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sexta-feira, 19 de julho de 2013

HISTÓRIA DE ISRAEL 2 - A CHEGADA E SAÍDA DE ISRAEL DO EGITO


A CHEGADA E SAÍDA DE ISRAEL DO EGITO

Esta data histórica 537 a.C. comprovada do decreto do rei Ciro determinando o fim do cativeiro dos judeus na Babilônia, serve para calcular a cronologia da Bíblia, e reajustar a do Egito fornecida por Maneto, historiador egípcio do III século a.C..

As datas da cronologia de Maneto podem até não serem corretas. Porem podemos admitir pelo menos que os intervalos entre as mesmas sejam verdadeiros.
Pela cronologia da Bíblia a dispersão dos povos por ocasião da construção de Babel, aconteceu em 2258 a.C.. Nesta ocasião segundo a cronologia de Maneto no ano 3200 a.C. deve ter chegado ao Egito, Menes (Mizraim), filho de Cam, considerado o primeiro faraó. Há pois uma diferença de 942 anos entre as duas cronologias.

Em 1758 a.C., quinhentos anos depois, corrigida a cronologia de Maneto conforme a da Bíblia, Imhotep, o primeiro grande arquiteto da história construiu a primeira pirâmide chamada Pirâmide Escalonada de Sakara ao sul perto de Menfis para o Faraó Zoser. José, o filho caçula de Jacó, chegava então ao Egito vendido como escravo. Quatro anos depois já era nomeado primeiro ministro deste faraó, porque interpretou um sonho seu predizendo uma seca de sete anos no Egito. E lhe deu ainda sábios conselhos que cativaram a sua simpatia e confiança (Gen 41:25-37). Estes sete anos de fome segundo a cronologia da Bíblia se iniciaram em 1733 a.C..
Ora, uma tradição da época dos Ptolomeus relata que no governo do Faraó Zóser, o Egito passou por uma grande penúria porque durante sete anos o rio Nilo não transbordou. A agricultura dependia totalmente destas inundações. Então o Faraó se dirigiu a Imhotep e perguntou pela nascente do Nilo e pelo o Deus desta nascente. Seguindo conselhos do sábio, Faráo por meio de sacrifícios conseguiu induzir o Deus a fazer o rio voltar a inundar periodicamente. Logo, fica comprovado que foi realmente no governo do Faraó Zóser que os israelitas vieram para o Egito. E também este relato nos leva a uma suspeita de que este Imhotep tão importante para o Faraó é o mesmo José do Egito. É um caso a ser investigado.
Então Jacó, chamado também de Israel, e sua família composta de setenta pessoas (Gen 46:27) a convite do seu filho José emigraram para o Egito em 1731 a.C. para fugir da fome. Os filhos de Israel eram chamados de hebreus porque viviam antes em Hebrom.
No ano 1714 a.C. em que faleceu Jacó, inicia o reinado de Queóps, o construtor da grande pirâmide.


Assim pois pela cronologia da Bíblia adaptada à de Maneto, a época da construção das grandes pirâmides coincide com a chegada da família de Israel ao Egito. Certamente não colaboraram nestas obras pois eram privilegiados pastores razão pela qual receberam a terra de Gósen no Delta do Nilo a mais de 200 quilômetros distante das pirâmides (Gen 46:34), com exceção de José por ser autoridade do mais alto escalão abaixo de Faraó.

