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sábado, 18 de dezembro de 2010

RECONCILIAÇÃO 2 - AS IMPLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO

AS IMPLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO

A Palavra de Deus nos afirma que todos nós recebemos um ministério. Entretanto temos muito pouco estudo sobre este ministério e o pouco que temos não abrange todas as dimensões deste.

Estou me referindo ao ministério da reconciliação. Como igreja nos esforçamos através da evangelização para fazer conhecido aos homens a reconciliação conquistada por Cristo. Contudo nosso esforço se faz presente apenas na área da relação Deus e os homens.

Não pretendo criar um tratado teológico para os nossos dias, mas tentar compreender através deste ministério o que deveríamos fazer como líderes da Igreja de Cristo hoje.

Espero no final deste livro poder responder a seguinte pergunta: De que forma o ministério da reconciliação pode nos ajudar a ter um mundo melhor?




SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I - O SIGNIFICADO DE RECONCILIAÇÃO

CAPÍTULO II - QUANDO A RECONCILIAÇÃO OCORREU

CAPÍTULO III - POR QUE DEUS TEVE QUE NOS RECONCILIAR CONSIGO
MESMO
1. Por causa do Pecado
2. Por causa da Impossibilidade do homem se aproximar de Deus

CAPÍTULO IV - A DIMENSÃO DESSA RECONCILIAÇÃO

CAPÍTULO V - AS IMPLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
PARA A IGREJA
1. A Igreja deve levar os seres humanos a se reconciliarem com Deus 19
2. A Igreja deve levar a humanidade a se reconciliar com o mundo criado 20
2.1. Reconciliação com os seus semelhantes 20
2.2. Reconciliação com toda a natureza 21

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA




INTRODUÇÃO

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5:18).

“Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros também sejam amigos dele.”(NTLH)



Paulo expressa neste quinto capítulo de sua segunda carta aos coríntios a obra da reconciliação feita por Deus. O apóstolo deixa bem claro que tudo provém de Deus, ele se refere à obra da salvação, onde Deus faz do ser humano uma nova criatura, dentro desta idéia de nova criatura, nasce na visão de Paulo um novo relacionamento entre Deus e os homens. Este novo relacionamento surge mediante a obra de Jesus Cristo.

O apóstolo está preocupado em deixar claro que essa reconciliação entre Deus e os homens é obra da maravilhosa graça de Deus, dada a nós quando Deus tomou a iniciativa de em Cristo Jesus remover todas as barreiras que impediam nossa aproximação.

A palavra reconciliou está no aoristo, o que indica que a reconciliação já se deu. Deus já derrubou, destruiu todas as muralhas que nos impediam de chegar até Ele. Entretanto, quando lemos que Deus nos deu o ministério da reconciliação, fica evidente que este processo conciliatório embora já tenha sido feito por Deus ainda não está finalizado.

Por isso, encontramos Paulo dizendo que Deus nos confiou a palavra da reconciliação (2Co 5:19). Deus já efetuou a reconciliação em Cristo Jesus, é necessário que anunciemos esta verdade, a fim de que todos possam desfrutar desta reconciliação. Todo aquele que já experimentou a reconciliação se torna um mensageiro dessa reconciliação.

Poderíamos fazer uma exegese deste texto o que seria muito interessante, entretanto meu objetivo é apenas analisar as implicações deste ministério da reconciliação para nossas vidas e qual a abrangência desta reconciliação.

Portanto, iniciaremos compreendendo melhor o que significa reconciliação, passaremos depois a analisar quando ela ocorreu, porque Deus teve que nos reconciliar, qual a dimensão dessa reconciliação e que implicações ela tem para nós, a igreja de Cristo hoje.



CAPÍTULO I


O SIGNIFICADO DE RECONCILIAÇÃO

A palavra grega para reconciliação é (katalasso). Reconciliação é o ato ou efeito de reconciliar, restabelecer uma amizade que fora quebrada, restabelecer a paz. Através destas palavras, fica evidente que reconciliação significa harmonizar novamente, isto é, conciliar novamente.

Só existe reconciliação onde houve uma quebra dessa harmonia, onde algo causou o rompimento entre duas partes, de forma que uma se tornou hostil à outra.

Acredito que não há dificuldade para ninguém entender que quem quebrou este relacionamento foi o homem. O livro de Gênesis nos relata sobre a queda do homem, sua rebelião a Deus. Quando o homem e a mulher caíram na tentação de serem como Deus eles quebraram a harmonia que havia entre eles e Deus.

O pecado é a causa da alienação do homem de Deus. A rebelião do homem e da mulher quebrou a comunhão que existia entre eles e Deus. O homem e a mulher deixaram de estar conciliados com Deus.

Paulo não gasta muito tempo em suas epistolas falando de reconciliação, mas essa idéia de reconciliação está muito ligada com a doutrina da justificação. Por exemplo: quando lemos “justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1). Temos paz com Deus, porque fomos justificados. A justificação nos colocou em harmonia novamente com Deus. Em outras palavras, a justificação nos reconciliou com Deus. Podemos entender que reconciliação é fruto da justificação ou que ambas acontecem ao mesmo tempo.

Ladd propõe algumas perguntas sobre a doutrina da reconciliação “estará Deus alienado do homem? Será que Deus também, como o homem, precisa se reconciliar? Está a reconciliação esgotada na esfera subjetiva da experiência humana, ou é a reconciliação também uma realização objetiva exterior à experiência humana? É possível que a reconciliação signifique que a ira de Deus tem que ser transformada em amor, antes que o homem possa ser salvo? ”

Para muitos, somente a atitude rebelde e hostil do homem para com Deus precisa ser reconciliada com Deus. Existem alguns teólogos que acreditam que a reconciliação só pode existir uma vez que a ira de Deus seja acalmada. Cito as palavras de Bruce Milne como representante deste pensamento:



“O ensinamento bíblico é muito mal interpretado quando a reconciliação se restringe à nossa parte no relacionamento, como se fosse simplesmente à nossa atitude que necessita de mudança. Embora possa chegar a ser muito distorcida, a ira de Deus é uma realidade bíblica solene (Êx 22:24; Sl 78:31; Os 5:10; Lc 3:7; Jo 3:36). Sugerir, como fazem alguns, que a cruz demonstra apenas o amor de um Deus que já está reconciliado conosco, é ignorar a ira divina e perder de vista o verdadeiro propósito da cruz.” .



Tal ponto de vista não parece muito próprio para o Deus da graça ou o Deus gracioso apresentado pelos apóstolos.

Paulo, ao falar da reconciliação, sempre deixa claro que Deus é o sujeito da reconciliação e o homem, ou o mundo é o objeto dessa reconciliação.

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5:19). “Fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho” (Rm 5:10). “A vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte” (Cl l:21,22). A reconciliação é obra de Deus.

Deus é autor da reconciliação, ele tomou a iniciativa e ele proveu os meios para que essa reconciliação fosse feita. Deus sendo amor buscou reconciliar-se com o homem, mas não podemos de forma alguma pensar que era Deus que necessitava dessa reconciliação. Deus é amor eterno e prova Seu amor (Jo 3:16) dando seu Filho para que todo o que Nele crer tenha vida eterna. Segundo o apóstolo Paulo, Deus prova seu amor também no fato de ter dado seu filho quando nós ainda éramos pecadores (Rm 5:8). O sacrifício de Cristo na cruz foi a prova do amor de Deus pela sua criação.

Acredito que a resposta para esse dilema está na doutrina da justificação. Se entendermos que Deus mudou sua forma hostil de olhar para o homem após este ser justificado, entendemos que Deus mudou seu relacionamento com o homem de hostil para amigável. Contudo, se entendemos que Deus não mudou sua atitude para com o homem, isto significa que Deus nunca foi hostil ao homem, mas apenas pode livremente demonstrar seu amor, que antes era impedido pelo seu desejo de fazer justiça, significa que Deus não mudou seu relacionamento com o homem, apenas, pode, uma vez que o homem foi justificado, se relacionar com o homem livremente.

A reconciliação é maravilhosa porque enquanto o homem vivia num estado de inimizade com Deus, Ele operou a obra da reconciliação fazendo com que desta forma todos os homens pudessem receber as dádivas de seu amor.



CAPÍTULO II


QUANDO A RECONCILIAÇÃO OCORREU

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5:10).



Paulo nos diz que fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho Jesus. Podemos afirmar que nossa reconciliação com Deus aconteceu na morte de Jesus Cristo, assim como a justificação de nossos pecados. Uma vez justificados, passamos a ter um novo relacionamento com Deus.

A reconciliação ocorreu na cruz, esta é a mensagem da cruz: que Cristo nos reconciliou com Deus através de seu sangue, doando sua própria vida. Esta obra é totalmente divina, é a manifestação da graça de Deus, não requer nada do homem. O homem nada faz para que Deus o reconcilie com ele.

