ATITUDES DE UM HOMEM DE DEUS
Ex 33:7-11; 34:28-35
Introdução: O verso desta passagem bíblica nos mostra algumas atitudes de Moisés, que caracteriza aqueles que são conhecidos como homens ou mulheres de Deus. Vamos destacar três atitudes que devemos colocar em pratica em nossas vidas, se desejamos ser conhecidos como homens de Deus.
1 – Renuncia para se tornar adorador (33:7,8)
a) Direcionada a adoração ao Criador. Abandono de si, do conforto, da multidão, da família para adorar a Deus. Não é uma renuncia para buscar a si e seus desejos, mas para conhecer mais profundamente a Deus e Sua vontade.
b) Veja as expressões “fora bem longe do arraial” – ela me ensina duas coisas:
1) adoração unicamente a Deus, não fazia para que o povo o visse adorar, para que o irmão o visse como adorador. Não buscava a glória de homens.
2) Moisés queria se desligar do mundo em sua volta, de tudo que o pudesse perturbá-lo. Era necessário ter um lugar a sós com Deus que não fosse interrompido pelos homens e seus problemas.
c) A expressão “... saia para a tenda, fora...” (v.8) – também me ensina duas coisas:
1) Não significa isolamento, fuga, alienação do mundo ou do povo; pelo contrário, significa buscar em Deus forças, graça, orientação para encarar o mundo e seus conflitos, para poder ajudar aqueles a quem Deus lhe havia confiado.
2) Não está relacionado apenas ao físico, não é apenas um deslocamento físico, porque para sair é necessário desejo e força – uma ação de deslocamento não ocorre se não abrirmos mão do comodismo, da preguiça. Entendo então que sair é um chamado para nós agirmos. A verdadeira adoração exige ação da nossa parte. Adoro a Deus, quando canto, pulo, danço, oro em línguas em Sua presença. Tudo isso é ação de adoração. Também adoro quando evangelizo, deixo de ser preconceituoso, quando deixo a indiferença, quando luto pela verdade, pela justiça... também quando sou dizimista, ofertante. Tudo isso exige ação, movimento de nossa parte em direção à vontade de Deus.
Aplicação: Você tem saído para armar sua tenda de adoração? Tem tirado tempo para estar com Deus? Tem renunciado suas paixões carnais em detrimento da vontade de Deus.
2) Transparência diante de Deus (34:34)
a) “Removia o véu” – na presença de Deus, Moisés era transparente. Não havia mascara, fantasia, hipocrisia, não havia véu que pudesse esconder sua face, seu coração diante de Deus. – Temos que tirar o véu, nos despir diante de Deus. Não queira ser diante de Deus o que você não é. – Moisés agia assim, pois sabia quem era, e, conhecia aquele em que cria.
b) Não tirar o véu diante de Deus é desperdiçar o tempo, é jogá-lo fora. Deus quer ouvir seu coração, aquilo que está dentro de você. Muitas vezes não precisa nem de palavras... às vezes as lagrimas falam mais que as palavras.
c) Se há pecado, não esconda, confesse e receba a graça de Deus (Pv 28:9,13; Sl 66:18)
d) Deus quer uma igreja transparente. Talvez um dos grandes pecados da igreja em toda a sua história foi a falta de transparência. Por muitos anos a igreja escondeu a verdade das escrituras dos fiéis para que pudesse manipulá-los da forma que quisessem. Falta de transparência.
e) Tirar o véu para Deus. Não saia por aí tirando o véu a todas as pessoas que você conhece. Lembre-se do exemplo de Noé (Gn 9:20-27). Cam usou a nudez de seu pai para envergonhá-lo. Cam não estava preparado para lidar com o momento de fraqueza de seu pai. Muitos na igreja não estão preparados para lidar com as fraquezas de seus irmãos. Quem dera a igreja fosse composta apenas de homem com Sem e Jafé.
3) Identificação com o povo (34:35)
a) A atitude diante do povo é inversa. Moisés sabia quem era o povo e que o mesmo não estava preparado para ver um pouco da glória de Deus que se refletia em seu rosto.
b) Moisés se humilhou, ele se sentiu obrigado a usar um véu, para poder andar no meio do povo. Moisés se identificou com o povo.
c) Jesus se identificou com o povo. Deus teve que se humilhar, para salvar o homem.
d) Ao nos identificarmos com o povo, devemos fazer para alcançá-los e não aceitarmos o pecado ou mesmo nos tornarmos pecadores.
Conclusão: Será que estamos dispostos neste novo ano a fazermos como Moisés.
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário