TEOLOGIA
SISTEMÁTICA
APOSTILA
APOLOGÉTICA
Professor:
Cornélio Póvoa de Oliveira
www.semeandoabiblia.blogspot.com
DATA
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AULA Nº
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APOLOGÉTICA
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1
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Definição
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Base Bíblica Para a Apologética
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Base Contextual Para a Apologética
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2
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Por que a teologia é importante para a
apologética?
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Características Que Um Apologista Deve Possuir
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3
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Vídeo: Quem precisa de apologética - William Lane Craig
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4
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Visão Histórica da Apologética
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Apologetas
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5
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Escolas
Históricas
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6
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Ateísmo: Deus Existe?
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7
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O Sofrimento e o Mal
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8
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Comunismo
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9
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Mudança de Sexo: Uma Análise Científica e
Teológica
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10
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Aborto
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11
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Extras Terrestres, Existem?
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12
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Homossexualidade
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13
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O Passo de
Fé: do Assentimento ao Compromisso
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Discussão de
Artigos Apresentado em aula
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Resenha
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CRAIG, William Lane. Apologética
contemporânea: A veracidade da fé cristã, SP, Vida Nova, 2010.
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Bibliografia:
CRAIG,
William Lane. Apologética contemporânea: A veracidade da fé cristã, SP, Vida
Nova, 2010.
CRAIG,
W.L. Apologética para questões difíceis da vida, SP, Vida Nova, 2010.
CRAIG, W.L. Em Guarda: defenda a fé
cristã com razão e precisão. São Paulo: Vida Nova, 2004.
FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé
FRAME, John M. Apologética para a glória
de Deus, SP, Cultura Cristã, 2010.
LEWIS, C. S. Cristianismo puro e
simples, Editora Wmf Martins
Fontes, 2009.
McGRATH,
Alister. Apologética cristã no século XXI, São Paulo, Vida, 2008.
McGRATH, Alister. Apologética pura e
simples, SP, Vida Nova, 2012.
PLATINGA, Alvin. Deus a liberdade e o
mal, Sp, Vida Nova, 2012.
SCHAEFFER, F. O Deus que se revela. São Paulo:
Cultura cristã, 2002.
TIL, Cornelius Van. Apologética cristã,
SP, Cultura Cristã, 2010.
__________. Por que creio em Deus?,
Brasília, Monergismo, 2012.
__________. A morte da razão. São Paulo: Cultura
Cristã, 2002.
Vídeo: Deus Existe? William Craig
Vídeo: Quem Precisa de Apologética?
William Craig
Vídeo: Homossexualismo (Drauzio Varella
– youtube)
Vídeo: Entenda Melhor a
Homossexualidade (youtube)
PROGRAMA DO
CURSO DE APOLOGÉTICA
1. EMENTAS:
Ementa
1: Demonstrar como a
Apologética serve como meio de construção, defesa, e aplicação do sistema de
pensamento cristão às grandes correntes culturais e filosóficas da humanidade.
Ementa 2: Desenvolver argumentações em
prol da cosmovisão cristã ante os principais ataques à fé cristã.
2. PROBLEMA GERAL:
2.1 - O que é
apologética cristã?
2.2 - Quais as
suas bases?
2.3 - Quais as
implicações da fé para a apologética?
2.4 - Quais são
as barreiras intelectuais para a fé cristã?
3. OBJETIVO GERAL:
Primeiro: Introduzir o aluno à teoria e prática da
apologética reformada no cumprimento de 1 Pedro 3: 15.
Segundo: Examinar e formular as abordagens da
apologética tendo em vista os desafios do atual contexto.
4. METODOLOGIA
4.1 - Aulas
expositivas com recursos audiovisuais.
4.2 - Aulas
debates
4.3 - Leitura
complementar
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1 – Definição (Apologia)))
A palavra "apologética"
vem do grego "apologia", e significa "uma defesa verbal".
O termo é
utilizado 8 (oito) vezes no Novo Testamento: At 22:1; 25:16; 1 Co 9:3; 2 Co
7:11; Fl 1:7,17; 2 Tm 4:16; 1 Pe 3:15.
A Apologética
é a parte da Teologia que se encarrega de apresentar uma defesa da Bíblia
contra toda e qualquer contestação que possa surgir por parte de qualquer
pessoa. Nessa defesa pode-se incluir as ciências como: Arqueologia,
Paleontologia, Biologia, Filosofia, Matemática, Física, Química...
A Apologética
pode ser feita de forma Ofensiva e Defensiva.
· A apologética Ofensiva é a que busca aqueles que se opõem a doutrina
bíblica e lhes questiona, através de perguntas e problemas propostos, bem como
apresenta soluções.
· A apologética Defensiva é aquela que apresenta respostas àqueles que vêm em
busca do debate.
A apologética
pode, ainda, ser: Evidencial ou Pressuposicional.
· A apologética evidencial é aquela que apresenta evidências para o que é
afirmado na Escritura Sagrada, como: Profecias cumpridas, Manuscritos bíblicos,
Comprovações históricas etc.
·
A
apologética Pressuposicional é aquela que
aborda as argumentações
levantadas
pelos que discordam do ensino bíblico.
Acreditamos que
a boa apologética é aquela que consegue englobar todas essas áreas de
conhecimento de acordo com as necessidades, aplicando-as apropriadamente, com
mansidão, temor e amor por aqueles que estão vivendo no engano.
É preciso
entender que a finalidade da apologética não é apenas mostrar o erro dos
céticos e hereges, mas trazê-los para a Luz de Cristo para que assim sejam
salvos.
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2 – Bases Bíblicas Para a Apologética
A apologética,
arte de se defender a fé, não é uma ferramenta exclusiva daquele que deseja
desenvolver um ministério voltado para a defesa da fé. Não! A apologética é uma
obrigação de todo crente que professa uma fé genuína em Jesus Cristo.
2.1 – Judas
O penúltimo
livro da Bíblia, que é uma das menores cartas do Novo Testamento, escrita por
Judas, oferece-nos suficientes subsídios que bem explica a necessidade e
urgência do Curso de
Apologética Cristã.
(3) Amados, quando empregava toda diligência em
escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a
corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé
que uma vez por todas foi entregue aos santos.
(4) Pois certos indivíduos se introduziram com
dissimulação os quais desde muito foram antecipadamente pronunciados para esta
condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso
Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (Jd 3, 4).
Vivemos em um
momento onde falsos ensinos tentam se infiltrar em nosso meio a pretexto de
modernidade e estratégia evangelística, todavia, sabemos que, estão infectados
com vírus da falsa doutrina, que conduz à confusão, desgaste e finalmente, à
perdição.
A exemplo dos
gnósticos da época dos apóstolos primitivos que perturbavam a Igreja com seus
ensinos, entre eles que a salvação que é pela graça, permitia a pessoa viver
desordenadamente, que o mal estava na carne e não no espírito.
Eles ensinavam e
faziam questão que suas doutrinas fossem acatadas no seio da Igreja, tal era o
ardor com que defendiam seus argumentos antibíblicos que Judas desafiou seus
leitores a partirem para a "batalha da fé", com a mesma veemência,
inflamada pelo zelo do Espírito.
Foi assim que a
mensagem desta epístola veio para refutar o erro que sutilmente levava as
igrejas gentílicas, sob a desculpa de livre graça de Deus, a tolerarem
concupiscências, imoralidades pagãs e todos os ensinamentos que lançavam
dúvidas sobre a graça de Deus, manifestada entre nós.
2.2 – Paulo
Com uma visão
bem apurada, o apóstolo Paulo também denunciou abertamente a atuação dos homens
que se infiltravam na igreja com o fim de distorcerem a verdade de Deus.
Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos
tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a
doutrinas de demônios (1 Timóteo 4.1).
E apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira
como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e
de refutar os que se opõem a ela
(Tito 1.9).
(Tito 1.9).
O apóstolo
Paulo por várias vezes realizou apologias. Vejamos:
E, tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós
saber que nova doutrina é essa de que falas? (At 17.19).
De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e
religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam (At 17.17).
Ele discutia todos os sábados na sinagoga, e persuadia a
judeus e gregos (At 18.4).
E eles chegaram a Éfeso, onde Paulo os deixou; e
tendo entrado na sinagoga, discutia com os judeus (At 18.19).
Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem,
falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os
discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano (At 19.9).
2.3 –
Pedro
E
estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que
vos pedir a razão da esperança que há em vós (1Pe 3.15).
2.4 – Em Que
Circunstâncias os Apóstolos Faziam Defesas da Fé?
· Quando eram confrontados por Judaizantes.
·
Quando a doutrina ensinada era
distorcida.
· Quando precisavam comprovar relatos milagrosos como a
ressurreição de
Cristo.
· Quando precisavam demonstrar que o novo regime implantado
por Cristo era
superior ao antigo regime (o regime da lei)
· Para responderem a seguinte questão: "Porque você é
cristão?"
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3 – Bases Contextuais Para a Apologética
Em Nossos Dias
Vivemos em um
período onde a intelectualidade tem sido relegada por muitos. Pensar tem sido algo
desprezado uma vez que nossa sociedade pluralista não admite verdades
absolutas. Então porque estudar na busca da verdade se no final tudo é
relativo, assim pensam muitos.
Diante deste
quadro a educação deixou de ser vista como um meio para buscar a verdade e se
tornou uma ferramenta para adquirir o conhecimento necessário para enriquecer e
alcançar poder e fama.
Como se porta o
cristão diante este mundo pluralista? O cristianismo possui uma mensagem
altamente relevante para esse mundo pós-moderno, onde a relatividade produz
pessoas cada vez mais voláteis. O cristão possuí o conhecimento da verdade,
portanto não pode ter apatia pela verdade. A verdade que o cristão possui o
convoca a se posicionar diante uma sociedade que afirma não haver verdade. Este
não pode se esconder, assim como deve ser tolerante com aquele que não conhece
a verdade.
Contudo a igreja
de Jesus parece ter se escondido do mundo. Não ouvimos falar em grandes
teólogos, filósofos, sociólogos, etc. nos grandes meios acadêmicos. Essa falta
de homens e mulheres cristãos nos meios acadêmicos tem colaborado para a
construção de uma sociedade descrente da verdade e distante dos princípios de
Deus.
Se desejamos influenciar
toda sociedade, ao nosso redor, precisamos entrar nos meios acadêmicos, nas
escolas e universidades, pois necessitamos construir uma cosmovisão bíblica que
alcance toda sociedade, para que nosso evangelho seja relevante e penetrante na
mesma.
Diante deste
fato nossa tarefa como cristão consiste tanto na evangelização para salvar a
alma, mas também numa evangelização com o fim de salvar a mente, isto é, levar
pessoas a se converterem espiritualmente e intelectualmente.
Por que isso é
importante? Porque o evangelho nunca é ouvido no isolamento. Ele será sempre
ouvido a partir do pano de fundo do ambiente cultural em que nós vivemos.
Quanto mais nos
distanciamos do mundo intelectual, acadêmico, mais difícil se tornará o
trabalho de evangelização. Precisamos invadir o mundo com inteligência e
ousadia. Precisamos sair de nossos guetos, de nossa subcultura evangélica.
Publicamos livros para evangélicos, pregamos para evangélicos, ajudamos
evangélicos, visitamos evangélicos, vivemos dentro das igrejas (templos) nosso
cristianismo.
Somos desafiados
a defender nossa fé diante uma sociedade pluralista, que busca uma razão bem
fundamentada para crer. Ao mesmo tempo somos desafiados a responder sobre nossa
fé a uma variedade de seitas e falsas doutrinas que surgiram e continuam
surgindo através de diversas teologias distorcidas.
Precisamos
responder a diversas perguntas que a sociedade nos faz hoje: Qual o modelo
bíblico de família? Homens e mulheres qual seu papel na família? Pode o ser
humano escolher o sexo que deseja ter? Como devemos lidar com os refugiados?
Qual o papel do homem na sociedade e na família? Clonagem humana é licito? Qual
a responsabilidade do homem com a criação? De onde veio o homem? Como o mundo
se formou? Como surgiu o mal? O marxismo e a bíblia? O feminismo e a bíblia? Por
que Deus não responde algumas orações se, Jesus, promete nos dar tudo o que
pedirmos em seu nome?
Muitos pais
assistem seus filhos perderem a fé porque não encontram na igreja e nem em seus
líderes respostas às suas perguntas.
Através da
apologética esperamos despertar o interesse na busca de respostas bem
fundamentadas na Palavra de Deus com o fim de trazer as pessoas ao caminho
certo de Deus.
A apologética
cristã eficaz tem como objetivo localizar os melhores pontos para a construção
de pontes entre o Evangelho e os incrédulos, com a convicção de que Deus já
lançou os fundamentos para essas pontes[1].
“Uma fé infantil
é uma fé não refletida, imatura, e tal fé não nos é recomendada. Pelo
contrário, Paulo diz: “não sejais como crianças no entendimento. Quanto ao mal,
contudo, sede como criancinhas, mas adultos quanto ao entendimento (1 Co
14.20)”[2].
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4 – Por que a teologia é importante para
a apologética?
Razões porque a
teologia é essencial para a boa apologética:
· Fornece uma
série de crenças e doutrinas que contribuem para detectar as fragilidades de
outras cosmovisões e identificar os pontos fortes da proclamação cristã;
· Fornece uma
estrutura analítica para lidar com qualquer problema que tiver a mão, produzindo
assim uma mensagem cristã orientada-ao-receptor. A análise teológica identifica
as possibilidades apologéticas, os pontos de contato.
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5 – Características Que Um Apologista
Deve Possuir
“Diante do
exposto, entendemos que é essencial abandonar a mentira e realizar um esforço
pra sempre se falar a verdade. Por essa razão o debate entre os ensinos
religiosos deve ser incentivado, para que se possa analisar os ensinos a luz da
verdade, todavia, esses debates têm que seguir certos padrões de realização
para que possam ter um fim proveitoso.
Em primeiro
lugar, é necessário possuir o domínio próprio, para que não haja desrespeitos,
tendo sempre em mente o compromisso com a verdadeira justiça e santidade, ou
seja, a separação do pecado para que se realize tudo com retidão.
Em segundo lugar,
deve ser dedicado ao estudo das Escrituras para poder responder a altura
àqueles que questionam acerca de nossa fé. Muitas pessoas tem se deixado levar
pelo engodo das seitas, e por isso precisamos desprender um esforço para que
sempre sejam realizados atos de bondade, com a finalidade de auxiliar aqueles
que precisam.
Em terceiro
lugar, é necessário falar a verdade sem imposições, manipulações, agressões e
desprezos. Devemos fazer todas as coisas que estão ao nosso alcance para ajudar
na edificação do outros, contudo, ajudar na edificação não significa massagear
egos, e muito menos concordar com os erros para sermos aceitos e agradáveis.
Talvez, por
causa da falta dessas características muitas pessoas têm se posicionado contra
os debates que envolvem o tema religiões. Provavelmente pela falta de domínio
próprio daqueles que participam dessas discussões.
Encontramos,
diferentemente do que muitos afirmam o respaldo bíblico para a realização de
tais ações, pois entendemos que a exemplo do apóstolo Paulo o crente deve estar
perfeitamente habilitado para toda boa obra, bem como para responder aos
questionamentos que nos são lançados, e para isso deve-se dedicar bastante
tempo para o estudo e para a oração particular.
A Bíblia nos
orienta que devemos nos afastar daquelas pessoas que só procuram debates como
pretextos de brigas e confusões:
Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem
dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles (Rm 16:17).
O apóstolo Paulo
é um dos maiores exemplos de um crente que buscava ser instrumento de Deus para
resgate de vidas. Ele estava todos os dias nas praças das cidades para debater com
os filósofos, no areópago, nos auditórios... e todos os sábados nas sinagogas
para debater com os judeus acerca das Escrituras”[3].
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6 – Visão Histórica da Apologética
Deve-se
entender desde o princípio que a apologética necessariamente envolve o
investigador na filosofia, seja ela formal e erudita ou popular e
individualista. Assim é que, quando alguém começa a apresentar um argumento
baseado em raciocínio, já está falando como um filósofo; quer queira quer não.
Podemos
dizer que ao fazer apologia o individuo está fazendo filosofia. A filosofia
busca respostas para diversas perguntas, levando o homem a refletir sobre
diversos temas. A apologia busca responder a diversas perguntas sobre
relacionadas a fé, levando os cristãos a refletirem sobre diversos temas. Quanto
mais uma pessoa distanciar-se da filosofia, menos valor dará à apologética,
como uma atividade legitima para os cristãos.
6.1 - Tertuliano
Tertuliano
conhecia a filosofia, e usava argumentos filosóficos contra os filósofos
incrédulos. Portanto, ele era um filósofo que argumentava contra a filosofia.
Ele
supunha que a filosofia é produto da mente pagã, e consequentemente, inútil
para defender a fé cristã. Isso equivale a ignorar: a base bíblica da
apologética e que não há razão pela qual não possa haver uma atividade filosófica
cristã.
Se a
razão vem da parte de Deus, e se alguém a usa de maneira sistemática, já estará
agindo como um filósofo, utilizando-se de um dom divinamente outorgado. Podemos
evitar os abusos. Houve pais latinos, como Arnóbio, Lactâncio e outros que
seguiram a idéia de Tertuliano.
6.2 – Os Pais da Igreja
Alexandrinos
Clemente,
Orígenes, etc. Usavam proposital e habilidosamente a filosofia platônica[4] e
estóica[5] para
dar à fé cristã uma expressão filosófica. A filosofia pode aguçar os conceitos
teológicos. Qualquer pessoa que tenha estudado Filosofia pode usá-la para
definir, aclarar e aprimorar seus conhecimentos teológicos. Um teólogo que
tenha estudado filosofia pode tornar-se um melhor teólogo.
6.3 – Agostinho (354-430 d.C.)
Este
ensinava que a filosofia é uma criada útil que pode ser empregada em favor da
fé religiosa, esclarecendo-a e defendendo-a.
Agostinho de Hipona, conhecido
universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais
importantes teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo cujas obras foram muito influentes
no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.
Ele
era o bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África.
Escrevendo na era patrística, ele é amplamente
considerado como sendo o mais importante dos Padres da Igreja no
ocidente. Suas obras-primas são "A Cidade de Deus" e "Confissões",
ambas ainda muito estudadas atualmente.
6.4 – Tomás de Aquino
(1225-1274 d.C.)
Tomás
de Aquino foi um apologista refinado. Sua obra Summa contra Gentiles[6] defendeu a fé cristã
contra a maneira materialista e não-espiritual como certos filósofos árabes
(como Averróis), utilizavam a filosofia de Aristóteles. A apologética de Tomás
de Aquino foi tão bem-sucedida que se transformou em uma força dominante
durante séculos, na Igreja ocidental.
6.5 – Apologetas Modernos
Os
ataques desfechados por deístas e racionalistas contra a fé cristã produziram
apologetas modernos como;
· Joseph
Butler (1692-1752 d.C.) – Bispo da Igreja anglicana. Sua famosa obra, Analogia
da Religião, é uma obra apologética.
· Karl
Barth (1886-11968 d.C.) – Karl Barth[7] e sua
escola (início e meados do século XX) tomaram uma posição negativa em relação à
apologética, argumentando que tal atividade reflete uma espécie de “falta de
fé”, porquanto a fé não requereria defesa, por não estar alicerçada sobre a
razão humana e a filosofia. Porém, ao expressar-se assim, Barth fazia a
apologia de seu ponto de vista particular do conhecimento e da fé. Muitas
pessoas, outrossim, não tinham certeza se a fé de Barth era adequada, ou
representasse qualquer acúmulo considerável de verdade, pelo que se tornou
necessária toda a forma de atividade apologética para esclarecer as coisas.
· Rudolf
Bultmann[8]
(1884-1976 d.C.) – Resolveu redefinir a kerigma (pregação) do Novo Testamento,
erigindo uma apologética elaborada a fim de levar avante o seu propósito.
Alguns pensam que ele chegou a ponto de querer satisfazer todas as categorias
do pensamento moderno, assim debilitando a mensagem que vem mediante a
revelação, ao admitir dúvidas demais e ao promover revisões evidentemente
desnecessárias.
Quando
a Igreja enfrenta os ataques dos ateus, dos agnósticos, dos empiristas
radicais, dos positivistas, dos relativistas, então torna-se mister que a
apologética continue sendo considerada um ramo da teologia cristã. Nunca é
bastante dizer “fé somente”, porque a própria fé é definida por uma atividade
apologética, consciente ou inconscientemente.
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7 – Apologetas
O
termo é usado para falar sobre aqueles pais da igreja cujas obras tiveram o
intuito de defender a fé e a Igreja cristã contra os ataques. Esses ataques
eram lançados pelo judaísmo, pelo paganismo, pelo estado, e também pela
filosofia grega de várias escolas. Como é óbvio, muitos cristãos subsequentes e
contemporâneos podem ser chamados de apologetas. Mas, quando usamos as palavras
“os apologetas”, estas indicam os primeiros pais da Igreja que se atarefaram
nessa atividade.
· - Temos
a pregação de Pedro, proveniente do século II d.C., de autor desconhecido, que
defendeu o cristianismo diante do judaísmo e do paganismo. Teve larga
distribuição e tornou-se parte do livro de Aristides (que descrevemos abaixo).
Nesse livro, os crentes são denominados “terceira raça”. Mas foram preservados
apenas alguns fragmentos.
· - Mais
ou menos da mesma época, temos o livro chamado Quadratus, escrito em defesa do
cristianismo contra os abusos do estado romano. Foi apresentado ao imperador
Adriano, na esperança de obter melhor tratamento para os cristãos, por parte
das autoridades romanas. O livro foi escrito em Atenas, cerca de 125 d.C.