Em 1887 foram descobertas umas tabuinhas de argila em Tel el Amarna (hoje Et-Tell) uma cidade fundada segundo a cronologia de Maneto em 1370 a.C. por Amenotepe IV (Aknaton) para ser a sua capital à qual deu o nome de Akhetaten, tendo este Faraó reinado de 1387 a 1366 a.C.. Logo após sua morte, esta cidade foi abandonada e se transformou em ruína soterrada.
Estas tabuinhas escritas em cuneiforme acadiano, a linguagem diplomática internacional naquela época, eram parte dos arquivos reais, cartas dirigidas pelos reis e governadores dos países vassalos da Síria e da Palestina ao Faraó.
Uma delas, a do rei de Biblos, Síria, diz: "Os habiru conquistaram as fortalezas de Faraó. Nem um governador sequer ficou nela; todos pereceram. Zimrida de Láquis foi morto. Que o rei mande reforços. Se não vierem este ano, todos os países do meu Senhor, o Rei, ficarão complemente destruídos ... A terra do Rei foi perdida aos habiru. Procuram agora tomar Urusalim (Jerusalém) ... Labaya e a terra de Siquém entregaram tudo aos habiru".
Este relato refere-se evidentemente às conquistas de Canaã pelos israelitas chamados também de hebreus ou "habiru" em egípcio. Na época em que esta carta foi escrita, os habirus procuravam consquistar Jerusalem. Esta invasão começou 66 anos após o Êxodo.
Se o Êxodo aconteceu 66 anos antes de esta carta ser escrita quando Jerusalém estava sendo atacada durante o reinado de Amenotepe IV entre 1387 e 1366 a.C., o Êxodo se deu entre 1453 a.C. e 1432 a.C, 66 anos antes do seu começo ( =1387 + 66) , 66 anos antes do do seu fim (=1366 + 66) a.C.. Pelas Tábuas de Maneto, quem reinava neste período entre 1453 e 1432 era o Faraó Amenetepe II, cujo reinado foi de 1450 a 1425 a.C..
Ora, Deus apareceu a Moisés no ano em que morreu o Faraó da opressão como diz a Bíblia: "E aconteceu, depois de muitos destes dias, morrendo o rei do Egito, que os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. E ouviu Deus o seu gemido e lembrou-se Deus do seu concerto com Abraão, com Isaque e com Jacó; e atentou Deus para os filhos de Israel e conheceu-os Deus" (Exo 2:23-25). E no ano seguinte houve o êxodo de Israel.
Portanto, o Faraó que morreu no ano anterior ao êxodo era Thutmose III. Ora, o êxodo aconteceu no ano 1516 a.C conforme a cronologia bíblica. Portanto o reinado de Amenotepe II começou no ano 1517 a.C.. Porém como pela Tábua de Maneto este reinado iniciou em 1450 a.C., o erro nesta parte desta cronologia se reduz a 67 anos.
Pouco tempo depois da chegada dos israelitas, vieram também os hicsos, povo semita, estabelecendo um governo em Avaris no Delta do Nilo, na mesma região em que viviam os israelitas. Por serem da mesma estirpe, estes dois povos se entenderam muito bem. A razão da invação deste povo deve ter sido a mesma da imigração dos hebreus, a penúria na terra natal e a fama de fartura no Egito.