Ladd diz que “a reconciliação é, antes de tudo, um ato divino, objetivo, pelo qual Deus removeu a barreira do pecado, que separava o homem de Deus, e tornou possível a restauração do relacionamento do homem com Deus. Este ato foi realizado quando os homens eram objetivamente inimigos de Deus e subjetivamente hostis a ele” .

O apóstolo Paulo afirma que Deus nos reconciliou por meio de Cristo quando ainda éramos pecadores. Paulo diz as seguintes palavras para os irmãos da igreja de Colossos: “e a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Cl 2:13, 14). Esta afirmação de Paulo deixa claro que não devemos mais nada a Deus, pois Cristo pagou toda a nossa dívida. Portanto estamos em paz com Deus, justificados em Cristo. O marco desta afirmação é a cruz. Antes da cruz estávamos em conflito com Deus, após a cruz temos paz com Deus. Não estou dizendo que a cruz possui em si mesma poder, mas que ela é o marco da história da reconciliação, pois foi por meio da cruz que Cristo pagou o preço de nossa salvação, do nosso perdão, da nossa reconciliação.

Da mesma maneira que a quebra da conciliação, da harmonia, aconteceu com a queda do homem e da mulher através de Adão e Eva, a reconciliação acontece através de Jesus. Uma vez que entendemos que o pecado se tornou universal através de Adão e Eva, a reconciliação se torna universal através de Jesus.

Surge em nossas mentes uma pergunta. Por que não vivemos reconciliados? Diante desta pergunta temos algumas respostas possíveis.

Primeiro, se pensarmos subjetivamente Paulo no capítulo cinco, a partir do versículo doze, de sua carta aos Romanos argumenta que por meio de Adão veio o pecado, com o pecado a morte; contudo ele afirma que através de Jesus Cristo veio a graça, com a graça a vida. Conclui o apóstolo que o fim da graça é a manifestação de vida para todos os que crêem em Jesus Cristo O verso dezessete nos diz “muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de Jesus”. Paulo nos dá a entender que o homem necessita receber esta graça. O homem deve fazer isto mediante a fé. Devemos deixar bem claro que Deus já reconciliou o homem com ele, o pecado do homem é não aceitar esta reconciliação, é continuar se rebelando contra Deus, negando a obra de Jesus Cristo.

Este é o aspecto subjetivo da reconciliação, o homem não vive a reconciliação e não desfruta de seus resultados porque não a abraçou.

Segundo, se estivermos pensando em nossa reconciliação com o mundo criado, esta não se deu porque vivemos o dualismo do “já” e o “ainda não”. A reconciliação já foi feita, é fato consumado, entretanto ela se manifestará completamente quando Jesus Cristo nos libertar da corrupção que ainda opera em nosso mundo, isto é, na parousia.

Morris afirma que podemos dizer que a reconciliação, em certo sentido, foi realizada fora do homem, antes que qualquer coisa tivesse acontecido no íntimo do homem. Portanto, uma reconciliação que pode ser recebida. Deus ofereceu-nos a reconciliação em Cristo antes que o homem pudesse recebê-la. Esta reconciliação foi preparada para o homem antes da fundação do mundo e foi concretizada na cruz (Ef 1:3-5).



CAPÍTULO III


POR QUE DEUS TEVE QUE NOS RECONCILIAR CONSIGO MESMO?

A reconciliação acontece junto com a justificação, de tal modo, que assim como a justificação, ela não pode ser alcançada pelo homem. A reconciliação não é primeiramente uma mudança na atitude do homem, mas é um ato de Deus para com o homem. Deus promoveu a reconciliação e não o homem. Deus o fez enquanto éramos inimigos e o fez através de Jesus Cristo. O que prova o amor de Deus é o fato que Deus não se reconcilia conosco quando nós cremos em Jesus, mas nos reconciliou com Ele quando Jesus foi sacrificado na cruz (Rm 5:10). Portanto, a reconciliação é uma dádiva e não uma conquista do homem. Ela vem de Deus ao homem e não é direta ou indiretamente devida a nenhum ato do próprio homem. Na verdade, já estamos reconciliados com Deus em Cristo Jesus, ao homem agora cabe apenas crer nessa reconciliação.

Analisemos o por que Deus teve que nos reconciliar consigo mesmo em Jesus Cristo.