Apenas uma sentença do mesmo foi preservada para nós.
· - Aristides
defendeu o cristianismo contra o paganismo. Ele era ateniense e escreveu em cerca
de 147 d.C. Sua apologia foi endereçada ao imperador Antônio. A “raça” cristã é
ali chamada de raça superior e digna de tratamento humanitário. A obra
desapareceu, excetuando uma tradução siríaca e uma reprodução livre, no grego,
no romance medieval de Barlaã e Joasafe. A obra ataca as formas de adoração
entre os caldeus, os gregos, os egípcios e os judeus, exaltando o cristianismo
acima dessas formas, tanto quanto à própria adoração quanto à moral.
· - Justino
Mártir. Sua apologia (escrita cerca de 150 d.C.) foi endereçada a Adriano e a
Marco Aurélio. Tomava a posição de que a filosofia grega, apesar de útil, era
incompleta, e que esse produto não terminado é aperfeiçoado e suplantado em
Cristo e Sua revelação. Para Justino, o cristianismo era a verdadeira
filosofia. A filosofia grega era encarada sob a mesma luz que a lei judaica -
precursora de algo superior.
· - Aristo,
meados do século II d.C., de Pela, na Peréia, escreveu um livro que não chegou
até nós, mas que, de acordo com Orígenes, mostrava que as profecias judaicas
cumpriram-se em Jesus. Justino fez uso dessa apologia em sua obra.
· - Atenágoras,
fins do século II d.C., escreveu contra o paganismo, o estado romano e a
filosofia grega. Endereçou seu livro a Marco Aurélio, esperando poder melhorar
o tratamento conferido aos cristãos. Essa obra incluía argumentos em prol da
ressurreição dos mortos.
· - Taciano,
discípulo de Justino Mártir, exibiu considerável antagonismo contra a filosofia
grega, em seus argumentos em prol da superioridade do cristianismo.
· - Teófilo
de Antioquia, que escreveu um pouco mais tarde, seguiu o caminho trilhado por
Taciano.
· - Minúcio
Félix (fins do século II ou começo do século III d.C.), em contraste com
Taciano, procurou demonstrar que os cristãos são os melhores filósofos; quando
os filósofos são bons, parecem-se mais com os cristãos.
·
- Tertuliano (falecido no século III d.C.) atacou a filosofia com
argumentos filosóficos, e os filósofos nunca o perdoaram por esse motivo. Ele
atacou a substância e o espírito da filosofia grega, bem como o gnosticismo e o
paganismo em geral. Considerava a filosofia produto da mente pagã, julgando-a
inútil como apoio à fé. Exaltava a fé na revelação, mas falhou quando não
percebeu que a fé e a filosofia devem ser sujeitas à pesquisa da razão, a fim
de que o falso seja separado do verdadeiro, e que o verdadeiro seja mais bem
compreendido.
·
- Irineu, bem como seu discípulo, Hipólito, defendeu o
cristianismo contra os gnósticos, muito poderosos na sua época. Sua obra
principal nessa linha foi Contra as Heresias (cerca de 180 d.C.). O original
grego se perdeu, excetuando fragmentos, preservados nos escritos de Hipólito,
Eusébio e Epifânio. Todavia, a obra foi preservada inteira em uma tradução
latina. Trata-se da mais completa declaração acerca das fantasias gnósticas.
Sua exposição pode ser chamada de primeira exposição sistemática das crenças
cristãs. Irineu foi um dos mais influentes cristãos da Igreja antenicena.
·
- Arnóbio (300 d.C.) tinha a filosofia e a razão humana em baixo
conceito. Atacou a idéia platônica da preexistência da alma e defendeu o
criacionismo (ver o artigo a respeito). Sua obra principal é Adversus Gentes.
·
- Lactâncio e Eusébio de Cesárea (III e IV séculos da era cristã)
deram continuação à tradição apologética, exaltando o cristianismo em face do
paganismo e do judaísmo. Eusébio foi um origenista da segunda geração, decidido
aderente da teologia filosófica do Logos, embora tivesse várias ideias
não-ortodoxas acerca da divindade de Cristo. Sua principal contribuição é a sua
História Eclesiástica. Suas obras apologéticas, embora de menor valor,
encontraram lugar na história literária cristã. (B C E EP P).
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8
– Escolas Históricas
No
decurso da história cristã, a apologética tem adotado vários estilos.
Poderíamos dividi-los em duas classes gerais: a subjetiva e a objetiva.
8.1 – A Escola Subjetiva
Esta
inclui grandes pensadores tais como: Lutero, Pascal, Lessing, Kierkgaard,
Brunner e Barth. Geralmente expressam a dúvida de que o descrente possa ser
“levado a crer através de argumentos”. Ressaltam a experiência pessoal impar da
graça, o encontro interior e subjetivo com Deus. Tais pensadores raramente têm
reverente temor da sabedoria humana. Mas, pelo contrário, de modo geral
rejeitam a filosofia tradicional e a lógica clássica e ressaltam o transracional
e o paradoxal. Pouco lhes importa a teologia natural e as provas teístas,
principalmente porque sentem que o pecado cegou de tal maneira os olhos do
homem que o seu raciocínio não pode funcionar de modo apropriado. Segundo a
metáfora de Lutero, a razão é uma meretriz.
Pensadores
da escola subjetiva apreciam fortemente o problema da averiguação. Lessing
falou em nome de muitos deles quando ressaltou que “as verdades acidentais da
história nunca poderão se tornar à prova de verdades necessárias da razão”. O
problema de se passar de fatos contingentes (isto é, possivelmente falsos) da
história para a certeza religiosa interior profunda tem sido chamado “o fosso
de Lessing”.
Kierkegaard
queixou-se de que a verdade histórica é incomparável a uma decisão eterna,
apaixonada. A passagem da história para a certeza religiosa é um “salto” de uma
dimensão para outro tipo de realidade. Disse que toda a apologética tem a
simples intenção de tornar plausível o cristianismo. Mas tais provas são vãs
porque “defender alguma coisa sempre é desacreditá-la”.
Mesmo
assim, apesar de todo o seu anti-intelectualíssimo, Kierkegaard ainda tinha um
tipo de apologética para o cristianismo, defesa esta que foi desenvolvida por
estranho que pareça do próprio absurdo da afirmação cristã.
O
próprio fato de que alguma pessoa ter crido que Deus apareceu na terra na
figura humilde de um homem é tão estarrecedor que fornece uma ocasião para
outras pessoas compartilharem da fé. Nenhum outro movimento já sugeriu que
baseamos a felicidade dos seres humanos no seu relacionamento com um evento que
ocorreu na história. Kierkegaard acha, portanto, que semelhante idéia “não
subiu ao coração de homem algum”.
Até
mesmo Pascal que desconsiderava as provas metafísicas da existência da Deus e
preferia as “razões do coração”, chegou por fim, a fazer uma defesa
interessante da fé cristã. Nas suas “Pensées” recomendou a religião bíblica por
ter ela um conceito profundo da natureza do homem. A maioria das religiões e
filosofias ou ratifica o orgulho estulto do homem, ou o condena ao desespero.
Somente o cristianismo estabelece a verdadeira grandeza do homem através da
doutrina da imagem de Deus, ao passo que, ao mesmo tempo, explica suas
presentes tendências malignas através da doutrina da queda.
E
somos informados de que, a despeito do Nein; enérgico proferido por ele, há uma
apologética adormecida debaixo de milhões de palavras na obra Church Dogmatics
(“Dogmática Eclesiástica”) de Karl Barth.
8.2 – A Escola Objetiva
Esta
coloca o problema da averiguação claramente no âmbito dos fatos objetivos. Enfatiza
as realidades externas, as provas teístas, os milagres, as profecias, a Bíblia
e a pessoa de Jesus Cristo. Existe, no entanto, uma distinção crucial entre
duas escolas dentro do campo objetivista.
8.2.1
– A Escola da Teologia Natural
Entre
todos os grupos, este adota a visão mais animada da razão humana. Inclui
pensadores tais como Tomás de Aquino, Joseph Butler. F. R. Tennant, e William
Paley. Por trás de todos estes pensadores há uma tradição empírica na filosofia
que remonta até Aristóteles. Tais pensadores crêem no pecado original, mas
raras vezes questionam a competência básica da razão na filosofia. É possível
que o raciocínio tenha sido enfraquecido pela queda, mas, por certo, não foi
gravemente aleijado.
Aquino
procurava pontos de concordância entre a filosofia e a religião, insistindo em
que a existência de Deus podia ser demonstrada pela razão, mas que também era
revelada nas Escrituras. Empregava nas suas provas da existência de Deus, três
versões do argumento cosmológico e o argumento teleológico.
Na
sua Analogy of Religion (“Analogia da Religião”) [1736], Butler usou a
abordagem tomista básica, mas a diluiu um pouco com sua ênfase na
probabilidade.,“o próprio guia da vida”. Desta maneira, desenvolveu uma
epistemologia muito próxima da atitude pragmática do cientista. Butler
argumentou que a clareza geométrica tem pouco lugar nas esferas da moral e da
religião. Se alguém ficar ofendido pela ênfase dada à probabilidade, que
simplesmente reflita no fato de que a maior parte da vida é baseada nela. O
homem raramente lida com verdades absolutas e demonstrativas.
Apologistas
desta escola sempre têm uma abordagem ingênua e simplista às evidências a favor
do cristianismo. Acham que uma apresentação simples e direta dos fatos
(milagres, profecias) bastará para persuadir o descrente.
8.2.2
– A Escola da Revelação
Esta
inclui gigantes da fé, tais como Agostinho, Calvino, Abraão Kuyper e E. J.
Carnell. Estes pensadores geralmente reconhecem que as evidências objetivas (os
milagres, as provas da existência de Deus, as profecias) são importantes na
tarefa apologética, mas insistem em que o homem não-regenerado não pode ser
convertido meramente pelo fato de ser exposto às provas, porque o pecado
enfraqueceu gravemente o raciocínio humano. Será necessário um ato especial do
Espírito Santo para permitir que as evidências sejam eficazes.
Não
se deve tirar desta idéia a conclusão de que a escola da revelação considera
sem valor as evidências externas. Pelo contrário, a obra do Espírito pressupõe
a Bíblia e o Jesus Cristo histórico, ambos externos. Embora a fé seja, em
grande medida, algo criado pelo Espírito Santo, permanece a verdade de que não
se pode tê-la à parte dos fatos. Resumindo: o Espírito Santo é a causa
suficiente da fé, ao passo que os fatos são uma causa necessária da fé.
A
escola da revelação, portanto, extrai sua percepção tanto da escola subjetiva
quanto da escola da teologia natural. Da primeira, adquirem uma desconfiança da
razão não regenerada, e da segunda, uma apreciação apropriada do papel dos
fatos na fé cristã. Conforme disse Lutero: “Antes da fé e do conhecimento de
Deus, a razão é trevas, mas nos crentes é um instrumento excelente. Assim como
todos os dons e os instrumentos da natureza são maus nos ímpios, assim também
são bons nos crentes”.
Por
estranho que pareça, as duas escolas objetivistas usam o mesmo corpo de
evidências quando praticam a apologética, simplesmente têm diferenças de
opiniões sobre como e quando as provas convencem o descrente. No decurso dos
séculos, apologistas cristãos da escola objetivista têm usado um vasto
material:
1) Provas teístas: os argumentos ontológico, cosmológico,
teleológico e moral.
2) Profecias do A.T.: predições a respeito do Messias
judeu cumpridas em Cristo, tais como Is 9.6; Mq 5.1-3; e Zc 9.9-10.
3) Milagres bíblicos: sinais do poder de Deus que ocorrem
em agrupamentos grandes nas Escrituras, sendo que os dois maiores se
centralizam no Êxodo e na vinda de Cristo.
4) A pessoa de Cristo: a personalidade e caráter
incomparáveis de Cristo, ilustrados por Seu amor e solicitude por pessoas de
todos os tipos, especialmente os proscritos.
5) Os ensinos de Cristo: a doutrina sem igual, os belos
ditos e parábolas de Jesus.
6) A ressurreição de Cristo: o maior milagre das
Escrituras, o alicerce de todo o edifício da apologética.
7) A história da cristandade: a influência benigna da fé
cristã sobre a raça humana.
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9 – ATEÍSMO: Deus Existe?
O ateísmo é um movimento que tem crescido nas últimas
décadas, segundo o IBGE. Tal movimento se divide em ateus práticos (não
apresentam nenhum tipo de religiosidade), ateus teóricos (se preparam
filosoficamente), e os ateus militantes (propagam a “fé” ateia).
A afirmação de
que não existem evidências científicas para se provar a existência de Deus, tem
se tornado o argumento mais freqüente dos ateus, porém, esses deveriam saber
que, semelhantemente, não existem provas científicas para a não existência de Deus.
Todas as
evidências científicas apontam para a existência de um Criador. Por isso,
tantos cientistas na atualidade têm abandonado o ateísmo para se converterem a
Cristo e adotarem o Criacionismo.
Vamos responder a
pergunta Deus existe considerando a teoria dos Pontos de Contato, de Alister Mc Grath. Para isso partiremos do pondo
de contato de nossa identidade e potencial como seres humanos. Vejamos como a teoria do ponto de contato pode ser
aplicada.
Primeiramente
verificaremos que existe uma ponte deixada por Deus na criação. Todo ser humano
sente necessidade por Deus, embora alguns relutem em afirmar que Ele não
existe.
9.1. Uma sensação de desejo
não satisfeito (Primeiro ponto de contato).
Ele fez tudo apropriado ao seu tempo.
Também colocou no coração do homem o desejo profundo pela eternidade; contudo,
o ser humano não consegue perceber completamente o que Deus realizou (Ec
3.11).
Deus
deixou no homem um buraco a ser preenchido. Este buraco somente Deus pode
preenchê-lo.
Por
sermos imagem e semelhança de Deus, temos uma capacidade ou uma necessidade
interna de nos relacionarmos com Deus.
Assim como o cervo brama pelas
correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do
Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? (Salmos 42:1-2).
Buscar
a plenitude nesse relacionamento significa a realização pessoal. Deixar de
construir esse relacionamento significa falhar como ser humano. Por sermos
pecadores, não podemos satisfazer esse desejo por nossa própria conta. O pecado
faz com que busquemos as coisas criadas para a nossa realização plena, como
substitutas de Deus. No entanto, elas não satisfazem. A satisfação deve vir por
algo pessoal, mas que é transcendente ao homem. Mesmo no céu, na
companhia de outros seres humanos, eles não lhe dariam a satisfação plena.
Ainda faltaria algo. Esse algo é Deus.
O Trabalho do
Apologista: a) Interpretar o sentimento vago de insatisfação pessoal como um
anseio por Deus; b) Conduzir as pessoas à experiência com Deus.
Ilustrações: A
fome e a sede apontam para a existência da comida e da bebida suficientes para
a satisfação daqueles desejos. O desejo sexual aponta para a existência do
relacionamento conjugal para satisfazê-lo. Notamos esses paralelos no Sl 42:1-2.
Do mesmo modo, a fome por Deus aponta para a existência de Deus. Negar a
necessidade de Deus é o mesmo que negar a fome ou a sede. Mas o homem pode
morrer de fome e sede, num barco a deriva no meio do oceano. O homem pode amar
uma mulher, mas nunca conquistá-la, e morrer solteiro. O ser humano pode também
desejar a presença de Deus, mas nunca obtê-la.
9.2 – A Racionalidade Humana na
Busca Por Deus (Segundo ponto de contato).
Há uma correspondência
entre a racionalidade presente em nossa mente e a racionalidade ou ordenamento
que observamos no universo. Tal consideração aponta para a ideia de um mesmo
Criador ter projetado tanto o mundo quanto a mente humana.
As 5 Vias de
Tomás de Aquino (século XIII) são argumentos que procuram mostrar que a fé
[cristã] em Deus é totalmente coerente com o mundo tal como o conhecemos. Uma
forma de Aquino demonstrar que a razão, embora não prove a existência de Deus, ela
aponta para Deus.
1ª via – parte dos sentidos: O mundo é dinâmico. Para cada movimento existe um
movedor, que por sua vez teve um movedor anterior. O movedor não-movido, único
e primeiro, que desencadeou todas os outros movimentos é Deus.
Consideremos aqui movimento toda e qualquer transformação, mutação ou
mudança. Conseguimos perceber no mundo o movimento de algumas coisas, sendo
esta premissa facilmente constatável pela nossa sensibilidade.
2ª via – causa eficiente: O mundo é resultado de vários efeitos, produzidos
pelas suas causas eficientes, e cuja causa primária é Deus, que é a Causa
não-causada. Causa
eficiente tem por definição algo produzir outro algo – e no mundo conseguimos
observar uma ordem de causas eficientes e seus efeitos como bem aponta a
premissa.
3ª via – contigência: Os seres existentes no mundo são contingentes, ou
seja, a existência não é necessariamente obrigatória, mas que são efeitos de
uma causa obrigatória ou um ser necessário, que é Deus.
No mundo
podemos constatar as coisas contingentes, pois elas poderiam ser ou não
ser/existir ou não existir. Computadores por exemplo não existiam no passado,
mas agora existem. O ser humano pode facilmente estar dentro da categoria dos
contingentes: uma hora existimos e numa outra hora não mais. Se toda sorte de
coisa é contingente, então em algum momento essas deixarão de existir. Devido
ao absurdo dessa consideração, é preciso de alguma coisa que seja necessária
para dar origem aos contingentes.
4ª via – graus de perfeição: Os valores humanos, como verdade, bondade e dignidade
são apenas reflexos de algo ou alguém que possua esses valores em si mesmo. Esta
quarta via fala
sobre a existência de um ser máximo na qual todos os seres presentes no mundo
participam no mesmo com Ele em diferentes graus de perfeição.
5ª via – do finalismo
(finalidade): O mundo aparenta ter sido
projetado de forma inteligente e visando determinados propósitos. Esse
ordenamento natural deve ser atribuído a Deus.
Tomás de Aquino conclui
que é racional crer em Deus. É a razão como ponto de contato importante para o
Evangelho. Com o pecado, a racionalidade foi corrompida, fazendo com que o
homem aceite exclusivamente a razão para a compreensão do mundo, sem admitir a
transcendência.
9.3 – A Moralidade Humana (Terceiro ponto de
contato)
A maioria das
pessoas tem um senso de obrigação moral ou pelo menos a consciência da
necessidade de algum tipo de acordo em torno da questão moral. Percebemos nos
argumentos do cotidiano que existe a consciência de um padrão moral. Ex.: “Esse
lugar é meu, eu cheguei primeiro”; “Você gostaria que alguém fizesse o
mesmo a você?”; “Deixe-o em paz, ele não está incomodando você”.
As discussões
existem exatamente porque há um determinado tipo de acordo sobre o que é certo
e errado. O “dilema de Eutífon[9]”,
com o seu argumento de que Deus é totalmente irrelevante para a ética, pode ser
resolvido com a doutrina cristã da criação, que nos mostra que a natureza
humana traz consigo o selo moral da divindade.
Obs.: Corresponde a 4ª via de
Tomás de Aquino – graus de perfeição
9.4 – Consciência de finitude e
de mortalidade (Quarto ponto de contato)
O homem não
consegue escapar da angústia pela certeza de que vai morrer. O desejo de ser
imortal serve como ponte para Deus e para a doutrina da redenção. A angústia
então revela a nossa situação como seres decaídos e a possibilidade de
redenção.
Obs.: Corresponde a 3ª via de
Tomás de Aquino – contigência
9.5 – Angústia existencial e
alienação (Quinto ponto de contato)
O tipo de
angústia pela ameaça de ser perder no oceano da impessoalidade, de não se
realizar ou não se destacar na existência. Essa angústia pode ser aliviada pelo
encontro com o Deus da Bíblia.
Obs.:
Corresponde a 5ª via de Tomás de
Aquino – do finalismo
9.6 – O ordenamento do mundo
(Sexto ponto de contato)
O universo possui
um equilíbrio intrincado, necessário à sua formação e existência, que lança os
fundamentos da fé cristã em Deus.
Obs.: Corresponde a 1ª via de
Tomás de Aquino – parte dos sentidos
9.7 – Profecias Bíblicas (Sétimo ponto de contato)
A Bíblia possui
985 profecias que alguns julgam se tratar de “coincidências”, das quais 573
estão no Antigo Testamento e 412 no Novo Testamento.
Dessas 985
“coincidências” mais de 500 já aconteceram, por “coincidência” exatamente como
estavam escritas, “coincidentemente” cumprindo datas, locais, contextos e
personagens.
Quando Jesus
Cristo estava pregado numa cruz por causa dos pecados da humanidade, 30
“coincidências” aconteceram num período de 6 horas – das 09:00h às 15:00h.
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10 – O Sofrimento e o Mal
(FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé – pgs. 8-10)
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e
crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas (Is 45:7).
Precisamos
reconhecer que é difícil aceitar que existe um Deus todo-poderoso e
todo-amoroso, e que permite tanta dor e sofrimento no mundo.
Se Deus é bom,
por que Ele criou o mal ou permitiu a existência do mal?
Se Deus é bom,
por que Ele permite que exista o sofrimento?
Essas são
algumas das perguntas muito freqüentes que são feitas com relação ao problema
do mal. Muitos questionam a atitude de Deus com relação a Sua criação.
Temos aqui dois
problemas:
1.
Problema
do mal intelectual – diz respeito a como dar uma explicação racional de Deus e
do mal. Neste ponto estamos na alçada do filósofo.
2.
Problema
emocional causado pelo mal – diz respeito a como confortar ou consolar aqueles
que estão sofrendo. Neste ponto estamos na alçada do conselheiro.
