdade.

  “Mas eu te declarei o que está escrito na escritura da verdade; ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe ” (Daniel 10:21).

As Palavras de vida.

“Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhes falava no monte Sinai, e com nossos pais; o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar ” (Atos 7:38).


12. 3. Nomes Figurativos. 
Uma Luz.  

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho ” (Salmo 119:105).  

Um Espelho.  

“Se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla no espelho o seu rosto natural e, depois de se contemplar a si mesmo, vai-se e logo se esquece de como era ” (Tiago 1:23, 24).  

Purificador.  

“Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra ” (Efésios 5:26).  

Alimento.  

“Do preceito dos seus lábios nunca me apartei; as palavras da tua boca prezei mais do que o meu alimento ” (Jó 23:12).  

Fogo e Martelo.  

“Não é a minha palavra como o fogo, diz o Senhor, e como martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:29).  

Uma Espada.  

“... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus ” (Efésios 6:17).

 





13. CONCLUSÃO. 

Bibliologia é uma doutrina pouco discutida nas igrejas, muita coisa ainda poderia ser escrita sobre a história da Bíblia, porém o que estudamos, já é uma boa base de informação. Mesmo assim, se você tem interesse maior; procure outras fontes de informações, converse com pastores, leia livros que tratam do assunto, faça comparações deste estudo com outros, etc. Sempre se aprende algo novo e de maneira mais clara.

Não é suficiente conhecer bem a historia da Bíblia. Muito melhor é conhecer o Deus da Bíblia. E quando se conhece esse Deus, automaticamente, existe um interesse pela Bíblia. Portanto, (talvez alguém não concorde comigo) se alguém afirma crer de coração que Deus enviou Jesus ao mundo para remissão do pecado do homem, e ter aceitado Jesus em seu coração como Senhor e Salvador, e por outro lado, não tem o hábito de ler a Bíblia no mínimo uma vez por dia, um tremendo ponto de ? deve ser colocado na vida cristã desta pessoa.


Artur  Bueno
14/03/ 2005

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