1. Por causa do pecado

No livro de Gênesis (Gn 3) encontramos a narrativa da queda da humanidade, onde homem e mulher se rebelaram contra Deus. Não nos importa se compreendemos esta história como mito , como acontecimento literal; o importante é que compreendamos que ela aponta que homem e mulher se rebelaram contra Deus.

Segundo esta narrativa, o pecado dos seres humanos consiste em ter se rebelado contra sua própria finitude, contra o fato de serem seres criados. “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5). Faço o grifo na palavra “como” para chamar a atenção que desde o início da criação o ser humano busca ser como Deus. Este é o grande pecado do homem, esta é a rebelião da criatura humana. O ser humano demonstra segundo a narrativa de Gênesis um forte desejo de ser independente de Deus, de viver por si mesmo.

Bruce Milne, em seu livro “Estudando as Doutrinas da Bíblia”, diz que:



“O aspecto mais característico do pecado é ser ele dirigido contra Deus (cf. Sl 51:4; Rm 8:7; Tg 4:4). Qualquer idéia que minimiza este elemento, como, por exemplo, a noção do pecado ser egoísmo, subestima seriamente sua gravidade. Sua maior manifestação é a sugestão de Satanás de que o homem poderia usurpar a posição de seu Criador: “como Deus sereis...” (Gn 3:5). Na queda, o homem procurou igualar-se a Deus (cf. Fp 2:6ss), tentou afirmar sua independência dele e pôs em dúvida a integridade do Criador e sua provisão cheia de amor...” .



O contraste é que quanto mais a humanidade busca viver independente de Deus, mais ela se desumaniza.

O pecado de Adão continua agindo em toda raça humana. Todos somos pecadores (Rm 3:23). A universalidade do pecado se encontra também nas palavras de Paulo “por um só homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5:12). Todos seres humanos de fato continuam pecando como Adão. Todos sem exceção agem em rebelião contra Deus. Todos, de uma forma ou de outra, buscam viver independentes de Deus, buscam viver sem comunhão com Deus.

Embora nos pareça a uma primeira vista que todos os homens desejam ter comunhão com Deus, que todos de alguma forma demonstram um profundo desejo de conhecer Deus. Afirmamos isso, porque em todas as culturas percebemos que há uma divindade por trás de suas vidas. Toda cultura tem sua religião e seus deuses. Contudo, precisamos estar atentos que mesmo estes deuses criados pelos seres humanos, são uma forma de se rebelar contra o verdadeiro e único Deus. Esta é uma forma que os seres humanos encontram para dizer que servem a um deus, ou pelo menos conseguir abafar o clamor de suas almas que gemem pelo encontro com Deus, pelo encontro com a vida, pela reconciliação com o seu criador.

No fundo, o homem cria deuses que ele possa manipular, de forma que ele sempre seja o deus sobre os deuses.

O pecado é uma força operante no homem que o afasta de Deus, é uma força que o empurra para longe de qualquer forma de conciliação com Deus.

Diante deste fato, Deus vem ao encontro do homem. Ao encontrar o ser humano caído, dominado pelo pecado, Deus manifesta sua graça prometendo um caminho de retorno ao ser humano (Gn 3:15).

É importante lembrarmos que o pecado trouxe também à Terra uma quebra da harmonia que existia em sua criação. No relato da criação, encontramos as seguintes palavras de Deus: “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Podemos concluir que tudo estava em harmonia, quando Deus terminou a obra da criação. Com a queda do homem, a harmonia se quebrou afetando também a Terra. “Maldita é a terra por tua causa:... Ela produzirá também cardos e abrolhos...” (Gn 3:17-18). A terra se tornou maldita após a queda do homem. Todo o sistema criado por Deus se quebrou na queda do homem.

Quando Deus busca reconciliar o homem consigo, Ele também está buscando reconciliar a Terra novamente, isto é, fazer com que tudo volte a ficar “muito bom” como na criação.



2. Por causa da impossibilidade do homem se aproximar de Deus

A humanidade não consegue por si mesma vencer sua natureza pecaminosa, o homem e a mulher não conseguem por si mesmos quebrar o poder desta força que opera em todo seu ser. O pecado dominou o ser humano. A verdade é que o pecado escravizou o ser humano.

Paulo afirma isto em sua carta aos Romanos: “Porque, quando éreis escravos do pecado...” (Rm 6:20); “mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (Rm 7:23).