William Lane Craig,
em seu livro Apologética Para Questões Difíceis da Vida, apresenta quatro
doutrinas cristãs que demonstra que Deus e o mal podem existir simultaneamente,
isto é, um não anula a existência do outro.
São as seguintes:
· O propósito
principal da vida não é a felicidade, mas o conhecimento de Deus – Por causa do
alvo supremo de Deus para a humanidade ser o nosso conhecimento o mal pode ser
apenas um instrumento para conhecermos melhor a Deus.
· A raça humana
está no estado de rebelião contra Deus e seu propósito – Em vez de se
submeterem a Deus e adorá-lo, as pessoas se rebelam contra Deus e seguem seus
próprios caminhos. Assim, veem-se alienados de Deus, moralmente culpados diante
dele, andando na escuridão espiritual, buscando falsos deuses e dessa forma se
ferindo e ferindo o mundo onde vivem.
· O proposito de
Deus não está restrito a esta vida, mas se derrama além da sepultura para a
vida eterna – De acordo com o cristianismo, esta vida é apenas o vestíbulo
apertado e estreito se abrindo para o grande salão da eternidade de Deus.
· O conhecimento
de Deus é um bem incomensurável – isto significa dizer que todo o sofrimento
possível neste mundo, não é nada quando se conhece a Deus verdadeiramente. Tudo
se torna insignificante e temporário.
As quatro
doutrinas de William Lane Craig nos apresentam respostas para compreendermos e
lidarmos melhor com mal que nos aflige, entretanto não responde a pergunta: por
que o mal veio a existir?
Em primeiro
lugar precisamos entender que o mal é a ausência de Deus – Deus é amor.
Partindo desse ponto podemos compreender que ao afastar-se de Deus, o homem irá
trilhar exatamente o caminho da maldade, já que a Bíblia nos diz que “Todos se
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há
nem um só”. (Rm 3:12)
O texto de Rm
3:12 é claro ao afirmar que por desviar-se de Deus o homem passou a não fazer o
bem, ou seja, passou a fazer o mal. O mal é a ausência de Deus.
Então, por que
Deus plantou uma árvore do conhecimento do bem e do mal, no jardim do Éden?
Ora, a Bíblia
nos diz que Deus fez o homem completo e em estado de perfeição moral,
intelectual e espiritual. Nesse estado de perfeição, Adão tinha uma capacidade
mental tão elevada que foi capaz de nomear todos os seres existentes sem
repetir um só nome (G 2:19). Adão tinha o estado de perfeição espiritual porque
podia falar com Deus (G1:28,29,2:15,16,19,3:8). Adão tinha o estado de
perfeição moral porque Deus lhe conscientizou que poderia comer de todos os
frutos do jardim, exceto daquele da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Adão tinha perfeição moral porque Deus lhe deu ao faze-lo semelhante (Gn 1:26).
Com tudo isso,
entendemos que Deus deu ao Adão perfeito a capacidade de escolher entre o certo
e o errado, entre o bem e o mal. Deus deu a Adão a capacidade de escolha.
Por que, então,
Deus não evitou que Adão caísse? Por que Deus criou a possibilidade da queda de
Adão? Deus fez Adão cair?
Em primeiro
lugar, Deus não evitou que Adão caísse porque Adão tinha condições para não
cair. Deus lhe deu todas as condições necessárias. Adão foi feito perfeito.
Deus, ainda, avisou a Adão sobre o perigo e sobre as conseqüências que
sucederiam a desobediência. Portanto, Deus não foi mal, pois avisou e
conscientizou.
Em segundo
lugar, Deus não criou a possibilidade de queda de Adão. Deus deu a Adão a opção
de escolha. A capacidade de decisão. Portanto, Deus foi justo.
Penso que é
importante entendermos que Deus não pode ser acusado de nada, pois Ele é
perfeito. Devemos lembrar do caso de Jó, em que Satanás tenta acusar Deus de
favorecer Seu servo. Satanás disse:
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua
casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem
aumentado na terra
(Jó 1:10).
Em outras
palavras, o inimigo estava acusando Deus de ter favorecido a Jó sem lhe dar
opção de escolha. Com isso, Deus permite que satanás invista contra Jó. Deus
não pode ser acusado. Deus deu opção para Adão, a opção de fazer o certo e o
errado e conscientizou-lhe das conseqüências. Deus foi justo.
Em terceiro
lugar, Deus não fez Adão cair. Satanás foi quem tentou a mulher e esta, por sua
vez, tentou o homem. O homem escolheu cair, ele não foi feito para a queda. A
Bíblia nos orienta que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos, e não
para o homem (Mt 25:41). Esse não era o desejo de Deus, mas Ele permitiu que
isso acontecesse, porque deu o direito de escolha para Adão. Deus não fez
acontecer, Ele permitiu que acontecesse, o que é bastante diferente. Deus não
foi negligente nem maquiavélico, Ele foi reto ao fazer a coisa certa e bondoso
ao perdoar Adão pela sua queda, proporcionando-lhe salvação e redenção.
Então, quando
Adão caiu o mal já existia?
Sim! O mal já
existia.
Então, quem fez
o mal?
Vejamos o que a
Bíblia nos diz:
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e
crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas (Is 45:7)
Deus criou todas
as coisas? Por que Deus criou o mal?
Em primeiro
lugar, o mal é a ausência de Deus, portanto ao afastar-se de Deus o mal
dominará. Precisamos entender este texto dentro do contexto de sua época e da
compreensão de sua época. O texto não está dizendo que Deus criou um ser
maligno o mal como uma força “jedai”.
Isaías 45:7, a princípio, parece
contradizer 1 João 4:8, 16, Tiago 1:13, etc. Mas, quando entendemos o significado da palavra hebraica para “mal” empregada
no texto, o aparente problema fica resolvido. Vou lhe ajudar:
A palavra hebraica para designar mal no verso é ‘ra e significa: “mal moral” e também “males como inundações,
terremotos, tempestades de granizo”.
Nesse
contexto, ao
compararmos com Isaías 47:11, vemos o termo “mal” se refere à “desolação” e às
“calamidades” que Deus permitiria
vir sobre os babilônicos por não terem se arrependido dos pecados deles!
Leiamos Isaías 47:11:
“Pelo que sobre ti virá o mal que por encantamentos não saberás
conjurar; tal calamidade cairá
sobre ti, da qual por expiação não te poderás livrar; porque sobre ti, de
repente, virá tamanha desolação,
como não imaginavas.” (Grifo acrescentado).
Em fim, o que o texto está
dizendo é que Deus é aquele que traz juízo, isto é visto como “mal” pelos
homens.
Em segundo
lugar, ao criar os anjos Deus os dotou da capacidade de escolha. Tanto é que
1/3 dos anjos escolheram se rebelar contra Deus. Podemos dizer que Deus é criador do mal quando fez
seres com capacidade de escolha, com livre arbítrio, pois deu a eles a
liberdade de errarem, desta forma permitiu que o mal viesse a existir, embora
não tenha criado o mal.
Em terceiro
lugar permitir que o mal viesse a existir, faz parte da característica de Deus
de agir com retidão. É a soberania de Deus. Deus não desejava que ninguém o
adorasse por obrigação, e muito menos de forma mecânica. Ele deseja a adoração
voluntária. Voluntariamente satanás desejou se rebelar contra Deus, ele não foi
impelido a isso. Foi uma ação voluntária.
Em quarto lugar,
Deus já sabia que isso iria acontecer, pois Ele é onisciente.
Se Ele já sabia
que isso iria acontecer, porque não fez algo a respeito?
E quem foi que
disse que Ele não fez?
Deus, de
antemão, já deu Seu filho unigênito, Jesus, para perdoar os pecados dos homens
(1Pe 1:19-20).
Por que, então,
Deus permite a dor, o sofrimento etc.?
Essas coisas são
conseqüências da queda de Adão, pois Deus disse: “...maldita é a terra por
causa de ti” (Gn 3:17b).
Creio que se a
humanidade tivesse se arrependido a situação seria diferente, porém não foi
isso que aconteceu.
No restante,
estamos pagando por nossas próprias ações. Curiosamente, o ser humano sempre
tem o desejo de pecar mas nunca responder por suas ações. Pecamos e nos
queixamos quando sofremos as conseqüências.
Deus cria o mal
como forma de aplicar a Sua justiça pelos pecados do homem.
“Vede agora que
eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu
firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” (Dt 32:39).
“Eu repreendo e
castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te” (Ap 3:19).
É necessário
entender que para toda ação corresponde uma reação de igual força e
intensidade, como nos diz física. O fato é que essa lei é bíblica. Vejamos:
“Por isso todos os que te devoram serão devorados; e todos os teus adversários
irão, todos eles, para o cativeiro; e os que te roubam serão roubados, e a
todos os que te despojam entregarei ao saque” (Jr 30:16)
“E perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6:12)
Deus cria o mal
para servir de espada contra o pecado.
O dilúvio foi a
espada de Deus contra o homem corrompido pelo pecado (Gn 6); Sodoma e Gomorra
(Gn 19:24), 185 mil mortos pelo anjo do Senhor (2Rs 19:35), Coré, Datã e Abirão
(Nm 16:21-33)...
O homem se
queixa pela existência do mal, todavia, se esquece que o mal só entra em ação
quando este se afasta de Deus. Se o homem não se afastasse de Deus o mal não
lhe tocaria. Se queremos nos queixar de alguma coisa, deveria ser dos nossos
próprios pecados.
“De que se
queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3:39)
“Não erreis: Deus não se deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7)
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11 – Comunismo
(FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé – pgs. 13-20)
Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo,
pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora
o meu reino não é daqui (João 18:36).
Jesus Cristo
deixa seu ensino, nessa passagem, esclarecendo que o seu reino não é deste
mundo. Isto nos traz a idéia central que a idéia que precisa permear na cabeça
de um genuíno cristão é buscar transformar vidas e não a sociedade através da
adoção de ideologias políticas.
O Socialismo,
segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa é:
Doutrina que
prega a primazia dos interesses da sociedade sobre os dos indivíduos, e defende
a substituição da livre-iniciativa pela ação coordenada da coletividade na
produção de bens e na repartição da renda.
O Comunismo,
segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa é:
Sistema social,
político e econômico desenvolvido teoricamente por Karl Marx (v. marxismo),
e proposto pelos partidos comunistas como etapa posterior ao socialismo.
O comunismo é um
assunto que por natureza é antagônico aos ensinos de Cristo. Por que
antagônico?
Martin Luther
king estabelece três razões pelas quais os dois pensamentos são inconciliáveis.
Vejamos:
·
O
Comunismo se baseia numa visão materialista e humanista da história e da vida.
Segundo a teoria comunista, não é a inteligência nem o espírito que decidem do
universo, mas apenas a matéria; esta filosofia é declaradamente secularista e
ateísta. Para ela, Deus é um simples mito criado pela imaginação; a religião,
um produto do medo e da ignorância; e a Igreja, uma invenção dos governantes
para controlarem as massas. O Comunismo, tal como o Humanismo, mantém, além
disto, a grande ilusão de que o homem pode salvar-se sozinho, sem a ajuda de
qualquer poder divino, e iniciar uma nova sociedade.
· O Comunismo
assenta num relativismo ético e não aceita absolutos morais estabelecidos. O
bem ou o mal são relativos aos métodos mais eficientes para o desenvolvimento
da luta de classes. O Comunismo emprega a terrível filosofia de que os fins
justificam os meios. Apregoa pateticamente a teoria duma sociedade sem classes,
mas, infelizmente, os métodos que emprega para realizar esse nobre intento são
quase sempre ignóbeis. A mentira, a violência, o assassinato e a tortura são
considerados meios justificáveis para realizar esse objetivo milenário. Será
isto uma acusação falsa?
Escutai as
palavras de Lenine, o verdadeiro estrategista da teoria comunista: “Devemos
estar prontos à empregar o ardil, a fraude, a ilegalidade e a verdade encoberta
ou incompleta”.
A História
moderna tem passado por muitas noites de agonia e por muitos dias de terror por
causa desta opinião ter sido tomada a sério por muitos dos seus discípulos.
·
O
Comunismo atribui o máximo valor ao Estado; o homem é feito para o Estado, em
vez do Estado para o homem. Poderão objetar que o Estado, na teoria comunista é
uma “realidade intermediária” que “desaparece” quando emergir a sociedade sem
classes. Em teoria, isto é verdade; mas também é verdade que, enquanto o Estado
se mantém, é ele a finalidade. O homem é o meio para esse fim e não possui
quaisquer direitos inalienáveis; os únicos que possui derivam ou são-lhe
conferidos pelo Estado. A nascente das liberdades secou sob um tal regime.
Restringe-se no homem a liberdade da imprensa e da associação, a liberdade de
voto e a liberdade de ouvir ou de ler. Arte, religião, educação, música ou
ciência, tudo depende do Estado, e o homem é apenas o servo dedicado do Estado
onipotente.
Por essas razões
podemos afirmar a incompatibilidade entre o cristianismo e o comunismo.
Como cristãos
precisamos entender que não existem sistemas políticos ou sociais que sejam
perfeitos. Quaisquer métodos de governo que o ser humano - por natureza falho e
caído – criar, possuirão falhas, porém, se alguém se denomina cristão terá que
concordar com os ensinos bíblicos, que declaram de forma clara que o único meio
de governo sem erros é a Teocracia, e esta será estabelecida segundo o texto de
Isaías 65 ou em Apocalipse 19:15.
R. J. Rummel
define o marxismo da seguinte maneira:
De todas as
religiões, seculares ou não, o marxismo é de longe a mais sangrenta — mais
sangrenta do que a Inquisição Católica, as várias cruzadas católicas e a Guerra
dos Trinta Anos entre católicos e protestantes. Na prática, o marxismo
significa terrorismo sanguinário, expurgos mortais, campos letais de
prisioneiros e trabalhos forçados assassinos, deportações fatais, fomes
provocadas por homens, execuções extrajudiciais e julgamentos “teatrais”,
descarado genocídio e assassinatos em massa.
Em se tratando
de comunismo, basta observar o resultado prático social de países que o
adotaram na tentativa de resolver seus problemas. Podemos afirmar com a mais
absoluta certeza que o resultado foi catastrófico.
Luís Dufaur
escreveu acerca do Livro Negro do Comunismo, dizendo o seguinte:
O Livro Negro
do Comunismo, há pouco editado no Brasil, pôs em foco a magnitude dos
crimes gerados por esses erros. Desde que foi publicado na França, em 1997, ele
suscita apaixonadas polêmicas. Numerosos simpatizantes do comunismo saíram da
moita em defesa do partido. No Parlamento francês, o Primeiro-ministro
socialista Lionel Jospin correu em socorro de seus aliados do Partido
Comunista, denunciados por deputados da direita com base no referido Livro
Negro. Apareceu até um volume criticando essa obra, ironicamente intitulado
Livro Negro do Capitalismo, aliás tão pífio que a revista “Veja” o
qualificou de “obra idiota e estapafúrdia”. O Livro Negro do
Comunismo foi escrito por esquerdistas. O coordenador da equipe é Stéphane
Courtois, diretor da revista Communisme e diretor de investigações do
prestigioso Centre National de la Recherche Scientifique de Paris. Ele
vem do maoísmo e se define como anarquista. Os títulos e obras dos demais
colaboradores ocupam algumas páginas. Por sua vez, a Rússia abriu-lhes arquivos
até então zelosamente fechados.
Ou
seja, os dados apresentados nesse livro foram apresentados por um comunista e
têm como fonte os documentos oficiais de países reconhecidamente comunistas,
como Rússia.
Alguns
desses dados oficiais e reconhecidamente atestados apresentam os seguintes
números de mortes causadas por perseguições geradas pelo comunismo: 20 milhões
de mortos na antiga URSS, 65 milhões de mortos na China, 1 milhão de mortos no
Vietnã, 2 milhões de mortos na Coréia do Norte, 2 milhões de mortos no
Cambodja, 1 milhão de mortos no Leste-Europeu, 250 mil de mortos na América
Latina, 1,7 milhão de mortos na África e 1,5 milhão de mortos no Afeganistão.
No
total podemos catalogar algo entre 100 e 110 milhões de mortos, vítimas de
perseguição comunista. Podemos denominar de um verdadeiro genocídio, pior até
que aquele realizado pelo nazismo durante a segunda guerra mundial, que foi de
25 milhões de mortos.
A
perseguição, tortura e morte realizada pelo comunismo se aplica a toda e
qualquer pessoa que se oponha a seus ditames.
É
bem sabido que muitos realizaram perseguições, torturas e mortes em nome do
cristianismo, também. Todavia, precisamos entender que essas práticas nunca,
jamais, representaram o ensino de Jesus Cristo. Essas práticas realizadas em
nome do cristianismo são feitas por pessoas e grupos que não representam a
Bíblia em sua essência. O próprio Jesus recusou se apresentar como um
anarquista, agitador político, libertador social e muito menos como um
perseguidor, torturador ou assassino. Antes, ele foi assassinado, e antes
disso, foi perseguido porque recusou-se engajar-se me movimentos políticos e
apresentar-se como libertador social. Jesus apresentou-se como o libertador de
almas, o salvador de vidas!
A
denominada “Santa Inquisição”, que não teve absolutamente nada de santa, foi
fruto de uma perseguição católica travada contra qualquer um que discordasse de
seus preceitos, inclusive crentes que desafiaram o poder do catolicismo ao
insistirem em ler a Bíblia e se contrapor aos dogmas antibíblicos do
catolicismo.
No
site http://solascriptura-tt.org podemos encontrar uma lista de locais e datas
que nos revelam alguns números da Inquisição.
No
livro “Congregacional de Relatórios” encontramos o Juramento dos Jesuítas, que
na página 3262 nos diz o seguinte:
“Prometo ensinar
a guerra lenta e secreta contra os protestantes e maçons... queimar vivo esses
hereges, usar o veneno, o punhal ou a corda de estrangulamento...farei arrancar
o estômago e o ventre de suas mulheres e esmagarei a cabeça de seus filhos
contra a parede, a fim de aniquilar a raça!...Se eu for perjuro, as milícias do
papa poderão cortar meus braços e minhas pernas, degolar-me, cortando minha
garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e queimá-la com enxofre, etc.!
– Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no meu próprio sangue."
A história
registrou que só na Idade Média, anos 500 a 1700, os papas e a Igreja católica
romana assassinaram cerca de 50 milhões de cristãos não católicos. Uma média de
40 mil por ano! (Rastro de Sangue, Carról, pág. 26).
Diante dessas
informações afirmamos categoricamente que isto nunca, jamais, representou a
instrução da Bíblia Sagrada e muito menos os ensinos de Jesus Cristo!
Entretanto, com o comunismo é totalmente diferente, porque os assassinatos e
mortes causadas pelo dito sistema realizou tais crimes por ordem e instrução de
seus fundadores. Vejamos o que Lenine, estrategista da Teoria Comunista, tem a
nos dizer:
“Devemos estar
prontos à empregar o ardil, a fraude, a ilegalidade e a verdade encoberta ou
incompleta”
De acordo com a
agência católica Zenit, em 02/09/1999, o comunismo matou de fome cerca de 3,5
milhões de pessoas na Coréia do Norte.
O Jornal do
Brasil, em 30/10/99, noticiou que na China, 65 milhões de pessoas foram mortas
e na Rússia 20 milhões. Que o Comunismo é responsável pela morte de
aproximadamente 100 milhões de pessoas, e que a Comissão sobre Repressão do
governo russo concluiu que os bolchevistas mataram pelo menos 43 milhões de
pessoas entre 1917 e 1953.
Para o “práxis”
marxista, “os fins justificam os meios”; pode-se lançar mão da violência, da
corrupção, do roubo, da falsidade e da morte para se implantar o comunismo;
tudo é válido... é por isso que o comunismo matou cerca de 100 milhões de
pessoas no século XX, e foi o maior fracasso do mesmo século.
Além de tudo
isso, algumas informações adicionais do site da Frente Universitária Lepanto
podem ser apresentadas, com base no Livro Negro do Comunismo. Vejamos:
Na
Rússia – como em geral nos países que caem nas garras do comunismo -- tudo
começou pela Reforma Agrária. Em 29 de abril de 1918, Lenine decretou “uma
batalha cruel e sem perdão contra esses pequenos proprietários de terra”.
Os bolchevistas passaram a desarmá-los e a lhes confiscar o grão. Quem resistia
era torturado ou espancado até a morte. Roubavam-lhes até a roupa interior de
inverno e os sapatos, ateavam fogo nas saias das mulheres para que dissessem
onde estavam sementes, ouro, armas e objetos escondidos. As violações
praticadas então pelos comunistas foram sem conta.
Tendo
confiscado o alimento, o governo reduziu o povo pela fome. Só comia quem
possuísse o cartão de racionamento distribuído pelo partido... Havia
seis categorias de estômagos excomungados. Os burgueses, os contra-revolucionários,
os proprietários rurais, os comerciantes, os ex-militares,
os ex-policiais foram condenados ao desaparecimento.
A
fome prostrou a população. Em 1922 não havia mais revoltas, apenas multidões
apáticas implorando uma migalha e morrendo como moscas. Foi o início da
primeira grande fome que ceifou 5 milhões de vidas.
Surgiu
o canibalismo. Os comunistas deitaram a mão nos bens da igreja cismática (dita ortodoxa),
majoritária na Rússia. O confisco ocorreu com profanações e carnavais
anti-religiosos. Após sucessivas ondas aniquiladoras, pouquíssimos templos
permaneceram abertos. Os “Popes” (chefes da igreja cismática) transformados em
agentes do Partido.
Stalin
completou a estatização do campo decretando o extermínio imediato de 60 mil
chacareiros e o exílio da grande maioria para campos de concentração da
Sibéria... Em poucos dias, a meta de 60 mil assassinatos foi superada. Em menos
de dois anos foram deportados 1.800.000 proprietários e familiares.