A prova de que quando os israelitas chegaram ao Egito, os hicsos, tradução de "reis pastores", não tinham ainda invadido e dominado o Delta do Nilo, território do Egito, é que o Faraó não teria poder para dar aos hebreus a terra de Gósen nesta região. Os Faraós governavam então em Menfis a uns 200 quilômetros. E também sendo os hebreus da mesma estirpe dos hicsos, não precisavam de interprete, se no Egito as autoridades falassem a língua dos hicsos, como diz em Gênesis 42:23 "eles não sabiam que José os entendia, porque havia intérprete entre eles".
Depois que o hicsos chegaram, os Faraós de origem egípcia passaram a governar em Tebas o restante do Egito até que o Faraó Ahmose I conseguiu expulsa-los definitivamente da fortaleza de Avaris no Delta do Nilo, tolerando entretanto os hebreus com uma certa hostilidade. O seu reinado deste Faraó durou de 1647 a 1624 a.C. feita a referida correção de 67 anos na Tábua de Maneto. O seu sucessor Amenetepe I reinou a seguir vinte e um anos. Não tendo deixado filhos, o direito da sua coroa passou a sua irmã Ahmes que não podendo ser rainha pelo costume egípcio, o seu marido Thutmose I assumiu a dignidade régia. 
Este Faraó ordenou às parteiras que não deixassem vivo todo recém nascido hebreu que fosse do sexo masculino. Em 1597 a.C. uma mãe manteve o seu filho recém nascido em segredo até os seus três meses. Com receio de ser descoberto, planejou coloca-lo num cesto forrado de betume a boiar entre os juncos próximos do local onde costumava banhar-se a princesa Hatschepsut. A irmã do menino executou o plano e ficou a espreita do que aconteceria. A princesa ao ver o cesto mandou apanha-lo, e ao abri-lo viu um belo menino chorando. Compadecendo-se dele disse: "este é um menino dos hebreus".
Então a sua irmã apareceu e lhe disse que poderia arranjar-lhe uma mulher hebréia que amamentasse e cuidasse do menino. E a princesa lhe disse que a contratasse, prometendo pagar-lhe um salário. Esta mulher a ser contratada era a própria mãe do menino.
E já sendo desmamado, o trouxe à princesa a qual o adotou como filho, e chamou o seu nome "Moisés" e disse: "porque das águas o tenho tirado". A princesa tinha uns 20 anos de idade, quando recebera o menino desmamado cinco anos depois.
Porem quando Ahmes faleceu extinguiu o direito do rei ao trono, passando ao único descendente vivo e legítimo da antiga casa real, a filha de Thutmose I e Ahmes, a princesa Hatschepsut. Foi necessário a esta princesa, a ajuda de Senmut, chefe do partido legitimista, fazer valer os seus direitos ao trono contra as pretenções do seu próprio pai, do seu irmão bastardo Thutmose II que governou junto com o seu pai de 1587 a 1572 a.C., e do seu marido Thutmose III, mais de vinte anos mais novo que ela. Nesta ocasião a rainha tinha 39 anos, o seu filho adotivo Moisés tinha 25 anos, e o seu marido Thutmose III tinha 19 anos. O reinado não associado de Thutmose I durou de 1597 a 1587 a.C..