Sendo o homem escravo desta natureza pecaminosa, este não tem possibilidade alguma de pagar o preço para que fosse justificado diante de Deus. O homem só poderia ter novamente uma vida (re)conciliada com Deus sendo justo, pois Deus é justo. A justiça de Deus não permitiria de forma alguma que o ser humano se apresentasse diante Dele injustamente. Como Deus sendo justo poderia conviver com o injusto, sem exercer sua justiça?

Ladd fala o seguinte a respeito deste pensamento:



A reconciliação tem, basicamente, a ver não com as atitudes dos homens para com Deus, mas com a atitude de Deus para com os homens e seus pecados. Os homens são eticamente pecadores; e, quando Deus lhes imputa suas transgressões contra eles, ele tem que encará-los como pecadores, como inimigos, como os objetivos da ira divina; pois é uma necessidade ética e religiosa que a santidade de Deus se manifeste em ira contra o pecado. A reconciliação é um ato de Deus, iniciado por seu amor, em virtude da qual Deus não mais imputa aos homens os seus pecados; ela tem a ver com a atitude divina para com os homens, que tem como resultado que Deus não mais encara os homens como inimigos, como ocupando uma posição hostil. A barreira do pecado foi eliminada. Deus libertou os homens da culpa e do débito do pecado, e isto foi inteiramente realizado através da iniciativa divina, não por capacidade humana. Assim, a reconciliação faz uma diferença tanto para Deus como para os homens” .



Quando afirmamos a universalidade do pecado como Paulo o fez citando o Antigo Testamento “não há justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3:10-12). É importante que compreendamos a universalidade do pecado, no sentido de que a extensão do pecado é total na vida do ser humano. Esta afirmação tem sido expressa como depravação total. Segundo Bruce depravação total “não implica que sejamos tão maus quanto seria possível, o que nos igualaria aos demônios; porém nenhum aspecto de nossa natureza é deixado intacto pelo pecado; não podemos citar qualquer área de nossa personalidade para reivindicar autojustificação moral” .

Uma vez que não temos como nos autojustificar, não temos como nos aproximar de um Deus santíssimo e justo. Diante deste fato, somente Deus poderia em fim nos reconciliar consigo mesmo.



CAPÍTULO IV


A DIMENSÃO DESSA RECONCILIAÇÃO

Ao falarmos da dimensão da reconciliação precisamos compreender que estaremos analisando a dimensão da salvação. Em Cristo Jesus, Deus estava salvando somente o homem ou estava salvando toda sua criação? Se Deus estava salvando apenas o ser humano podemos cair na tentação de pensar que a reconciliação é apenas entre Deus e os homens. Entretanto, se pensarmos que a salvação de Cristo Jesus tem por finalidade alcançar toda a criação, então, podemos dizer que a reconciliação não é apenas entre os homens e Deus, mas entre Deus e toda sua criação.

A narração da queda do ser humano nos mostra algumas conseqüências para toda criação. Em primeiro lugar, o ser humano passou a viver em desarmonia consigo mesmo (Gn 3:3-7). O ser humano não aceitou sua finitude, o que lhe causou um desejo de ser como Deus. Em segundo lugar passou a viver em desarmonia com o mundo espiritual (Gn 3:15, 23, 24). Uma vez que o ser humano se rebela contra Deus, não aceita sua natureza finita, ele cria uma relação desarmoniosa com Deus e com as demais criaturas espirituais. Sua inconformidade em ser uma criatura o coloca em desarmonia com a terra também (Gn 3:17-19). A humanidade perde os benefícios que a terra lhe produzia prazerosamente e passa a ter que trabalhar duramente para poder sobreviver.

A queda causou uma desarmonia cosmológica, isto é, atingiu toda estrutura criada, danificou toda relação da natureza, criando uma nova estrutura de relação do cosmo. Portanto, uma reconciliação entre Deus e os homens somente seria insuficiente para harmonizar o cosmo.

Driver diz que a dimensão da reconciliação alcança o cosmo. “A salvação que resulta da vida, morte e ressurreição de Cristo não só tem alcance que afetam o pessoal e o social senão também o cósmico. Um texto Paulino relaciona especificamente a salvação cósmica com a morte reconciliadora de Cristo (Co 1:15-20) ”.