Crianças
famintas lotavam as ruas. As que ainda não haviam inchado foram
conduzidas a um galpão, onde agonizaram aproximadamente 8 mil crianças. As
outras foram despejadas num local longínquo para morrerem sem serem vistas.
Esta fase final da Reforma Agrária provocou 6 milhões de mortes.
A
mortandade causada pelo Grande Expurgo atingiu mais de 6 milhões de
pessoas...
Durante
a II Guerra Mundial, o comunismo russo dizimou as minorias étnicas. Mais de 80%
dos 2 milhões de descendentes de alemães que moravam na URSS foram expurgados
como espiões e colaboradores do inimigo. Várias outras etnias
foram supressas.
A
China de Mao-Tsé-Tung seguiu as pegadas da Rússia com aspectos surpreendentes.
Assim que se apossava de uma região, o comunismo chinês empreendia a Reforma
Agrária. Mas antes de eliminar os proprietários, desmoralizava-os o quanto
podia. Eles eram por exemplo submetidos ao “comício da acidez”: os
parentes e empregados deviam acusá-los das piores infâmias até que “entregassem
os pontos”, sendo então executados pelos presentes. Um proprietário teve
que puxar um arado sob as chibatadas de colonos, até perecer. Chegou-se a
obrigar membros da família de um fazendeiro a comer pedaços da carne dele, na
sua presença, ainda vivo! A Reforma Agrária chinesa extinguiu de 2 a 5 milhões
de vidas, sem contar aqueles que nunca voltaram entre os 4 a 6 milhões enviados
aos campos de concentração.
O marxismo tem
servido de base para o pensamento ateísta, todavia, seria muito bom que todo
comunista, bem como todo ateu lembrasse de uma frase pouco conhecida de Karl
Marx:
"Perdi o
céu, e o sei com certeza. Minha alma, outrora bela a Deus, Está agora destinada
ao inferno." (Marx. Karl)
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12 – Mudança de Sexo: Uma Análise Científica
e Teológica
(FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé – pgs. 21-22)
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração
insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos ... Por isso
também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para
desonrarem seus corpos entre si ... E, como eles não se importaram de ter
conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para
fazerem coisas que não convêm (Romanos 1:21,22,24,28).
Encontramos no
sistema público de saúde brasileiro um verdadeiro caos e descaso absurdo com a
população brasileira. Em uma pesquisa publicada pelo IBGE, constatou-se que
seis cidades brasileiras não possuem nem um posto de saúde, sequer. Nenhum
estabelecimento de saúde! Menos de 30% dos aparelhos de raio x está na rede
pública, cerca de, apenas, 4,5% das instituições que não fazem internações
possuem esses aparelhos. Enquanto deveria haver cerca de 3 leitos para cada
1000 habitantes no Brasil, existem apenas 2,4. Um portador de AIDS tem
dificuldades até para fazer um exame de sangue.
Todavia, na
quinta-feira, dia 5 de junho de 2008, o então ministro da saúde, José Gomes
Temporão, anunciou que o sistema público de saúde no Brasil irá realizar,
gratuitamente, as chamadas cirurgias para mudança de sexo:
“MUDANÇA
DE SEXO: O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, decidiu dar mais atenção à
população GLBT (Gays, lésbicas, bissexuais e trânsgeneros). Ele definiu que,
ainda, neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a fazer gratuitamente
cirurgias para mudança de sexo. Outra novidade: os médicos terão de tratar os
pacientes pelo nome que eles preferirem, independentemente do que constar na carteira
de identidade. Com isso, homens poderão ser chamados por nomes femininos, e
vive-versa” (Revista Veja. 05 mar 08, edição 2050).
A finalidade da
Igreja de Jesus Cristo não é realizar mudanças sociais. Para isso Deus
instituiu as autoridades seculares. Porém, não acredito que a Igreja deva se
calar diante de tal aprovação de pecado em nosso meio, já que o texto de 1
timóteo 3:15 nos diz que a igreja é a coluna e firmeza da verdade.
Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na
casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.
Não podemos
compactuar com tal grau de insensatez e pecado. O texto de Romanos é claro ao
afirmar que tal atitude é fruto de se dar as costas para Deus, e por isso tais
homens se tornaram indesculpáveis.
A rebeldia
humana é tão grande que chega ao ponto de apresentar o pecado de maneira tal,
que aqueles que lhe dão crédito passam a defendê-lo como se fosse o caminho
correto para uma sociedade desenvolvida e moderna, contudo, não passa de vã
filosofia, fruto de mentes vazias e alienadas de Deus. Até as nomenclaturas
utilizadas são erradas.
Não há como
mudar de sexo!
Os homens e as
mulheres são diferentes em sua anatomia, em sua sexualidade, na sua área
psicológica, no seu campo emocional e na sua estrutura bioquímica.
Pode-se até
mudar a genitália, mas não se muda o sexo, a sexualidade!
Charles Colson
afirmou, acertadamente, que todas as vezes que a ciência é utilizada para
finalidades bizarras e antiéticas como essa, está prestando um desserviço à
sociedade e, acima de tudo, à vida.
Homens e
mulheres são seres distintos e diferentes. Mesmo que se realize uma cirurgia de
“mudança de sexo”, vaginoplastia, ainda assim, o sujeito continuará com o DNA
masculino. Mesmo que faça a “Cirurgia de Redesignação Sexual” (SRS) de Homem
para Mulher (MtF), continuará com a programação genética masculina. Ele está
tentando lutar contra aquilo que o seu criador, Deus, estabeleceu.
Tal indivíduo
jamais terá tpm (tensão pré-menstrual)! Jamais terá picos hormonais que influenciam
o temperamento! Jamais irá menstruar! Jamais irá sofrer com cólicas menstruais.
Jamais irá ovular! Jamais irá engravidar! Jamais irá amamentar! Jamais saberá o
que é ser mãe!
O indivíduo
continuará com a sua psicologia masculina.
Podemos observar
as diferenças psicológicas entre homens e mulheres:
·
Os
homens são mais rápidos no raciocínio matemático e espacial, já as mulheres são
melhores com as palavras.
·
Os
homens são mais frios, já as mulheres são mais emotivas.
·
Os
homens são mais objetivos, já as mulheres preferem o mais complexo.
·
Os
homens não gostam de se prender a um relacionamento, já as mulheres buscam uma
relação duradoura.
·
Os
homens procuram não se ligar sentimentalmente, já as mulheres procuram
estabelecer laços sentimentais.
·
Os
homens buscam passar mais tempo com os amigos, já as mulheres buscam passar
mais tempo com o companheiro.
·
Os
homens não demonstram afetividade em público, já as mulheres procuram mostrar o
que sentem.
Se isso não for
suficiente, podemos observar as diferenças biológicas:
Homens e
mulheres possuem hormônios sexuais específicos, e genes responsáveis
especificamente por diferenças de comportamento, afirma uma nova pesquisa
realizada na universidade Yale, nos EUA, pela Dra. Jennifer Quinn.
Segundo o
Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina do Porto:
· No lobo temporal
masculino existem algumas áreas do cortex que são maiores nos homens do que nas
mulheres, possuindo mais neurônios.
· Existem
diferenças acentuadas nas características neuroquímicas dos dois sexos.
· O cérebro do
homem é mais assimétrico (dando-lhes maior aptidão musical), e as mulheres têm
os hemisférios mais ligados (dando-lhes a capacidade de realizar tarefas
diferentes simultaneamente).
· O cérebro
masculino é mais pesado que o feminino.
· O corpo do homem
é mais pesado.
Faça-se o que
fizer, diga-se o que quiser, argumente-se o que desejar. A verdade nunca
mudará! Deus sempre condenou tal prática. E mais, a condenação não veio a penas
para aqueles que praticam tal ato, mas também para aqueles não praticam mas apoiam.
Os quais, conhecendo a justiça de Deus, não somente
as fazem, mas também consentem aos que as fazem (Romanos 1:32).
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13 – Aborto
(FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé – pgs.23-25)
Aborto é a interrupção da gravidez com a morte do
feto ou da criança.
Em meio aos vários argumentos favoráveis e
contrários ao aborto, há duas questões centrais que vão determinar todos eles:
·
Os seres humanos possuem valor moral
intrínseco?
·
O feto em desenvolvimento é um ser
humano?
Com relação à primeira pergunta precisamos
esclarecer que alguma coisa tem valor intrínseco se ela é um fim em si mesmo,
em vez de ser um meio para algum fim. Por exemplo, o dinheiro não tem valor
intrínseco em si mesmo ou de si mesmo. Ao contrário, ele tem valor extrínseco à
medida que ele é um meio útil de comércio para os seres humanos. Desse modo,
torna-se valioso para nós em virtude dos fins que ele nos ajuda a alcançar.
As pessoas não são valiosas meramente como meio para
algum fim; antes, as pessoas são fins em si mesmas.
Á segunda pergunta que devemos fazer: É o feto em
desenvolvimento um ser humano? O início
da vida quando se dá?
Uma
das maiores discussões da atualidade diz respeito ao início da vida. Essa
discussão é fruto da tentativa de se defender a prática do aborto.
O
aborto é a morte espontânea ou provocada da criança no ventre materno, antes do
seu nascimento.
Há
abortos espontâneos, isto é, que acontecem por motivos naturais, independentes
da vontade humana. Na maioria dos casos são originados por doenças da mãe ou
deficiências do próprio bebê. Há. Ainda, os abortos provocados, que são aqueles
intencionalmente produzidos.
Segundo
William Lane Craig:
“O óvulo humano fertilizado é praticamente uma explosão de vida.
Dezoito dias após a concepção, o coração começa a se formar, e três dias depois
já começa a bater. Nessa fase da gravidez, a maioria das mulheres ainda nem
sabe que está gravida. E a grande maioria dos abortos acontece neste estágio.
Isso significa que virtualmente todo aborto interrompe o batimento de um
coração – de um coração humano”[10].
Ao
falarmos de aborto gostaria de deixar claro que este assunto não é uma questão
religiosa. A primeira questão que levantamos é filosófica: os seres humanos
possuem um valor moral intrínseco? A segunda questão é científica e médica: o
feto em desenvolvimento é um ser humano?
Entretanto
a grande maioria dos oponentes ao aborto parecem ser cristãos, isso se deve por
razões bíblicas.
Primeiramente
porque para o cristão o ser humano foi feito à imagem de Deus – portanto tem um
valor intrínseco, isto responde a primeira pergunta. O segundo grande
mandamento é que nós deveríamos amar o nosso próximo, e este é um mandamento
universal que se estende a todo ser humano.
De
acordo com a Bíblia, o aborto é classificado como assassinato.
No
Antigo Testamento, encontramos a expressão: Não
matarás (Êx 20:13). Na verdade esse termo tem origem no hebraico e sua
tradução fiel e literal é: Não
assassinarás.
A
proibição bíblica do assassinato baseia-se especificamente no fato de que o
homem é criado à imagem de Deus (Gn 9.6).
No
Novo Testamento, encontramos a seguinte orientação: Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar
será réu de juízo (Mt 5:21).
Na
lei brasileira encontramos os seguintes amparos à proteção da vida no útero
materno:
Artigo 5º da Constituição Brasileira: (“cláusulas
pétreas”)
“Todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida...”
Código Civil Brasileiro (artigo 2º):
“A
personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
Código Penal Brasileiro:
Pena de 01 (um) a 10
(dez) anos de prisão para quem atentar contra a vida do EMBRIÃO.
Acordos
internacionais sobre Direitos Humanos:
Pacto
de São José da Costa Rica, artigo 4º:
“Toda
pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser
protegido pela lei, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser
privado da vida arbitrariamente”
O
Pacto de São José da Costa Rica entrou para o Ordenamento Jurídico Brasileiro
através do Decreto 678/1992.
A
discussão sobre o assunto se prolonga no campo da ciência, e muitos têm exposto
as suas opiniões sobre o momento exato em que se pode se considerar o ser como
um ser vivo. Portanto, precisamos escutar alguns especialistas no assuntos. Na
verdade, como o assunto se trata da mais fundamental importância é melhor
escutarmos os melhores especialistas no assunto. Seja na medicina, como no
direito, e por último a Bíblia, a Sagrada Palavra de Deus.
Karl Ernest Von Baer (pai da embriologia moderna):
“a
vida humana começa na concepção”,
isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, fato
que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual.
Ives Gandra Martins (um dos maiores juristas
brasileiros):
“o
aborto é homicídio de seres humanos concebidos”
Cláudio Fonteles (Subprocurador-geral da República),
baseado em Lílian Eça (especialista em biologia molecular):
“Está demonstrado
claramente que na fecundação já existe a vida humana. Porque ele [o embrião]
se autodinamiza, ele se autoprograma, ele se movimenta. O útero materno é
só o ninho, é só para onde ele vai. E também foi demonstrado que desde o
momento da fecundação há um diálogo entre o feto e a mãe, traduzido em troca
de proteínas”,
Dra Elizabeth Kipman Cerqueira (médica ginecologista; especialista em
Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação; integrante da Comissão de Ética e
Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco):
“Os tratados de
Medicina continuam afirmando que o início da vida humana acontece no momento da
união do óvulo e do espermatozóide”
Peter Singer (filósofo e professor, defensor do “direito ao aborto”):
“Eu não tenho
dúvida de que a vida começa na concepção”. (ALIÁS Estado de S.P, 23/01/2005 J3)
Lenize
Aparecida Martins professora-adjunta do Departamento de Biologia Celular da
Universidade de Brasília
“No primeiro
momento, na fecundação, já estão definidas as características únicas de um
indivíduo.Todas as suas características genéticas estão reunidas, portanto, o
embrião já é um indivíduo, sem cópia igual”
Robert Spalmann (professor emérito de filosofia da Universidade de
Maunchen):
"a primeira
célula que surge da fecundação é viva, já é vida. É a fecundação que permite
que o desenvolvimento do indivíduo seja disparado"
Curiosamente,
muitos têm lutado para defender as tartarugas marinhas através do projeto
TAMAR, porém outros tantos têm lutado na defesa do aborto. Me perece que a
inversão de valores tem levado o homem a valorizar mais a vida animal do que a
sua própria.
Com respeito à segunda
pergunta a Bíblia em diversas passagens nos ensina que aquele que está no seio
materno já é uma vida, porque Deus assim concedeu, possui espírito, muitas
vezes é escolhido pelo próprio Deus e possui sensações.
Antes que te formasses no ventre te conheci, e antes
que saísses da madre te santifiquei (Jer.1:5)
Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha mãe” [ora, para ser em iniqüidade, tinha que ter espírito] (Salmo 51:5)
O Senhor me chamou desde o ventre, desde as
entranhas de minha mãe fez menção do meu nome;... O Senhor me formou desde o
ventre para seu servo... (Isaías 49:1,5)
Pois Tu formaste os meus rins; entreteceste-me no
ventre de minha mãe. Os Teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no
Teu livro foram escritos todos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados
para mim, quando ainda não havia nem um deles (Sl 139:13)
E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada
às montanhas, a uma cidade de Judá, E entrou em casa de Zacarias, e saudou a
Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha
saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com
grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu
ventre
(Lucas 1:39-42)
Quando
nós cristãos tentamos influenciar a política pública sobre essa questão, nós
deveríamos ser sábios em não basear o nosso argumento em bases bíblicas – que
em nossa cultura não tem nenhuma força para os não cristãos que rejeitam a
Bíblia -, mas em bases humanitárias gerais que apelam a todas as pessoas.
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14 – Extras Terrestres, Existem?
(FERNANDES,
Robson T. Apologética: arte de defender a fé – pgs. 31-35)
A ideia da existência de vida fora do planeta Terra
tem sido cada vez mais abraçada pelo ser humano, basta observar os grandes
números de filmes atuais que abordam esta temática. Mas será
que existe vida em outro planeta?
Esse
questionamento já deve ter passado na mente da maioria das pessoas, pois o
universo é muito vasto, e muitos argumentam sobre a suposta exclusividade da
Terra, ao ser o único planeta a possuir vida.
Para
discorrermos sobre essa questão precisamos de algumas informações acerca do
universo. A Física nos ensina muitas coisas, porém a Bíblia também nos fala
muito acerca do assunto.
O
universo visível é apenas uma fração do universo real e verdadeiro. Chamamos de
universo visível a porção do universo que é visualizada com a tecnologia que
dispomos.
As
Galáxias são enormes aglomerações de estrelas, que podem ser enumeradas desde
vários milhões a vários trilhões.
Os
Superaglomerados são aglomerados de aglomerados de galáxias.
Com
essas informações, podemos saber, até o momento, que existem aproximadamente
270.000 superaglomerados, 500 milhões de grupos de galáxias, 10 bilhões de
galáxias consideradas grandes, 100 bilhões de galáxias consideradas como anãs e
2.000 bilhões de bilhões de estrelas. Agora, é preciso salientar que esses
números dizem respeito a apenas ao universo visível, e este é apenas uma fração
do universo real e verdadeiro.
Na
nossa galáxia existem 8 planetas, já que Plutão foi reduzido em sua
nomenclatura à planetóide.
Em
uma galáxia como a nossa existem aproximadamente 200 bilhões de estrelas, e o
número aproximado de planetas no universo visível é de aproximadamente
10.000.000.000.000.000.
Podemos
entender, então, que estamos lidando com números exorbitantes.
Aliada a essas
informações surgem, os filmes de Steven Spielberg, George Lucas e outros, que
mostram de forma muito bem elaborada com os superefeitos hollywoodianos a
existência de vida extraterrena. Filmes como: Perdidos no Espaço, Jornada nas
Estrelas, Guerra nas Estrelas, E.T. o Extraterrestre, Independence Day, Guerra
dos Mundos, Invasores, Arquivo X, Intruders, MIB, etc.
Esses filmes têm
produzido uma verdadeira febre extraterrestre e uma enorme divulgação da
mensagem de existência de vida alienígena no mundo inteiro, como se essa fossa
a verdade.
Ainda, somadas
aos fatores citados anteriormente temos o surgimento de supostos especialistas
que têm aparecido em meio a sociedade fazendo especulações e afirmações nas
quais não conseguem apresentar provas convincentes, mas apenas “relatos” de que
algo estranho aconteceu. Esses são os relatos de avistamentos, abduções,
contatos etc.
É importante
sabermos que algo diferente vem acontecendo há bastante tempo. Algo que a
grande maioria das pessoas não consegue explicar, e por isso se refugiam na
afirmação da existência de vida alienígena. Essas ocorrências são realmente
diferente, mas não desconhecidas.
Todavia, diante
de todas as informações citadas anteriormente, em nenhum período da história da
humanidade houve contatos com extraterrestres verdadeiros.
A Academia
Francesa de Ciências, desde 1900, oferece o prêmio de 100.000 Francos para quem
provar a existência de vida fora da Terra. São 105 anos, e até agora nada!
O Programa SETI
(Search for Extraterrestrial Intelligence – Busca de Inteligência
Extraterrestre), o maior programa já criado na história da humanidade, já teve
milhões gastos em vão na tentativa de localizar vida fora da Terra.
Nesse debate é
preciso entender que uma grande quantidade de galáxias e um número
extraordinário de planetas não é suficiente para se defender a existência de
vida exraterrena. Outras condições importantíssimas são necessárias. É preciso
que o suposto planeta possua:
· Distância certa
do sol (aquecimento ideal, fotossíntese, evaporação
de água);
·
Água
potável suficiente;
·
Vegetação
suficiente (reciclagem do ar);
·
Vida
animal...
Dos planetas
conhecidos, apenas um poderia ter as condições de possível vida, contudo, está
20 vezes mais próximo de seu sol do que a Terra.
A lua de Júpiter
– Europa – possui gelo, e não há vida.
Nenhum planeta
conhecido possui vegetação.
Nenhum planeta
conhecido possui vida animal
Outros grandes
problemas surgiriam nessa idéia de vida extraterrena e o contato com a Terra.
A Estrela mais
próxima (Próxima Centauri) está a 40,7 trilhões de quilômetros. Seriam
necessários 4,3 anos para chegar lá se pudéssemos viajar na velocidade da luz.
Porém, não viajamos na velocidade da luz! Se fossemos para Próxima Centauri na
mesma velocidade que o homem gastou para ir à Lua, seriam necessários 870.000
anos para chegar lá. Se viajássemos numa velocidade de apenas 10% da velocidade
da luz, precisaríamos de 43 anos, apenas para chegar em Próxima Centauri.
Daí podemos
começar a entender a dificuldade mínima de se viajar no espaço.
É preciso
compreender, ainda, que existem partículas no espaço, e estas impossibilitam as
viagens nessas supostas grandes velocidades vistas nos filmes de cinema.
Existem, aproximadamente, 100.000 átomos de hidrogênio por m3, 100.000
partículas de silicato por Km3, de 0.1g etc. Viajando em grandes velocidades a
nave seria totalmente destruída por essas partículas, que funcionariam como
verdadeiros projeteis, isto é, balas.
Agora, algo
importante para se pensar: Se os supostos ET’s tem uma tecnologia tão avançada
para viajar no espaço, por que é que constantemente encontramos certos
“relatos” de naves alienígenas explodindo na Terra? Se têm tal tecnologia não
deveriam explodir com tanta facilidade, como vemos nos relatos apresentados
pelos grupos ufológicos!
O material
alienígena, que sempre é apresentado pelos ufólogos, são os mesmo já conhecidos
aqui na Terra, como: prata, ferro, alumínio e magnésio. Nenhum material
desconhecido tem sido apresentado. Portanto, sabemos que esse material não
oferece a proteção necessária pra essas supostas viagens intergalácticas.