Ao lado temos temos a fotografia da estátua da rainha Hatschepsut, a mãe adotiva de Moisés, e de Thutmose III, o Faraó da opressão, seu marido.

Tendo sido instruído em toda ciência dos egípcios, e tendo a preferência da rainha por ser filho, em vez do seu marido arranjado por conveniência política, Moisés certamente deve ter colaborado juntamente com o ministro Senmut para o brilhante governo de Hatschepsut, como narra a história, tendo participado provavelmente até de campanhas militares, segundo as lendas judaicas. Quando tinha mais de quarenta anos provou ser valente ao matar um feitor que maltratava um servo hebreu, seu irmão de raça. Vendo que não havia testemunha senão o hebreu salvo da agressão, escondeu o corpo na areia.
Sabendo que a notícia da morte do egípcio tinha se espalhado, fugiu para a terra de Midiã, porque já tendo falecido a rainha sua protetora, Thutmose III então faraó, usaria este pretexto para mata-lo no sentido de evitar que ele, seu rival ao trono do Egito, fizesse o mesmo com ele a fim de sucede-lo. A morte da rainha Hatschepsut pouco tempo após a deposição do ministro Senmut não foi natural. Ela reinou vinte e um anos de 1572 a 1551 a.C.. Thutmose III odiava tanto a Hatschepsut que logo que assumiu o trono mandou destruir todas as suas estátuas e nomes esculpidos. Provavelmente deve ter sido ele o assassínio ou o mentor do assassínio da rainha que resistira o tempo todo abdicar dos seus direitos ao trono para que ele fosse o faraó. Thutmose III tinha então 40 e Moisés 46 anos de idade. Por isto Moisés permaneceu foragido por mais de trinta anos até a morte do Faraó em Março de 1517 a.C..
Neste ano Deus apareceu a Moisés para encarrega-lo de tirar o Seu povo do Egito. No ano seguinte a dia 4 de Abril, quinta-feira, 15º dia de Nisan, primeiro mês lunar o povo de Israel saiu do Egito. Ao terceiro dia de caminhada viram ao longe a nuvem de poeira que os exércitos de Faraó levantavam no horizonte vindo em direção a eles para traze-los de volta à escravidão arrependidos de te-los permitido sair. Entretanto Deus ordenou a Moisés que povo continuasse normalmente a marchar até chegar ao mar, e então o ferisse com a vara para que as águas se separassem a fim de o povo passar pelo meio no seco (Exo 14:16).
E então nesta noite na maré-baixa um vento forte fez aparecer um espaçoso banco de areia que ia de um lado ao outro do mar dividindo-o em duas grandes poças de água, impelindo a água da poça do lado norte para a do sul. No dia seguinte pela manhã, 7 de Abril, Domingo, o povo diante deste fenômeno passou para o outro lado entre as duas porções do mar, a direita e a esquerda seguindo este banco de areia.
Se a duração da permanência do banco na maré baixa é de 4 horas, e se o homem caminha 8 quilômetros por hora, a extensão máxima deste banco só poderia ser mais ou menos de uns 30 quilômetros para ter tempo de atravessa-lo antes de a maré subir. A extensão da parte mais estreita do mar diante de Mara na península do Sinai está dentro desta medida A aproximação das margens do mar neste ponto sugere a existência de banco de areia no fundo.
Quando o exército de Faraó chegou, o povo já tinha atravessado e o banco ainda continuava descoberto. Conhecedores do fenômeno não temeram atravessa-lo também. Porém estavam atrasados e a baixa da maré estava para acabar. Quando estavam no meio do caminho, a maré começou a subir rapidamente, e não tiveram tempo para fugir para trás nem para diante. Morreram todos afogados, e o povo de Israel se livrou dos seus perseguidores.
Na conjunção da lua com o sol, a maré está mais alta ao meio-dia e à meia-noite, mais baixa às 6 horas da tarde e da manhã. A cada dia de idade da lua desde a conjunção, a maré alta ou baixa atrasa 50,5 minutos. Neste dia a lua tinha 20 dias de idade, portando a maré alta do meio-dia atrasaria quase 17 horas. A maré alta chegaria neste dia ao mais alto nível às 5 horas da tarde. E o auge da maré baixa na parte da manhã seria às 11 horas, tendo o seu início às 8 horas.
Provavelmente os israelitas atravessaram o banco de areia entre as 8 e 11 horas da manhã, e os egípcios começaram a atravessa-lo às 2 horas da tarde sendo totalmente afogados às 5 horas.
E assim despreocupado continuou o povo a sua marcha no outro lado do Mar Vermelho, no deserto sem lhes faltar água e alimento.
No dia 23 de Maio, Quinta-Feira, após 49 dias de caminhada, Deus ditou pela manhã os seus Dez Mandamentos com portentosa voz que vinha do meio do fogo e fumaça negra no cume do Monte Sinai para que todo o povo espalhado na planície ao pé do monte ouvisse.
Finalmente a 4 de Setembro do ano seguinte, Quinta-Feira, primeiro dia do 7º mês lunar, chegaram à Terra Prometida. Foram enviados 12 espias para fazerem o reconhecimento da terra que iriam conquistar. Na volta 10 dos espias fizeram uma descrição exagerada, assustadora e dasanimadora. Somente Josué e Calebe disseram que com a ajuda de Deus poderiam vencer os seus habitantes triturando-os como se tritura pães entre os dentes.
Porem o povo acreditando na maioria dos espias quis voltar para o Egito. Por causa deste procedimento Deus irado mandou-os retroceder para viverem no oásis de Cades-Barnéia durante quarenta anos até que todos estes insensatos seguidores da maioria em vez da razão estivessem mortos com exceção de Calebe e Josué, para que somente os seus filhos conquistassem a Terra Prometida.
Finalmente em 1475 a.C., 19 de Março, Quarta-Feira, no primeiro dia de Nisan, o primeiro mês lunar, 41 anos depois do Êxodo, sexto ano sabático, os exércitos de Israel comandados por Josué, sucessor de Moisés, atravessam o Rio Jordão para iniciarem a conquista de Canaã, a Terra Prometida.



AUTOR DESCONHECIDO






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