Colin Kruse tem uma posição diferente de Driver. Kruse afirma que a palavra “mundo” de 2 Co 5:19 “dificilmente se aplica à criação, visto que as transgressões sob referência são as da humanidade, sendo muito difícil entender que se aplicam extensivamente a todos os seres humanos individualmente, pois, noutra passagem, Paulo deixa implícito que os pecados dos incrédulos lhes serão imputados (cf. Rm 1:18-32; 2:5-11; Ef 5:3-6; Cl 3:5-6)”.

Devemos cuidar neste ponto para não enveredarmos por caminhos perigosos. A salvação que nos foi dada em Cristo Jesus só será experimentada pelos que crerem. Quando dizemos que toda criação, toda a terra ou todo o cosmos aguarda os benefícios desta reconciliação devemos compreender que estamos falando da relação harmônica que existia antes da queda do homem. O ser humano, enquanto no Éden, vivia em harmonia perfeita com Deus (o mundo espiritual), consigo mesmo e com a terra (natureza).

Paulo diz que “a ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angustia até agora” (Rm 8:19-22).

Estas palavras do apóstolo Paulo nos mostram que toda natureza sofreu após a queda de Adão e Eva, a harmonia entre o homem e a terra se quebrou como podemos ver descrito no livro de Gênesis. Paulo entende que quando Jesus se manifestar novamente toda a criação será restaurada, de forma que o homem e a terra viverão em harmonia novamente.

A visão de Paulo vai mais longe, ele compreende que a reconciliação de Jesus também reconciliou o mundo espiritual, trazendo a condenação definitiva da serpente e ao mesmo tempo restaurando a comunhão do homem com Deus. Nas palavras de Paulo, Deus fez “convergir nele (Jesus) , na dispensação da plenitude dos tempos todas as cousas, tanto as do céu como as da terra ” (Ef 1:10).

A intenção de Paulo não é ensinar que todas as criaturas serão participantes da mesma glória com os filhos de Deus, mas que participarão, a seu próprio modo, de um estado muitíssimo superior, visto que Deus restaurará o presente mundo degenerado a uma condição de perfeição em concomitância com a raça humana.

Os apóstolos Pedro e João também fazem menções da reconciliação de Jesus com toda criação. Pedro, em sua segunda carta, diz: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra , nos quais habita justiça” (2 Pe 3:13). João diz: “Vi novo céu e nova terra , pois o primeiro céu e a primeira terra passaram..” (Ap 21:1).

A harmonia entre o homem e a terra se deve à reconciliação feita na cruz por Jesus Cristo. Os discípulos de Jesus entenderam que em Cristo e por meio de Cristo, todo o cosmo se reconciliará novamente. Essa compreensão já era demonstrada pelos profetas no Antigo Testamento.

A visão de que o Messias reconciliaria toda a criação aparece em vários textos do Antigo Testamento, contudo vou destacar apenas alguns:



“O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11:6-10).

“Pois eis que crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá memória delas ... Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, ... Eles edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto” (Is 65:17, 20, 21).

“Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66:22).



O profeta Isaias nos mostra a reconciliação da criação. Os animais passam a viver em harmonia um com o outro. O profeta anuncia a reconciliação do homem com a natureza criada mediante a obra reconciliadora do Messias. A salvação que o Messias trará ao ser humano também o salvará da maldição que havia sido colocada por Deus entre o ser humano e a terra.

Zacarias também fala da reconciliação que o Messias traria a terra, mas Zacarias fala da reconciliação na perspectiva da justiça e da paz.



“Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu te lavrarei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira” (Zc 3:9-10).



A reconciliação é entendida também como reconciliação social. O Messias traria paz para Israel e para as nações, seu reinado implicaria numa nova vida social. A justiça seria realizada por meio do Messias de forma que todos viveriam em paz, porque o Messias reinará com justiça sobre todos os povos (Mi 4:1-8; Zc 9:10).





CAPÍTULO V


AS IMPLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO PARA A IGREJA

Paulo em sua segunda carta aos coríntios diz que “Deus estava reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2 Co 5:19).

A partir da reconciliação de Deus com o mundo iremos analisar as implicações do ministério da reconciliação para a igreja.

A igreja deve ser a portadora do ministério da reconciliação. Este ministério deve ser tão abrangente quanto foi a obra da reconciliação que Jesus Cristo efetuou na cruz.



1. A Igreja deve levar os seres humanos a se reconciliarem com Deus

O pecado criou uma relação de desarmonia entre Deus e os homens. Contudo Deus já realizou a obra da reconciliação, por meio de Jesus Cristo.