Algumas
informações, ainda, são necessárias, para entendermos o assunto.
A Revista Alemã
Focus afirmou que "90% das notícias de OVNIs são consideradas disparates,
mas um resto de dez por cento é suficiente para o surgimento de muitas
especulações."
Gerald Eberlein
(sociólogo) disse que "Pesquisas revelaram que pessoas que não têm
vínculos com igrejas mas afirmam ser religiosas, reagem de maneira
especialmente forte à possível vida de extraterrestres. Para elas, a ufologia é
uma espécie de religião substituta."
O Dr. Werner
Gitt (diretor do "Instituto Nacional de Tecnologia Física" na
Alemanha) afirmou que “no início de agosto de 1996, pesquisadores da NASA
anunciaram ter descoberto formas rudimentares de vida em um meteorito que
supostamente procedia de Marte. Estas ligas orgânicas também poderiam ser
bolinhas de lama petrificada, ressaltam. Uma prova de "vida", na
verdade, não existia! Mas de qualquer forma a pedra de quase dois quilos,
achada na Antártida, reaqueceu a febre marciana mundial: nos próximos anos,
americanos, europeus, japoneses e russos planejam cerca de 20 projetos e pretendem
enviar sondas até o planeta vizinho Marte, distante 78 milhões de quilômetros.
Ray Stilli
(cineasta britânico) publicou um filme que mostraria a suposta autopsia de um
extraterrestre. O filme teria sido rodado, hipoteticamente, em 1947. O programa
Fantástico exibiu partes do filme, que hoje já se sabe, é uma fraude. Todavia,
o filme foi exibido no Congresso Mundial de OVNIS, em Düsseldorf (Alemanha).
Eu (FERNANDES,
Robson T),
particularmente, não acredito em coincidências. Ao pesquisar sobre o assunto
podemos mostrar, facilmente, 37 características atribuídas aos ET’s que os
tornam idênticos aos demônios, citados na Sagrada Escritura. Vejamos:
1. São:
· Mentirosos (2Cor
11:14-15; Ap 20:8)
· Enganadores (Gn
3:1-13)
· Hostis (Jz 9:23)
· Maus (Jo 8:44;
Ap 12:12)
2. Negam:
· Verdades da
Bíblia (Gl 1:8; 1 Tm 4:1-5)
· Trindade (Mt
3:16-17; 1 Jo 5:7)
· Deidade de
Cristo (1 Jo 4:1-3)
· Existência do
Deus da Bíblia (Ex 7:10,11,21,22; 8:7)
· Autoridade e
inerrância da Bíblia (Gl 1:8-9)
· Sacrifício
vicário de Cristo (1 Jo 4: 2-3)
· Jesus Cristo
como o único caminho para Deus (1 Jo 14: 6)
· Julgamento de
Deus (At 13:10)
· Existência do
céu e do inferno (Lc 16:19-31, 12:5; Ap 1:18 )
3. Promovem:
· Curas ou
cirurgias sobrenaturais (Mt 24:24; Ap 13:3)
· Reencarnação e
metafísica (Hb 9:27)
· Regressão
hipnótica (2Co 4:4; Lc 8:30; 11:24-26)
· Filosofia
evolucionária (Rm 1:25)
· Psicografia (Mt
8:28; Jo 13:27; Lc 22:21)
· Predições do
futuro (At 16:16; Mt 4:8)
· Estados de
transe e perda da consciência (Lc 8:30, 9:39, 11:24-26)
· Sensação de formigamento
ou de "luzes", antes de contato (2 Co 11:14)
· Ensino da
Percepção extra-sensorial (PES) (1Rs 13:18; At 23:98)
· Suposta
comunicação com os mortos (Dt 18:10,11)
· Telecinesia
(movimento de objetos à distância) (Ap 18:23)
· Projeção Astral
(Lc 2:9, 14,15)
· Abduções (Gn
6:1-4)
4. Possuem:
· Poderes
sobrenaturais ou mediúnicos (Ap 9:1-11; Mt 12:22)
· Cheiro pútrido
ou como de enxofre queimando (Ap 9:17)
· Habilidade
sobrenatural de compor música (Ap 18:22)
· Raio luminoso
emanando do espírito (2 Co 11:14)
· Gama de
criaturas estranhas, monstros, duendes, anões, fantasmas ... (Mt 8:30-32; )
· Fogos
misteriosos (Ap 13:13; Jó 1:16-18)
· Grande
velocidade (Jó 4:15)
5. Causam:
· Grande
quantidade de insanidade (Lc 8:26-35)
· Mortes (Ap 9:14)
· Males físicos
(Lc 13:11-17; Jó 2:7; Mt 9:32-3)
· Estranho ruído
antes das teleportações (Jó 1:7; Ap 8:6-8)
Portanto,
podemos deduzir, diante de tantas evidências claras que estamos tratando de
demônios, que procuram enganar a sociedade com suas mentiras que visam desviar
o ser humano do foco bíblico.
Então, o que nos
diz a Bíblia? Ela nos diz o seguinte:
Disse: O filho do diabo, cheio de todo o engano e de
toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos
caminhos do Senhor? (At
13:10).
Amados, não creiais a todo o espírito, mas PROVAI SE
OS ESPÍRITOS SÃO DE DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo (1Jo
4:1).
Mas o Espírito expressamente diz que NOS ÚLTIMOS
TEMPOS APOSTATARÃO ALGUNS DA FÉ, DANDO OUVIDOS A ESPÍRITOS ENGANADORES, E A
DOUTRINAS DE DEMÓNIOS
(1Tm 4:1).
Porque A REBELIÃO É COMO O PECADO DE FEITIÇARIA, e o
porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do
SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei (1Sm 15:23).
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com
a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. E não é maravilha,
porque O PRÓPRIO SATANÁS SE TRANSFIGURA EM ANJO DE LUZ (2Co 11:3,14).
Qual é a
finalidade das estrelas e planetas?
Leia o Salmo 19
e verá a finalidade das galáxias, planetas e tudo mais que foi criado!
Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos
céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais,
para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus,
para alumiar a terra. E assim se fez (Gn 1:14-15).
Deus poderia ter
criado vida inteligente em outros planetas. Ele é poderoso par isso e para
muito mais, mas, Ele não o fez!
A Bíblia nos
declara de forma maravilhosa e impressionante que apenas na Terra é que Deus
colocou vida, e vida inteligente.
· Foi para a Terra
que Deus voltou Seus olhos e não para outro planeta.
· Foi para a Terra
que Deus mandou o paraíso, e não para outro planeta.
· Foi para a Terra
que Satanás veio, e não para outro planeta.
· Foi para a Terra
Jesus Cristo veio, e não para outro planeta.
· Foi em forma de
homem que Jesus Cristo veio, e não em forma de ET.
· Foi na Terra que
Satanás foi derrotado, e não em outro planeta.
· É na Terra que
Jesus Cristo estabelecerá Seu Reino milenar, e não em outro planeta.
· É daqui, da
Terra, que Jesus irá governar todo o Universo. Daqui!!! E não de outro planeta.
A Bíblia declara:
...de fazer convergir nele [Cristo]... todas as
cousas, tanto as do céu como as da terra (Ef 1.7,10).
Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos
céus, na terra...
(Fl 2.10).
...havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por
meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer
nos céus
(Cl 1.20).
...pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo
obtido eterna redenção... ao se cumprirem os tempos, (Cristo) se manifestou uma vez por todas, para aniquilar
pelo sacrifício de si mesmo o pecado... Jesus, porém, tendo oferecido, para
sempre, um único sacrifício
pelos pecados, assentou-se à destra de Deus... Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre
quantos estão sendo santificados... Já
não há oferta pelo pecado (Hb 9.12,26,10.12,14,18).
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15. Homossexualidade
(CRAIG, W.L.
Apologética para questões difíceis da vida, SP, Vida Nova, 2010)
Uma das questões
mais difíceis e importantes que a igreja enfrenta hoje é a questão da
homossexualidade como um estilo de vida alternativo. A igreja não pode se
esquivar dessa questão.
Os cristãos que
rejeitam a legitimidade do estilo de vida homossexual são geralmente taxados de
homofóbicos, intolerantes, e até mesmo de odiosos. Por causa disso, a questão
do homossexualismo tem provocado uma grande intimidação, ao ponto de algumas
igrejas terem aprovado o estilo de vida homossexual e até mesmo aceitado
aqueles que o praticam para serem seus ministros.
“Assim, quem
somos nós para dizer que esses cristãos aparentemente sinceros estão errados”?
Tal
questionamento suscita uma pergunta ainda mais profunda, que precisa ser
respondida antes de tudo: o certo e o errado realmente existem? Qual é a base
para dizer que o certo e o errado existem e que há uma diferença entre eles?
Tradicionalmente,
a resposta tem sido que a base dos valores morais está em Deus. Esse é o entendimento
cristão de certo e errado. Há realmente um criador, Deus, que fez o mundo e nos
permitiu conhece-lo. A moralidade está baseada em Deus, e assim o certo e o
errado tem existência real e não são afetados por opiniões humanas.
Hoje, em nosso
mundo pós-moderno, muitas pessoas encaram o certo e o errado não como uma
questão de fato, mas de gosto. Elas escolhem o que é certo e errado baseado
naquilo que lhes dá prazer ou felicidade. Contudo valores morais não podem ser
determinados pelo prazer. Gosto de brócolis ou não, isso é uma questão
subjetiva, de fórum intimo, mas matar, roubar, enganar, mentir, trair, etc.,
não são questões subjetivas de fórum intimo, não são questões de gostar ou não,
são fatos reais e valores morais que não podem ser relativizados.
Na ausência de
Deus tudo se torna relativo. O certo e o errado se tornam cultural. Sem Deus
quem pode dizer que os valores de uma cultura são melhores do que o da outra?
Se não existir Deus, se não existir um legislador divino, então não existe lei
moral. Se não existe lei moral, então o certo e o errado não tem existência
real.
Assim se Deus
não existir, o certo e o errado também não existem. Vale qualquer coisa,
inclusive a homossexualidade. Logo, um dos melhores modos de defender a
legitimidade do estilo de vida homossexual é se tornar um ateu.
Uma que se
considere a existência de Deus, então tem que se considerar a lei moral dada
por Deus. Dessa forma podemos devolver a pergunta: “Quem são vocês para dizer
que a homossexualidade é certa”? Se Deus existe, Ele é quem determina o que é
certo e errado.
A Bíblia condena
a prática homossexual e não a tendência homossexual. Essa é uma distinção
importante. A tendência homossexual é um estado ou uma orientação; uma pessoa
que tem uma orientação homossexual pode jamais vir a expressá-la na prática. Em
contrapartida, uma pessoa pode praticar atos homossexuais mesmo tendo uma
orientação heterossexual. O que a Bíblia condena é a prática, e não a
orientação homossexual em si. Essa ideia de alguém ser homossexual por
orientação é característica da psicologia moderna e pode ter sido desconhecida
das pessoas no mundo antigo. O que elas conheciam eram as práticas sexuais, e é
isso o que a Bíblia condena.
Ora, isso tem
inúmeras implicações. No final das contas, pouco importa o debate para saber se
a tendência homossexual é algo com qual o ser humano nasce ou é fruto do
ambiente em que a pessoa foi criada. O mais importante não é saber como você
adquiriu sua orientação sexual, mas o que você faz com ela.
O simples fato
de você ter uma predisposição genética para alguma prática não significa que
tal prática seja moralmente correta. A título de exemplo, alguns pesquisadores
suspeitam que pode haver um gene que predispõe algumas pessoas ao alcoolismo.
Isso significa que é correto para alguém, com tal predisposição, sair e beber o
quanto quiser e se tornar um alcoólatra? Obviamente não!
Textos bíblicos
que condenam a prática da homossexualidade:
· Levítico 18.22 –
é abominação para um homem deitar-se com
outro homem como se fosse uma mulher. Em Levítico 20.13 a pena de morte é
prescrita em Israel aqueles que cometerem tal ato.
· Romanos 1.24-28
· 1 Coríntios
6.9-10
· 1 Timóteo 1.10
ARTIGO:
O termo
homossexualismo refere-se à atividade sexual praticada entre pessoas do mesmo
sexo. Especialistas concordam acerca do significado de “comportamento
homossexual”, mas têm dificuldades em chegar a uma definição clara do que é ser
homossexual. Alguns descrevem o homossexual com base na prática do
homossexualismo, enquanto outros o fazem considerando a atração preferencial
por pessoas do mesmo sexo. Uma pessoa pode sentir desejos homossexuais intensos
sem nunca praticar o homossexualismo, enquanto há quem opte pela atividade
mesmo quando a preferência é fortemente dirigida para o sexo oposto. Neste
último caso, circunstâncias como a influência do alcoolismo ou confinamento em
prisões podem precipitar a ocorrência de experiências homossexuais. O termo
bissexual refere-se a indivíduos que praticam atividades tanto homo quanto
heterossexuais, podendo haver predominância de uma dessas práticas.
Independentemente
do como se conceitue homossexualidade, não há uma forma precisa de determinar
sua prevalência. Alguns poucos estudos indicam que cerca de 4 a 5 % da
população branca masculina conservam-se exclusivamente homossexual após a
adolescência, enquanto entre 10 e 20 % mantêm relações regularmente com
indivíduos de ambos os sexos. Pesquisas desenvolvidas com militares na Segunda
Guerra Mundial revelaram que 1% dos homens em serviço eram homossexuais, estimando-se
que idêntico percentual constituía-se de casos não detectados, isto é, 2% no
total. Seja como for, as estatísticas revelam que o homossexualismo é pouco
comum.
A história
registra a homossexualidade em muitas civilizações antigas. Tanto o Antigo
quanto o Novo Testamentos mencionam essa prática e são fortemente explícitos em
proibi-las. Algumas civilizações — por exemplo, os antigos gregos —
aparentemente aceitavam a prática do homossexualismo com pouca ou nenhuma
desaprovação. Ainda que a maioria das culturas em nossos dias lide com essa
questão, em certos grupos sociais não se encontraram nem sequer indícios de
homossexualismo.
A causa da
homossexualidade não está claramente identificada. As diversas teorias podem
ser agrupadas em razão de apontar para um dos dois grupos gerais de causas:
genéticas e psicogênicas.
O primeiro
grupo, de causas “genéticas”, postula que um indivíduo pode herdar a
predisposição para a homossexualidade. As teorias reunidas nesse grupo apontam
para evidências obtidas em estudos com gêmeos, os quais revelam que a
incidência de homossexualismo entre gêmeos idênticos é expressivamente maior do
que em gêmeos não-idênticos.
Já o segundo
grupo de teorias, chamado “psicogênico”, afirma que a identidade sexual é
determinada pelo ambiente familiar e outros fatores do meio em que uma pessoa
vive. Neste caso, as teorias apontam para a existência de denominadores comuns
entre famílias de diversos homossexuais.
Pesquisas
recentes indicam que as famílias mais propensas a gerar um rapaz homossexual
são aquelas em que a mãe é muito íntima do filho, possessiva e dominante,
enquanto o pai é desligado e hostil. São mães com tendência ao puritanismo,
sexualmente frígidas e determinadas a desenvolver uma espécie de aliança com o
filho contra o pai, a quem ela humilha. O filho torna-se excessivamente
submisso à mãe, volta-se a ela em busca de proteção e fica ao seu lado em
disputas contra o pai. Pais de homossexuais são freqüentemente distantes, não
demonstrando entusiasmo ou afeição, e criticam os filhos. Sua tendência é
menosprezar e humilhar o filho, dedicando-lhe muito pouco de seu tempo. O filho
reage com medo, aversão e falta de respeito. Alguns estudiosos consideram que a
relação entre pai e filho parece ser mais decisiva na formação da identidade
sexual do jovem do que o relacionamento deste com sua mãe. Tais pesquisadores
chegam a afirmar não ser possível uma criança se tornar homossexual se seu pai
for carinhoso e amoroso.
Em alguns
homossexuais é o medo do sexo oposto que parece ser o fator dominante, não a
atração profunda por alguém do mesmo sexo. Uma vez resolvido esse medo com
terapia, a heterossexualidade prevalece. Estudos recentes têm demonstrado,
ainda, que a sedução por outros homossexuais — especialmente outros rapazes —
não parece ser um fator relevante.
A chamada
“homossexualidade latente” refere-se a conflitos emocionais similares aos da
forma “aparente”, mas sem consciência do fato ou sem expressão pública dos
conflitos.
Lesbianismo é o
termo que se aplica à homossexualidade feminina. Como no caso do
homossexualismo masculino, sua prevalência é desconhecida. Também neste caso a
questão familiar desempenha um papel muito importante. Pesquisas demonstram que
muitas mães de mulheres lésbicas tendem a ser hostis e competitivas com suas
filhas, sendo muito ligadas aos filhos homens e ao pai. Além disso, os pais de
mulheres homossexuais raramente desempenham um papel dominante na família e
dificilmente mostram-se afeiçoados às filhas.
Tanto homens
quanto mulheres homossexuais tendem ao isolamento e mostram dificuldade em
fazer amizades, mesmo quando crianças. Na adolescência e na idade adulta eles
raramente marcam encontros. A maioria dos homossexuais torna-se consciente de
sua homossexualidade antes dos dezesseis anos — alguns até antes dos dez anos.
Eles costumam optar pela vida em cidades grandes para aí formar seus próprios
grupos sociais com regras, modo de vestir e linguagem próprios. Recentemente,
tem-se observado o surgimento de organizações para melhorar a imagem do
homossexual, as quais costumam negar que o homossexualismo seja um distúrbio ou
anormalidade.
Leigos
freqüentemente questionam se a homossexualidade deveria ser considerada uma
doença ou um pecado. Uma coisa não exclui a outra. Pessoas cuja fé se baseia na
Bíblia não podem duvidar que as claras proibições do comportamento homossexual
façam dessa prática uma transgressão da lei divina. Por outro lado, há que se
considerar a preponderância de opiniões de especialistas a apontar o
homossexualismo como uma forma de psicopatologia que requer intervenção
médica.
Muitos, em nossa
sociedade moderna, negam a condição patológica do homossexualismo, recusam-se a
considerar a existência de implicações de ordem moral e vêem a prática
homossexual apenas como uma forma de expressão diferente do padrão de
comportamento sexual da maioria da população. Assim, tais pessoas não apenas
desencorajam a busca por ajuda como contribuem para que o homossexual se
conforme com uma vida cada vez mais isolada e frustrante, independente de quão
permissiva e condescendente nossa sociedade se torne.
Outra questão
bastante levantada diz respeito à atitude da igreja em relação a homossexuais.
Tais indivíduos se deparam com ouvidos insensíveis e portas fechadas na
comunidade cristã. Essa reação intensifica os sentimentos de angústia e de
solidão profunda, o completo desânimo que os assusta e, com freqüência, leva ao
suicídio. Cristo, enquanto se opunha vigorosamente à doença e ao pecado,
buscava doentes e pecadores com compreensão e misericórdia. A igreja erra
quando se permite fazer menos.
A grande
cobertura que a mídia faz do homossexualismo, resultado da recente atividade de
organizações de homossexuais, tem tornado a homossexualidade mais aceitável como
tópico de discussão. Dessa forma, a igreja sem dúvida tomará consciência do
problema acontecendo com alguns de seus membros. Isto não deve surpreender,
pelo menos por duas razões. Em primeiro lugar, o sentimento de solidão, a
necessidade de contato humano e a imagem de si próprio como um desajustado
levam o homossexual a ver a comunidade cristã como um refúgio e uma possível
fonte de conforto. A outra razão está na frieza e rejeição, comuns no ambiente
familiar, provocando ânsia por uma figura de pai amoroso, cálido e compassivo.
É fácil entender como o cristianismo pode ser atraente, especialmente para
suprir esta necessidade emocional.
Várias formas de
psicoterapia têm sido usadas no tratamento de homossexuais, com diferentes
níveis de sucesso. Como em qualquer tratamento psicoterápico, os resultados
dependem de fatores múltiplos, com ênfase na motivação do paciente. Pessoas
homossexuais tendem a ser desmotivadas, o que seja talvez um dos maiores
desafios para o terapeuta. A experiência clínica tem mostrado que a motivação
para mudar e a consciência do erro são essenciais para aumentar
significativamente a expectativa de um tratamento bem-sucedido.
Nota
* Traduzido, com permissão de Baker Academic, uma divisão da Baker Publishing Group (www.BakerPublishingGroup.com), por Raquel Monteiro Cordeiro de Azeredo.
* Traduzido, com permissão de Baker Academic, uma divisão da Baker Publishing Group (www.BakerPublishingGroup.com), por Raquel Monteiro Cordeiro de Azeredo.
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16.
O Passo de Fé: do Assentimento ao Compromisso
(McGRATH,
Alister. Apologética cristã no século XXI, São Paulo, Vida, 2008)
Como
a apologética trabalha para levar o indivíduo da aceitação do Evangelho à fé
viva em Deus? Antes disto precisamos entender a natureza da fé em si.
16.1.
A Natureza da Fé
Vamos
identificar as semelhanças e diferenças do emprego cristão e do emprego
cotidiano da palavra fé (104), ao mesmo tempo em que relacionamos esses três
componentes da fé com a apologética (110). Os 2 primeiros tópicos possui
paralelos na linguagem cotidiana, mas o terceiro não.
· Fé
refere-se à crença de que certas coisas são verdadeiras. Crêr em Deus pode
significar a crença na existência de Deus (104). A fé no sentido cotidiano pode
significar simplesmente que certas coisas são verdadeiras (105). A apologética
tem como objetivo persuadir as pessoas de que o cristianismo é verdadeiro
(110), de que há um Deus a ser encontrado (111).
· Fé é
confiança. Por exemplo, crêr nas promessas de Deus é confiar nessas promessas.
