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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ESPÍRITO SANTO (PNEUMATOLOGIA) 1 - FALANDO SOBRE O ESPÍRITO SANTO

FALANDO SOBRE O ESPÍRITO SANTO
Introdução: Falar sobre o Espírito Santo exigiria um período de tempo maior, do que este que tenho disponível hoje. Por isso vou me deter hoje apenas ao fruto do Espírito. Mas antes gostaria de lembrá-los que o Espírito Santo é uma pessoa e não uma força ativa como afirma as Testemunhas de Jeová. Também não possa deixar de afirmar que cremos em um único Deus, e que cremos que Deus existe e se manifesta por meio de três pessoas distintas, mas iguais em substâncias. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade.

Gl 5:22, 23 – “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...”.

A Bíblia diz o “fruto do Espírito”, singular, desta forma entendemos que seja um fruto que contém diversas qualidades. Temos nove (9) virtudes geradas pelo fruto do Espírito, isto é, pela vida de Deus que opera em nós.
Vamos dividir estes frutos em dois (2) grupos que identificam as ações do Espírito Santo em nossas vidas.

O primeiro grupo está relacionado com nossa qualidade de vida espiritual • amor, alegria e paz.
Encabeçando este primeiro grupo nós temos como primeira qualidade o “amor” – Este é o maior de todos e do qual sem ele não conseguiremos manifestar as demais qualidades descritas pelo apóstolo Paulo.
Jo 13:1 – “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”.
Jo 13:34 – “Novo mandamento vos dou: que voa ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos amei uns aos outros”.
O amor deve existir para com Deus, para com os irmãos e para com os não-crentes.
1 Co 13:1-3 – “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine...”.
Onde o amor está presente a “alegria” não pode estar longe. A alegria é a segunda qualidade mencionada pelo autor da carta aos Gálatas.
O amor é o cumprimento da lei (Rm 13:10) e também não diz a Palavra de Deus que fazer o que a lei de Deus manda traz deleite? (Sl 119:16, 92 e 93).
E por mais estranho que possa parecer até mesmo diante as maiores dificuldade e perdas de nossas vidas podemos nos alegrar, pois todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8:28).
O crente não tem porque andar de cabeça baixa, de viver pelos cantos tristes, pois sua alegria, não se baseia nas circunstâncias da vida, mas em viver para Deus, em dias bons ou maus, ciente de que a alegria do Senhor é a sua força.
O verdadeiro cristão não vive para ser feliz, mas para fazer Deus feliz e se torna feliz por saber que está vivendo de maneira agradável a Deus.
A terceira qualidade é a “paz”. Onde existe uma qualidade de vida espiritual existe paz. A paz não é ausência de conflitos, de guerras, de perseguições e ameaças, mas é a serenidade de coração, é a porção de todos aqueles que pela fé descansam na certeza de que foram justificados diante de Deus através do sacrifício de Jesus Cristo.
Somente estes que conhecem a verdadeira paz, a não a paz que o mundo oferece, são capazes de se tornarem promotores da paz

O segundo grupo está relacionado com nosso testemunho diante a sociedade: longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.Nesta segunda relação de grupo, percebemos que falamos de qualidades que envolvem o cristão em sua relação com outros. Estes qualidades aqui descritas devem se manifestar em todos os relacionamentos em que o cristão se envolver, ainda que não seja recíproco por parte do outro envolvido no relacionamento.
Longanimidade (paciência): caracteriza a pessoa que, em relação àqueles que a aborrecem, se lhe opõem ou a molestam, exerce a paciência. Ela se recusa a entregar-se à paixão ou às explosões de ira.
A longanimidade é um atributo divino, visto que o mesmo é atribuído a Deus (Rm 2:4; 9:22) e a Cristo (1 Tm 1:16).
Como atributo humano se torna possível pela confiança que temos em que Deus cumprirá a Sua Palavra e em seu tempo julgara a todos conforme suas obras.
Sem dúvida a longanimidade é uma grande arma para um mundo tão hostil a verdade, a moral e aos princípios deixados por Deus.
Benignidade (sinônimo de bondade): O que me chama a atenção é porque o apóstolo escreveu estas duas palavras, sendo que significam a mesma coisa. Primeiramente talvez porque queria dar ênfase especial na maneira como devemos tratar nosso próximo.
Contudo alguns teólogos acreditam que com a palavra benignidade o apóstolo pretendeu enfatizar nossas ações para com os pecadores. Devemos ser benignos para com nossos semelhantes, isto é, devemos tratar bem todas as pessoas, a começar pelos de nossa casa, o que implicaria aqui a idéia de ser misericordioso.
Bondade: nos chama a prática da generosidade de coração e de ação. Somos convocados a servir nosso próximo. Somos chamados para realizarmos projetos que transformem vidas, chamados a uma ação social que manifeste o amor de Deus pela humanidade.
Fidelidade (lealdade): Todo relacionamento deve ser construído sobre esta virtude. Entretanto vivemos um período onde a fidelidade tem sido deixada de lado.
• Casamentos são destruídos por falta de fidelidade.
• Relacionamentos entre pais e filhos são destruídos por falta de fidelidade.
• Inimigos são feitos por falta de fidelidade. Homens e mulheres que não honram sua palavra a outros.
• Relacionamentos entre igrejas e pastores têm sido destruídos por falta de fidelidade. O próprio apóstolo Paulo se queixa aos irmãos da igreja, nesta carta, da falta de fidelidade para com ele (Gl 4:16).
• Muitos líderes eclesiais não tem sido fiel ao Evangelho. Quantas distorções do Evangelho têm sido pregadas pelas igrejas. Quantas aberrações temos assistido na televisão de homens que se dizem servos de Deus e que tem usado o Evangelho para enriquecimento próprio.
• Muitos crentes não são fiéis nem a Deus a quem ele mais deveria temer. Há crentes sonegando o dízimo! Há crentes que vivem de maneira egoísta e não servem na casa de Deus com seus dons! Há muitos crentes que só vem a igreja para receber a bênção, mas não vem para abençoar!
Mansidão (gentileza): A mansidão é o oposto extremo da veemência, da violência e da agressividade ou explosões de ira. Eu diria que a mansidão estaria para nós hoje como a educação. Ser manso é ser educado. O manso é aquele que está pronto a ser gentil com o próximo.
Domínio próprio : Esta última virtude é um relação que alguém mantém consigo mesmo. A pessoa que tem a bênção de possuir esta qualidade, possui “o poder de conter-se a si mesma”.
Uma pessoa que se domina, não cai em escândalos, uma vez que consegue se dominar e não ser dominada por seus próprios desejos; não cai em imoralidades porque é capaz de frear suas paixões. Somente uma pessoa que capaz de levar todos os seus pensamentos a submissão e obediência plena a Cristo é capaz de dominar a si próprio.

Conclusão: O Espírito Santo é terceira pessoa da Trindade divina, que nos capacita acima de tudo a sermos como Cristo. O propósito do Espírito de Deus é nos conduzir a vivermos uma vida que manifesta a glória de Cristo em nós, para que desta forma outros possam desejar servir a Cristo. Tudo quanto o Espírito Santo faz tem por fim glorificar a Jesus Cristo e não nos engrandecer. Somos chamados para sermos testemunhas e o Espírito nos capacita e nos dar poder para que sejamos testemunhas fiéis.
Caso você ainda não tenha entregado sua vida a Jesus, tome esta decisão hoje, e receba o Espírito Santo em sua vida. Deixa o Espírito de Deus te guiar e te conduzir para a vida eterna.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
22/08/09

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