O conflito entre Deus e o ser humano também pode ser entendido como a causa do conflito que ocorre no interior do homem. Uma vez que o homem perdeu o sentido de sua existência ao se rebelar contra o seu Criador, passou a ter um conflito interno. O ser humano perdeu a direção, perdeu o sentido claro de sua existência e se tornou um ser ambíguo, cheio de impulsos conflitantes. “A perda do verdadeiro autoconhecimento leva ao erro da auto-idealização narcisista, ou ao erro da autocondenação neurótica por padrões irreais. Somos incapazes de julgar-nos corretamente, mas não conseguimos entregar tudo a Deus e deixar que ele seja o nosso juiz (1 Co 4:3ss)” .

Somente na reconciliação com Deus o homem consegue superar sua crise interior, somente na aceitação de ser finito, dependente de Deus, o homem consegue enxergar claramente seu dever ou o sentido de sua existência.

Cabe à Igreja anunciar a mensagem da reconciliação, levando o ser humano a desfrutar da paz com Deus que já lhe foi proporcionada em Cristo.

Paulo, em sua segunda carta aos coríntios, diz para os crentes que estes receberam o ministério da reconciliação (2 Co 5:18). Portanto, devemos entender que a Igreja deve ser portadora deste ministério. A Igreja deve fazer com que todos os seres humanos conheçam a reconciliação que foi realizada por Deus em Cristo Jesus.

Paulo diz que Deus nos confiou a palavra da reconciliação (2 Co 5:19). O que Paulo está querendo dizer é que Deus nos deu a autoridade para anunciar a todos os seres humanos que eles já estão reconciliados com Ele através de Jesus Cristo. A reconciliação que Deus efetuou em Cristo, uma vez crida, deve ser proclamada aos seres humanos.



2. A Igreja deve levar a humanidade a se reconciliar com o mundo criado

2.1. Reconciliação com os seus semelhantes.

Umas das grandes bênçãos da reconciliação com Deus é que esta promove uma reconciliação entre os homens. Em Cristo somos chamados para amar aqueles que continuam negando a obra da reconciliação, porque Deus os reconciliou consigo em Cristo (2 Co 19). Somos chamados para anunciar a eles a obra da reconciliação (2 Co 5:19-20).

Paulo fala bem desta reconciliação quando ele trata da do relacionamento entre os judeus e os gentios (Ef 2). Para os judeus, os gentios sempre estiveram fora do relacionamento com Deus. Entretanto, Paulo diz para eles que uma vez eles estiveram afastados de Deus, mas agora foram reconciliados em Cristo Jesus, por meio de seu sangue. De forma que não pode mais existir hostilidade, rejeição, inimizade entre os judeus e os gentios. Antes, os gentios não eram chamados de povo de Deus, mas agora foram unidos e contados como povo de Deus, formando juntamente com os judeus, um só povo. Surge através desta união um novo povo, um novo relacionamento entre eles.

Com estas palavras de Paulo, podemos entender que não pode mais haver hostilidade entre os homens, não há para Deus diferença nas raças, nos sexos, nas condições sociais, todos são amados da mesma forma por Deus. Todos são em Cristo seu povo. Em Cristo há paz entre os homens.

A igreja deve unir todos os povos, a igreja deve lutar pela igualdade das raças, a igreja deve lutar pelo direito das mulheres. A igreja deve lutar por tudo aquilo que é justo, pois toda injustiça é falta de compreensão da reconciliação feita por Deus em Cristo.

Nossa ética não deve ser de domínio sobre nosso semelhante e nem sobre a criação como veremos em nosso próximo ponto, mas deve ser uma ética de responsabilidade e cuidado.



2.2. Reconciliação com toda a natureza

“Uma visão incorreta do ser humano quanto ao seu lugar na criação pode ser comprometedora, tanto para ele como para a criação inteira” . estas palavras de Arzemiro Hoffmann nos chamam a atenção para o grande perigo de uma má compreensão da teologia da criação. Deus criou o ser humano como parte integrante de toda a criação. O ser humano recebeu uma tarefa especial, contudo o ser humano não se tornou parte separada da criação por ter recebido a tarefa de cuidar do jardim. J. Stam diz que “nós humanos pertencemos à mesma ordem criada que a terra e os animais, e não podemos ser amos e senhores do que não criamos” .