A fé é a nossa resposta de confiança em Deus. Posso dizer que tenho fé em um
amigo, ou num piloto de avião, ou num partido político, no sentido de que
confio neles (105). A apologética procura criar um clima de confiabilidade, em
que Deus seja visto como digno de fé e de confiança, de que vale a pena
encontra-lo. Os recursos da apologética nesse ponto são limitados porque a
garantia da confiabilidade divina está na experiência pessoal daqueles
depositam nele sua confiança (110).
· Fé
significa apropriar-se das promessas de Deus, recebendo aquilo que ele tem a
nos oferecer. Os 2 primeiros estágios preparam o caminho para o terceiro.
Ilustração do frasco de penicilina (106-107). Os benefícios concedidos por
Cristo tornam-se nossos pelo terceiro tipo de fé. É a resposta do fiel à
aliança de casamento estabelecida com Cristo. A alma cristã pode se jactar e se
gloriar naquilo que Cristo possui, pois também a pertence (106-108). Esta
terceira fé precisa ser suprida e explicada pelo apologista na linguagem
cotidiana (109). A apologética nesse último nível não pode fazer nada mais além
de apontar a entrada, como João Batista fez com Cristo (110-111).
16.2.
A apologética não cria a fé.
A
apologética cria apenas um clima intelectual imaginativo favorável à fé. A
apologética não pode se tornar a mestra da igreja (109). Somente Deus pode
criar a fé justificadora (110).
16.3.
As limitações da apologética
As
limitações podem ser ilustradas com o evidencialismo histórico, que além do
evento em si, existe a necessidade de interpretar o evento de maneira correta,
de se estabelecer o significado histórico (111-114). O apologista deve
estabelecer um vínculo entre os fatos históricos e a fé cristã (114). O passo
de fé terá que ser dado e o próximo tópico nos mostrará como fazê-lo.
16.4.
O ponto de contato como ponto de partida
Como
se dá a transição da cosmovisão secular para a cosmovisão cristã? Temos pelo
menos três abordagens fundamentais (116-118):
A
abordagem clássica: fundamenta-se na idéia de que o cristianismo é parte de uma
racionalidade universal. O cristão se insere no âmbito de uma cosmovisão
racional. Exemplo dessa tradição: Tomás de Aquino.
Abordagem
pressuposicionalista: enfatiza uma total descontinuidade entre a concepção
secular e a concepção cristã da racionalidade. O cristianismo não se conforma
com a racionalidade secular. Não há ponto de contato entre as racionalidades
cristã e secular.
Abordagem
criativa: baseada na idéia do ponto de contato. Sustenta que as racionalidades
secular e cristã se entrelaçam em alguns pontos.
Contudo, a referida
transição requer um passo de fé.
16.5.
A Decisão de crer
A
decisão de crer é uma confiança de que as promessas do Evangelho são reais e de
que um dia comprovaremos tal realidade (120). O apologista não pode ir além de
dizer ao descrente que ele deve escolher crêr em Cristo, pois não existe uma
opção melhor. A tarefa da apologética se encerra aqui e começa a da teologia
(121).
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Primeiro Artigo
A identificação de falsos profetas
Os falsos
profetas existem desde o tempo do Antigo Testamento, como agentes que procuram
contrapor os profetas legítimos. São chamados também de falsos apóstolos e de
obreiros fraudulentos. Como agentes de Satanás, conseguem transfigurar-se “em ministros da justiça” (2Coríntios 11.15) e vivem da
aparência. Muitas vezes têm o apoio da população (Lcas 6.26), outros são até
conselheiros de governantes. Trata-se de líderes religiosos encarregados pelo
Príncipe das Trevas para desencaminhar o povo da verdade. Seus descendentes
ainda estão por aí, mas como identificá-los?
Quando alguém se
posicionava como profeta de Deus em Israel, o povo ficava atento à sua palavra,
pois o não cumprimento dela era prova de que Deus não o enviou e o tal era tido
pela população como falso profeta. Esse era o teste estabelecido na Lei de
Moisés, em Deuteronômio 18.20-22. Ainda hoje, ele é usado como instrumento
aferidor para identificar a procedência espiritual de um profeta. Com base
nesse modelo, os apologistas costumam considerar a Sociedade Torre de Vigia,
organização das Testemunhas de Jeová, como uma organização de falsos profetas,
pois seus dirigentes reivindicam a mesma autoridade dos profetas e apóstolos da
Bíblia, falam em nome de Jeová.
Todavia, essa não é
a única maneira de se identificar um falso profeta, porque, às vezes, é
possível que entre muitas previsões alguma coisa venha a se cumprir. As
“profecias” de Nostradamus, por exemplo, são tão vagas que seus exegetas
aplicam-nas a praticamente todos os acontecimentos de repercussão internacional.
Os falsos
profetas sempre usam o sobrenatural como recurso para atrair as pessoas. O
teste de Deuteronômio 18.20-22 só é decisivo quando a palavra não se cumprir.
Se o profeta passar no teste, será necessário investigar o seu conteúdo doutrinário.
O simples fato de uma profecia ou previsão cumprir-se ou mesmo de uma operação
de maravilhas ocorrer não é reconhecer a legitimidade de um profeta. Daí a
necessidade dos avisos solenes ao povo de Deus contra as suas ciladas. Jesus
advertiu os seus discípulos dizendo que eles “vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores” (Mateus
7.15).
As Escrituras
ensinam que Deus pode provar seu povo, permitindo a manifestação do
sobrenatural de fontes estranhas. É até possível, às vezes, o cumprimento das
palavras ou profecias deles, mas sob a permissão de Deus (Deuteronômio 13.2).
Jesus advertiu, no sermão profético, que o Anticristo virá fazendo sinais,
prodígios e maravilhas. No Livro de Apocalipse, lemos que a besta será adorada
e admirada por todos os moradores da terra por causa dos seus sinais
sobrenaturais. Portanto, não é somente o cumprimento de uma palavra ou uma
operação de maravilhas que vai autenticar um profeta.
Nem
sempre é possível distinguir o produto falso do verdadeiro apenas pela
embalagem, mas pelo seu conteúdo. Assim, ensinou Jesus que eles serão
identificados pelos frutos, ou seja, pelo conteúdo, e não pela aparência. É,
pois, necessário compreender o que ele estava dizendo com a expressão: “Por seus frutos os conhecereis”.
Será que Jesus falava de uma vida piedosa lá muitos piedosos e, em sua
ignorância, apesar da honestidade e boa conduta, são adeptos de religiões
falsas e de seitas sectárias. Os frutos de que Jesus Tala estão ligados ao
conteúdo dos ensinos.
A chave principal
descobrir a procedência espiritual de um profeta é saber qual a sua posição
teológica. Como a Bíblia é vista por ele, qual o seu pensamento em relação à
Pessoa de Jesus, se realmente crê na humanidade e divindade de Cristo e se crê
que Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou corporalmente dentre os
mortos. O que ensina sobre a Trindade? E sobre a salvação? E sobre o pecado e a
Igreja? Mesmo assim, convém fazer uma investigação criteriosa, pois os falsos
profetas são peritos na arte do disfarce, usam os mesmos termos cristãos, mas
com sentido diferente.
O movimento
patrocinador do jornal Árvore da Vida, por exemplo, usa constantemente o termo
“trindade” em sua literatura, mas são unicistas. O seu conceito de trindade
destoa daquele expresso no Credo de Atanásio.
A Adivinha de
Filipos falava a verdade quando declarou abertamente que Paulo e Silas eram
servos do Deus Altíssimo e anunciavam aos homens a salvação, mas a que salvação
aquele espírito se referia? Atualmente, esses agentes usam a mesma perícia.
Quando os mórmons afirmam ser Jesus o Filho de Deus, não estão pregando a mesma
mensagem cristã que pregamos, pois, segundo eles, “como o homem é, Deus foi;
como Deus é o homem poderá vir a ser”. Em sua doutrina, Deus é um homem
exaltado. Assim, ensinam que Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo.
As Testemunhas de
Jeová usam com frequência o termo “ressurreição”, mas o seu conceito destoa da
ortodoxia cristã. Ensinam que Jeová vai recriar a pessoa, com a mesma aparência
e característica, um clone. Rejeitam a ideia de levantar dentre os mortos, como
sugere o próprio termo próprio termo grego. Por isso negam a ressurreição de
Jesus, afirmam que Jeová clonou Jesus. Assim, o corpo da ressurreição não foi o
mesmo que foi sepultado.
Os falsos profetas
são personagens que se apresentam como enviados de Deus, mas profetizam
falsamente e introduzem, sorrateiramente, heresias de perdição (2Pedro 2.1-3).
Os cristãos devem levar esse assunto a sério, pois quem realmente experimentou
o poder de Deus na vida não pode ser levado por impostores. Deus permite o
sobrenatural de fontes estranhas. O cristão, porém, não deve ir atrás do
sobrenatural e nem de vantagens, mas ficar na Palavra.
Pr. Esequias Soares
– Líder da AD em Jundiai (SP); Teólogo-apologista – Membro da Comissão de
Apologia da CPAD.
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Segundo Artigo
Os Desafios
da Apologética Contemporânea
Nos
dias atuais há uma necessidade urgente de líderes cristãos que estejam
comprometidos com o discernimento da verdade, à defesa da fé e à proteção do
rebanho de Deus. Essa obra nem sempre é fácil, nem agradável, mas é sempre
necessária. Os cristãos devem identificar e fazer oposição ao erro doutrinário
e espiritual por uma razão principal: porque Deus nos comissiona para esta
obra. Já no primeiro século, na época do Novo Testamento, o Corpo de Cristo foi
atacado por seitas e falsos mestres, e as epístolas nos dão repetidos avisos
acerca de impostores espirituais. A epístola de Judas, nos versículos 3 e 4,
exorta-nos a batalhar diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos, pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação. A
fé cristã já tinha seus inimigos.
O apóstolo Paulo, em Atos 20.28-31, avisou aos bispos
de Éfeso que os inimigos do evangelho surgiriam tanto de fora da Igreja – “entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o
rebanho” - quanto até mesmo de dentro dela – “dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas
para arrastar os discípulos atrás deles”. Na segunda epístola
aos Coríntios, Paulo menciona que a Igreja não é invulnerável ao erro (11.3-4;
13-15). Igualmente Pedro, em sua segunda epístola, exorta seus leitores a se
acautelarem, pois falsos mestres, introduzindo heresias destruidoras, surgiriam
no seu meio (2.1-22; 3.15-17).
Embora
o termo tenha sido ultimamente popularizado por várias instituições de
pesquisas religiosas, ainda assim a conceituação correta permanece restrita
apenas aos círculos acadêmicos teológicos. Faz-se necessário resgatar o seu
verdadeiro sentido, para uma correta conceituação. O que é apologética? Para
que serve? Onde empregá-la? Antes de adentrarmos à definição propriamente dita,
precisamos averiguar o que NÃO significa apologética.[1]
1. Apologética não é a crítica pela
crítica.
2. Apologética não é intolerância
religiosa.
3. Apologia não é ataque puro e
simples.
Portanto, vamos a Etimologia: A palavra apologética vem da palavra
grega apologeisthai, que significa “uma defesa verbal.” É
usada oito vezes no Novo Testamento: At. 22.1;25.8; 25.16; ICo. 9.3; IICo.
7.11; Fp. 1.7,16; II Tm. 4.16.
Por
sua vez, o dicionário “Aurélio século XXI”, define apologia como: “Discurso
para justificar, defender ou louvar.” Essa palavra aparece em I Pedro 3.15
com o sentido de dar razão, responder, justificar: “antes santificai em vossos
corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em
vós”. Apologética é a defesa do Cristianismo em sua inteireza, sua essência,
ou, de uma forma ou outra é a defesa de seus elementos de pressuposições contra
seus usurpadores, atuais ou possíveis, de forma a se defender de algum ataque
em particular.
Apologia significa resposta ou pergunta ao juiz de um
tribunal, da parte do acusado. A apologia de
Sócrates, por exemplo, respondia aos que o acusavam. Da mesma maneira, o
cristianismo teve que se expressar em forma de respostas a certas acusações
particulares. Os apologistas foram os que se entregaram a essa tarefa
sistematicamente.[2] Enquanto a apologia trata-se de simplesmente justificar ou
defender a fé, a apologética ultrapassa este senso comum e procura por meio de
processos racionais e sistemáticos, apoiada em outras ciências, defender
cientificamente o Cristianismo. A Apologética perpassa por diversas áreas
tais como: teologia, filosofia, biologia, arqueologia, história, antropologia,
matemática e linguística. Nestas áreas ela pode estudar lógica, manuscritos,
línguas originais da Bíblia, teoria da evolução etc. A apologética é processual
e sempre está em via de transformações e aperfeiçoamentos. Como Conceito: É a habilidade de
responder fundamentado com provas adequadas e sólidas à fé cristã perante os
ataques das filosofias seculares e crenças religiosas.
O cristianismo é uma religião exclusivista e como tal
é inevitável que surja conflitos com as demais crenças, filosofias e
ideologias. Neste choque de crenças a apologética se torna indispensável ao
cristão. Ela nasce forçosamente como uma resposta ao ataque contra o
Cristianismo. William L. Craig
afirma que a Apologética cristã pode ser definida como um ramo da
teologia Cristã que procura apresentar uma garantia racional das alegações de
verdade do Cristianismo.
A
Apologética atinge dois públicos básicos, o crente e o não crente. E se divide
em dois tipos de abordagens, negativo e positivo.
1. a) Quanto ao crente. A apologética contribui para o
fortalecimento dos crentes de pelo menos dois modos. Em primeiro lugar, lhes dá
confiança de que a fé deles é verdadeira e razoável promovendo assim um
encorajamento para uma vida de fé sempre em busca da compreensão. Em segundo
lugar, a apologética pode atuar até mesmo em algumas estruturas seculares que
envolvem nossas próprias vidas, nos auxiliando a enfrentar as diversas
indagações a que tais estruturas nos submetem bem como nos libertando para uma
cosmovisão compatível com o cristianismo. A apologética procura consolidar a fé
do crente fundamentando suas convicções religiosas mediante a explanação lógica
e sólida, tranquilizando sua consciência, iluminando seu coração e limpando sua
mente. É a dimensão pastoral da apologética.
2. b) Quanto ao não crente. Nesta categoria estão
incluídos os vários tipos de sujeitos que rejeitam a fé cristã de uma forma ou
de outra: os indiferentes, os incrédulos, os agnósticos, os ateus e os
anticristãos. Para esta categoria, a apologética serve como instrumento de
convencimento e demonstração. Evidenciando as razões lógicas do sistema
doutrinário cristão, tanto sua coesão interna bem como as evidências externas,
levando-os à reflexão do Cristianismo como única religião revelada. Tais
evidências servem para convencê-los da inutilidade de seu raciocínio
materialista, da falácia de sua lógica humanista e do logro de sua
incredulidade, levando seus pensamentos cativos à obediência de Cristo. A
apologética pode ajudar a remover os obstáculos da fé e assim ajudar os
incrédulos a abraçar o evangelho. Certamente que nesta atividade o próprio
Espírito Santo está envolvido nos ajudando a empregar tais evidências para o
convencimento da proclamação do evangelho atraindo assim muitas almas para
Cristo.
3. a)Apologética negativa. Segundo sua concepção do assunto, na
apologética negativa, o objetivo principal é produzir respostas aos inúmeros
desafios da fé religiosa, ou seja, esta vertente apologética visa remover os
obstáculos enfrentados pela convicção de nossa crença. Nesta abordagem
estratégica o apologista recebeu argumentos ofensivos à sua convicção religiosa
e, por conseguinte, expõe argumentos defensivos.
4. b) Apologética positiva.Na apologética positiva, o apologista tem a
iniciativa e apresenta argumentos contundentes que amparam sua convicção
religiosa e conseqüentemente (às vezes até involuntariamente) se opõe às demais
convicções de fé. Nesta abordagem estratégica o apologista trabalha
demonstrando evidências que comprovam a sua crença e, ao contrário, da
abordagem negativa, não depende de um ponto doutrinário pré-estabelecido para
iniciar sua tarefa. Observamos, portanto, duas atitudes comportamentais
distintas, embora convergentes ao mesmo objetivo.[3]
Embasamento bíblico
Apologética
não é uma opção deixada ao crente para que decida, sem qualquer implicação, se
quer ou não realizá-la. Igualmente, também não é uma recente característica ou
tendência da fé cristã contemporânea. Mais propriamente, a apologética figura
como um elemento essencial da Bíblia. Cerca de 90% de todo o Novo Testamento
foi escrito com finalidade apologética. Grande parte das epístolas aludem a
questões que perpassam à essa temática. Há vários versículos no Novo Testamento
que permitem um correto embasamento bíblico para o ministério apologético. São
eles:
“Antes santificai em vossos
corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe. 3.15)
“…estes por amor, sabendo que fui
posto para defesa do evangelho” (Fp.
1.16)
“Amados, enquanto eu empregava
toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a
necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez
para sempre foi entregue aos santos” (Jd.
1.3)
“…retendo firme a palavra fiel,
que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã
doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt. 1.9)
Um Contraponto – O Testemunho Do
Espírito Santo
Embora
seja verdade que a apologética é indispensável a um ministério cristão bem
sucedido há, no entanto, de ser esclarecido que a apologética se torna
desnecessária para que a fé cristã seja garantida. Quanto a isso o filósofo
cristão Willian Craig nos adverte que:
Os
argumentos e evidências apologéticas não são necessários para que a crença
cristã seja garantida para qualquer pessoa. A fé em Cristo pode ser
imediatamente fundamentada no testemunho interior do Espírito Santo (Rm.
8.14-16; 1 Jo. 2.27). Se o testemunho do Espírito Santo na vida de uma pessoa é
suficientemente poderoso (como deve ser), então isso irá simplesmente se
sobrepor à qualquer objeções dirigidas à crença Cristã, dessa forma removendo a
necessidade de apologética defensiva. Um crente não instruído o suficiente para
refutar argumentos anti-Cristãos está garantido em sua crença se baseando
apenas no testemunho interno do Espírito mesmo quando confrontado com tais
objeções não refutadas. Mesmo quando uma pessoa é confrontada com o que é, para
ela, objeções irrespondíveis ao teísmo Cristão ela ainda assim, devido à obra
do Espírito Santo, está dentro de seus direitos epistêmicos – digo mais, sob
obrigação epistêmica – de crer em Deus. Visto que crenças pautadas no
testemunho objetivo e verídico do Espírito são parte das invalidáveis
considerações da razão, a fé do crente é garantida mesmo se não tiver nenhuma
noção de argumentos apologéticos (como é o caso da maioria dos Cristãos hoje e
da história da Igreja).
Francis Schaeffer vai mais adiante e argumenta que a apologética não
deve ser usada como um conjunto de regras fixas e impessoais, mas que a
explanação da fé deve estar sujeita à direção do Espírito Santo e à consciência
da individualidade de cada pessoa.
Mas
não se segue daí que a apologética Cristã seja, portanto, inútil ou não tenha
nenhum beneficio em garantir a fé Cristã.
O Dr. John Warwick Montgomery, apologeta cristão de
grande proeminência, destaca que a apologética não pode substituir a fé e muito
menos suplantar a ação do Espírito Santo, entretanto, ela atua como um
instrumento indispensável que elucida as verdades bíblicas, ajudando a
preservá-las. Ao mesmo tempo em que a Bíblia nos ordena a pregar a palavra a
tempo e fora de tempo, também nos ensina a redarguir, repreender e exortar com
toda longanimidade e doutrina (IITm 4.2). E por que devemos proceder assim? O
versículo seguinte responde: “Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências” (IITm 4.3).
Tipos de Apologética
Há
uma variedade de estilos e escolas de apologética Cristã. Os principais tipos
de apologética Cristã que abordaremos incluem: apologética evidencialista,
apologética pressuposicional, apologética clássica, apologética histórica e
apologética experimental. Fora estas ainda temos apologética filosófica,
apologética profética, apologética doutrinal, apologética bíblica, apologética
moral, e apologética científica. Vejamos as principais:
Apologética clássica – este tipo de abordagem trabalha com o principal
pressuposto teológico, isto é, a existência de Deus. É essa linha apologética
que vai explorar os argumentos comprobatórios da existência divina. Os
principais argumentos são:
a.) Cosmológico: uma vez que cada coisa existente no Universo, deve
ter uma causa, deve haver um Deus, que é a última causa de tudo.
b.) Teleológico: existe um objetivo, um propósito para a criação do
Universo e do ser humano.
c.) Ontológico: Deus é maior do que todos os seres concebidos
porque existe na mente do homem um conhecimento básico da existência de Deus.
Os teólogos que se destacaram como apologistas clássicos foram: Agostinho,
Anselmo de Cantuária e Tomás de Aquino.
Apologética evidencial – Como já podemos inferir do próprio nome, esta
linha apologética procura defender as doutrinas teológicas ressaltando as
evidências que as envolvem, tais como: a infalibilidade da Bíblia, a veracidade
da divindade de Cristo e sua ressurreição, entre outras. Um estudioso que
representa bem esta classe de apologistas em nossos dias é Josh McDowell, autor
do livro (um best seller) Evidências que exigem um veredicto.
Apologética histórica – Esta classe de apologética enfatiza as
evidências históricas. Seus representantes acreditam que a existência de Deus
pode ser provada com base apenas na evidência histórica, porém, isso não
significa que não utilizem outros argumentos. Geralmente, o fundamento deste
tipo de abordagem são os documentos do Novo Testamento e a confiabilidade de
suas testemunhas. Podemos encontrar teólogos expoentes da apologética histórica
nos primórdios da igreja, como Justino Mártir e Tertuliano.
