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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO 1 - APREDENDO A ORAR COM PAULO

APRENDENDO A ORAR COM PAULO - 1
Filipenses 1:9-11 e Colossenses 1:10

O texto que estamos lendo é uma oração do apóstolo Paulo. Vamos analisar hoje o que podemos aprender desta oração.
Você já se perguntou qual o conteúdo de suas orações?
Hoje, quando oramos, nossa preocupação maior é com o que é exterior (braço quebrado, marido desempregado, por finanças, etc.). Para Paulo o conteúdo da oração é nosso interior.

A) Que o vosso amor aumente: v.9 - Amor - não é o amor das novelas, nem dos filmes de Hollywood cheio de emocionalismo e erotismo. É o Amor Ágape, que advém do nosso novo relacionamento com Cristo.
Viver o amor ágape não é algo fácil, e creio que sem a ajuda do Espírito Santo, é impossível para nós vivê-lo.
Em 1 Co 13:4-7, Paulo descreve o amor ágape, o amor ideal, perfeito, que devemos buscar viver em nosso dia-a-dia.
A oração de Paulo é que este amor aumente mais e mais em nós.
Todos nós possuímos defeitos, todos nós estamos sujeitos a erros, e somente se vivermos verdadeiramente este amor, poderemos viver relacionamentos profundos uns com os outros.

B) Aumente em pleno conhecimento e toda percepção para aprovardes as coisas excelentes: vv.9 e 10 - Não é possível crescer sem o conhecimento da Palavra de Deus. A palavra grega aqui se refere a conhecimento bíblico (as doutrinas dos apóstolos, que expressam a vontade de Deus revelada aos homens). Este mesmo desejo aparece também na oração de Paulo pelos irmãos da igreja de Colossos.
Este conhecimento tem por finalidade nos ajudar a distinguir entre questões importantes e assuntos secundários e irrelevantes. Não é um conhecimento para ser guardado em uma prateleira teológica, mas para ser vivida no dia-a-dia.
Este conhecimento nos ajudará a vivermos em comunhão, a proclamarmos a Palavra de Deus e nos ajudará a vencer a Satanás e seus príncipes.
Através deste conhecimento poderemos discernir nossas prioridades, colocá-las em ordem. Lendo a Bíblia descobrimos que para um cristão as prioridades corretas são:
1. Deus (Mt 6:33 – “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça...”).
2. Cônjuge – (Nossa metade).
3. Filhos – (São herança do Senhor – Devemos educá-los para o Senhor).
4. Trabalho - (Com o qual sustentará seu lar e ajudará no sustento de sua igreja).
5. Trabalhos da Igreja - (isso não significa não ter tempo para a igreja!).
Este conhecimento nos ajudará a discernir o certo e o errado, o que podemos negociar e o que é inegociável. Esta percepção que nos ajudará a termos unidade em vez de uniformidade.

C) E serdes sincero e inculpáveis para o dia de Cristo: v.10 – Entendo que este mesmo pensamento está expresso também na oração de Paulo, na carta aos Colossenses (Cl 1:10a).
O que é ser sincero e inculpável para o dia de Cristo? É viver de modo digno para o dia de nosso julgamento, o dia do Senhor.
Paulo está dizendo aos irmãos de Filipos que deveriam estar preparados para o dia do Senhor. Que suas vidas pudessem ser como um livro aberto diante de Deus.
A Palavra de Deus é clara em afirmar que somos pecadores, embora fomos santificados pelo sangue de Jesus, continuamos sujeitos a errar. Ser sincero e inculpável significa estar com a vida passada a limpo diante de Deus.
Não esconda nada de Deus. Nada mesmo! Nem seus medos, taras, fraquezas, etc. Coloque tudo diante de Deus, confesse ao Senhor seus pecados continuamente.
Você errou com alguém, roubou alguém, feriu alguém, vá e conserte o que fez. Peça perdão e se for possível restituir, restitua (Mt 5:23).
A promessa Dele é que se confessarmos nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoas de todos os pecados (1 Jo 1:9).


D) Cheios do fruto de justiça: v.11 – Paulo está dizendo que Deus espera que estejamos cheios de fruto. Não é de qualquer fruto? Fruto de justiça. Mais uma vez, Paulo expressa a mesma idéia em sua oração aos irmãos de Colossos (Cl 1:10b).
Paulo esta orando para que possamos nos apresentar a Deus cheios do fruto de justiça. Que frutos são esses? São os frutos de uma vida comprometido com Deus, com Seu Reino e Sua justiça. Poderíamos dizer que frutos de justiça são: amor, paz, misericórdia, santidade, domínio próprio, alegria, fidelidade (todos os frutos do Espírito – Gl 5:22-23).
Mas não devemos nos esquecer que os frutos também se referem ao cumprimento de nossa missão: pregação do evangelho.
Em fim frutos de justiça fala do propósito de nossa existência. Deus nos deu um propósito ao nos criar. Existimos para o louvor da Sua glória. Nosso propósito de vida deve ser glorificá-lo, exaltá-lo, adorá-lo.
Só poderemos atingir o objetivo de nosso propósito se nossa motivação de vida, o louvor a Deus, o engrandecimento de Seu nome.
Como engrandeceremos o nome de Deus, gritando o nome de Jesus bem alto? Não, mas praticando as boas obras, que é manifestação de uma vida transformada pelo poder do Espírito Santo. Uma transformação interior que nos leva a pratica das boas obras. Jesus disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

Conclusão: Através da oração de Paulo aprendemos que devemos orar por uma mudança do nosso homem interior, mais do que pelas coisas exteriores. Não é errado orarmos por nossas necessidades exteriores, mas devemos nos preocupar mais com o que se passa dentro de nosso interior, pois é do coração que procede a vida.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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