“A concepção bíblica concreta do “sujeitar a terra” não tem nada a ver com aquele imperativo de domínio, que a tradição teológica durante séculos ensinou como sendo o domínio da terra, mas é um mandamento que concerne à alimentação...”

O dever de cuidar e guardar o jardim foram dados à igreja e os cristãos, por mandato do Criador. Esta é uma tarefa ecológica intransferível. Entretanto, o pecado tem feito com que essa tarefa ecológica não seja cumprida pelo ser humano.

Arzemiro Hoffmann diz que “a criação do Senhor geme e sofre sob a ação e ambição devastadoras dos seres humanos” .

Bruce Milne consegue perceber o problema que o pecado traz a toda natureza.



“A humanidade destoa da ordem natural e nossa administração do ambiente dá lugar à pilhagem pecaminosa. Isto manifesta-se como exploração, a destruição inútil do mundo sem consideração pela sua beleza criada ou valor intrínseco. Manifesta-se outrossim como poluição, o uso egoísta e ganancioso das matérias-primas, contaminando os oceanos e a própria atmosfera, muitas vezes a conseqüência da prioridade dada a lucros financeiros, uma vida luxuosa e auto-indulgência” .



A igreja deve levar seus membros a terem uma nova ética da criação que leve cada individuo a respeitar as demais criaturas do reino animal e vegetal, além de um uso racional dos minérios.

O ser humano precisa compreender urgentemente que sua existência depende de seu relacionamento com a natureza. É necessário que o ser humano compreenda que ele é parte desta natureza e não pode viver à parte dela.

Chegou o tempo da igreja se mobilizar, com atitudes praticas para a preservação do nosso meio ambiente.




CONCLUSÃO

A reconciliação é sem duvida a mais importante obra que Deus fez pelo homem, é verdade que esta não poderia existir sem a justificação, contudo nos aproximamos de Deus porque sabemos que agora estamos novamente reconciliados com Ele.

A reconciliação nos tornou amigos de Deus, e nos convoca a proclamarmos isto ao mundo e aos homens. A reconciliação dá a nós um sentido de existência, afinal existimos para glorificar a Deus e não poderíamos glorificá-lo sem que houvesse uma reconciliação. Sim, somos ministros da reconciliação, chamados para dizer ao mundo que Deus nos perdoou e nos chama a viver em comunhão com Ele.

A reconciliação nos coloca em igualdade com todos os seres humanos, nos faz um, pois todos fomos reconciliados em Cristo Jesus. Todos foram atraídos para a cruz em Cristo. Não há mais escravos, nem livres, não há mais negros, pardos ou brancos, não há mais distinções em Cristo, todos nos tornamos um por meio da cruz. Fomos lavados pelo mesmo sangue, batizados no mesmo Espírito. Estamos reconciliados.

A reconciliação nos faz enxergar a importância do mundo, da natureza, da criação de Deus, pois nos faz compreender que Jesus reconciliou com Ele o mundo, e pôs ordem ao cosmo. Tudo era perfeito antes do homem cair na tentação. Entretanto, após a tentação tudo saiu da ordem, a natureza sofre com a desordem, mas em Cristo teremos uma nova terra, um novo céu, uma nova ordem. Cristo reconciliou todas as coisas.

Hoje é o momento de vivermos esta reconciliação, é hora de reconhecermos que em Cristo somos todos irmãos, não há rico, nem pobre, não há negro, nem branco, não há judeu, nem gentio. Estamos todos do mesmo lado, precisamos despertar-nos para juntos lutarmos por um mundo melhor. Salvemos a natureza, salvemos os rios, os mares, os homens e os animais. Conciliados, harmonizados viveremos melhor.

Lutemos para viver hoje a reconciliação que Cristo conquistou para nós na Cruz.




BIBLIOGRAFIA

DRIVER, J. D. La obra redentora de Cristo y la misión de la iglesia. G. Rapid: Nueva Creación, 1994

KRUSE, Colin. II Coríntios – introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1994

LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento.Rio de Janeiro: JUERP, 1993

MILNE, Bruce. Estudando as doutrinas da Bíblia. São Paulo: ABU, 1995

MOLTMANN J. Deus na Criação. Petrópolis: Vozes, 1993

MORRIS, L. L. Reconciliação / DOUGLAS, J. D., O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova, 1991

J. STAM. Las Buenas Nuevas de La Creación. G. Rapids: Nueva Creación, 1995

STEUERNAGEZ, V. R. A Missão da Igreja. Belo Horizonte: Missão, 1994.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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