Apologética experimental – Este tipo de apologética, geralmente, é
apresentada por fiéis que arrogam para si experiências religiosas pessoais e,
às vezes, exclusivas. Assim, alguns apologistas rejeitam este tipo de abordagem
por seu caráter excessivamente místico e alegam que tais experiências são
comprobatórias apenas para os que nelas crêem ou delas compartilham. Em suma, a
apologética experimental se apóia na experiência cristã como evidência do
cristianismo e está relacionada à teologia do leigo; ou seja, à teologia que
não é acadêmica, mas popular.
Um
ponto negativo desta abordagem é que ela se apresenta de forma um tanto quanto
subjetiva. Ou seja, é difícil sentenciá-la como verdade ou fraude. O seu ponto
positivo, porém, é que a nossa crença precisa, de fato, ser vivida,
experimentada, do contrário não passará de teoria.
Apologética pressuposicional – Esta abordagem é chamada assim porque parte
de uma pressuposição para construir sua defesa… O pressuposicionalismo pode ser
assim classificado:
a.) Revelacional: todo o entendimento da verdade parte da pressuposição
da revelação de Deus e da legitimidade da Bíblia em expor esta revelação.
b.) Racional: a pressuposição básica gira em torno da coerência
do argumento. Se o cristianismo arroga para si a posição de única verdade,
então isso implica em dizer e provar que todos os demais sistemas são falsos.
c.) Prático: a pressuposição aqui é a de que somente as
verdades cristãs podem ser vividas.
Os
teólogos que se destacaram como apologistas pressuposicionalistas foram:
Cornelius Van Till e John Carnell.
Dentro
do contexto da Apologética Contemporânea e tendo em vista a necessidade dos
nossos jovens nas universidades, existem alguns argumentos e evidências que são
importantes a favor da existência de Deus. Vamos a eles.
Argumento Cosmológico – Deus
provê a melhor explicação para a origem do universo.
O
argumento cosmológico vem em uma variedade de formas. Mas aqui iremos abordar
dois tipos, o argumento cosmológico da contingência e o argumento cosmológico
Kalam. O argumento cosmológico da contingência é simples e famoso e é
apresentado da seguinte forma: 1 – Tudo o que existe tem uma explicação de sua
existência, ou na necessidade de sua própria natureza ou em uma causa externa;
2 – Se o universo tem uma explicação de sua própria existência, essa explicação
é Deus; 3 – O universo existe; 4 – Portanto, o universo tem uma explicação de
sua existência (de 1 e 3); 5 – Portanto, a explicação da existência do universo
é Deus (de 2 e 4). (CRAIG, 2010).
Considere
a primeira premissa. De acordo com a premissa 1 existem dois tipos de coisas:
que existem necessariamente e coisas que são produzidas por uma causa externa.
Aquilo que existe necessariamente existem por sua própria natureza. É
impossível a elas não existir. Elas não são causadas por outra coisa, elas
existem necessariamente. Por contraste, as coisas que são trazidas a existência
por alguma coisa não existem necessariamente. Elas existem contingencialmente.
Elas existem porque algo as produziu. Objetos físicos, pessoas, planetas e
galáxias pertencem a esta categoria. A premissa 1 afirma que todas as coisas
que existem podem ser explicadas de uma dessas duas formas.
E a premissa 2? Embora a premissa 2 possa parecer um
pouco controversa, o que é realmente estranho para o ateu é que a premissa 2 é
logicamente equivalente a resposta típica do ateu ao argumento da contingência.
Mas pense, duas afirmações são logicamente equivalentes, se é impossível para
uma ser verdade e a outra falsa. Elas permanecem ou caem juntas. Os ateus
sempre atacam a premissa 2 da seguinte maneira: (A) Se o ateísmo é verdade, o
universo não tem nenhuma explicação de sua existência; (Porém, na explicação do ateísmo, o universo é a realidade
última e existe apenas como um fato bruto. Mas isso é logicamente equivalente a
dizer o que está a seguir) (B) Se o universo tem uma explicação de sua
existência, então o ateísmo é falso. Você não pode afirmar (A) e negar (B). Mas
(B) é virtualmente sinônimo com a premissa 2 (pode comparar as duas). Então
dizendo que, dado o ateísmo, o universo não tem nenhuma explicação, o ateu está
implicitamente admitindo a premissa 2: se o universo tem uma explicação, então
Deus existe. Somando a isso, pense sobre o que o universo é: toda a realidade
do espaço-tempo, incluindo toda a matéria e energia. Segue-se que se o universo
tem uma causa de sua existência, essa causa deve ser um ser não físico,
imaterial, além do espaço-tempo. Existem apenas dois tipos de realidades que
cabem nesta descrição: ou objetos abstratos como números ou uma mente
incorpórea, Deus. Esse argumento prova a existência do Criador do universo que
é não-causado, está fora do espaço, é atemporal, e imaterial.
O
argumento cosmológico Kalam baseado no inicio do universo é uma versão
diferente do argumento cosmológico. Este nome é dado em homenagem aos
pensadores mulçumanos medievais (Kalam é a palavra árabe para teologia). O
argumento ocorre assim: 1. Tudo o que passa a existir tem uma causa; 2. O
universo passou a existir; 3. Portanto, o universo tem uma causa. Mais uma vez
chegamos a conclusão de que o universo tem uma causa, então podemos analisar
que propriedades essa causa deve ter e atribuir o seu significado teológico.
Novamente, o argumento é logicamente rígido. Então a única questão é se as duas
premissas são mais plausíveis do que sua negação. A premissa 1 obviamente
parece ser verdadeira, pelo menos mais do que sua negação. Primeiro, ela está
enraizada na verdade necessária que algo não pode vir sem causa do nada. Dizer
que algo pode vir causado do nada é pior do que mágica. A segunda premissa pode
ser apoiada tanto por argumentos filosóficos quanto por evidência científica. O
argumento filosófico objetiva mostrar que não pode ter um regresso infinito dos
eventos passados. Em outras palavras, a série de eventos devem ser finitas e
deve ter tido um inicio. Alguns destes argumentos tentam mostrar que é
impossível para um número infinito de coisas existir; portanto, um número
infinito de eventos passados não pode existir. Outros tentam mostrar que uma
série realmente infinita de eventos passados nunca poderia decorrer; desde que
a série de eventos passados, obviamente decorridos, o número de eventos
passados deve ser finito. A evidência científica para a premissa 2 está baseada
na expansão do universo e nas propriedades termodinâmicas do universo. De
acordo com o modelo do Big Bang da origem do universo, o espaço físico e o
tempo, junto com toda a matéria e energia no universo passou a existir em um
ponto no passado 13.7 bilhões de anos atrás.
O
que faz o Big Bang tão maravilhoso é o que ele representa a origem do universo
literalmente do nada. Como o Físico P. C. W. Davies explica, “O surgimento do
universo, como discutido na ciência moderna…não é apenas uma questão de impor
algum tipo de organização…sobre um estado prévio incoerente, mas literalmente o
surgimento de todas as coisas físicas do nada”. Claro, coomólogos propuseram
teorias alternativas através dos anos tentando evitar este inicio absoluto,
entretanto nenhuma dessas teorias tem convencido a comunidade científica como
mais plausível do que a teoria do Big Bang. Por exemplo, três astrofísicos
famosos, Arvind Borde, Alan Guth, e Alexander Vilenkin disseram em 2003 que
qualquer universo que está em um estado cósmico de expansão não pode ser eterno
no passado, mas deve ter tido um começo absoluto. Ninguém mais pode se esconder
atrás da possibilidade de um universo eterno, não há escapatória, eles tem que
encarar o problema de um começo cósmico, disse Vilenkin. Somando-se a evidência
baseada na expansão do universo, temos a evidência termodinâmica a favor do
inicio do universo. A Segunda Lei da Termodinâmica prevê que em um número
finito de tempo o universo entrará em atrito e se diluirá em um estado frio,
negro e sem vida. Mas se o universo existiu por um tempo infinito no passado o
universo deveria estar agora em uma condição desolada. Segue-se tão logicamente
das duas premissas que o universo tem uma causa. O proeminente filósofo ateu Daniel
Dennett concorda que o universo tem uma causa, mas ele acha que a causa do
universo é o próprio universo. Isso mesmo, ele acha que o universo criou a si
mesmo! (CRAIG, 2010).
Outro
astrofísico, Quentin Smith, disse que se o universo foi criado, foi criado do
nada, por nada e para nada! (CRAIG & SMITH, 2003). Então, quais as
propriedades que a causa do universo possui? Como a causa do espaço-tempo, deve
existir fora do tempo e do espaço. Esta causa transcendente deve ser imutável e
imaterial porque tudo o que é atemporal deve também ser imutável e tudo o que é
imutável deve ser não físico e imaterial desde que as coisas materiais estão
constantemente mudando em níveis molecular e atômico. Como a primeira causa
criou com planejamento e criou seres pessoais, ele deve ser uma mente
incorpórea. Todas estas características são relacionadas no Deus revelado na
Bíblia.
Dadas
as evidências científicas que nós temos sobre o nosso universo e suas origens,
e reforçado por argumentos apresentados por filósofos por séculos, é altamente
provável que o universo teve um inicio absoluto. Desde que o universo, como
todas as demais coisas, não poderiam meramente passado a existir sem uma causa,
deve existir uma realidade transcendente além do tempo e do espaço que trouxe o
universo a existência. Esta entidade deve ser enormemente poderosa. Somente uma
mente transcendente e incorpórea se encaixa adequadamente com esta descrição,
como vimos acima. Para piorar a questão do Evolucionismo e do Ateísmo como um
todo, vamos analisar a cronologia das descobertas científicas da Origem do
Universo. Até 1917, os ateus pensavam que o Universo era necessário e a matéria
era eterna. Quais as implicações desses pensamentos? Se isso fosse verdade,
Deus não existe. Mas em 1917, Albert Einstein formulou a sua famosa Teoria da
Relatividade. Quais as implicações das descobertas de Einstein? O universo teve
origem em um passado finito. Implicações? Deus existe! Ele descobriu o evento
que os ateus denominaram de Big Bang. Vejamos mais ou menos como foi:[4]
1
– 1917 – Einstein formula a Teoria da Relatividade; Mas ela precisava ser
confirmada por outras observações científicas. Por exemplo, para que o universo
tivesse sido criado, o Universo teria que estar em expansão. O flash de luz de
quando o universo surgiu deveria ser encontrado. Todas as estrelas e galáxias
deveriam poder ser rastreadas até o ponto de onde elas surgiram.
2
– 1919 – O Astrônomo inglês Arthur Eddington, um ateu, fazendo um experimento
durante um eclipse solar, confirma que a Teoria de Einstein era verdadeira. Ele
ficou tão frustrado com a descoberta, por causa das implicações que disse: ―”Eu
preferiria ter encontrado um verdadeiro buraco”.[5]
3
– 1927 – O Astrônomo holandês William de Sitter descobriu que o Universo está
em expansão;[6]
4
– 1929 – O próprio Albert Einstein vai até o Observatório no Monte Wilson e vê
pelo telescópio o universo em expansão. Ele ficou tão impactado com essa
observação que proferiu a sua famosa frase: ―”Quero saber como Deus criou o
universo”;
5
– 1965 – Os cientistas Arno Penzias e Robert Wilson dos laboratórios Bell,
fazendo um experimento, descobriram uma luz avermelhada sendo captada pelas
antenas. Eles subiram nos telhados, limparam os dejetos de pombos e quando
voltaram, aquele brilho avermelhado vinha de todos os lados do Universo. Eles
haviam “tropeçado” na maior descoberta científica do século 19. Eles
descobriram a luz de quando o Universo foi criado; Quando eles foram receber o
prêmio Nobel de Física, eles leram o Salmo 19.1.
6
– 1989 – A Nasa lança um satélite de 200 milhões de dólares, chamado de COBE –
Cosmic Background Explorer. Tentando rastrear a semente de cada estrela e
galáxia no universo.
7
– 1992 – George Smoot, líder da pesquisa com o COBE, divulgou as descobertas do
satélite. Ele disse que era possível rastrear cada estrela ou galáxia até o
ponto de onde eles surgiram. Ele ficou tão impactado com a descoberta, que
disse: ―Se você é religioso é como estar olhando para Deus […] são marcas
mecânicas da criação do universo ou impressões digitais do Criador. Detalhe,
George Smoot é ateu.
Um
dos principais detalhes destas descobertas científicas era que antes dessa
criação, não existia exatamente nada. Nem tempo, espaço ou matéria. O que diz o
livro de Gênesis 1.1? ―No principio [tempo], criou Deus os céus [espaço] e a
terra [matéria].A evidência científica confirma o que a Bíblia já afirmava a
milhares de anos atrás.Como as coisas são engraçadas.
Argumento Teleológico – Deus
provê a melhor explicação para o ajuste fino do universo.
A
física contemporânea tem estabelecido que o universo é milimetricamente
ajustado para a existência de vida interativa e inteligente. Ou seja, para que
vida inteligente e interativa exista, as constantes e as quantidades
fundamentais da natureza devem estar em uma faixa incompreensivelmente estreita
para permitir a vida. Existem três explicações rivais a este ajuste fino
extraordinário: necessidade física, acaso ou design. Os dois primeiros são
altamente implausíveis, dadas as constantes e quantidades fundamentais independentes
das leis da natureza e as manobras desesperadas necessárias para salvar a
hipótese do acaso. Isto deixa o design como a melhor explicação. David Wood
afirma que existem duas versões principais do Argumento do Design: (1) o
Argumento da Sintonia Fina, e (2) o Argumento da Complexidade Biológica. Os
Físicos estão bem conscientes do fato de que as constantes no nosso universo
parecem tão bem ajustadas para a vida. Se a força gravitacional, a força
nuclear fraca, a força nuclear forte e a força eletromagnética fossem alterados
mesmo levemente, os seres humanos não existiriam. Desde que não existe nenhuma
explicação naturalista em porque estes valores deveriam estar exatamente
corretos para a vida, a sintonia fina do cosmos fornece uma forte evidência de
um projeto inteligente. Um cosmos ajustado de maneira primorosa para a vida, no
entanto, não nos fornece a vida. Passos adicionais são requeridos para alcançar
células vivas, organismos multicelulares, ecossistemas completos e
especialmente seres conscientes, auto reflexivos. A complexidade de até mesmo o
mais básico organismo vivo (deixe somente a complexidade de vida mais avançada)
é evidência adicional de um projeto inteligente (apud DEMBSKI & LICONA,
2010, p. 41).
Craig
afirmou, quando debateu com Flew em 1998, que durante os últimos trinta anos os
cientistas têm descoberto que a existência de vida inteligente depende de um
balanço delicado e complexo das condições iniciais dadas unicamente no próprio
Big Bang. Nós agora sabemos que universos onde a vida é impossível são
vastamente mais prováveis do que qualquer universo onde a vida é possível, como
o nosso. Qual é mais provável? Bem, a resposta é que as chances de existência
de um universo onde a vida é possível são tão infinitesimais quanto incompreensíveis
e incalculáveis (CRAIG, apud WALLACE 2003, p. 22). Craig, quando debatia com
Flew, também destacou sobre as constantes da física. Os dados que ele trás são
reveladores:
Por
exemplo, Stephen Hawking estimou que se a taxa de expansão do universo, um
segundo após o Big Bang tivesse sido menoraté mesmo em uma parte de cem mil
milhões de milhões, o universo teria entrado em colapso dentro de uma bola de
fogo ardente.
P.C.W.
Davies calculou que as probabilidades contra as condições iniciais serem
adequadas para a formação posterior das estrelas (sem as quais os planetas não
existiriam) é o número 1 seguido de um mil bilhões de bilhões de zeros no
mínimo.
Frank Tipler e John Barrow também estimaram que uma
mudança na força da gravidade ou na força fraca por apenas uma parte em 10100 teria impedido a permissão da vida no
universo.
Existem
cerca de 50 quantidades e constantes como estas, presentes no Big Bang que
deveriam ser finamente sintonizadas para que a vida fosse possível no universo.
E não é somente cada quantidade que deve ser finamente ajustada. As proporções
delas ligadas umas com as outras também devem ser extraordinariamente ajustadas
(CRAIG, apud WALLACE 2003, p. 24).
Estes
dados são incrivelmente relevantes e apontam, sem sombra de dúvidas, para o
Designer do Universo. Como afirmou o biólogo Jonathan Wells “Como todas as
outras teorias científicas, a evolução Darwiniana deve ser continuamente comparada
com a evidência. […] Se ela não se encaixa com a evidência, ela deve ser
reavaliada ou abandonada – do contrário isso não é ciência, mas mito” (STROBEL,
2004, p. 277.). Strobel escreveu, “Para abraçar o Darwinismo, a pessoa deve
crer que:
·
O nada produz tudo
·
A não vida produz
vida
·
Aleatoriedade
produz ajuste fino
·
Caos produz
informação
·
Inconsciência
produz consciência
·
Irracional produz
a razão.
E
ele arremata “Baseado nisto, eu fui forçado a concluir que o Darwinismo
requereria um salto cego de fé, coisa que eu não estava querendo fazer”
(STROBEL, 2004, p. 277).
Argumento Moral – Deus provê
a melhor explicação dos valores e obrigações morais objetivas
Mesmo
os ateus reconhecem que algumas coisas, por exemplo, o Holocausto, são
objetivamente más. Mas, se o ateísmo é verdadeiro, que bases existem para a
objetividade dos valores morais que nós afirmamos? Evolução? Condicionamento
Social? Estes fatores podem, na melhor das hipóteses, produzir em nós
sentimentos subjetivos que existem valores e obrigações morais objetivas, mas
eles não fazem nada para prover a base para estes sentimentos. Se a evolução
humana tomou um caminho diferente, um conjunto de sentimentos morais muito
diferentes pode ter evoluído. Em contraste, o próprio Deus serve como o
paradigma de bondade e seus mandamentos constituem nossas obrigações morais.
Assim, o teísmo provê a melhor explicação das obrigações e valores morais
objetivos.
Se
Deus não existe, então, valores morais objetivos não existem. Muitos teístas e
ateístas concordam semelhantemente nesse ponto. Por exemplo, Russel observou:
A
ética surge da pressão da comunidade sobre o individuo. O homem…nem sempre
sente instintivamente os princípios que são aplicados pelo seu grupo. O grupo,
ansioso que o individuo agisse em seu benefício, inventou vários dispositivos
para fazer os interesses do individuo alinharem-se com os do grupo. Um desses…é
a moralidade.
Michael
Ruse, um filósofo da ciência na Universidade de Guelph, concorda. Ele explica:
Moralidade
é uma adaptação biológica, não menos do que as mãos, os pés e os
dentes…considerados como uma racionalidade justificável, um conjunto de
declarações sobre alguma coisa objetiva, [ética] é ilusória. Eu aprecio quando
alguém diz ‘ame seu próximo como a si mesmo’; eles acham que estão se referindo
sobre e além de si mesmos…não obstante,….tal referência é verdadeiramente sem
fundamento. Moralidade é apenas uma ajuda à sobrevivência e reprodução…e
qualquer significado mais profundo é ilusório…
Friedrich
Nietzsche, o grande ateu do século dezenove que proclamou a morte de Deus,
entendeu que isso significava a destruição de todo o significado e valor da
vida. Eu acho que Friedrich Nietzsche estava certo. Mas nós temos que ser muito
cuidadosos aqui. A questão aqui não é: “Nós devemos crer em Deus a fim de viver
vidas morais?”. Eu não estou dizendo que nós devemos. Nem essa é a questão:
“Nós podemos reconhecer valores morais objetivos sem crer em Deus?”.
Eu
acho que nós podemos. Ao invés, a questão é: “Se Deus não existe, valores
morais objetivos existem?”.Como Russell e Ruse, eu não vejo qualquer razão para
achar que na ausência de Deus, a moralidade do grupo, evoluída do homo sapiens
é objetiva. Depois de tudo, se não existe nenhum Deus, então, o que há de tão
especial nos seres humanos? Eles são somente subprodutos acidentais da
natureza, os quais evoluíram relativamente a pouco tempo a partir de um grão de
poeira infinitesimal, perdidos em algum lugar em um universo hostil e sem
sentido, e condenados a perecer coletivamente e individualmente em um futuro
relativamente próximo. Na visão ateísta, como vimos, algumas ações – por
exemplo, estupro – podem não ser socialmente vantajosas e então, no curso do
desenvolvimento humano, tornaram-se um tabu. Mas isso não prova absolutamente
nada no sentido de que o estupro é realmente errado. Na visão ateísta, não há
nada realmente errado no fato de você estuprar alguém. Assim, sem Deus não
existe nenhum certo ou errado absoluto que se impõe em nossa consciência. Mas o
problema é que valores morais absolutos existem e, no fundo, eu acho que todos
nós sabemos disso (WALLACE 2003).
Segundo alguns ateus famosos, aqui estão algumas
conseqüências necessárias do ateísmo.Deus não existe; não existe nada, apenas o
mundo físico (Dan Barker – Protestsignatthe Washington State Capital).
Os seres humanos não são nada, apenas máquinas que geraram o DNA (Richard Dawkins – The God Delusion). A moralidade está
baseada em um consenso dos seres humanos (Gordon Stein – “The Great
Debate: Does God Exist?”). Se isso é verdade, então seria impossível
considerar as coisas como absolutos morais, leis da lógica ou a dignidade
humana; três coisas que todos entendemos ser indisputáveis (CÓLON, 2010). Antes
de prosseguir, é bom destacar o que significa padrões objetivos de moralidade.
Craig, quando debateu com o ateu Stephen Law, trouxe uma definição do que
significa o termo, ele disse: “Por valores morais objetivos, eu quero dizer os valores que são válidos e
obrigatórios quer as pessoas creiam neles ou não. Muitos teístas e ateus
concordam que se Deus não existe, então, os valores e as obrigações morais não
são objetivas neste sentido” (CRAIG & LAW, 2011). Considere o argumento
seguinte fornecido por David Wood:
1. Se Deus não existe, valores morais objetivos não
existem.
2. Valores morais objetivos existem.
3. Portanto, Deus existe. (apud DEMBSKI & LICONA,
2010, p. 41).
Uma das pessoas que defendia que os valores eram
estabelecidos unicamente pelo homem foi o filósofo humanista Paul Kurtz. Quando
Craig debateu com ele com o tema Is Goodness Without God Good
Enough? [a tradução livre ficaria assim: a bondade sem Deus é
boa o suficiente?]. Paul Kurtz, apesar de ateu, defende os valores morais a
parte de Deus e defende uma singularidade especial nos seres humanos também a
parte de Deus, apesar de defender que o homem não é nada! Craig percebeu a
falha do argumento dele na sua fala:
Em um livro recente, ele [Kurtz] utilmente
distingue três visões em resposta a
estas questões. O Teísmo mantém que os valores
morais são fundamentados em Deus. O Humanismo mantém
que os valores morais são fundamentados nos seres humanos. E o Nihilismo mantém que os valores morais não têm
absolutamente nenhum fundamento e, portanto são, por fim, ilusórios e não
comprometedores. Esta análise é instrutiva porque nos ajuda a ver que o Dr.
Kurtz está engajado em uma luta em dois fronts: de um lado contra o teísta e de
outro lado contra o niilista. Isto é importante porque nos ajuda a ver que o
humanismo não é uma posição sem concorrentes. Isto é, se o teísta está errado,
isto não quer dizer que o humanista está certo. Porque se Deus não existe,
talvez o niilista esteja certo. A fim de conduzir este caso, o Dr. Kurtz deve
vencer a ambos, o teísta e o niilista. Em particular, ele deve mostrar que na
ausência de Deus, o niilismo não seria verdade (CRAIG, apud KING & GARCIA,
2009, p. 29).
Ora,
se Deus não existe não existem valores morais objetivos. Afirmar que o homem
criou regras não as torna objetivas. Afirmar que valores são produtos da
evolução para a preservação da espécie não torna os valores objetivos. Todos os
seres vivos tem mecanismos de defesa inatos que os leva a luta pela
sobrevivência, e isso também não torna os valores objetivos. Estes mecanismos
não tornam os valores no mundo animal objetivos. Se o ateu não aceita a objetividade
dos valores ele terá que abraçar o Niilismo. Vamos analisar o problema do mal.
O Problema do Mal a Luz do
Ateísmo
1. Stephen Evans descreve o Problema do Mal com as
seguintes palavras: “Dificuldade colocada pela existência do mal (tanto o mal
moral e o mal natural) em um mundo criado por um Deus que é ao mesmo tempo
completamente bom e todo-poderoso. Alguns ateus argumentam que, se tal Deus
existisse, não haveria mal, uma vez que Deus iria tanto querer eliminar o mal e
seria capaz de fazê-lo. Um argumento que o mal é logicamente incompatível com a
realidade de Deus constitui a forma lógica ou dedutiva do problema. Um
argumento que o mal faz a existência de Deus improvável ou menos provável é
chamado de evidencial ou forma probabilística do problema. As respostas para o
problema incluem teodicéias que tentam explicar por que Deus permite o mal,
geralmente, especificando um bem maior que o mal faz possível, e defesas, que
argumentam que é razoável acreditar que Deus é justificado em permitir o mal, mesmo
se não sabemos quais são suas razões” (2002, p. 42). Mas o ateu tem o direito
de reivindicar o problema do mal? O mal é incompatível com a existência de
Deus?
Embora[7]
seja comum pensar que apenas os teístas tem que explicar a existência do mal, a
verdade é que cada visão de mundo tem a mesma obrigação. Religiões panteístas
orientais tentam contornar o problema, negando que o mal existe. O mal é uma
ilusão, eles dizem (e de acordo com eles, você também!). Os teístas dizem que
mal é real e tentam explicar como o mal e Deus podem coexistir. Os ateus tendem
a ficar no meio. De um lado eles estão alegando que não há bem, o mal ou a
justiça, porque só as coisas materiais existem – nós somos apenas máquinas
moleculares materiais “dançando ao som da música” do nosso DNA (como o próprio
Dawkins colocou). Por outro lado eles estão indignados com as grandes
injustiças e o mal feito por pessoas religiosas em nome de Deus [neste exemplo,
os islâmicos].
Bem,
os ateus não podem ter as duas coisas. Ou o mal existe ou não. Se ele não
existir, então os ateus devem parar de reclamar sobre as coisas “más” que as
pessoas religiosas têm feito, porque eles não têm realmente feito nada. Eles
estavam apenas “dançando ao som da música” de seu DNA. Afinal de contas, se o
ateísmo é verdadeiro, todos os comportamentos são apenas uma questão de
preferência. Por outro lado, se o mal realmente existe, então os ateus têm um
problema ainda maior. A existência do mal, na verdade, estabelece a existência
de Deus. Para explicar por que, precisamos voltar para Agostinho, que intrigado
com o seguinte argumento:
1. Deus criou todas as coisas.
2. O mal é uma coisa.
3. Portanto, Deus criou o mal.
Como
poderia um Deus bom criar o mal? Se essas duas primeiras premissas são
verdadeiras, Ele criou, e este é um problema para Deus. Então, Deus não deve
ser bom afinal de tudo. Mas então Agostinho percebeu que a segunda premissa não
é verdadeira. Enquanto o mal é real, ele não é uma “coisa”. O mal não existe
por si só. Ele só existe como uma falta ou uma deficiência em uma coisa boa.
O
mal é como a ferrugem em um carro: Se você tirar toda a ferrugem do carro, você
tem um carro melhor; se você tirar o carro da ferrugem, você não tem nada. Ou
você poderia dizer que o mal é como um corte em seu dedo: Se tirar o corte do
seu dedo, você tem um dedo melhor; se você tirar o dedo do corte, você não tem
nada. Em outras palavras, o mal só faz sentido no contexto do bem. É por isso
que com frequência descrevemos o mal como negações de coisas boas. Nós dizemos
que alguém é imoral, injusto, desleal, desonesto, etc.
Nós
poderíamos colocar desta forma: As sombras provam a luz do sol. Pode haver sol
sem sombras, mas não pode haver sombras sem luz do sol. Em outras palavras,
pode haver o bem sem o mal, mas não pode haver mal sem bem.
Assim,
o mal não pode existir a menos que o bem exista. Mas o bem não pode existir a
menos que Deus exista. Em outras palavras, não pode haver nenhum mal objetivo a
não ser que haja o bem objetivo, e não pode haver nenhum bem objetivo a não ser
que Deus exista. Se o mal é real – como as notícias recentes da França
claramente revelam – então Deus existe. O melhor que o mal pode fazer é mostrar
que há um demônio lá fora, mas não pode refutar Deus.
C.S.
Lewis era um ateu que pensava que o mal refutava Deus. Mais tarde, ele percebeu
que ele estava roubando de Deus, a fim de discutir com ele. Ele escreveu:
“[Como ateu] meu argumento contra Deus era que o universo parecia tão cruel e
injusto. Mas como eu tive essa ideia de justo e injusto? Um homem não chama uma
linha torta, a menos que ele tem alguma ideia de uma linha reta. Com o que eu
estava comparando este universo quando eu o chamei de injusto?” (TUREK, 2014,
p. 115). Ravi Zacharias chegou a mesma conclusão com a seguinte lógica, quando
conversava com um ateu:
Quando
o senhor afirma que existe o mal, não está admitindo que existe o bem? Quando o
senhor aceita a existência da bondade, está declarando uma lei moral com base
na qual diferencia o bem do mal. Mas quando o senhor admite uma lei moral, deve
reconhecer que há um legislador moral. Isso, porém, o senhor está tentando
desaprovar, não provar. Pois, se não existe legislador moral, não existe lei
moral. Se não existe lei moral. Se não existe lei moral, não existe o bem. Se
não existe o bem, não existe o mal. Qual é então a sua pergunta? (ZACHARIAS,
1997, p. 237).
Apesar
de toda discussão em torno do problema do mal no mundo entre cristãos e suas
diferenças sobre o assunto, o ateu não pode ter razões justificáveis de afirmar
que a existência do mal é incompatível com a existência de Deus. Não por algo
dentro da doutrina cristã, mas pela própria visão de mundo ateísta.
———————-
REFERÊNCIAS
CÓLON, Brian. Atheism: A Falsified Hypothesis. Disponível em:
http://www.apologetics315.com/2010/04/essay-atheism-falsified-hypothesis-by.html,
acesso em 01/01/2015
CRAIG, William Lane. A
Veracidade da Fé Cristã (H. U. Fuchs, trad.). São
Paulo: Edições Vida Nova, 2004.
CRAIG,
William Lane. The New Atheism and
Five Arguments for God. 2010. Disponível
em:
http://www.reasonablefaith.org/the-new-atheism-and-five-arguments-for-god#ixzz3QAelIaUc,
acesso: 28/01/2015
CRAIG,
William Lane; LAW, Stephen. Does
God Exist? The Craig-Law debate (2011). Disponível em: http://www.reasonablefaith.org/does-god-exist-the-craig-law-debate,
acesso em 01/01/2015
CRAIG,
William Lane; SMITH, Quentin. Does God Exist? Disponível
em http://www.reasonablefaith.org/does-god-exist-the-craig-smith-debate-2003,
acesso em 01/01/2015
D’SOUZA, Dinesh. A
Verdade sobre o Cristianismo: Por que a religião criada por Jesus é
moderna, fascinante e inquestionável; [tradução Valéria Lamim Delgado
Fernandes]. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008
DEMBSKI, William A; LICONA, Michael R (Ed.). Evidence for God: 50 Arguments for
Faith from the Bible, History, Philosophy and Science. Grand Rapids, MI: Baker
Books, 2010.
EVANS,
C. Stephen. Pocket Dictionary of Apologetics &
Philosophy of Religion. Downers
Grove, IL: InterVarsity Press, 2002.
GEISLER, Norman L. Enciclopédia
de Apologética (L. Noronha, trad.). São Paulo: Editora Vida, 2002.
GEISLER,
Norman L; TUREK, Frank. Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu (E.
Justino, trad.). São Paulo: Editora Vida, 2006.
KING, Nathan L.; GARCIA, Robert K. (Eds.). Is Goodness without God Good Enough?: A
Debate on Faith, Secularism, and Ethics. Lanham,
Maryland: Rowman & Littlefield Publishers, 2009
MARTINEZ, João Flávio. Curso
de Apologética Aplicada. São Paulo: Centro Apologético Cristão de
Pesquisas, 2014.
STROBEL,
Lee. The Case For A Creator: A Journalist
Investigates Scientific Evidence That Points Toward God. Grand
Rapids, Michigan: Zondervan, 2004
TUREK,
Frank. Stealing from God: Why atheists
need God to make their case. Colorado Springs, CO: NavPress, 2014
WALLACE,
Stan W (ed.). Does God
Exist? The Craig-Flew Debate. Burlington, USA: Ashgate Publishing,
2003
ZACHARIAS, Ravi. Pode
o Homem Viver sem Deus? São Paulo: Mundo Cristão, 1997
Autor: Por Walson Sales
————————–
[1]
Parte deste trecho da pesquisa sobre Apologética foi retirado e adaptado do
Curso de Apologética Aplicada ministrado pelo Pastor João Flávio Martinez,
Presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas – CACP. Salvo indicação
em contrário demonstrado por citação.
[2] Nota
importante: Apesar dos termos apologia e apologética serem semanticamente similares são,
entretanto, diferentes. Entendemos que o termo apologética reporta a uma ciência da apologia. É a ciência que
estabelece a verdade do Cristianismo como uma religião absoluta.
[3]
A apologética é um campo amplo e pode ser dividida em tipos. William Lane Craig
as apresenta como ofensiva (de afirmação) e defensiva (de negação) e as
subdivide em duas categorias: teologia natural e evidências cristãs. Que
envolve tais assuntos: argumento ontológico, cosmológico, teleológico e moral.
Ainda podem ser utilizados os seguintes argumentos: profecias bíblicas, as
afirmações radicais de Cristo sobre si mesmo e a credibilidade dos evangelhos
(2004, p. 15). Geisler as divide em 5 os tipos de sistemas apologéticos:
apologética clássica, evidencial, experimental, histórica e pressuposicional
(2002, p. 61-64).
[4]Todos
os itens numerados foram retirados de Geisler&Turek (2006) comentados e
ampliados pelo autor.
[5]
Mas depois, o grande astrônomo inglês, Arthur Eddington, declarou que se o
universo puder ser comparado a um relógio, o fato de que o tempo no relógio
está constantemente passando leva a conclusão de que houve um momento em que se
deu corda no relógio (apud D’SOUZA 2008, p. 139).Depois ele finalmente admitiu
a veracidade do Big Bang, reconheceu que “o começo parece apresentar
dificuldades insuperáveis a menos que concordemos em olhar para ele como algo
francamente sobrenatural” (Ibdem, p. 147).
[6]
No final da década de 1920, o astrônomo Edwin Hubble, olhando do telescópio de
dois metros e meio do Observatório do Monte Wilson, na Califórnia, observou
através do redshift (em termos simples, o desvio para o vermelho) da nebulosa
distante que as galáxias estavam se afastando rapidamente uma das outras. O
número de estrelas envolvidas nessa dispersão galáctica sugeria um universo
espantosamente vasto, muito maior do que qualquer pessoa havia imaginado.
Algumas galáxias estavam a milhões de anos-luz de distancia […] Hubble notou
que planetas e galáxias inteiras estavam se afastando uns dos outros em
velocidades fantásticas. Além disso, parecia que o próprio universo estava
ficando maior. O universo não estava se expandindo para o espaço de fundo,
porque o universo já contém todo o espaço que existe. Por incrível que pareça,
o próprio espaço estava se expandindo junto com o universo (D’SOUZA 2008, p.
140).
[7]
A partir daqui citarei de forma parafrásica o livro do Frank Turek (2014), ora
denominado (TUREK 2014, p. 115) pela pujança e força no argumento, salvo
indicação em contrário mencionado por citação.
[1] Alister Mc Grath
chama estas pontes de “ponto de contato”. Para ele a apologética fundamenta-se nas doutrinas da criação
e da redenção. Deus criou o mundo. Devemos
verificar as marcas da criação, os sinais de transcendência, sobretudo na vida
humana, que dão testemunho do Criador (cf Romanos 1- 2). Admite-se que há uma
memória no homem a respeito da conexão entre o empírico e o ideal, bem como
insinuações de sua restauração por meio da salvação. Cabe ao apologista mostrar
que o evangelho cristão é coerente com esses pontos de contato (21). Como estas
concepções podem ser usadas na apologética? (McGRATH, Alister.
Apologética cristã no século XXI).
[2]
CRAIG, W.L. Apologética para questões difíceis
da vida, SP, Vida Nova, 2010 – pg. 28.
[3]
FERNANDES, Robson T. Apologética: arte de
defender a fé – pgs. 6 e 7.
[4] Platão foi um dos principais filósofos gregos
da Antiguidade. Ele nasceu em Atenas, por volta de 427/28 a.C., foi seguidor de
Sócrates e mestre de Aristóteles.
Em
Platão a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim
soluções para os dilemas existenciais. Esta práxis, porém, assume no intelecto
a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento
filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia,
para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o
homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. A
primeira (inteligível) se refere à vida concreta, duradoura, não submetida a
mudanças. A outra (sensível) está ligada ao universo das percepções, de tudo
que toca os sentidos, um real que sofre mutações e que reproduz neste plano
efêmero as realidades permanentes da esfera inteligível. Este conceito é
concebido como Teoria das Ideias ou Teoria das Formas.
Segundo
Platão, o
espírito humano se encontra temporariamente aprisionado no corpo material, no que ele considera a ‘caverna’ onde o ser se isola da
verdadeira realidade, vivendo nas sombras, à espera de um dia entrar em contato
concreto com a luz externa. Assim, a matéria é adversária da alma, os sentidos
se contrapõem à mente, a paixão se opõe à razão. Para ele, tudo nasce, se
desenvolve e morre. O Homem deve, porém, transcender este estado, tornar-se
livre do corpo e então ser capaz de admirar a esfera inteligível, seu objetivo
maior. O ser é irresistivelmente atraído de volta para este universo original
através do que Platão chama de amor nostálgico, o famoso eros platônico.
Platão desenvolveu conceitos
os mais diversos, transitando da metafísica para a política, destas para a
teoria do conhecimento, abrangendo as principais esferas dos interesses
humanos.
De uma maneira
geral, os elementos centrais do pensamento platônico são:
· A desconfiança
dos sentidos - A doutrina das ideias, onde os objetos do conhecimento se
distinguem das coisas naturais;
· A confiança
absoluta no poder da razão - A superioridade da sabedoria sobre o saber, uma
espécie de objetivo político para a filosofia;
· A necessidade da
existência do mundo ideal para fazer possível a verdadeira ciência - A Dialética, enquanto
procedimento científico;
·
A
necessidade da purificação e do amor para a aquisição da verdade filosófica.
[5] O estoicismo (do grego Στωικισμός)
é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cício no início do século III a.C. O
estoicismo afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino
(noção que os estoicos tomam de Heráclito de Éfeso e desenvolvem). A alma está
identificada com esse princípio divino como parte
de um todo ao qual pertence. Esse logos (ou razão universal) ordena
todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o
mundo é um kosmos (termo grego que
significa "harmonia" – de onde se deriva a palavra cosmético).
O
estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da
natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é
externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural, reconhecendo-se como uma
peça na grande ordem e propósito do universo, devendo, assim, manter a
serenidade perante tanto as tragédias quanto as coisas boas. A partir disso,
surgem duas consequências éticas. Primeiro, deve-se "viver conforme a
natureza", e sendo a natureza essencialmente o logos essa máxima é prescrição para se viver
de acordo com a razão. Segundo, sendo a razão aquilo por meio do que o homem
torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos
objetos externos, mas usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual
não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.
O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da
firmeza como um meio de superar emoções destrutivas. A ética estoica defende
uma perspectiva determinista. um estoico de virtude, por sua vez, alteraria a
sua vontade para se adequar ao mundo e permanecer, nas palavras de Epicteto,
"doente e ainda feliz, em perigo e ainda assim feliz, morrendo e ainda
assim feliz, no exílio e feliz, na desgraça e feliz".
[6] Filósofo e
teólogo italiano. A sua obra marca uma etapa fundamental na escolástica. É ele
que prossegue e conclui o trabalho de Alberto Magno. Monge dominicano ficou
conhecido como o «doutor angélico». Em 1879, as suas obras foram reconhecidas
como sendo a base da teologia católica. A filosofia de Tomás de
Aquino é conhecida como tomismo.
Na Suma Contra
os Gentios, São Tomás de Aquino explica que há três modos pelos quais o
homem pode conhecer às coisas divinas:
·
mediante a luz natural da razão e
pelas criaturas
·
a verdade divina que excede o
intelecto humano, desce até nós pela revelação
· a mente humana é elevada à perfeita intuição das
coisas reveladas.
[7] Karl Barth
nasceu em Basel, Suiça, no dia 10 de maio de 1886. Barth foi um teólogo de
confissão calvinista. Filho de pais religiosos, educado em meio a pastores
conservadores.
Conhecida
como teologia dialética ou teologia da crise, a obra de Barth é um vigoroso
protesto contra o chamado neoprotestantismo,
que predominou no século XIX e até a primeira guerra mundial.
É também um restabelecimento das afirmações básicas da Reforma do século XVI.
A
teologia de Barth está sistematizada principalmente em Die Christliche Dogmatik (A dogmática cristã)
[8] Um dos teólogos mais influentes do século XX, Rudolf
Bultmann (1884-1976) se destacou com seus escritos históricos e interpretativos
sobre o Novo Testamento. Ele foi, durante muitos anos, catedrático da
Universidade de Marburg, na Alemanha.
Segundo
Bultmann, a tarefa da teologia é a de descobrir um “conceptualismo”, cujos
termos pudessem aproximar a mensagem do Novo Testamento a cosmovisão moderna.
Em correspondência pessoal, ele sempre afirmou sua intenção proclamar uma
mensagem contextualizada, ele se referiu certa vez a uma senhora que retornou à
Igreja, depois de muito tempo afastada, por causa da leitura de um de seus
livros.
Apoiando-se num
esquema interpretativo existencialista, bastante influenciado pôr Martin
Heidegger, seu colega na Universidade de Marburg, Bultmann passou sua vida
lendo o Novo Testamento, como se fosse um documento heideggeriano, e se valendo
de métodos histórico-críticos para eliminar do texto os elementos resistentes
ao sistema filosófico existencialista.
Ele se propõe
para a teologia a tarefa de desmitologizar a proclamação cristã, descobrindo a
verdade que está inserida na concepção mítica do universo do Novo Testamento. A
preocupação de Bultmann não era a eliminação dos mitos, pelo contrário, ele
procurou uma reinterpretação da linguagem mitológica da Bíblia.
O alvo de
Bultmann ao interpretar os mitos bíblicos era ressaltar a natureza da fé. Nesta
ênfase à fé, manteve-se firme nas tradições de Paulo e de Lutero.
Bultmann crê que
o Novo Testamento contém a Kerigma [5] salvadora de Cristo. A
desmitologização consite em desnudar o mito do Novo Testamento e descobrir a Kerigma original.
[10]
CRAIG, W.L. Apologética para questões difíceis
da vida, SP, Vida Nova, 2010 – pg.127.
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