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sexta-feira, 11 de junho de 2010

RELACIONAMENTOS 3 - A GUERRA ENTRE O AMOR E O TEMPO

A GUERRA ENTRE O AMOR E O TEMPO

Introdução: João e Maria namoraram por 7 anos. O amor entre eles era algo lindo de se ver. João abriu mão de uma promoção que implicava morar em outro estado ganhando 4 vezes mais, somente para não ficar longe de sua namorada; uma vez que o pai dela não permitiria o casamento antes que ela completasse 21 anos ou terminasse a faculdade.
Quando Maria concluiu sua faculdade ela em fim pôde se casar com João e construir o lar feliz que ela e ele sonhavam. Maria se orgulhava de que não passava um dia sem que seu marido a ligasse do trabalho para ela. Eles comemoravam aniversário de namoro, aniversário de noivado e aniversário de casamento todo mês.
De repente, três anos depois de casados, João disse para Maria:
- “Estou indo embora, meu amor acabou ...”

Quanto tempo leva para que o amor acabe entre um casal que não o cultiva? Quanto tempo pode uma paixão durar quando não existe intenção de mantê-la acesa?
Não sei quanto tempo leva para a paixão esfriar e o amor morrer quando ambos não são levados a sério pelo casal.
Acredito que o amor e a paixão inícia seu processo de morte:
 Quando não existe mais TEMPO para se cultivar o relacionamento;
 Quando o TEMPO o faz acreditar que não é preciso alimentar a paixão e o amor;
 Quando não se tem mais TEMPO para fazer os acertos que precisam ser feitos hoje;
 Quando se encontra TEMPO para deixar uma raiva se tornar uma amargura;
 Quando não se encontra mais TEMPO para parar em uma loja e comprar um presentinho para aquela a quem prometeu o seu amor.
 Quando o TEMPO lhe rouba o prazer de gastar para comprar um rosa, coisa que se fazia com grande alegria no tempo de namoro.
 Quando não existe mais TEMPO para simplesmente estar com o outro.
 Quando não se tem mais TEMPO para fazer as coisas que o outro gosta.
 Quando o TEMPO lhe faz acreditar que dizer ao seu amado TE AMO é perda de TEMPO.

Hoje estamos comemorando um dia especial, o dia dos namorados. Vários casais por todo nosso país estão de alguma forma demonstrando o amor que tem um pelo outro. Por outro lado, sei que neste dia muitos se encontram mergulhados na tristeza, separados pelas pequenas brigas cotidianas, pelo diálogo que nunca houve, pelo sonho não realizado... quantos estão vivendo a dura realidade do amor que era vidro e se quebrou?

João 13.1 – “...tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Quando leio o texto de João 13 penso no amor de Jesus por nós. Penso no quanto Ele amou seus discípulos; e o que mais gosto deste verso é a afirmação de que Ele os amou até o fim.
O amor de Jesus por eles O fez sofrer fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Ele foi humilhado, suportou injúrias, colocado a prova diversas vezes, chicoteado, cuspido, abandonado na cruz, e por amor assumiu os seus pecados; Jesus os amou até o fim. E essa é uma verdade para você também, pois você está incluído aqui como discípulo de Jesus. O que Ele fez por àqueles discípulos, ele fez por você também.

Por que o amor de Jesus não se esfriou? O que nos leva a perder a paixão um pelo outro? O que nos leva à viver um relacionamento apático?
A Bíblia compara o relacionamento entre a Igreja e Cristo com o relacionamento que existe entre um casal. O livro de Cantares é ao mesmo tempo uma expressão do amor humano entre um casal (Salomão e Sulamita), mas é ao mesmo tempo uma expressa do amor de Cristo pelo Igreja. Portanto me sinto seguro em comparar o amor de Cristo por nós que somos sua Igreja, como exemplo para nós casais.
Gostaria de responder a pergunta: Por que o amor de Jesus não se esfriou pelos seus discípulos e por nós? Ah! E não podemos nos esquecer de que por muitas vezes fizemos de tudo para contribuir para o esfriamento desse amor.

Acredito que as respostas sejam as seguintes:
1 – Ele não permitiu que o medo de amar dominasse seu coração
1 João 4.18 – “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. O medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”.
Jesus nos amou até o fim porque não teve medo de amar, mesmo sabendo que o amor exigiria Dele sacrifícios.

2 – Ele decidiu viver em vez de morrer
João 12. 24 – Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto”.
Parece contraditório o que estou dizendo. Mas tenho descoberto que viver é morrer; e morrer é viver.
Somente quem decide intencionalmente viver uma vida de doação completa pelo outro, isto é, somente quem está disposto a morrer pelo outro, vive! Mas todo aquele que decidi intencionalmente viver a vida para si mesmo, morre.
Jesus não deixou o amor por nós esfriar, porque Ele intencionalmente decidiu dar a vida por nós. Jesus viveu por nós.

Uma vida só tem sentido quando ela está pronta para abrir mão de sua própria existência para se dedicar a outra. Só posso amar de verdade quando intencionalmente aceito correr o risco de sofrer pelo outro e por causa do outro.
Deus nos criou para assumirmos riscos pela fé e para vencer os gigantes que nos paralisam de medo. Não tenha medo de amar. O amor vai exigir de você: perdão, perseverança, confiança, fidelidade, altruísmo e paixão.

E quando perdemos esta paixão? E quando o amor acaba e já não vejo beleza nem qualidades no outro? Como posso renovar este amor? Como posso sair desta apatia?
Comece a construir pontes para que o amor possa voltar a brotar no seu coração. Alguns passos para a construção dessa ponte:

1 – Convide Cristo a participar de sua relação amorosa
Muitos casais e mesmos os cristãos não tem o hábito de orarem juntos. Falham por não conversarem sobre o que sentem, para que possam orar com o mesmo propósito. Que estranho deve ser para Deus um casal que não tem concordância em seus propósitos. Como poderão andar juntos se não existe acordo entre eles.

2 – Decida-se recomeçar
Deus não desiste de nos amar. Deus não desiste de você nem do seu casamento. Ele quer renovar o amor que você tinha pelo seu cônjuge. Siga as orientações de Deus e deixe Ele renovar o amor dentro de você.

3 – Mude suas atitudes
Se o amor esfriou é porque algo não estava funcionando bem. Permita a você fazer mudanças em sua vida. Arrependa-se. Lembre-se, arrepender-se é mudar de atitude, de caminho ou direção. Faça acontecer coisas novas em seu relacionamento. Viaje se possível, passeie pelo parque, converse muito coisas do coração, etc.

4 – Esteja disposto a abrir mão de sua vida
Amar é renunciar a si mesmo. Ame mesmo quando não há amor. O verdadeiro amor simplesmente ama e aprende a ser feliz na doação. (Com certeza quando se doa de maneira verdadeira o amor nasce como uma flor no deserto).
Amar é estar disposto a viver todos os sentimentos que o amor lhe permite sentir. Ame na alegria e na tristeza, na dor e na doença, na pobreza e na riqueza, na juventude e na velhice; simplesmente ame... até o fim.

Conclusão: O tempo é algo que não temos como freiar. Na medida que o tempo passa nossa vida diminui. Portanto não perca tempo ame completamente. Aproveite as oportunidades para se doar àquele a quem ama. Construa a cada dia uma ponte que ligue seu amor ao do outro.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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